The Demigods escrita por Liza Salles


Capítulo 7
Jenny




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/308649/chapter/7

- Nós viemos te ajudar. - Disse Darcy. - Eu sou Darcy, essa é a Jenny e aquele é o Henry.

Henry tinha se afastado do garoto quando ele acordou.

- Como sabiam que eu estava aqui? - Perguntou Finn.

- Isso não importa, mas como ela disse queremos ajudar. Você mora aonde? - Perguntou Jenny.

- Não sei. - Ele respondeu.

- Como veio parar aqui? - Jenny perguntou.

- Eu também não sei. - Respondeu Finn.

- Assim fica um pouco difícil. - Disse Jenny.

- Jenny, posso falar com você um pouco? - Perguntou Darcy.

- Claro. - Elas se afastaram de Finn.

- Vamos levar ele com a gente. - Disse Darcy quase implorando.

- Darcy... Ele é bonito, muito bom, e eu sei que você quer ajudá-lo. Mas lembre do que a profecia disse: "Três irão, três voltarão". Se levarmos ele com a gente um de nós vai ter que ficar...

- Ou morrer. Eu sei, mas eu não quero deixá-lo nessa caverna, eu não posso, eu sinto que é uma obrigação sabe. E nem sabemos se ele é um semideus, se ele não for não irá voltar com a gente para o acampamento, assim não quebraremos a profecia.

- Darcy, você realmente acha que a Afrodite iria te trazer pra cá se ele não fosse um semideus?

- É... Você tem razão. Mas eu não quero deixar ele aqui na caverna. Eu não posso. Por favor, a gente dá um jeito...

- Sem querer me intrometer, mas me intrometendo. - Disse Henry. - Vamos levar ele logo, não aguento mais ver vocês conversando se leva ele ou não. O mais importante é vamos sair logo dessa caverna porque não sei se lembram, mas o carro está aberto e todas as nossas coisas estão lá dentro.

Jenny e Darcy se olharam com aquela cara de discussão encerrada.

- Muito obrigada. - Disse Darcy abraçando o Henry e dando um beijo na bochecha dele. 

Jenny achou isso muito incomodo, afinal eles mal se falam e a Darcy abraçou ele bem apertado. 

- Finn, você vem com a gente. - Disse Darcy sorrindo.

- Será um prazer. - Ele respondeu com um sorriso.

"Pronto era só o que faltava ela se apaixonar por ele na missão." Pensou Jenny. "Ainda bem que eu não sou assim".

Ela olhou para Henry. Agora os dois estariam sobrando. Mas ela desviou os olhos assim que o Henry olhou pra ela. Eles saíram primeiro da caverna. A Darcy vinha ajudando o Finn já que pelo jeito fazia muito tempo que ele não andava.

Eles entraram no carro. Darcy ajudou o Finn a sentar na parte de trás do carro e depois foi se sentar no lugar que estava antes, ao lado do Henry. Ela pegou o caderno rosa peludo e voltou a escrever. Jenny continuou lendo seu livro favorito.

- São todos seus? - Perguntou Finn apontando para os livros.

- Sim. - Ela respondeu. - Eu tenho mais em casa, eu faço coleção de livros. E é regra, se eu for para algum lugar tenho que voltar com pelo menos um livro. - Ela sorriu. - Você gosta de ler?

- Acho que sim, não me lembro. - Ele respondeu.

- Irei fazer uma pergunta um pouco indiscreta. Você se lembra de alguma coisa? - A Jenny perguntou.

- Acho que sim. Vou tentar. - E ele começou a cantar sobre o que lembrava.

- Você cantou. Por que você cantou? - Perguntou Henry.

- Não sei, acho que essa foi a unica forma de eu lembrar o que aconteceu.

- Você sabe fazer poesia também? - Perguntou Jenny.

- Poesia... Vou tentar. - Ele respondeu.

"Por favor que não seja rosas são vermelhas, que não seja rosas são vermelhas". Pensou Jenny.

-Rosas são vermelhas
           Violetas são azuis
           A vida é uma beleza
          Quando se come atum.

Jenny fez uma cara de eu não acredito que ouvi isso. E a Darcy começou a rir.

- Está rindo do que ruivinha? - Ele perguntou para a Darcy.

- Da sua poesia que não deve ser. - Disse Jenny.

- Bem criativa. - Disse Darcy ironicamente e voltou a rir.

