The Demigods escrita por Liza Salles


Capítulo 11
Finn


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, eu estava sem criatividade mesmo. Editei esse capítulo umas milhões de vezes, acho que esse foi o melhor resultado. Espero que gostem.



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- Sentiu minha falta? – Ele disse com um olhar cínico.

- Você... Você morreu. Eu não posso estar vendo você.

- Não, eu não morri. Mas se você prefere assim, eu posso voltar para o Canadá.

Darcy levantou-se e se aproximou dele.

- Eu te matei.

- Não, minha linda. Você tentou me matar, mas Quíone voltou antes do esperado e conseguiu me salvar. Não entrarei em detalhes porque nem eu sei ao certo o porquê de eu estar aqui. É tão novo pra você quanto é pra mim.

Darcy não conseguia parar de olhar seu rosto, era como em um sonho, ele ali em sua frente. Que ela não aguentou, ela correu e o abraçou bem apertado.

- Finn. – Ela sorriu. – Eu não tenho palavras pra dizer como eu estou feliz em te ver.

- Sério? Você não parecia muito feliz da ultima vez que me viu.

- Mas dessa vez é diferente, você está vivo. Eu não sou uma assassina. – Ela deu um rodopio. - EU NÃO MATEI NINGUÉM.

Finn chegou por trás dela e a abraçou. Colocou a boca próxima a seu ouvido.

- Só que agora eu sei do que você é capaz.

- Você não pode falar muito, não é ajudante da Quíone? – Ela disse em tom irônico. – Você está aqui a mando dela?

- Não. Estou aqui porque queria te ver, e você disse que era um bom lugar para um semideus.

- Sim, é um ótimo lugar. E eu não acredito em você. Mas já que você ficará aqui, temos que resolver a sua situação. Venha comigo. – Ela segurou na mão dele e o guiou para fora do chalé.

Eles foram até a sala de treinamento. Os chalés ainda estavam “brigando”. No momento era o chalé de Hefesto e o de Hades.

 Darcy entrou tentando não chamar muita atenção, o que era um pouco difícil sendo filha de Afrodite. Sem contar o fato de que estava de mãos dadas com um filho de Apolo.

Jenny ficou boquiaberta ao ver quem estava com Darcy.

- FINN?

Eles se aproximaram das pessoas que estavam como plateia.

- Sentiu minha falta?

- Você não tem outra frase pra dizer? É a segunda vez que fala isso em menos de cinco minutos. – Disse Darcy.

Finn a olhou sem acreditar no que estava ouvindo.

Henry se aproximou.

- Cara, tu não estava morto? – Perguntou Henry.

- Era para eu estar. Mas, digamos que eu me curo rápido.

- Mas o que você está fazendo aqui? Esse lugar não é pra você. – Disse Jenny.

- Jenny, você sendo tão sábia como é, devia entender que independente do passado, esse lugar é para todos os semideuses. O único lugar que estamos salvos. – Disse Darcy.

- Será que estaremos salvos com ele aqui? Ele tentou nos matar. Ele nos entregou de bandeja para Quíone. – Disse Henry. – E Darcy, para de tentar fazer essa cara que você sabe não funciona comigo.

- Eu pensava que vocês fossem melhor que isso. – Disse Darcy em um sussurro.

Uma menina extremamente maquiada chegou para ver o que estava acontecendo.

- Então esse é o famoso menino que você matou? – Ela perguntou.

E ficou olhando para Finn com um sorriso sedutor.

- Matar alguém assim deveria ser um crime, Darcy.  Acho que ninguém te ensinou bons modos. – Ela continuou.

- Olha aqui Drew, ninguém te chamou na conversa. Vai dar em cima de outro que esse aqui já tem dona.

Um sorriso surgiu no rosto de Finn. Afinal ele sabia o que aquelas palavras significavam.

