POV Rose Weasley

Bem, desde aquele dia tudo ia bem, bem até demais... Se é que me entende. Bom, vamos resumir tudo. Albus foi liberado da enfermaria depois que o efeito da poção passou ( ainda não sabemos que colocou aquela poção na bebida dele. ), voltamos para as nossas casas, eu e Scorpius brigamos, nos reconciliamos, nos beijamos, fizemos Albus ficar com expressão de nojo e jogamos muito quadribol.

As férias estavam ótimas, hoje era dia 31 de 2026 e seria uma noite perfeita (tomara). Bom, hoje teria uma grande festa de ano novo na minha casa e todos que conhecemos iriam, até a idiota da Melody. Já que ela está morando com o MEU namorado ela tem que ir, porque como minha mãe diz, ela é “parte da família Malfoy” agora.

Já estava de tarde, coloquei um vestido branquinho, bem simples junto a um, sobretudo branco. Coloquei meia calça branca com rendinhas e um salto branco. Sim, hoje eu estava gostando de vestir branco.

Eu sai de casa e aparatei junto com minha mãe na frente da mansão Potter, onde pegamos Lily. A ruivinha Junior usava um vestido branco bem solto e curto e um saltinho verde. Ainda bem que Hugo não estava na hora. Conversamos pelo caminho a fora da mansão Potter, recebendo olhares de todos os garotos que passavam por lá, já que era um bairro trouxa.

Nós duas nos encontramos com minha mãe num lugar afastado da rua e aparatamos em frente a mansão de tio Jorge, onde buscamos Roxanne. Ela vestia quase o mesmo modelo de vestido que nós duas, com uma diferença de que o dela tinha mangar grandes e largar quase transparentes. Seu salto, definitivamente era maravilhoso, era marronzinho e alto, fofo na verdade.

Sem falar nada, voltamos a aparatar junto de minha mãe, só que dessa vez, até a mansão do tio Gui, batemos na porta e Dominique abriu sorridente. Ela vestia um bolero bem grosso de plumas brancas e uma blusa bem grande, comparada a um vestido e um short da mesma cor, para disfarçar. Usava também uma meia calça preta bem bonita e botas de salto fabulosas.

Sinceramente, ela estava mais bonita do que todas nós juntas. Fomos de novo para o outro lado da rua e aparatamos, chegamos a uma rua movimentada em Londres, ninguém havia notado nossa chegada (Graças a Merlin!). Começamos a passear, entrar em lojas sem parar, comprar e gastar muito, minha mãe também estava aproveitando o dia conosco, ela até que era uma coroa divertida. Fomos até uma lanchonete trouxa e sentamos em uma mesa. Urf! O dia foi cansativo.

– Eu. Nunca. Gastei. E. Andei. Tanto. – Disse Dominique pausadamente com a respiração ofegante.

– Imagine eu, Dominique. – Eu disse sincera.

– Nem em um jogo de quadribol eu me canso tanto! – Dominique, Roxanne e Lily exclamaram ao mesmo tempo. Elas eram do time de quadribol da Grifinoria, eu era uma das únicas Weasley’s que nunca foi do time de quadribol. Eu adoro a palavra quadribol, perceberam? Eu poderia cantarolar vinte e quatro horas por dia ”quadribol, quadribol, quadibrol, lálálálá”

– Vocês querem sorvete? – Perguntei como se não tivesse escutado o que elas disseram.

– Não, obrigada. – Disse Dominique. – Tenho que manter meu peso. – Ela continuou, bufando. – Eu estou com preguiça de me arrumar para a festa de ano novo. – Disse colocando os braços sobre a mesa da lanchonete, aninhando sua cabeça ao redor deles.

– Eu também estou mais temos que fazer isso, certo? – Disse Lily, bocejando. Será que eu era a única que tinha dormido bem?

– Bom meninas. – Começou minha mãe. – Temos de ir. Vamos ficar o resto do dia no salão, lembram-se? – Ela perguntou.

– Aaah. – Eu e as meninas guinchamos em uníssono. A gente conseguia fazer tudo sem ir ao salão, para que gastar libras?!

