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- Olha, Mathews…  - Suspirou a dos fios de cabelo que, ora eram castanhos, ora eram negros.

- Não precisa nem me falar... – Murmurou, fitando o olhar nos jovens paralisados em sua frente. – Se prestar atenção, eles ainda estão aqui... Ilusões?

- Pode ser! – Indagou a outra.

Os olhos de Mathews encontraram-se com um pequeno pedaço de ferro, que estava a poucos metros de si mesmo. Sem hesitar, o ruivo levantou-se do chão, apoiou-se na parede, quando as dores horríveis –que obteve com os socos por parte de Jonny- começaram a correr por seu corpo, o que o fez cair um pouco, mas logo braços finos envolveram-se em suas costas, e foi segurado.

- Toma cuidado, idiota! – Afirmou Bárbara, com o rosto levemente corado.

- A-ah... Obrigado! – Ele, um pouco envergonhado, levantou-se. – Obrigado mesmo, Bárbara. – Sorriu timidamente, fazendo a outra ficar com o rosto muito mais vermelho. – Agora, se me da licença... Eu irei... – Pegou o ferro. – Irei acabar com essa hipnose maluca! – Gritou, batendo o pedaço de ferro em um enorme sino, que fez um grande estrondo.

Bárbara colocou as mãos na orelha, tentando não escutar o barulho, enquanto todos os alunos ficavam agoniados com o som, ficando de joelhos no chão, implorando para que Mathews parasse... Até que então todos param de gritar, e ficaram no chão na mesma posição, ofegantes.

- O que foi isso? – Questionou Hector, com as mãos nas orelhas.

- Err... Como eu posso explicar... – Suspirou o ruivo.

- Diga-me... O que ocorreu? – Murmurou Aron, enquanto ajudava a companheira Elena a se levantar, a mesma logo suspirou um breve “obrigado”.

 - MATHEWS! – O grito soou longe, e a voz conhecida fez todos os pelos do braço do ruivo se arrepiarem.

- E-err... Olá, Jonny! – Sorriu torto. – Como vai a vida?

- Vai bem, é uma pena que você irá sumir dela! – Lançou um sorriso, misturado com o olhar sádico. – Olha... Acho que já está na hora de resolver “aquilo”... – Suspirou fundo.

- Hm... – Murmurou com desinteresse. – Então... Vamos... Vamos resolvê-lo. – Suspirou.

- Aqui não! – Indagou o maior. – Ou vai querer acabar com isso aqui mesmo? – Mathews apenas sorriu docemente, o que irritou o outro. – Vou tirar o sorriso desse seu rosto, desgraçado! – O maior correu até o outro, lançando uma bola de fogo em direção a ele. O ruivo desviou por pouco, porém, uma lança –que apenas foi sentida pelo barulho- foi lançada em sua direção, mas Mathews não teve a mesma sorte que antes, foi atingido no braço.

- Seu filho de um-

- Censure-se, vagabundo! – Gritou, um pouco irônico.

- Eu quem deveria me censurar aqui?! – Questionou retoricamente, bufando. Levantou-se, encostou-se à parede, e pegou o pedaço de ferro de antes. Correu até Jonny, que sorria. Porém, quando Jonny teve tempo de desviar, o corpo de Mathews some por completo. O moreno assustou-se um pouco, arregalando os olhos. Logo, sente alguma coisa sendo acertada em sua cabeça, é quando percebe o líquido vermelho em seu ombro. – Talvez agora você entenda o significado de “respeito”!

- Se pensa que isso vai ficar assim, está enganado! – Um pouco tonto, correu até onde a voz de Mathews se sobressaia, até que conseguiu segurá-lo pelo pescoço, e enforcá-lo por uns instantes. Porém, o ruivo chuta a barriga do maior, que cai ofegante no chão. – Seu...

- “Censure-se, vagabundo!” – Ironizou.

- Jonny! – Bárbara gritou, indo em direção do caído ao chão. – Você está bem? – Ela recebeu um murmuro como resposta, e levantou o outro do chão. – Vamos até a Lindsay, ela deve saber como ajustar esses machucados... Curá-los talvez. Ela não é tão inútil assim, não é?

- Um pouco... – Claro que Jonny não admitiria aquilo, ele tinha os próprios valores, além de ser muito desobediente. Bárbara o ajudou a se levantar. – Você... Você ainda vai ver o verdadeiro significado de vingança, Mathews! – Ameaçou.

- Morri de medo... – O ruivo chutou uma pedrinha, ainda falando ironicamente. Depois, fitou o olhar nos alunos ali presentes, que estavam assustados. – Não se preocupem, criaturinhas! – Zombou.

- Por que estavam brigando? – Questionou Effy, com o frio na voz.

- Não me dou muito bem com o Jonny... E nem ele comigo, agora o motivo é segredo! – Indagou o ruivo, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

- Entendo... – Suspirou Effy.

- Pois bem, o que aconteceu aqui? Por que fez aquilo com o ferro? Quase estourou meus tímpanos, sabia?! – Gritou Jeffrey, um tanto impaciente para saber o resultado.

- Ah, por que essa sala é proibida! – Respondeu.

- O-o que? – Murmurou Donna. – A sala é proibida, e como-

- Como o diabo do Jonny nos mandou vir aqui?! – Completou Sebastian, mas logo se arrependeu, pois aquilo foi contra seus princípios.

- Está irritado, Sebastian? – Provocou Donna.

- Não se meta! – Respondeu frio.

- Olha, se quiser saber de uma coisa: Eu não ligo!

- Mas foi você que começou a discussão, idiota!

- Quando eu fui interrompida por você, pedaço de merd-

- PAREM! – Gritou Abella. – Se quisermos entender alguma porcaria nessa hospício, devemos ficar amigos! – Propôs, um pouco ofegante.

- Não posso crer que vocês acham que trabalhar em equipe vai levá-los a algum lugar... Que clichê! – Indagou Mathews.

- Como? – Dessa vez Izack se revoltou, já irritando com a ironia do outro.

- Acho que quis dizer... Não... Seria? – Elena achou que os pensamentos haviam ficados em sua cabeça, porém ela acabou por sussurrá-los.

- Como disse? – O ruivo fitou o olhar na mais nova, que retribuiu olhando torto, como se não tivesse dito nada. – Bem... Já que vocês acham que podem trabalhar muito bem em equipe, o que acham de um teste de sobrevivência? – Os jovens hesitaram um pouco, mas logo assentiram. – Será assim: Dividirei vocês em dois grupos... Cada grupo com cinco pessoas... Pode ser? – Perguntou, porém sua voz saiu tão fraca, que pareceu que ele falava mais para si mesmo.

- Mas... Como seria isso, basicamente? – Questionou Jeffrey.

- Sobrevivência. – Ironizou. - Só que... Literalmente... Ou irão sobreviver em equipe, ou podem morrer...

***

 -------23:58 -----

- Agora... Acho que já está na hora...

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