- Nossa, que jeito mais terrível de falar com a sua conselheira chefe. Vai querer usar os sapatos da vergonha de novo?

- Sinto falta de quando a Silena estava viva.

- Nossa você é tão engraçada... – Respondeu Drew com um olhar fulminante.

Darcy deu um sorriso sarcástico e sem pensar olhou para o lado. E lá estava Jack, ele estava lutando sem tirar os olhos da pequena cena que estava acontecendo. Ela sentiu seu olhar corroendo seus ossos e desviou.

- É... Vocês sabem onde o Quíron ou o Senhor D. está? – Ela perguntou.

- Acho que na Casa Grande. – Respondeu Henry.

Sem pensar duas vezes Darcy tirou o Finn de lá.

- Esse já tem dona? – Ele disse com um sorriso provocante.

- Se você quiser, eu te entrego de bandeja pra Drew, fariam um casal perfeito. A idiota e o traidor. – Ela bufou ao responder.

- Quem é Silena?

- Era a conselheira chefe antes da Drew. Ela morreu na guerra contra os titãs.

- Ah sim...

- Temos que achar logo o diretor do acampamento. Você já foi reclamado, certo?

- Sim, eu morava em Londres na época.

- Você é britânico? Essa é nova para mim...

- Não reparou o meu sotaque sedutor?

- Como se eu reparasse em você... Vem logo antes que eu canse a minha beleza e volte para o chalé.

- Engraçada você hein... – Ele pegou a mão dela.

Seria loucura dizer que a cada passo que davam, aparecia gente de tudo que é lugar para olhá-los? Darcy parecia estar acostumada a todos a olhando. Não era tão difícil imaginar o porquê. Ela até sem maquiagem chamava mais atenção do que a tal de Drew. Já Finn se sentia péssimo. Ele nunca gostou de ser o centro das atenções. Ainda mais porque a ultima vez que fora o centro das atenções de algo, isso custara sua liberdade.

- Vocês não se perdem aqui? É tudo tão grande.

- Não. Acabamos nos acostumando. Assim que a gente falar com o diretor, eu irei te mostrar o acampamento e o seu chalé.

- Meu chalé?

- É. Aqui existe um chalé pra cada Deus. O que você me encontrou é o chalé 10, de Afrodite. O seu é o Chalé 06 onde você viverá com seus irmãos. Falando nisso, como você me encontrou?

- Ah... Eu imaginei que você viveria em uma casa de bonecas. Você parece uma bonequinha.

- Péssima sua cantada hein. Bom, chegamos. Aqui é a Casa Grande.

Em frente a casa tinha dois homens jogando xadrez. Um era gordinho, usava uma camisa de botão toda estampada e tomava coca diet. O outro parecia aquele professor de literatura e ele usava cadeira de rodas.

- Desculpe interromper o jogo de vocês. Mas ele é novo no acampamento.

- Ah, finalmente o filho de Apolo chegou. – Disse o gordinho enquanto tomava a coca diet.

- Como você sabe quem é meu pai?

- Digamos que você era importante para a profecia. – Respondeu o de cadeira de rodas. – Darcy, você já mostrou o acampamento pra ele?

- Não, eu o trouxe aqui antes.

- Ok. Pode mostrar o acampamento a ele. 

- Só isso? – Perguntou Finn.

- Sim. Só isso. – O cara de cadeira de rodas sorriu. – A propósito me chamo Quíron e esse é o Dionísio.

- Se ele é o Dionísio, cadê o vinho?

- Longa história. – Respondeu Darcy tirando-o de lá antes que o senhor D começasse a reclamar.

Eles pararam em frente aos chalés. A aula de defesa devia ter acabado, pois todos os campistas estavam lá. Alguns iam em direção aos seus chalés.

- Ele disse que eu sou importante para a profecia. Qual profecia?

