Batman: a Salvação de Gotham escrita por Fizban


Capítulo 3
Quando os Heróis Morrem


Notas iniciais do capítulo

“Oh capitão, meu capitão! Nossa viagem medonha já terminou; o barco venceu todas as tormentas, o prêmio que perseguimos foi ganho!”.
“Exulta, oh praia, e toquem, oh sinos! Mas eu com passos desolados, ando pelo tombadilho onde jaz meu capitão, caído, frio, morto!”
Walt Whitman



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Nevava muito pouco sobre o cemitério Rose Lawn. Tanto que podia se dizer que não passava de uma garoa, uma leve chuva, se não fosse pela neve acumulada no chão. Algumas fábricas que se instalaram entre Charon, o bairro em que estava o cemitério, e Sommerset, um bairro próximo, poluíam o ar e dava um tom cinzento a neve, tornando aquele dia ainda mais triste.

Muitos oficiais do Departamento de Policia de Gotham City tinham vindo ao enterro de Martin Davies. Não apenas os patrulheiros, mas também os detetives. Claro que Harvey Bullock estava ali, mas também o sargento Ronald Probson, assim como o tenente Michael Akins e o capitão James Gordon. Logo todos os grandes homens do departamento estavam ali, menos o comissário Thomas Dickerson, que ainda não tinha chegado.

Muitos deles realmente conheciam o policial morto, já que eram amigos de seu pai, o detetive Jackson Davies. Como Martin também queria ser detetive, todos o chamavam de Dave, para que não se confundisse com seu pai. Logo teríamos um detetive Davies, o pai e o detetive Dave, o filho. Mas aquilo não mais importava, porque agora estavam enterrando o garoto. 

Algumas figuras ilustres estavam lá, como Sean Coyle, o assessor da prefeita Marion Grange e Harvey Dent, o mais famoso promotor público de Gotham. Até o ilustre empresário Bruce Wayne, o filho preferido de Gotham, tinha vindo, e é claro que Nathaniel Dayton, pai da menina seqüestrada que o policial tinha dado a sua vida para salvar.

Claro que aqueles “figurões” , como se dizia, não conheciam o policial Dave, mas todos reconheciam seu ato de heroísmo, ao continuar a perseguição contra os assaltantes do Banco de Gotham, e ao se sacrificar pela vida da sua parceira. Um herói que chamou a atenção da opinião publica.

 

Assim toda a imprensa estava no local. Tinham vindo os repórteres da Gazeta de Gotham e do Globe. Ancoras dos grandes canais como WGTV, GKLX e WUGC, mas também os independentes da WGOT e WHAN-TV. O rádio também estava representado com o WGNS-AM.

Normalmente um padre falaria, já que a família Davies era católica, mas quem discursava, entretanto, era o capitão James Gordon. Foi Jackson Davies que substituiu Jim, como parceiro de Harvey Bullock, na época em que ele tinha sido promovido a tenente. Assim todos os três eram amigos de longa data, como diziam, algo que era além da profissão. 

Agora tudo era tristeza, pois o único filho de Davies estava morto e sendo enterrado. Gotham perdia mais um honesto policial e, quem sabe, um futuro brilhante detetive. A parceira de Dave, Renee Montoya, estava ouvindo as palavras de Gordon junto a seus pais e seu irmão casula que, sem muito sucesso, tentavam consola-la.

-         Um homem tão querido que até os céus estão chorando por ele! – terminou o Capitão.

Bruce Wayne, que também ouvia atentamente, olhou para o Gordon. Aquelas eram lindas palavras, mas ele já as tinha lido em algum lugar. Não se lembrava. Agora, vendo o enterro de um bom policial, alguém que não pode salvar, apenas se lembrava dos versos de Walt Whitman: “Oh capitão, meu capitão”...

-         Muito bem dito Jim! – disse o comissário Thomas Dickerson, que só agora tinha chegado – Palavras a altura para um grande herói americano.

Ele um homem alto e magro, de cabelos já grisalhos. Sempre sorridente mesmo quando estava na Central, onde tratava os criminosos com ironia e sarcasmo. Não era um homem que os detetives gostavam e já tinha sido investigado pela corregedoria várias vezes, mas nada fora provado. Chegou ao cargo de comissário graças ao antigo prefeito e muitos falavam que já era tempo para se aposentar, ou ao menos, sair do cargo.

Assim um verdadeiro “enxame” de repórteres cercou o comissário tirando fotos e fazendo perguntas. Todo e qualquer respeito que havia a família Davies e aos policiais tinha acabado com a chegada de Dickerson. Então ele começou a discursar:

-         Senhores, esse cemitério, com as pessoas mais ilustres de Gotham, é mais uma prova que, embora o caos tenha tomado conta da cidade, ainda temos bons policiais! – e Thomas continuou – Assim quero entregar a Medalha de Honra pelos serviços prestados à comunidade pelo policial Martin Davies!

