Chinese Dragon! Soul Of Kung Fu. escrita por Leandro Carvalho


Capítulo 4
Aquele que descobre


Notas iniciais do capítulo

"Mesmo que todos digam que não vai da certo...

Tente, vai que dá!..."

Eu não ganhei presente de natal )':



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Estava de tarde, como sempre o Natal não estava sendo legal esse ano, fiquei assistindo uns filmes do Bruce Lee, o que estava vendo nesse exato momento era "Bruce Lee a lenda", era tão ridículo, falava no começo que existiam relatos cem anos antes do nascimento do Bruce de que os homens poderiam vencer guerras sozinhos, poderiam até mesmo voar.

Claro, fora de aviões, e que 100 anos depois disso nasceu Bruce Lee, eu não acredito nessas besteiras, mesmo assim assisti ao filme, queria conhecer melhor a vida de um dos homens mais fortes do mundo, mesmo assim isso me irritava, como poderiam dizer que um ser humano poderia fazer tantas coisas? Isso pode até ter acontecido só que há muitos e muitos anos atrás, tipo antes de Cristo...

"A filha da nossa vizinha disse que passaria aqui para te conhecer, Leandro" Minha mãe falou meio que do nada.

"Tudo bem, ela chega que horas?" Perguntei.

"Ela disse que iria passar de noite, só que não pode ficar muito tempo porque vai sair com a mãe dela, afinal hoje é natal..." Falou minha mãe.

"Não tem problema, eu nem quero conversa mesmo." Estava entediado.

Minha mãe só me olhou, só que aquele olhar queria dizer muita coisa, e não era coisa boa...

Enfim, eu voltei para meu quarto, e senti uma coisa estranha.
Como se o quarto olhasse para mim, como se ele quisesse me dizer algo, eu fui comer algo e fiquei deitado, me lembrando da luta que tive com a menina do templo e confusão quando cheguei em casa, depois de um tempo de conversa eu deixei minha mãe calma, ela já estava querendo me proibir de sair de casa para não arrumar confusão.

A campainha tocou, eu olhei a hora no relógio e para minha surpresa já eram 17:30, droga...

Eu coloquei uma blusa mais bonitinha, arrumei o cabelo e fui lá para fora, lá estava minha vizinha, ela era bem fofa e tinha um corte de cabelo legal.

"O... Oi" Eu falei gaguejando.

"Olá" Ela disse sorrindo.

"Meu nome é Wanotomi Kei, e o seu?" Ela perguntou.

"Meu nome é Harushi Leandro" Eu respondi.

"Harushi?! Parece japonês." Ela brincou.

"Eu também acho, estranho né?!" Comecei a rir, e ela riu depois de mim.

Nos sentamos em uma escada a frente da minha casa e ela começou a perguntar, sobre meus gostos e coisas desse tipo, a gente gostava das mesmas coisas praticamente.

"E aí, qual foi o último filme do Bruce que você viu?" Perguntou ela.

"Ah... Hoje eu estava assistindo o "Bruce Lee a lenda." Respondi.

"Hum... Esse filme fala sobre a vida dele, né?!" Ela ficou com uma cara de duvida meio engraçada, eu ri um pouco e disse.

"Sim, dizem até que os homens podiam voar antigamente" Respondi.

Ela continuou rindo, e depois ficou séria.

"O que você sabe sobre a China?" Ela perguntou olhando para o céu.

"Quase... Quase nada." Respondi.

"Então não fale besteira." Agora o silêncio tomou conta.

"Que dizer que os chineses não são humanos, é?" olhei para o céu também só que meu rosto não estava sério.

"Não é isso... Sabe, a gente é um pouco diferente, depende do que estamos falando, isso também pode está relacionado com religião."
Ela falou concentrada na sua visão.

"É incrível como o local onde nascemos e o que escutamos pode mudar a gente não é?!" lembrei-me de como era no Brasil enquanto dizia isso.

"Mas acho que o mundo precisa de tudo isso." Agora ela olhou para mim.

"No Brasil as pessoas julgam as outras, isso acaba levando muita gente à tristeza ou algo assim, aqui na China não... É tudo bem diferente." Eu disse.