- Deve ser a dos sete, não sei ao certo. Mas então, estou tentando te mostrar o acampamento.  Aquele maior é o chalé de Zeus, você deve imaginar o porquê. Lá só tem um morador que é o Jason, você não o conheceu já que ele está em uma missão com uma de minhas irmãs e um filho de Hefesto. Ao lado do dele é o de Hera, esse está sempre vazio. Ali é o de Poseidon onde o Henry mora, é um pouco triste o fato de que na maioria das vezes ele fica sozinho já que o irmão dele está sempre em missão, você já deve ter ouvido falar do Percy. Os deuses o odeiam. – Darcy continuou falando de chalé por chalé. – Aquele ali é o seu. Dá pra perceber pelo fato de alguns dos meninos terem tirado a camisa. O que deveria ser um crime já que existem filhas de Afrodite por perto.

- Não entendi sua piadinha.

- Não era pra entender. É uma piadinha particular. Vamos até lá pra você conhecer seus novos irmãos?

- Claro.

E eles foram em direção aos meninos que estavam jogando futebol na frente do chalé.

- Oi meninos. – Disse Darcy com um sorriso sedutor no rosto.

- Oi Darcy. – Alguns dos meninos responderam com o mesmo sorriso estampado no rosto.

- Eu vim apresentar o irmão de vocês. – Ela apontou para Finn. – Ele é novo no acampamento, mas antes que perguntem, ele já foi reclamado há algum tempo atrás. Ele tem até uma tatuagem de um sol nas costas.

- Como você sabe da minha tatuagem? – Ele olhou para ela desconfiado.

- Esqueceu que eu já vi você sem camisa? – Ela voltou a olhar para os meninos. – Continuando... Ele não conhece muito por aqui e seria muito bom se vocês pudessem ajudar. Ah, ele se chama Finn.

- Oi cara. – Disse um menino loiro dos olhos verdes, bronzeado e que parecia ter a idade de Finn. – Eu sou o James. Vamos entrar assim você conhece o chalé.

- Se você quiser pode entrar também. – Disse um menino que parecia ter dezessete anos, para a Darcy. – Não seria um incomodo nenhum ter você no chalé.

- Não será dessa vez que o seu tanquinho vai me convencer, Charles. – Ela sorriu.

- É uma pena.

- Então né... Eu adoraria ver o chalé por dentro. – Disse Finn com os olhos cravados no Charles.

Tudo bem que o menino parecia ter saído de um catálogo da Ambercrombie Fitch, mas precisava dar tão descaradamente em cima da Darcy. Ela era linda demais para um garoto comum como esse Charles e ela estava saindo com Finn. Pelo menos ele ainda achava isso.

Sem chamar muita atenção, Finn puxou Darcy para mais perto de si. E sussurrou em seu ouvido.

- É sempre assim?

- Sim. Esse é o lado bom de ser filha da Deusa da beleza.

Por dentro o chalé parecia uma academia misturada com um estúdio de música. A parte dos meninos e das meninas era separada e até as cores mudavam. No teto havia vários desenhos do sol (como na caverna que eles tinham encontrado o Finn). Em uma parede branca, a única do chalé, ficavam guardados os instrumentos musicais, tinha bastante guitarra e violão.

- Por acaso vocês tem uma banda ou é só impressão?

- Impressão. Qual instrumento você toca? – Perguntou James.

- Violão. Mas faz anos que eu não treino.

Entrou algumas meninas no chalé. As meninas pareciam estar voltando da academia. Algumas estavam com o cabelo preso, outras com ele solto, a grande maioria estava de calça legging e a camiseta do acampamento. Muitas delas pareciam àquelas dançarinas daqueles programas que passam aos domingos. Todas eram muito bonitas.

- Acho que eu irei adorar morar aqui.

- Caso você não saiba é proibido namorar pessoas do mesmo chalé. – Disse Darcy um pouco irritada. – Acho que minha ajuda não é mais necessária aqui. Se me dão licença irei fazer a minha unha.