Todos aplaudiram quando o grande chefe de polícia entregou a medalha à mãe de Dave. Ela chorou pelo reconhecimento do trabalho de seu filho, mas seu marido não era tão ingênuo e encarou Dickerson com raiva.

Os policiais mais próximos da família Davies, em cerimônia, atiraram para os céus e o assim caixão começou a descer lentamente para a cova. Estava coberto pela bandeira estadunidense, como um herói.

Todos fizeram silêncio, mas não por muito tempo...

-         Um homem honrado morreu hoje. – o comissário voltou a falar – Um bom policial que sinto muito não poder entregar essa medalha pessoalmente...

A senhora Davies, com a Medalha de Honra em mãos, voltou a chorar. Foi abraçada por Bullock, já que Jackson olhava desconsolado para os homens que jogavam terra por cima do caixão de seu filho.

-         No entanto, – Dickerson tomou as atenções novamente – não podemos mais aturar a incompetência da administração pública. Por causa da inaptidão da atual prefeitura em cuidar de nosso querido bairro, o Bowery! Mais uma vez a morte ceifou a vida de um ótimo policial e exemplar cidadão.

Ele olhou para o assistente da prefeita com desdém. Olhou para os detetives em sua volta, sorriu a família do falecido e voltando aos repórteres, retomou seu discurso:

-         Esse é um dia triste para o Departamento de Policia de Gotham City. Mas não podemos ficar parados e ver nossos grandes policiais morrendo dessa forma. Fiz tudo o que podia como comissário e quero mostrar meu repúdio pela atual administração da Prefeita Grange e indignação pela candidatura de seu pau mandado Sean Coyle apresentando, em primeira mão a vocês, minha própria candidatura a prefeito!

Os policiais ficaram atônitos, não apenas pelas palavras do comissário, mas por ele ter usado aquele momento para se promover. Muitos dentro do D.P.G.C. não gostavam de Thomas, desconfiavam de sua honestidade, mas nada nunca foi provado. Aquilo tudo era muito constrangedor e o novo candidato a prefeito saiu do cemitério levando os jornalistas com ele.

-         Bom, parceiro. – disse Bullock ao Davies – Agora ao menos esses sanguessugas foram embora!

-         Dickerson, bah! Aquele rato nem respeitou a dor da minha esposa! Que ele não tem respeito por mim, tudo bem! Mas nem minha esposa! Aquele canalha!

-         Usar o enterro para fazer campanha política! – disse Dent – Isso me dá nojo!

Harvey Dent era o mais honesto promotor público que a cidade não via há décadas, se é que alguém viu algum dia. Todos o chamavam de O Cavaleiro Branco de Gotham City. Um grande homem que tem colocado grandes “chefões do crime” na cadeia, recusando todas as suas propostas de suborno. Carismático, diziam que seu poder de persuasão era tão grande que podia vender uma bíblia a um judeu. 

-         Entretanto tenho que concordar com meu colega detetive e meu xará, ao menos agora nós teremos paz aqui! – voltou a falar confortando Jackson – Ele era um bom homem, seu filho. Um verdadeiro herói! Deixe que o comissário fale, não importa. Nada irá apagar o que seu filho foi!

O detetive Davies não respondeu, a dor ainda era forte demais para ele. Apenas sua esposa sorriu agradecida ao promotor. Ela olhou para Bruce Wayne e tentou imaginar o porquê daquele homem tão importante estar no enterro de seu filho. Viu Nathaniel Dayton se aproximar e refletiu se não era por causa dele que Bruce estava aqui.

-         Meus pêsames! – disse Dayton aos Davies – Meus mais profundos sentimentos!

-         Ele tentou me salvar mesmo contra as ordens. – disse a pequena filha de Dayton, entregando uma flor aos Davies – Não era um policial, era um herói!

-         Obrigada! – respondeu à senhora Davies – Muito obrigada!

Herói, todos o chamavam de herói. O detetive, por um momento, pensou que não queria um filho herói, ele queria um filho vivo! Mas logo esse pensamento se foi, no fundo sabia que estava errado. Toda cidade precisava de heróis e Gotham ainda mais que qualquer outra.

Bruce cumprimentou Jackson com apenas afago com as mãos em seu ombro, no entanto, Davies se sentiu muito mais confortado por esse gesto que pelas palavras dos Dayton. Wayne já conhecia o detetive, mas apenas como Batman, e tinha um profundo respeito por ele, pois sabia que era um dos poucos policiais honestos naquela corrupta cidade.

