Procura-se Um Marido escrita por Captain S, LM


Capítulo 6
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olha, yo vim! u.u
Feliz aniversário de um mês da fic~le bate palma~
Besta, eu. Espero que gostem XD



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Eu acordei com um travesseiro sendo jogado em meu rosto. Não me lembrava de muito do que havia acontecido depois que eu saí da casa.  Só me lembrava de ter batido na porta de Rachel com minha mala, um pacote de cookies  na mão, e a minha melhor cara de cachorro que caiu da mudança, na esperança de uma transferência de moradia. E então eu apaguei.

Entreabri os olhos, bocejei, e tirei o travesseiro do rosto, para ter uma noção se não fui sequestrada por abusadores de mulheres inocentes. Eu estava em um colchão de água (sempre muito confortáveis, apesar dos sons de , perdoe o linguajar, peidos emitidos a cada centímetro movimentado), do lado da cama de Rachel, que estava do outro lado do quarto, se maquiando na frente de um espelho.

- Mmm- resmunguei, para dar sinal de vida, mas fechando os olhos novamente.

Alguns segundos depois , Travesseiro n°2 recebe uma viagem gratuita até minha cara.

- Eu fechei os olhos por DOIS segundos, Rachel!-  exclamei, jogando o travesseiro em suas costas.

- Acontece, querida- ela disse, se virando e abrindo a porta- que eu já vi esse filme, senhorita Riley. Dois segundos se tornam duas horas muito facilmente.

Mostrei a língua. Ainda estava muito cedo para eu raciocinar um xingamento criativo.

Ela sorriu.

- Agora, você tem cinco minutos para se arrumar, se não eu vou te largar aqui, e você terá que pegar o metrô. - ela disse,dando ênfase na palavra metrô, e fechando a porta atrás dela , me deixando sozinha no quarto.

-Não, qualquer coisa menos o metrô. - sussurrei para mim mesma, e comecei a me arrumar na velocidade da luz.

 Eu sei, parece ridículo. Mas eu tenho fobia a metrô, se é que tem um nome específico isso. Nunca andei em um, só sei o que conheço dos filmes (mas precisamente os de terror). São lugares em que mortes e acidentes são mais prováveis. O trem pode parar no meio do caminho, e deixar os passageiros parados no subsolo. Algum homem-bomba pode estar lá, e matar dezenas de pessoas. Dois dos trens podem bater. E o principal: abusadores, pedófilos, e derivados. Resumo: Um local criado por Satã.

Quando acabei de me arrumar, desci as escadas correndo para ver se Rachel não havia me deixado sozinha.

Quando desci, Rachel ainda estava lá (graças aos Deuses), me esperando. Não me deixou comer nada. Só me deu uma garrafinha de água, e fomos para seu carro.

xXxXx

- Me lembra, por que não usamos a Rutsy mesmo?- perguntei, quando já estávamos chegando a Scotts&Fields, meu novo inferno pessoal, quer dizer, trabalho.

-Bom, - Rachel começou- Trabalhar em uma empresa é quase o mesmo do que foi o Ensino Médio.............

-  E com a Rutsy lá, eu poderia chegar ao topo da pirâmide social.-interrompi,  sorrindo.

- Não, com a Rutsy lá, os funcionários poderiam ver que você tem dinheiro....

- Tinha.

- Já acabou de me interromper? – ela perguntou, brava. E eu assenti com a cabeça. – Então tá. Poderiam achar que você têm dinheiro, e, se você realmente começará como estagiaria.....

- Vão achar que eu tenho uma capacidade cerebral inferior a deles....-murmurei para mim mesma, depois eu olhei para Rachel, e percebi que não tinha acabado- ops,interrompi de novo.

-Aham, mas você já desvendou a charada.- ela disse, estacionando.- chegamos.

- Mas já?- choraminguei, saindo do carro e fechando a porta atrás de mim.

- Boa sorte.-Rachel sorriu, e eu me virei para ela.- Te pego as cinco!- e me abandonou, antes que eu tivesse tempo para dar um piti infantil e voltar para o carro.

Encarei o prédio.

- Novo trabalho- falei- Aqui vamos nós, e eu entrei.

xXxXx

Assim que cheguei, uma sensação nostálgica passou sobre mim, quando percebi quem estava atrás do balcão da recepção.

- Riley!- o homem exclamou quando me viu.

- Oi tio Poseidon.- não pude deixar de sorrir. Ele era o amigo mais legal que meu avô já teve, na minha opinião.

- Como você cresceu! Sinto muito pelo seu avô.- ele me puxou para um abraço.

-Tudo bem tio, de verdade.- poupei ele da verdade.

Ele deu um sorriso, pegou um envelope e me deu.

-Leia no elevador.- ele disse. – É de seu avô. Acho que ele tinha planejado isso durante muito tempo. Típico do Quíron.-ele sorriu de novo.- Você deverá ir  ao segundo andar, lá você encontrará Percy, o meu filho. Ele te explicará tudo.

-O-obrigada tio. – disse , indo para o elevador, e apertando o terceiro andar.

Abri o envelope, e me deparei com a clássica letra de meu avô, a qual eu tanto invejei.

              Querida,

Estou muito orgulhoso por você ter vindo mesmo. Sei que está confusa, mas prometo que tudo se explicará logo. Eu te amo, minha pequena. Boa sorte!

