BELLA POV.

Eu estava furiosa com aqueles projetos de seres humanos. Tinha vontade de esganá-las até a morte! Como eu sentia falta do meu pai naquele momento. Eu podia não ter visto quem foi que tinha rasgado o meu vestido que Ali comprara pra mim, mas eu sabia muito que tinha sido aquelas gêmeas dos infernos! Elas ainda vão ter troco, a se vão!

Parei de chorar e fiquei vestida no meu roupão, esperando a minha fada madrinha baixinha aparecer. Eu só podia confiar na Alice nessas horas, agradeço a Deus por ter uma amiga tão legal e prestativa como ela. E realmente, só ela para me fazer ir nesse baile estúpido. Tudo bem que Alice me convenceu a ir, mas eu não estava tão empolgada assim, mas eu tinha que me divertir alguma vez na minha vida certo?

Anita não estava em casa, ela havia ido a Seattle visitar a filha nesse fim de semana, sinto falta da minha “mãezona” que sempre me ajuda nessas horas. Por enquanto eu tinha que engolir essa história. Sem Sue, sem grana para a faculdade. Ô vida injusta! Fiquei sentada na minha cama pensando na minha triste vida, quando escutei o barulho de um motor conhecido estacionando na frente da minha enorme casa.

Alice desceu do seu carro vestida num sobretudo preto com uma enorme caixa branca nas mãos e uma sacola, estava fazendo frio, e eu desci as escadas para abrir a porta da frente para ela.

- Oi Bella! – ela me cumprimentou dando dois beijinhos e um abraço. – Ainda não consigo acreditar que aquelas duas monstras fizeram isso! – disse a minha fadinha já no meu quarto.

- Acredite amiga. – eu disse me jogando na minha cama.

- Mas eu, sua melhor amiga e sua fada madrinha, – ela disse saltitante – trouxe outra roupa para você! – ela disse me estendo à caixa.

Eu peguei meio receosa e quando abri, quase tive um enfarto do coração! Era o vestido que Alice usou como debutante nos seu aniversário de dezesseis anos. Ele era a perfeição própria! Era completamente de uma princesa.

- Alice... Eu não posso usar isso. – disse, ainda chocada.

- Mas é claro que pode Bella! – ela disse magoada – Por favor! – ela suplicou.

- Mas... – eu ainda tentei intervir.

- Nada de “mas” Isabella! Você vai vesti-lo SIM! – Alice falou autoritária.

Não tive outra solução a não ser vesti-lo. O vestido era belíssimo e caía perfeitamente em meu corpo. Alice realmente tinha bom gosto. Calcei umas sandálias prateadas com strass e Alice se pôs a me arrumar, ela estava linda de sininho, era bem a cara dela.

- Adorei a sua fantasia, você é a minha fadinha, Allie! – eu disse enquanto ela ajeitava o meu cabelo.

- Obrigada Bells! – ela disse contente – Você vai arrasar nessa festa hoje, amiga! – ela disse completamente empolgada. Doida! Mas confio na minha amiga.

Já passava das dez quando eu finalmente estava pronta. Alice me deu uma capa preta para colocar por cima do vestido e me ajudou a entrar em seu porshe amarelo. Só ela para ter um carro chamativo desse jeito. Ela também me deu uma máscara do mesmo tom do vestido enfeitada com glitter e ela também tinha uma só que dourada, para combinar com sua fantasia verde de fadinha.

Chegamos ao clube onde seria a festa e ela estacionou o carro. Deixamos nossos “casacos” no carro e colocamos as máscaras. Alice estava realmente empolgada com essa história de máscara.

- Você está maravilhosa, Bella! – disse Alice quando entramos na festa.

- Você também, amiga! – eu sorri para ela.

Era impossível não se contagiar com a alegria dela.

O salão estava muito bem decorado, tinha a parte das mesas e logo mais ao lado tinha a pequena pista de dança, onde a maioria dos alunos estava.

A música rolava solta e parece que todo mundo parou de dançar a me ver. Fiquei extremamente constrangida. Desci as escadas lentamente com os holofotes todos para cima de mim. E logo pude ouvir os aplausos.