Fomos mesmo assim, contragosto. Saímos da lanchonete sem comer nada, o clima não estava muito para comida. Passeamos pelas calçadas de Londres, cansadas. Chegamos a um estabelecimento grande, bem “chique” como se diz. Entramos e fomos recepcionadas educadamente, fomos dirigidas a uma sala com cinco cadeiras de lavagem (N/A = Aqueles que a gente usa no salão para lavar o cabelo u.u) e sentamos.

Cinco cabeleireiras entraram uniformizadas e em fila indiana dentro da sala, seguindo a cada cadeira. Lavavam nossos cabelos, enquanto dez outras especialistas na área entravam na sala. Cada uma seguia para uma pessoa, duas vieram até mim, uma começando a pintar minhas unhas e outra cuidando de minha pele facial. Sinceramente, doía todo aquele tratamento.

Mulher para ficar bonita, sofre como diz o ditado. Fiquei pensando lá, enquanto passava por aquela tortura “Porque os garotos mais gatos de Hogwarts, são GG?”.”GG” Era uma sigla que eu, Dominique, Lily e Roxanne inventamos para “Galinhas e gostosos”. “Rose não pense nisso, você tem namorado." Meu subconsciente dizia para mim mesma. “Ora, o que os olhos não veem, o coração não sente”. Eu respondia pensativa para meu subconsciente.

Fui acordada de meus pensamentos alguns minutos depois, quando uma das mulheres disse para eu sentar na cadeira a frente para começarmos a arrumar meu cabelo. E assim fiz. Ficamos lá a tarde toda, arrumando nossos cabelos e nossas unhas. Um novo ano, um novo visual. Como diz Dominique.

Já ia dar dezoito horas, saímos do salão bem bonitas, certamente. Fomo para um beco perto dali e aparatamos em frente a minha casa. As roupas das meninas já estavam lá esperando por nós no meu quarto. Subimos a escadaria e quando já estávamos entrando em meu quarto, Lily passou no quarto de Hugo e o beijou. Eu, Roxanne e Dominique reviramos os olhos.

Finalmente depois de ver aquela cena de beijo do Hugo e Lily, entramos em meu quarto e começamos a nos vestir. Meu vestido era bem simples. Era um vestido branco com um laço preto na cintura, com uma alça fina pretinha. Coloquei uma tiara de perolas na cabeça e peguei uma bolsinha para combinar. Coloquei algumas pulseiras e pronto, já estava perfeita. Dominique usava um vestido muito bonito, branco com paetê e costas abertas. Ficou bonito nela. Lily colocou um vestido branco com bolinhas pretas e um laço branco na cintura. Retro e simples, mais bonito. Roxanne não toma jeito, usa sempre roupas fabulosas. Ela podia ser igual ao tio Jorge e ao tio Fred, tanto na aparência quanto na personalidade, mais uma coisa que tia Angelina ensinou a ela, foi como se vestir. A castanha usava um vestido belo, branco e preto, bem curtinho. Tomara que caia, ele ficava bem preso ao corpo (Tio Jorge não vai gostar.). Era branco com um tecido preto por cima, quase transparente a baixo da cintura com um pequeno laço branco para destacar.

Mamãe foi se arrumar em seu quarto, deixou nós quatro lá nos arrumando perfeitamente bem. Já eram dezenove horas e então descemos as escadarias, levando-nos a sala. Todos estavam lá, amigos de Hogwarts, seus pais, parentes, resumindo: Quase todas as pessoas do mundo mágico. Todos olhavam para nós, admirados. Senti minhas bochechas corarem e Scorpius dá olhares mortais para Albus e quase todos os meninos de Hogwarts. Sim, colocaram um grande feitiço de extensão na sala, que nem era mais uma sala e sim, um grande salão de festas. Chegamos ao fim da escadaria, Hugo levou Lily com ele, Dominique foi acompanhada de Vincent e Roxanne acompanhada de Lorcan. Já eu? Fui acompanhada por meu lindo namorado. Ah, para quem quer saber, sim Melody estava lá. Seu vestido estava bem bonito, era um vestido branco, todo rendado, lindo e perfeito com um laço preto na cintura (Acho que todos gostam de laços pretos na cintura.). Tia Astoria deve ter lhe ajudado a escolher. Ela também usava uma meia calça preta e um colar de perolas, mais quem liga? Eu, talvez. Mais deixa para lá. Fui fazer sala junto com Scorpius para os convidados, antes que meu pai me repreendesse (Acho que ele ainda não sabia sobre meu relacionamento com o loiro). Teddy e Fernanda adentraram o salão, seguindo em direção a mim.