Com amor,

Vovô.

Fechei o envelope,e o guardei na bolsa. Acho que não conseguiria o encarar por mais tempo sem chorar. Mas eu gostaria que vovô fosse um pouquinho mais.....específico.

A porta do elevador se abriu, e me deparei com um homem me encarando.

Eu tentei sorrir.

- Se atrasou.-ele disse, sem mudar a expressão. – Venha.

Eu o segui para uma sala azul.

- Então, querida.- ele resmungou.- Espero que não haja mais atrasos.

O homem mal me conhecia, e me chama de querida. Aqui está um mal começo.

Ele me deu uma pilha de papéis.

- Vá até a copiadora, e xeroque esses para mim, certo?- ele disse, pegando o telefone.

Pensei que haveria uma apresentação, ou alguma coisa. Não partindo para o trabalho pesado logo de cara.

- Ma-Mas, eu não sei onde é.- gaguejei, tentando fazer com que a pilha de papéis não caísse.

-Sala Treze.- foi tudo o que ele disse.

Que esclarecedor. Dei meia volta, e fui até o elevador. Terei que achar sozinha então.  Começei pelo andar treze, por motivos óbvios, e nada. A última sala do andar era de número 33. Voltei para o elevador, e fiz uma conta matemática (que nunca foi meu grande forte). Se o número de salas descesse de dez em dez, a sala treze estaria no décimo primeiro andar. Decidi tentar.

O elevador parou, e eu fui direto a última sala. Sala Treze. Finalmente a matemática me ajudou a alguma coisa. Entrei , fechei a porta, e comecei a xerocar os papéis. Que eram muitos, aliás. Fiquei lá durante quase duas horas. Quando eu acabei, fiz questão de fazer uma gloriosa cópia de minha bunda, para agradecer Percy por ter sido tão educado comigo, e por ter  me trancado em uma salinha abafada, sem janelas, durante duas horas. Saí da sala segurando a pilha de papéis, que iam até meu rosto. Eu rezava por ter decorado o caminho até o elevador.

Alguns passos depois, eu bati em alguma coisa, e minha pilha de papéis foram todas ao chão.

-Ai.Merda.-xinguei, me abaixando para pegar os malditos papéis.

Quando eu tirei rapidamente os papéis de uma determinada área, eu percebi um par de sapatos na minha frente, olhei para cima, e deparei com um homem loiro com a mão no olho, onde provavelmente a minha cabeça tinha batido.

-Ai deus, me desculp....

- Você nunca olha por onde anda?-ele me interrompeu, tirando a mão do olho e fixando os olhos azuis em mim.

Nossa.O pessoal aqui é tão...simpático. Pensei comigo mesma.

- Nesse caso não dava...-falei baixo, e percebi que ele tinha deixado cair alguns papéis também- Mas me desculpe, deixa que eu ajudo, eu já acabei de recolher a minha pilha- disse, recolhendo os papéis dele e os entregando.

Ele os arrancou da minha mão.

- Dá próxima vez olha para onde anda- ele murmurrou.

Ele já estava me irritando com isso.

-Me desculpa.- tentei de novo e sorri.- Eu sou Riley, a...

-Neta do antigo dono, eu sei.-ele me interrompeu de novo. – Então, escuta Riley, seu lugar não é aqui, como acabou de ver. Aqui as pessoas são cuidadosas, para não esbarrar nas outras, e desorganizar contratos importantes. Você não passa de uma menina mimada.

A partir daí, evitei o contato visual. Apenas recolhi meus papéis e andei até o elevador. Ele murmurrou alguma coisa, e tentou me seguir.

-Riley,espera.

Mas a porta do elevador já havia se fechado.

            X.x.X

O resto do dia foi monótono para mim. Eu só continuei a passar papéis para Percy, sempre evitando o décimo primeiro andar. Até que chegou a gloriosa hora de ir embora. Entrei no elevador, e apertei o térreo. Mas ao invés de descer ele começou a subir, parando no décimo primeiro andar.

-Não, por favor não.- falei, segundos antes da porta se abrir.

E sim, acontece. Assim que a porta se abre, vejo o par de olhos azuis, que brilharam por algum motivo quando me viram, entrou no elevador.

Foram dois andares de um silencio constrangedor, evitando contato visual da minha parte, até que eu apertei o oitavo andar, ia continuar o resto por escada. Mas ele me segurou pelo braço, a porta do elevador se fechou, e começou a descer novamente.

-Olha, me desculpa- ele disse, tentando fazer contato visual- Eu não quis dizer isso. Sinto muito.  Eu só estava irritado porque fiquei organizando aqueles papéis por duas horas. Sério, me desculpe.

Olhei em que andar estávamos, só mais alguns segundos, e eu estarei livre.

-Ok- eu disse.- Te perdoo. Mas só porque, se não perdoasse, você me perseguiria- tirei sua mão do meu braço.

Ele deu um pequeno sorriso, o que me irritou.

-Obrigado,-ele disse.- Vamos começar de novo. Que tal? Prazer,

A porta se abriu.

-Eu te perdoei, camarada, mas não quer dizer que não estou irritada.- disse, saindo do elevador, e não olhando para trás.


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Notas finais do capítulo

Hey, n esquece o review XD.
Acabou por esse mês as postagens ( eu acho u.u)
Entao, até mes que vem o/
Bjos