Ele acordou piscando meio sonolento, acabara de ter um pesadelo. Essa era uma das poucas coisas que lembrava de estar tendo um longo pesadelo no gelo. Ele foi mexer o ombro que estava dolorido e descobriu o motivo da dor. Darcy tinha adormecido no ombro dele. Ele viu que estavam estacionados em um lugar no meio do nada e todos estavam dormindo.

Darcy segurava um caderno na mão, o mesmo que ele a vira escrevendo durante todo dia anterior. A curiosidade foi maior que tudo e ele delicadamente pegou o caderno.

"Tenho sonhado com a caverna com o sol, o que será que isso significa?"

Ele foi virando as páginas.

"Por que estou nessa missão idiota? Não podia ser outra filha de Afrodite?"

"Eu o encontrei. Será que esse é o motivo de eu estar nessa missão?"

"O nome dele é Finn e ele está do meu lado. O sorriso dele me hipnotiza e os olhos... Ah os olhos... São de um azul tão profundo como as águas de um lago."

E as coisas sobre ele não parava. Tinha duas páginas falando do cabelo dele.

- Hei. Isso é meu. - Disse Darcy sonolenta sem nem mesmo abrir os olhos.

- Desculpa ruivinha. Eu não sabia que se sentia assim.

Darcy abriu os olhos rapidamente e olhou para o Finn.

- Você leu o meu diário? - Perguntou ela irritada.

- Li. Não podia?

- É obvio que não. Eu escrevo os meus segredos mais íntimos ai. Não é pra ninguém ler. - Ela suspirou. - Depois disso seria bom um banho.

Ela estava quase saindo do carro, para tomar um ar, quando algo a interrompeu.

- O que é isso? - Perguntou Finn assustado.

- Uma mensagem de Íris.

Quíron havia enviado uma mensagem de Íris.

- Oi Darcy. Vocês já chegaram em Quebec?

- Não. Estamos na Pensilvânia.

- Pensilvânia? O que vocês estão fazendo na Pensilvânia?

- Aconteceu um problema e tivesse que mudar o caminho.

- Isso está errado. Era para vocês já estarem no Canadá. Vocês terão que adiantar essa viagem. Os deuses já estão em guerra achando que Cronos está por trás disso.

- Mas Cronos não está morto?

- Não exatamente. Quem é esse? - Perguntou Quíron olhando para o Finn.

- Esse é o Finn. Ele é um semideus também.

- Hum. Lembrem da profecia. E os mais importante, estejam no Canadá amanhã se não vocês não vão completar a missão.

E a mensagem acabou.

- Jenny, Henry, acordem. É importante.

Depois de alguns minutos eles acordaram.

- Pelos Deuses do Olimpo. Se fosse alguém tentando nos matar, vocês já estariam mortos. O Quíron mandou uma mensagem de Íris dizendo que se quiséssemos  completar a missão a tempo temos que estar amanhã no Canadá. - Disse Darcy.

- Por que não vamos de avião? - Perguntou Finn.

- Porque o cabeça de alga aqui não pode sair do chão, se não Zeus mata ele. - Disse Jenny.

- Mas o único jeito de chegarmos no Canadá amanhã é pelo céu. - Disse Darcy. - Se ainda estivéssemos em Nova York poderíamos ir pelo mar, mas estamos na Pensilvânia então... O problema é, nós temos dinheiro suficiente para comprar quatro passagens?

- Eu conheço alguém que pode nos ajudar. Mas terá que ser pelo ar. - Disse Finn.

- Que forma seria essa? - Perguntou Henry.

- Eu gostaria de tomar um banho antes de irmos atrás da pessoa que pode nos ajudar. - Disse Finn.

- É... Um banho seria bom. - Disseram Jenny e Darcy juntas.

- Mas como iremos tomar um banho se estamos no meio do nada? - Perguntou Henry.

- Tem um lado não muito longe daqui. - Disse Jenny.

- Um lago. - Disse Finn sorrindo olhando maliciosamente para Darcy.

Darcy o olhou feio.

Eles foram até o lago. Como Jenny disse não era tão longe.

- A gente vai tomar banho de roupa? - Perguntou Darcy.

- Se você quiser tirar eu não vou me importar... - Disse Finn.

- Pouco importa se é de roupa ou não, é água. - Disse Henry pulando na água.

Darcy e Jenny se olharam. Como as duas estavam de blusão, elas tiraram o tênis e a calça. E se preparam para pular.

- Jenny, eu estou com medo. Parece ser fundo. - Disse Darcy.

- Eu estou aqui para te ajudar. - Disse Jenny.

