Eu estava animado com aquele passeio, até ver minhas companhias.
Realmente, tinham várias garotas. Umas cinco ou seis, mas de costas para mim estavam aqueles cachos ruivos, presos a um rabo de cavalo majestoso. Eu não podia ficar muito perto dela... aquele cheiro podia...
– Davi! – Gritou o Gustavo quando me viu, atrapalhando meus pensamentos. Juliana virou-se e me viu, logo segurando o braço do rapaz de cabelos pretos ao seu lado.
– Vou te apresentar ao pessoal. – Informou-me, quando eu queria mais era dar meia volta e ir para casa. Ele começou da esquerda para direita.
– Lílian, - Uma loira de cabelos curtíssimos, do tamanho do meu. – Felipe, - Um cara que estava de camisa polo vermelha. – Luana, - Uma garota que eu vi na foto, com o decote bem amostra. – Lucas, - O garoto que estava segurando Juliana pela cintura. – Juliana, - Ela sequer olhou para mim. – Daniel, - O loiro que também estava na foto. – Rebecca, - outra loira, com as raízes do cabelo pretas. – Anouk, - Uma morena de cabelo e pele, com olhos azuis como o de um husky siberiano. – E o Bruno. – Era um cara alto, meio asiático, com um pedaço da cabeça raspado e o resto bem grande, preto e volumoso.
Eu dei um oi pras pessoas em geral e entramos no parque. Todo mundo de dissipou, e a Rebecca grudou em mim. Ela estava com uma calça jeans muito apertada, e uma camisa também aperta e rosa choque. Eu fiquei conversando com a Anouk, ela era realmente interessante, e tinha um sotaque francês.
Não muito longe de nós, o Lucas conversava com o Gustavo, e o Daniel tentava ter algum tipo de conversa com a Juliana. Em algum momento eu suspirei e a Anouk logo percebeu. Todos nos sentamos debaixo de uma árvore. A Rebecca tinha desistido de ter algo comigo, e foi para cima do Felipe, e Anouk conversava comigo sobre coisas do antigo Egito.
– Gente, gente, gente, eu tenho uma ideia! – Anunciou Lucas chamando a atenção de todos.
– Que tal eu ir ali comprar uma água¿ - Ele perguntou e todos riram. Eu fiquei sem entender, até a Juliana riu.
– Comprar água significa pegar uma garrafa para jogar verdade ou consequência. – Me explicou Anouk. Senti um calafrio, mas eram dez contra um.
– Todo mundo topa¿ Sem estilar! A única café com leita é a Juju, porque eu tenho ciúme! – Falou o Lucas. Eu senti uma pontada de raiva.
– Como assim Lu!! Nada a ver, eu vou jogar como todo mundo! – Ela disse e o “Lu” fez uma careta ao olhar para o loiro. Lucas saiu correndo para comprar uma água e logo voltou com a garrafa vazia.
Já estava escurecendo, então os postes do parque se acenderam. Fizemos um círculo.
– Ok, cada um tem apenas uma verdade. A ponta responde. – Ele anunciou e todos toparam.
O Lucas girou a garrafa e ela caiu com a ponta no Daniel e o outro lado na Luana.
– Verdade. – Ele escolheu e ela sorriu maliciosa.
– É verdade que você está aqui por causa da ruivinha¿ - Perguntou a garota e ele corou no mesmo instante. – Fale a verdade! – Lembrou ela apontando para ele.
– É. – Ele admitiu e todos brincaram um pouco. Via Juliana se encolher. Giraram de novo e foi com a ponta no Lucas e o outro lado na Juliana. Ele estremeceu e ela gargalhou. Ninguem entendeu.
– Consequencia Juju. – Ele se rendeu.
– Todo mundo que está jogando se comprometeu ein¿ Todo mundo aqui pode ser vítima, mesmo que tenha ido com a ponta para ele. – Ela lembrou e todos concordaram.
– Lucas Nogueira, você tem que dar uma mordidinha no lábio inferior... – Todos riram maliciosamente enquanto ela demorava fazendo mistério. O Lucas olhava abismado para ela. – do Daniel. – Todo mundo riu e o Daniel corou. Eu fiquei extremamente surpreso com aquilo, como a Juliana podia ser cruel¿
Demoraram um pouco fazendo frescura, mas o Loiro recebeu a mordida. Giraram a garrafa que foi com a ponta para a Juliana e o outro lado para mim. Eu olhei para ela e vi que ela finalmente me olhava.
– Verdade. – Ela escolheu. Pensei um pouco na pergunta...
– Você está com raiva de mim¿ - Perguntei e ela se encolheu um pouco. Todos estavam confusos, nem sabiam que eu a conhecia.
– Eu estava, mas não estou mais. – Ela disse rápido e todos permaneceram em silencia até que giraram a garrafa de novo e ela foi com a ponta para mim e o outro lado para o Bruno. Ele me olhou confuso, pois não me conhecia para poder me perguntar algo.
– Consequencia. – Escolhi e todos riram maliciosamente.
– Hm... Você tem que beijar a Anouk. – Ele disse simplesmente e eu arregalei os olhos. Olhei para a Juliana, mas ela não demonstrava nada demais. A Anouk estava ainda mais confusa.
– Vamos gente, ninguém aqui tem namorado, tem¿ - Perguntou o Lucas.
Eu me aproximei mais da Anouk que estava do meu lado e coloquei a mão na sua nuca, dando um beijo lento mas que durou pouco. Todos riram e aplaudiram, e a Anouk ficou meio sem jeito.
Ótima maneira de pedir desculpas a Juliana, e de fazer uma amiga.
Giraram de novo a garrafa, e foi com a ponta na Juliana e o outro lado no Felipe. Ele riu um pouco olhando para o Bruno. Merda! Não faça nada Davi, não faça nada... É uma brincadeira...
– Sem mais verdades ruivinha... – Riu-se o Felipe. Ela deu de ombros.
– Tudo bem, você tem que ir para o lado do Bruno e beijar ele. – Disse cruzando os braços com um sorriso malicioso. Todos riram um pouco, mas ela não teve frescura e foi para o lado do rapaz.