- Eu não entendi a ruiva. - Disse o Finn.

O Henry olhou pelo espelho retrovisor com cara de esse garoto é retardado. Era óbvio que ele não tinha gostado do Finn.

- Nós já sabemos de quem você é filho. O que é boa coisa. - Disse a Jenny. - Facilidade com música, poesia ruim... Sem dúvida você é filho de Apolo.

- Apolo? Quem é Apolo?

- Você só pode estar brincando. - Disse Henry revirando os olhos.

- Henry. - Reprimiu Jenny.

- Ele mal sabe quem ele é. Você realmente acha que ele vai saber quem é Apolo? - Disse Darcy suspirando ao dizer Apolo.

- Darcy, ele é só um Deus. E de qualquer forma, do que adiante suspirar por ele se ele mal deve saber da sua existência. - Respondeu Henry.

- Só um Deus? - Jenny disse irritada. - Apolo é um dos doze deuses do Olimpo. Deus do Sol, da música, da poesia... Ele é muito mais do que só um Deus. E pare de ficar com ciuminho da Darcy.

Henry virou para trás furioso. Olhava para a Jenny como se fosse fulminá-la.

- Por que eu teria ciumes dela? Ela é só mais uma das filhas de Afrodite. Pode ser bonita, mas é igual a todas as outras.

- Ei. Eu estou aqui ouvindo tudo e não sei se você esqueceu, mas eu sou uma pessoa e assim como você eu tenho sentimentos. Se vocês querem discutir a relação de vocês a Jenny troca de lugar comigo. - Disse a Darcy muito irritada. - Se vocês tem ciumes um do outro, eu não tenho nada a ver com isso.

- Você quer trocar de lugar pra ficar perto do poeta ali? - Ele olhou irritado para a Darcy.

- Ficar perto dele é mil vezes melhor do que ficar perto de você. - Respondeu a Darcy.

- Gente. A estrada. - Disse o Finn.

Henry olhou para a frente e pegou no voltante pra desviar de um cachorro que apareceu no meio da rua, fazendo com que eles quase batessem em um poste de luz.

- Jenny troca de lugar comigo agora. Eu não quero mais ficar perto desse idiota. - Disse Darcy saindo do carro.

- Mas Darcy. - Disse Jenny abrindo a porta. - E se um guarda parar a gente?

- Eu dou um jeito.

As duas trocaram de lugar. Jenny ficou irritada por estar sentada ao lado do Henry. Só o fato dele respirar a deixava muito irritada. E pra piorar ela olhava pelo espelho e via que os dois estavam se dando muito bem lá trás. O Finn tinha feito a Darcy se acalmar e agora os dois não paravam de rir. E como só tinha os quatro no carro dava para ouvir tudo que eles falavam.

- Ruivinha, você tem olhos lindos. - Disse o Finn.

Ela sorriu e abaixou a cabeça corando.

- Obrigada, os seus também são lindos.

- Eu adoro o seu sorriso.

- Assim você me deixa sem graça. - Ela respondeu ficando da cor dos cabelos dela.

Henry viu a reação da Jenny. E pra provocar falou bem baixinho de modo que só ela ouvisse.

- Está com ciumes deles sabidinha?

- Eu? Com ciumes? Você só pode estar ficando maluco.

- Então você, diferente da Darcy, não o achou bonito?

- Claro que eu o achei bonito, ainda tenho olhos, ele só não é o meu tipo.

- Qual é o seu tipo? - Disse ele olhando nos olhos dela.

- Não te interessa. E presta atenção na rua.

- Pronto. A sabidinha ficou irritadinha. Que bonitinha.

- Henry, faz um favor, cala a boca. É horrível ficar perto de você.

- O sentimento é recíproco.

- Recíproco? Desde quando você fala isso? Você ao menos sabe o significado dessa palavra?

- Claro que sei. Você não é a unica esperta por aqui. Sua irmã vive falando isso para o Percy e eu descobri o significado.

- Hum. Agora faça um favor para a humanidade e pare de falar.

- Se você prefere ouviu as vozes do casalzinho...

- Eu te odeio.

- Não mais do que eu sabidinha.

E o resto do dia foi assim. Eles discutiram até pegarem no sono. É o ódio pode trazer muitas emoções as pessoas. Ou é o que eles pensam ser.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Demigods" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.