Elas olharam para o Finn na hora que eles estava tirando a camisa. E as duas ficaram sem fala para o tanquinho dele. Ele era muito quente.

- Vocês não vão entrar? Nós não temos o dia inteiro. - Disse Henry irritado.

- É... Nós vamos. - Disseram as duas sem parar de olhar para o Finn.

E o Finn continuou a se despir, ficando apenas de cueca.

- Faz um bom tempo que eu não tomo banho. - Disse Finn.

Os Três pularam na água.

- Eu estou congelando. - Disse Darcy. - Está muito frio. - Ela começou a tremer.

- Vem cá que eu te esquento. - Disse Finn abraçando ela.

Ela continuou tremendo.

- Que dramática ela. - disse Henry num sussurro, mas Jenny o ouviu.

- A água está realmente fria e você é um idiota. - Disse ela rolando os olhos.

- Parem de brincadeira. - Disse Finn irritado.

- Que brincadeira? - Perguntou Jenny.

- Tem alguém segurando meu pé. - Respondeu ele.

- Parece que alguém está segurando seu pé? Acho que todos nos temos algo pra fazer do que... - Disse o Henry, mas ele foi interrompido pelos barulhos que a Darcy estava fazendo. - O que foi Darcy?

- Levaram o Finn. - Disse ela em pânico.

Henry nem pensou. Mergulhou e foi atrás do Finn. Quando estava desistindo viu duas mãos batendo como se pedisse socorro ou tentasse se salvar. Ele foi na direção da mão e tentou puxá-la, mas parecia que o Finn estava preso em algum lugar. Ele foi mais fundo e viu que uma sereia estava puxando o Finn. Finn já estava inconsciente por causa da profundidade que estavam.

- O que você está fazendo? - Perguntou Henry à sereia.

- Ele é o meu almoço.

- Vocês comem humanos? - Perguntou ele chocado. - Meu pai precisa saber disso.

- Não. Estamos com fome e acabou a comida. Então comemos os humanos que entram nesse lago. Quem é seu pai?

Henry estava em choque e Finn morrendo.

- Meu pai é Poseidon.

- Ah... - Ela soltou o Finn na hora. - Desculpe senhor, não irei comer seu amigo. - Ela fez uma meia reverência e nadou para as profundezas.

Henry pegou Finn e nadou o mais rápido que pode. A água o deixava mais forte e ele conseguiu chegar até a margem a tempo.

- Finn. - Gritou Darcy. E foi até onde ele estava. Ela começou a chorar e a fazer massagem cardíaca. - Acorda, por favor. - Ela fez respiração boca a boca e nada. Continuou fazendo a massagem cardíaca até que ele começou a cuspir a água. Ele abriu os olhos.

- Você está vivo. - Darcy disse abraçando ele.

- Se você for me abraçar toda vez que eu quase morrer, acho que irei morrer sempre. - Disse ele com um meio sorriso no rosto.

- Seu bobo. - Ela sorriu e beijou ele.

- Eu que salvei ele e não ganho nada como recompensa. - Disse Henry.

Jenny empurrou ele pra água.

- Sua recompensa cabeça de alga. - Todos riram.

- Obrigado Henry. Você salvou minha vida. Fico te devendo uma. - Disse Finn à Henry.

- De nada. Vamos voltar para o carro temos que estar no Canadá amanhã.

Todos colocaram as roupas e entraram no carro. Finn explicou onde era o endereço do amigo que poderia ajudá-los.

Quando eles chegaram no local saíram do carro e pegaram as mochilas.

- Balão? - Disse Henry. - Essa é a sua brilhante ideia.

- É um meio rápido e barato de chegarmos ao Canadá.

Finn conversou com o amigo dele e ele resolveu levá-los até Quebec.

Eles entraram no balão. No começo tava tudo bem, mas o Henry é filho de Poseidon. E filhos de Poseidon não são permitidos no céu. O balão começou a balançar e o céu ficou preto.

- Teremos que tirar um peso do balão. - Disse o amigo do Finn.

- Mas, não podemos jogar nada fora. - Disse Jenny. - A não ser que.. Se o Henry concordar...

- Eu o que Jenny?

- Você será o peso. - Disse ela.

- Eu o que?

- Relaxa, você não vai se machucar.

Ela amarrou o Henry e jogou ele do balão. Henry ficou preso no balão de cabeça para baixo.

- Não tem como isso ficar pior. - Disse ele.

Um bando de pássaros foi na direção dele e ele teve que se balançar para desviar deles.

- Pare de se mexer se não todos iremos cair. - Disse Jenny.

- Agora não tem como ficar pior.

E começa a chover.

- Eu odeio balões. Eu odeio balões.