Tsunade ajudou Hinata até o lado de fora da sala, pois ela já estava de alta e deveria ir para casa, mas tinha um grande problema nas mãos, enquanto a Hyuuga pedia ajuda a Sasuke, que ainda estava ali por ordens da hokage, não que ele obedecia ela sempre, mas a Godaime não estava para brincadeiras naquele momento.

Tsunade se aproximou de um senhor que tinha os olhos tão perolados quanto os de Hinata, tinham a esperança que ela conseguisse lembrar-se do próprio pai.

Todos ficaram quietos esperando a reação da Hyuuga que se sentiu desconfortável com todos os olhares direcionados para ela e por isso podia se ver um rosto ruborizado.

–Sasuke, eu deveria conhecê-lo? – Perguntou ela recuando uns passos do pai.

Hiashi arqueou a sobrancelha e olhou para Tsunade que estava decepcionada por Hinata ter tido uma amnésia a ponto de não lembrar-se do próprio pai.

–O que significa isso, hokage? – Perguntou ele confuso com cenho franzido.

–Hyuuga-san, podemos ver que a sua filha está passando por um pequeno caso de amnésia. – Ela falava calma.

–Hyuuga? – Perguntou Hinata o analisando.

–Hinata para de brincadeira, vamos para casa e você se lembrará de tudo. – Disse o líder Hyuuga pegando a mão da filha que a puxou de imediato.

–Não é por que todos falam que eu te conheço, é que eu sinto como o conhecesse me desculpa, mas eu só conheço o Sasuke daqui. – Disse ela se aproximando dele, que tentava manter-se calmo

–Quanto tempo isso vai durar? – Perguntou Hiashi.

–Quem saberia? Talvez um dia, um mês... ou até mesmo um ano. – Respondeu Tsunade.

–Tá de brincadeira comigo né?! – Disse Sasuke irritado afastando a garota de perto de si.

–Tudo que podemos fazer é esperar que a memória dela volte e pelo que vejo, ela só se sente segura com o Uchiha. Sasuke fique com ela um tempo, até que ela possa se lembrar de alguém da família... – Foi interrompida.

–Me recuso! – Ele disse andando na direção da saída. Mas a Hokage o segurou.

–É só por pouco tempo, e você receberá como se fosse uma missão. Não estou perguntando se quer apenas faça. E quero lembrá-lo sobre sua submissão quando eu permiti que não fosse preso. – Ela sussurrou para Sasuke enquanto apertava com força o braço do rapaz que no momento a encarava com um rosto contorcido de ódio.

Sasuke murmurou alguma coisa baixa de mais para se ouvir e cruzou os braços com os olhos cerrados.

–Ótimo, podem ir embora. – Ela sorriu para todos demonstrando um temperamento instável. Ela andava em direção as salas de operação do hospital sendo seguida por Sakura.

–Hokage-sama… tem certeza que é uma boa ideia? digo pela segurança da Hinata...

–Não posso fazer mais nada – Disse ela massageando a própria cabeça, demonstrando uma forte dor de cabeça. Sakura entendeu e permaneceu-se quieta ao assunto antes que tirasse a hokage do sério.

–Isso tem que mesmo acontecer? – Perguntou Kiba de cabeça baixa. Naruto colocou uma das mãos no ombro do amigo para consolá-lo.

–Acho que você perdeu né... – Disse Naruto gozando do amigo que lhe lançou um olhar assassino.

Hiashi arfou.

–Que seja... Uchiha-san cuide bem de Hinata – Ele disse e depois saiu.

–Vamos Sasuke? – Perguntou Hinata recebendo um olhar nada amigável de Sasuke o que a fez encarar o chão

Hinata ia seguindo Sasuke , que andava apressado e irritado para a sua casa. Por algum motivo não importante ela só lembrava-se dele, e ele se amaldiçoavam por tê-la chamado antes de desmaiar de vez, talvez essa fosse à única explicação que encontrava para explicar o ocorrido.

Hinata tentava se igualar aos passos rápidos e largos do Uchiha, era difícil, tinha acabado de sair do hospital, e ainda por cima ele nem se ofereceu para levar a bagagem dela.

Ele foi o primeiro a entrar na casa, mas não falou nada, quase bateu a porta antes de Hinata entrar, mas ela foi mais rápida. O observou subir para o segundo andar, sua atenção se desviou para casa, era arrumada, mas era escura, as cortinas estavam todas fechadas impedindo que a luz do dia entrasse, tinham vários pergaminhos jogados na mesa de centro da sala e poucos pratos na pia. Ela colocou sua bagagem no chão antes de Sasuke surgir novamente.

–Não é por que eu aceitei isso que quer dizer que eu serei legal e vou ajudá-la lembrar de alguma coisa. – Disse ele vendo a assentir timidamente. – Tem regras aqui. Primeira regra: eu que mando; segunda regra: não toque nas minhas coisas; terceira regra nem ouse pensar no meu quarto; quarta regra: não me incomode para nada e quinta regra em caso de qualquer duvida volte à primeira regra. Entendeu?

Ela assentiu novamente um pouco confusa.

Ele a segurou pelo braço e pegou sua bagagem com a outra mão. Ele ignorava o fato de estar segurando forte de mais, guiou Hinata em passou rápidos até um quarto. Empurrou para dentro do quarto escuro e jogou sua bagagem.

–Esse vai ser o seu quarto. – Fechou a porta e saiu.

Ele estava odiando aquela situação, nunca tinha falado com Hinata e de repente ela estava hospedada em um quarto na sua casa, alguma coisa não estava certa ali. Ela precisava ir embora logo.

Dentro do quarto Hinata passou a mão sobre seu braço algumas vezes, não que tenha doido tanto, mas ela estava um pouco delicada por ter saído do hospital tão recentemente. A primeira coisa que fez foi abrir a cortina deixando a claridade entrar e observou o quarto conservado onde havia também um banheiro. Estendeu seu futon* e decidiu tomar um banho e tirar aqueles curativos que ainda a envolvia.

Sasuke estava impaciente andando de um lado para o outro na sala de sua casa, ele tentava se acalmar senão acabaria matando de vez aquela parasita, foi o modo que passou a chamá-la desde us cinco minutos atrás. Talvez intimidar o suficiente a faria desistir de ficar na casa dele, ou a faria se recordar de alguém mais conveniente e disposto a ajudá-la.

Ele foi andando em passos rápidos até a porta, e a abriu sem cautela alguma.

Pode-se ver Hinata embrulhada em uma toalha saindo do banheiro. Seu rosto estava tão vermelho que parecia que ia explodir, ao ver que Sasuke a analisava ela deu um grito, o que fez com que ele despertasse e saísse do quarto imediatamente.

Do lado de fora Sasuke se amaldiçoou novamente, já estava de noite então ele foi para o seu quarto dormir, torcendo para que aquilo fosse apenas um pesadelo.