– Oi Fernanda! Oi Teddy! – Eu disse abraçando o meu quase primo e a noiva dele. – Como vão?

– Vamos muito bem Rose. – Disse Fernanda sorrindo.

– Estou tão animada para o casamento! - Eu disse imaginando como seria.

– Imagine eu! – Ela disse sorrindo.

– Bom, vamos ali falar com o padrinho e com tio Rony, se nos der licença Rose. – Disse Teddy educadamente, se retirando com Fernanda.

– Scorpius, acho melhor nós contarmos para meu pai... - Eu disse baixinho, depois que o casal saiu.

– Contar o que, Rose? – Disse uma voz conhecida atrás de mim. Acho, bom, acho não. Tenho certeza que fiquei pálida na hora. Virei meu eixo em um ângulo de noventa graus e sorri. Era meu pai.

– Oi pai. – Eu disse sorrindo forçado.

– Contar o que Rose? – Ele disse sério.

– Bom... Que o bufê está servindo... Hum... Sorvete derretido. – Falei a primeira coisa que veio a cabeça.

– Ora! Que absurdo Rose! – Ele disse, arrumando seu terno. – Eu acabei de passar por lá! Não minta para mim mocinha. – Ele disse, já arrumando seus bigodes ruivos.

– É que eu não sei como o senhor vai reagir quando souber... – Eu disse cabisbaixa, brincando com meus sapatos os arrastando pelo piso.

– Fale logo Rosinha! – Meu pai disse. – E pare de arrastar o pé. Arranha o piso. – Ele disse me repreendendo. Cessei meu ato.

– Eu meio que estou... Namorando com o Scorpius. – Eu disse bem rápido, levantando a cabeça. Ok, acho que não foi tão rápido o bastante. Vi meu pai ficar branco como cera, é hoje que um loiro oxigenado morre, e eu não estou falando de Draco Malfoy.

– P-p-poderia r-r-repet-tir, R-ro-rosinha? Acho q-que n-n-ão e-en-entendi direito. – Ele disse gaguejando, estava suando muito. Arrumava a cada segundo a gola de seu terno.

– Pai, o senhor ouviu bem. – Eu disse esperando os gritos e as broncas.

– Um minutinho Rosinha. – Ele se virou e gritou o mais alto que pode, fazendo todos olharem para nós. Ele cessou o grito e se virou sorrindo para mim. – Tudo bem Rosinha.

– Sério? – Perguntei incrédula.

– Não. – Ele disse ainda sorrindo. – Rose, a doninha saltitante Junior? O loiro oxigenado II? A doninha albina segundo? O príncipe da tinta de cabelo? A coisa loira? O reflexo de Sol? O cachorrinho branco? O amarelo florescente? Rose! O que ele deu para você? Poção do amor simples? Amortência? O que você fez com minha filha rapazinho? – Ele disse se dirigindo perigosamente a Scorpius.

– N-n-nada senhor. – Ele disse, arregalando os olhos.

– Pai. – Eu disse ficando em sua frente. – Eu estou com ele por livre e espontânea vontade, seria legal se o senhor se esforçasse só um pouquinho para não ir para Azkaban hoje, por favor. – Eu disse juntando as mãos e fazendo o truque dos olhos brilhando. Sempre dava certo.

– Argh... – Ele bufou. – Tudo bem. Mais, se você fizer minha filha chorar, ou só ficar triste, Malfoy. Considere-se um homem morto ou um alvo de caçada. – Meu pai disse ameaçadoramente. – Capte?!

