5 Sentidos

Capítulo 01: Paladar

Elza e Jellal

Havia algo especial em seus beijos que a faziam enlouquecer e sempre pedir por mais. O sabor deles trazia sensações que nem mesmo sua adorável torta de morango poderia. E Elza Scarlet, mais do que qualquer outra pessoa, sabia dizer que os beijos de Jellal Fernandes, eram excepcionalmente deliciosos e tinham um gosto aveludado de algo que jamais havia provado.

— Sua boca é deliciosa Elza — Jellal sussurrou ainda próximo dos lábios femininos, depois de se separar milimetricamente dela.

Ele a olhou por um instante observando as bochechas dela corarem em um tom adorável do mais puro vermelho, só não mais adorável que a cor de seus cabelos.

Ela ficou em silêncio, sem saber o que dizer — mesmo que não fosse a primeira vez que ele dissesse isso, mas ainda assim, corava de prazer e de vergonha. Suspirou quando sentiu o rapaz a segurar mais forte pela nuca e seu nariz passear por sua bochecha indo em direção ao pescoço alvo.

— Seu cheiro também é maravilhoso — voltou a sussurrar no ouvido dela, que se arrepiou toda ao sentir o hálito quente dele bater em seu rosto causando uma sensação deliciosa. — Mas eu ainda prefiro o seu sabor — disse, antes de colocar os lábios no pescoço da maga e chupar com força, marcando-a.

A maga não pôde conter que um gemido entregue escapasse de seus lábios já inchados de tantos beijos. Segurou-se nos ombros dele com força, agradeceu por estar sentada em seu colo de uma maneira sexy e confortável, pois certamente cairia se estivesse em pé, de tão moles que suas pernas se encontravam.

— Ah, Jellal... — gemeu baixinho, totalmente a mercê dele, sua única fraqueza, enquanto agarrava-se a ele com mais força, sentindo todo seu corpo estremecer a cada toque dele em sua pele branca.

Cuidadosamente, Jellal abaixou a alça do vestido que Elza vestia e enquanto fazia, provava do sabor que somente ela poderia lhe oferecer, do sabor que somente ela poderia lhe saciar. Ele sorriu matreiro quando se livrou de peça parcialmente e pôde vislumbrar a visão da mulher que amava seminua.

Elza se apressou em desabotoar a camisa branca que ele usava antes que ficasse em desvantagem. Odiava admitir não ser muito boa naquilo, mesmo que já tivessem feito amor outras vezes, parecia que os malditos botões tinham algo contra ela e dificultavam o trabalho em todas as vezes. Sem paciência, puxou com força, o que fez os botões voarem para todo o lado. Um sorriso de vitória — inconsciente — brotou em seus lábios. O mago riu da reação dela perante aquilo, parecia que ia ter que comprar camisas que não fossem de botões.

— Impaciente — ele murmurou sensualmente, enquanto mordiscava o lóbulo da orelha de Elza que corou com o comentário.

— Você sabe que não é bem isso — respondeu com a voz entrecortada e sentiu a respiração falhar e o coração bater mais forte contra seu peito. — Os botões me odeiam!

O rapaz riu mais uma vez e a olhou nos olhos.

— Eu amo você — declarou acariciando o rosto feminino com uma das mãos.

— Eu também amo você — respondeu com a sinceridade digna da Titânia, enquanto segurava o rosto dele com as duas mãos.

Elza tomou iniciativa e o puxou para um beijo apaixonado, quente, salgado, doce, intenso. Tantos sabores, tantas sensações.

— Seu gosto também é maravilhoso, Jellal — sussurrou maliciosa, e o sorriso apenas cresceu, quando percebeu que a face do amado, fora tomado pela surpresa. — E eu realmente gosto do seu sabor.

E naquela noite, ambos descobriram como o paladar poderia ser interessante.