- Volte sempre que quiser. – Disse Charles com um sorriso encantador.

- Se você continuar fazendo convites assim, uma hora eu não terei mais desculpas para recusar.

- Essa é a intenção, minha linda. – Ele se aproximou de Darcy e sussurrou algo em seu ouvido que a fez corar.

Ela foi até a porta do chalé com um sorriso no rosto e a fechou quando saiu.

- Vocês estão juntos? – Finn perguntou assim que Darcy saiu do chalé.

- Não, ainda não... – Charles estava, sorrindo de forma apaixonada, encarando a porta. – Acho que não nos apresentamos direito. Eu sou Charles, o conselheiro chefe do chalé de Apolo. Essa ai é a sua cama. – Ele apontou uma cama perto da porta. - Aqui as regras são bem básicas: Evitar bagunças no chalé, sempre malhar para ficar apresentável, ser simpático com todos no acampamento, até mesmo com os filhos de Ares e sair com as filhas de Afrodite. Mas tenha cuidado com o ultimo item, já que elas gostam de quebrar o coração das pessoas por diversão.

- Acho que sei como isso é.

- Já namorou uma?

- Digamos que sim, mas não saiu muito bem...

- Espero que não seja a Darcy. – Disse James quase em um sussurro. – Ela é meio que propriedade do Charles desde que ele chegou aqui. Ele está tentando chama-la para sair desde o primeiro verão aqui, mas ela nunca aceita. Todos acham que ela tem uma quedinha pelo filho de Hefesto, o Jack. Teve um tempo que os dois viviam pra cima e pra baixo juntos...

- Chega de falar sobre a Darcy... – Finn respondeu ao com um sussurro.

- Quem é o bonitão que chegou agora? – Perguntou uma menina loira se apoiando em Charles.

Finn a olhou de cima a baixo com um sorriso malicioso.

- Sou Finn e é uma pena sermos irmãos. – Ele manteve o sorriso cafajeste que ele adorava dar.

- Eu sou Alisson, mas pode me chamar de Ali. Serei de grande ajuda, mas isso é só se você quiser. – Ela também o olhou de cima a baixo, dando um sorriso de aprovação pelo o que via. - Você tem um sotaque lindo, provavelmente não é americano.

- Não, sou britânico. Meu sotaque não está tão característicos porque morei muitos anos isolado no Canadá.

- Canadá... – Disse Ali. – Você não seria o menino que a Darcy matou, seria?

- É sou eu... – Ele abaixou a cabeça. – Todos sabem dessa história?

Todos balançaram a cabeça de forma afirmativa.

- Ainda bem que você não morreu. Seria um desperdício se isso acontecesse.

- Alisson, já chega. As regras são claras e não se pode sair com nenhuma pessoa do mesmo chalé, então pare de dar em cima do Finn e você apesar de ser novo aqui, não está imune as regras. Tem tantas meninas lindas no acampamento, vai por mim, você não vai querer perder tempo com a sua irmã gostosa aqui. E agora vamos lá pra fora, o dia está incrível, como sempre e eu quero continuar o jogo de futebol. – Disse Charles.

- Você quer é se exibir para as filhas de Afrodite. – Disse uma menina morena. – Ou melhor, para a pombinha ruiva. – E ela sorriu.

Finn ficou com ciúmes do comentário feito pela menina morena. A pombinha ruiva só podia ser a Darcy e ele não suportava o fato de quererem se exibir para a sua namorada, ou seja lá o que ela era dele.

- Cada dia seu senso de humor melhora Georgina. – Ele disse sem tirar o sorriso encantador do rosto, mesmo quando era irônico.

- E você meu irmão, encantador como sempre. – Ela respondeu de forma irônica.

Charles apenas a olhou como se tivesse recebido um elogio.

 - Finn, você sabe jogar futebol?

- Não, mas eu aprendo rápido.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam desse capítulo.



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