-Então, começe a se explicar mocinho- disse, colocando o prato no balcão e me sentando.

Ele riu.

-Bom, é uma longa história.- ele começou, sentando-se no balcão.-  Mas o resumo é:  Annabeth e eu saímos uma ou duas vezes. Quem terminou fui eu, porque ela começou a ficar....maníaca.-ele estremeceu, e eu ri- Me ligava de hora em hora, queria dormir sempre na minha casa..... Começou a ficar meio estranho.E eu acho que ela te odeia. –completou.

- Acha? Que bondade a sua.-disse, pegando uma garfada do meu bife- Eu tenho certeza. Mas tenho uma pergunta: Devo sentir medo da criatura?

Ele riu.

- Não. Acho que não. A Annie não seria capaz de machucar uma mosca.

-Ok, vou confiar em você.

-Isso mesmo, confiança é a base de um  relacionamento saudável- ele piscou.

Sorri.

-Por falar nisso,  acho que nós vamos ter que agir rápido, para não levantar suspeitas. – eu disse.

-Concordo. Mas antes terei que te pedir um favor para você , Riley.- ele disse,colocando o garfo no prato indicando que havia acabado.

- Diga.

- Você terá que conhecer minha família.

Finalizei meu bife e o encarei.

- Como assim?

-  A gente não pode se casar assim do nada. Vão me matar. Uma vez pelo menos, e já deixamos isso fora do caminho.- ele disse.

-T-t-tá... Mas quando?- gaguejei.

Ele  olhou para o relógio.

- Que tal agora?- ele sorriu.

-A-a-agora?- eu gaguejei de novo.

Ele se levantou

- Sim. Vamos- Ele colocou dinheiro no balcão e me puxou pelo braço.

X-X-X-X-X-X

-Estamos quase chegando. – ele disse. 

- Você tem certeza que eu estou bem arrumada?- perguntei pela milésima vez.

Ele riu.

- Riley, você está perfeitamente bem arrumada.-ele disse

Estava nervosa demais para sorrir.

- Eu não consigo fazer isso Luke.

-Consegue sim , Riley.

-Não.-eu disse, tirando o cinto. – Eu não consigo.

Abri a porta e marchei para fora do carro.

-Riley.- ele chamou, calmo.

Continuei  andando.

- Você vai ficar sem seu dinheiro- ele disse.

Dei meia volta, entrei no carro e fechei a porta, fazendo um biquinho.

-Espero que dê certo.

- Vai dar certo.-ele sorriu

X-X-X-X

-Chegamos.-ele disse.

Começei a tremer, e ele percebeu.

-Riley-ele disse sorrindo.- Vai dar tudo certo.

Continuei a tremer, e ele riu, saindo do carro e abrindo a porta para mim.

Permaneci sentada encarando-o.

-Vamos.- ele deu um sorrisinho, me oferecendo sua mão.- Eu seguro sua mão o tempo todo. Fica melhor assim?

Sorri também, a segurando.

-Sim.- eu disse- mas não se acostume. Sem contato físico. Tá no contrato.

Ele riu, me puxando para a porta da casa e tocando a campanhia.

Uma mulher pálida com olhos azuis e cabelos loiros até a cintura atendeu a porta.

- Luke!- Ela pareceu surpresa ao vê-lo, e , no instante que exclamou seu nome, um homem alto com cabelos castanhos e barba mal feita posicionou-se ao seu lado, seguido de um menino de cabelo castanho e cadeiras de rodas.

-Filho....-o homem disse.

-Oi Pai.- Luke sorriu de orelha a orelha.- Gente, essa é a Riley. Riley, essa é minha família. Hermes, May, e Louis. –ele olhou para nossas mãos.- Riley é....minha noiva.

A expressão de surpresa passou pelos  três rostos ao mesmo tempo.

Louis foi o primeiro que se recompôs, e se aproximou de mim, sendo obrigado a olhar pra cima.

- A primeira mulher que o Luke trás para casa, e ela, além de ser muito gata, é noiva do meu irmão. Vamos, entre. Quero ver se tem algo com você.-ele piscou