– C-c-ca-p-pte, senhor. – Disse Scorpius bem assustado.

– Ótimo. Ah, e se tentar alguma gracinha, também se considere morto. – Ele disse saindo dali bem estressado.

Faltava dez segundos para meia noite, todos nós já estávamos lá fora nos jardins.. A contagem regressiva veio “10... 9... 8... 7... 6... 5... 4... 3... 2... 1... Feliz ano novo”. Todos se abraçando e se beijando, eu e Scorpius não perderíamos a oportunidade, certo? Entre milhares de pessoas nos gigantes jardins, nós dois nos beijamos ali, e com certeza, seria especial. Nós dois nos soltamos sem fôlego.

– Feliz ano novo. – Dissemos em uníssono, ofegantes e sorrindo.

Ficamos ali abraçados enquanto não sabemos de onde, uma musica surgia e todos dançavam juntos e coladinhos. Estava tudo perfeito até que, no meio dos jovens de Hogwarts, um pergaminho apareceu e então por curiosidade, todos foram ler.

“Se eu aprendi alguma coisa na vida é que, às vezes, coisas entram no seu caminho e você tem uma escolha. Você pode enfrentá-las ou você pode adaptar-se e fugir, mas você tem que fazer um ou outro para seguir adiante. Entendeu pequena Mel? Você é nova aqui, então vamos deixar isso claro, sortuda... A primeira mencionada de hoje e do ano. Ah! Falando em sorte... Nós fazemos nossa própria sorte, então, chamamos de destino. E qual melhor desculpa para escolher um caminho do que insistir que é nosso destino? Mas no fim, temos que conviver com nossas escolhas. Não importa quem esteja à nossa volta. Isso é uma boa coisa para refletir, se é que me entendem. Nesses últimos dias, tenho virado uma filosofa nata, não é porque estou sem assunto, é porque quero ver seus cérebros cozinharem! Assim como as estações, as pessoas têm a habilidade de mudar. Não acontece com frequência, mas quando acontece, é sempre para o bem (Ou talvez não, certo Albus?!). Algumas vezes leva o quebrado a se tornar inteiro de novo. Às vezes é preciso abrir as portas para novas pessoas e deixá-las entrar. Na maioria das vezes, é preciso apenas uma pessoa que tenha pavor de demonstrar o que sente para conseguir o que jamais achou possível. E algumas coisas nunca mudam. E que comece o novo jogo da garota de Hogwarts. As coisas não vão ser como antes, um novo ano, um novo jogo. Vão ser assim as minhas regras. Lembrem-se, o jogo começou elite (Adorei esse nome, fofinho!) . Bom jogo ratinhos. Aproveitem as férias para se reinventarem, pois o sétimo ano será complicado, não só para a elite, mais para todos. Se acham que é o ultimo ano de vocês me suportando, estão enganados, eu sou vocês e vocês são eu. Vocês nunca se livrarão de mim. Eu sou eterna. Eu sou a garota de Hogwarts. Um pequeno aviso, nós sabemos que uma nação não pode ter duas rainhas. E dessa vez, não aposto as fichas nas Russas, difícil de acreditar mais aposto as fichas na Weasley. O que será que vai acontecer? Só o tempo vai dizer! Aqui foi a garota de Hogwarts com as primeiras noticias do ano. Boas festas, pequeninos.

E quem sou eu? Esse segredo eu não conto para ninguém. Vocês sabem que me adoram.

Beijinhos,

A garota de Hogwarts.”

Ela só pode estar de brincadeira, nem quando nós nos formarmos vamos nos livrar dela? E o que tudo o que ela disse significa? “Só o tempo vai dizer...” Estranho... Mais, não vamos nos preocupar com isso agora, é melhor aproveitar nosso tempo sem ela.

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Roupas que elas usaram em Londres (N/A = Rose, Dominique, Roxanne e Lily respectivamente):

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Vestidos de ano novo:

Rose:

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Dominique:

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Lily:

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Roxanne:

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Melody:

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