"Não é que seja diferente, você não pode comparar o seu antigo país que não tem nem 700 anos, com a grande China que os relatos dizem ter 4.000 pra lá... Um dos países mais antigos de todos." Ela falou isso quase com os olhos brilhando.

"Você se orgulha de ter nascido aqui, né?!" Perguntei.

"Claro e ainda é um ótimo local para treinar kung fu" Ela disse dando um soquinho no ar.

"Sério?! Você treina kung fu?" Eu perguntei impressionado.

"Sim, você também?" Perguntou ela.

"Lá no Brasil eu treinava, só que faz mais de um ano, todas as meninas aqui lutam kung fu?" Eu perguntei com uma felicidade no rosto.

"Não, eu nem conheço muitas." Ela respondeu.

"Você já é a segunda que eu vejo!" Exclamei.
"Incrível..." Ela falou praticamente brincando comigo, eu fiquei meio triste, pareceu que a conversa estava sendo chata para ela.

"Você é muito linda, gostei do seu cabelo." Falei para ver se criava algum assunto.

"E você está de brincadeira, né?! Cara... Não se elogia uma chinesa..." Ela falou olhando para mim, mas não diretamente em meus olhos.

"Por quê?" Perguntei.

"Porque não... Você está precisando aprender algumas coisas, quando for conversar com um chinês não olhe nos olhos dele, é como um desafio à sua autoridade, é falta de educação também, nunca fale algo do tipo "belos seios" para uma chinesa, nunca toque na pessoa que estiver conversando com você, aqui nem existe aquele aperto de mãos, você também não deve criticar os outros como muitas pessoas fazem no Brasil, existem varias coisas que fez o oriente se tornar o que ele é hoje, respeito! Aproveite seu tempo, na China tempo é tempo e dinheiro é dinheiro, diferente da América lá tempo é dinheiro, isso não existe na China, ser paciente nesse país significa muita coisa, a vida é longa, você deve saber aproveitar cada momento na hora certa, o que você fazia no ocidente? Já dizia que amava uma menina depois de alguns meses de namoro?
Aquilo não é amor de verdade. Você vai aprender, tenho certeza!" Depois de dizer isso ela abriu um sorriso sincero.


"Tirando a parte das meninas, eu não sei se gosto delas" Eu sorri e agradeci por tudo o que ela me ensinou naquela noite.

"Você é gay?!" Ela começou a rir.

"Na verdade não sei, bi talvez..." Nós rimos juntos.

"É isso, cara, foi bom te conhecer, e sim... Vamos fazer kung fu na mesma academia que eu?" Ela me convidou.

"Claro, seria um enorme prazer." Confirmei.

"Então está marcado, vai ser muito divertido. Você parece ser uma ótima pessoa, Leandro, agora tenho que ir, minha mãe me espera, boa noite e feliz natal." Ela me disse se levantando.

"Ah, obrigado por tudo, feliz natal para você também, espero que você se torne uma grande amiga" Eu estava quase para abraçar ela, só que meio que travei no meio do caminho, lembrei que eles não gostam muito dessas coisas.

"Bobinho..." Ela mesma me abraçou.

Assim ela foi embora, eu voltei para casa e fiquei no tédio até a hora de comer, depois foi legal, foi o melhor natal da minha vida.
De noite resolvi entrar no Facebook, ele estava parado faz um tempo desde que cheguei na China, afinal estava conhecendo o país que era bem melhor do que perder tempo lá, o que será que iria acontecer comigo futuramente? Eu tinha muito medo de encarar o futuro de frente...

E o pior de tudo foi que naquela noite eu tive vários sonhos estranhos, sobre mortes e passado, coisas realmente fora do normal.


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Notas finais do capítulo

Eu tenho primeiramente que agradecer a Liz que está me ajudando com o português corrigindo os meus erros no capitulo, por isso que eu erro direto nas notas fora do capitulo kk ><, eu estou sem a minima vontade de continuar =/

Espero que vocês leitores aprendam alguma coisa com esse capítulo, boa leitura e até o proximo.