 Também de forma silenciosa foi o olhar confortante que Wayne dirigiu a senhora Davies. Queria falar a ela que tentou chegar a tempo para salva-lo. Que a culpa também o remoia, mas ele não podia. O que ele podia fazer era não permitir que aquilo voltasse a acontecer, tinha que limpar o bairro em que aquele bom policial morreu, limpar o bairro em que seus próprios pais morreram...

Então, quase que lendo sua mente, a esposa de Jackson disse:

-         Entendi! Seus pais morreram em Bowery! Oh, sr. Wayne!

Uma ligação entre os Davies e Bruce surgiu, pois ambos tinham perdidos entes queridos naquele mesmo local. Assim a mãe do falecido Dave o abraçou e o detetive colocou a mão em seu ombro, não lembrava, até sua esposa falar, que os Wayne tinham morrido naquele mesmo bairro.

-         Vou fazer tudo ao meu alcance para tirar os criminosos daquele maldito lugar! – disse Bruce – Eu prometo a vocês isso!

O detetive Davies pensou que aquilo era uma promessa vazia, afinal o que um playboy como Bruce Wayne poderia fazer? No entanto, não era uma promessa vazia. Se Wayne não limpasse aquele bairro, Batman o faria! Como o Cavaleiro das Trevas ele era mais de que um herói, ele era uma lenda. Alguém que se deve temer, e o medo era o único sentimento que as gangues teriam a partir de agora.

Logo o capitão Gordon foi cumprimentar os Davies. Estava junto com sua filha Bárbara, que olhou atentamente Bruce se afastar. Olhou para o pai e não pode deixar de pensar que poderia ser ele naquele caixão, se sentiu triste por isso, mas entendia perfeitamente o sentimento que guiava aqueles homens a fazer o que era preciso.

-         Obrigado pelas lindas palavras Jim! – disse Jackson.

-         Não foram nada! – respondeu James – Olha, já falei com o comissário e concordamos que deve descansar um pouco. Pode tirar um tempo de folga, o quanto precisar!

-         Nesse momento, o que mais quero é trabalhar! Esquecer o que aconteceu, entende?

-         Claro, mas mesmo assim! Talvez sua esposa precise de você!

-         Ok. Vou pensar nisso! Obrigado!

A senhora Davies realmente ficaria mais feliz se seu marido aceitasse a oferta de licença. Queria ele um pouco em casa, sentia sua falta, ainda mais agora. Mas respeitava muito o marido e não brigaria se ele decidisse continuar no trabalho. Ela foi a primeira a ver a parceira de seu filho se aproximar.

-         Eu, foi... – tentou falar Montoya, mas não conseguia.

-         Venha aqui minha filha! – disse a mãe de Dave com carinho – Deve ser muito difícil para você também, ainda nem nos falamos depois da...

-         Foi minha culpa, ele morreu porque queria me salvar! Fui eu que o convenceu a continuar a perseguição, eu...

-         Não, Renee. Não faça isso com você mesma!  Tenho certeza que faria o mesmo pelo meu filho!

-         Ele... Ele só era policial ainda por minha culpa, não quis fazer a prova pra detetive! Queria me...

-         Pare com isso e quero que me escute bem! – falou Jackson – Foram àqueles marginais miseráveis que mataram meu menino! Entendeu? Nem a forma como ela agiu, nem você o matou! Foi apenas aquela escória que fez isso! Quer honrá-lo? Continue sendo a grande policial que é, entendeu?

O detetive a abraçou. Foi a única pessoa que ele abraçou durante todo o enterro. Renee já não tinha mais forças e caiu. Jackson se ajoelhou da forma que pudesse ainda abraça-la, ainda conforta-la. O pai dela, Hernando, abraçou a senhora Davies e choraram juntos. Mas ouviram quando a policial disse:

-         Eu vou ser detetive como Dave queria! Serei o que queria de seu filho!

-         Então quando isso acontecer Montoya, eu serei seu parceiro! – Disse Bullock.

O detetive Harvey Bullock era um dos melhores de Gotham, se não fosse o melhor. Sempre trabalhou sozinho e só aceitou ser parceiro de Davies por pedido pessoal de Gordon. Os dois viraram amigos, mas gostava mais de trabalhar sozinho. Então, aquela afirmação surpreendeu a todos. Se não fosse um homem de palavra, todos achariam que ele estava tentando consolar a jovem policial, mas isso não era uma atitude típica dele.  

Assim todos estavam indo embora. Cumprimentavam Jackson e sua esposa, tentavam consolá-los um pouco, e partiam. Até que apenas a família Davies estivesse junto à lápide de seu filho. Ficaram em silêncio por um bom tempo, desolados pela perda. Aquilo ainda parecia que não era real, como se apenas observassem de fora, mas não controlassem.

Finalmente eles foram embora, não havia mais nada para ver. Estavam cansados e desiludidos. Perguntavam-se, por que tinha que ser seu filho? Lindas palavras foram ditas hoje, mas nenhuma as tinha consolado. Os Davies se abraçaram e passaram por um carro preto, ainda perto de onde seu filho estava enterrado.

O faro de detetive fez Jackson olhar para o carro, mas estava triste demais para dar importância para aquilo. Não percebeu o quanto era estranho todos terem ido e ficado aquela limusine negra.

Quando foram embora a janela de trás do carro desceu e uma linda mulher oriental olhou atentamente para o túmulo do policial Dave. Seu motorista, também oriental olhou para ela. Quase não fazia isso e aproveitou sua distração para admira-la, mas quando viu sua tatuagem no braço ele se lembrou e voltou a olhar para frente. Ficou com medo.

-         Ikimasu! – disse a mulher e eles partiram.

O cemitério ficou vazio, quase não podia ser ouvido nenhum som. Havia apenas o silêncio. “Um filho amoroso” é que dizia a lápide de Martin, algo tão simples, mas carregado de grande tristesa, porquê mostra que foram os pais que o enterraram. Isso não deveria acontecer nunca, não há dor maior que enterrar um filho. Não era natural.

-         Um filho amoroso – disse o capitão Gordon enfrente a lápide.

-         Sim, ninguém merece enterrar um filho, ninguém! – respondeu o promotor Harvey Dent – E agora, o que faremos?

-         Limparemos o bairro para que a morte dele não seja em vão!

Os dois se assustaram. Mesmo depois de todo esse tempo, mesmo já sabendo que ele iria aparecer, ainda não tinha se acostumado. Sempre que Batman surgia, eles sentiam medo. Se esse sentimento era presente neles que eram seus aliados, imaginem o que aquela figura representava aos seus inimigos.

-         Isso nós sabemos, mas como faremos isso?

-         Gordon pode liderar uma operação em Bowery, tenho certeza que os detetives ficaram bem felizes de cooperar. Você promotor, fique atento para colocar os acusados na cadeia e faça com que a corregedoria não permita que os policiais corruptos atrapalhem, não será muito difícil, já que um policial morreu, terão muito cuidado em intervir.

-         Certo, mas muitos dos meus policiais podem morrer nessa operação!

-         Esse é o meu trabalho Jim. Vou facilitar para vocês!

-         Como?

-         Como disse, esse é o meu trabalho!

-         Certo, certo! Vou por os inspetores Mathew Conway e Manuel Esperanza da corregedoria no seu departamento Gordon, pode confiar que eles são honestos.

-         Tudo bem, eu vou chamar Vicent Del Arrazio, da Narcóticos, para a operação. Ele tem muita experiência com a máfia, vai ajudar muito.

-         Ótimo, ajudo com a papelada, mas acho melhor deixar o comissário de fora.

-         Concordo, não confio muito nele também!

-         Se ele atrapalhar, eu falo com a prefeita, fui assistente dela quando era promotora pública, ela vai me ouvir.

-         Eu sei! Não acho que vamos precisar!

Harvey Dent lembrou de seus dias como assistente e pensou em seu próprio assistente Adrian. Pensou se podia confiar nele com isso, mas achou melhor não ariscar. A corrupção estava em todo o lugar, essa era Gotham City e não Metrópolis. Assim ele perguntou:

-         Qual detetive vai por como encarregado?

-         Qual não, quais!

-         Tem certeza, melhor não envolver muitos...

-         Não, só os melhores, os que eu confio! Burke, Deveaux, Fields e Stevenson. Claro que Davies também e como o comissário pediu para que eu tornasse Bullock um sargento desde o caso Singleton, essa é a oportunidade.

-         E o “Capa-dura”, não vai usar ele?

-         Não! O MacKenzie vai ficar fora, preciso de um bom detetive resolvendo os outros casos e de qualquer forma ele ainda ta atrás dos Russos.

-         Como pretende chamar a operação? A Salvação de Gotham?

-         Deixe isso para os jornais Dent! 

-         Certo, ah Batman eu... 

-         Foi embora, só agora notou?

-         Sim, ainda não me acostumei com isso!

-         Como se fossemos nos acostumar um dia!

-         Vai vir uma nevasca daquelas Jim, melhor irmos!

-         É vai vir uma tempestade daquelas!

O Cavaleiro das Trevas observou, escondido, os dois irem embora. Eles iriam cuidar bem disso. Ele refletiu em como iria resolver o problema, mas sabia que só havia uma saída, algo que dependia de Bruce desaparecer por um tempo. Tinha que se infiltrar nas gangues e isso teria que ser por tempo integral. Todos trabalhariam para limpar o Bowery, para a salvação de Gotham. É isso que acontece quando os heróis morrem.


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