Helpless When She Smiles – Backstreet Boys

Alice já estava lá embaixo e sorria abertamente para mim. Nossa! Nunca senti isso na vida. Eu estava realmente empolgada.

- Amiga você fez uma entrada sensacional! – dizia Alice me abraçando assim que eu cheguei perto dela.

- Acalme-se Alice! – eu disse em meio a sorrisos.

- Que calma o quê! – ela ria – Vamos beber um ponche.

Ela saiu me arrastando até a mesa das bebidas. Notei que as gêmeas Barbie mais a Rosalie – vestida de anjo – quase me fuzilaram com o olhar quando passei por elas. Pena que elas não podiam saber quem eu era, simplesmente dei o meu melhor sorriso cínico ao passar por elas. Essa máscara realmente me dava um poder...

Ela guarda os segredos nos seus olhos

Ela oculta a verdade dentro de suas mentiras

E justo quando eu não posso agüentar o que ela fez comigo

Alice também percebeu e fez o mesmo que eu, isso realmente era divertido! Tomamos um ponche e ficamos rindo da cara delas ainda no local de bebidas. Quando de repente chegam dois meninos. Um estava fantasiado de príncipe e eu sabia perfeitamente quem era, Edward Cullen, e o outro estava fantasiado de Peter Pan, era o Jasper – irmão gêmeo da Rosalie. Acho que ele formou o par com a Alice, os dois conversavam animadamente.

- Acho que nossos amigos acertaram na fantasia, não? – ele me perguntou dando aquele sorriso torto que eu amava.

- Creio que sim. – respondi sem gaguejar. MILAGRE!

- Assim como nós. – ele disse alegre – Príncipe e a princesa. – ela pegara na minha mão.

WOW! PÁRA TUDO! EDWARD CULLEN, ME CANTANDO?

Ela vem até mim

E me guia de volta ao paraíso

Ela é tão difícil de segurar

Mas não posso deixá-la ir

- Princesa? – indaguei – Estou sem a coroa. – sorri.

- Você não precisa de coroa para ser a minha princesa. – ele disse daquela forma galanteadora que só ele tem.

Hiperventilei agora.

REALMENTE ELE ESTÁ ME CANTANDO! O QUE EU FAÇO AGORA? Nada. Eu simplesmente corei igual a um tomate e desviei o olhar daqueles olhos infinitamente verdes e brilhantes.

- Não precisa ter vergonha. – ele tocou em meu rosto e me fez olha para ele.

- Ah... Eu não estou com... – eu tentei esboçar alguma resposta.

- Tem certeza? – ele me interrompeu com aquele sorriso dançando em seu rosto perfeito.

Eu balancei a cabeça negativamente. “Vamos lá Bella! Você sabe que ele não presta e só está te cantando, faça dessa à noite a mais perfeita da sua vida!“. Pensei.

 Eu sou uma casa de cartas no meio de um furacão

Um passeio descuidado na tempestade

Ela me fere e a dor é tudo o que eu quero sentir
Ela sai dançando como uma criança

Ela me deixa louco, ela me deixa fora de mim

Mas fico indefeso quando ela sorri

- A princesa tem nome? – ele perguntou devido ao meu silêncio momentâneo.

- Tem, mas não pode dizer agora. – eu falei divertida.

Vamos jogar?

- Certo, mas vai me dizer? – ele se aproximou de mim.

- Quem sabe? – sorri marota. Ele me olhara incrédulo, mas sorriu. – Vamos dançar? – eu perguntei estendendo a minha mão para ele.

Essa máscara está me fazendo bem!

- Não seria eu que devia perguntar isso? – ele perguntou divertido.

- Pra quê regras? – eu perguntei sem esperar respostas e o arrastei para a pista.

Alice já estava dançando coladinha com o Jasper, sempre soube que ela tinha uma quedinha por ele, assim como ela sempre soube que eu morria de amores pelo seu irmão. E algo me dizia que ela já sabia que o irmão iria vir de príncipe. Ela sorriu a me ver já dançando com o seu irmão e piscou discretamente para mim, simplesmente sorri. Essa festa iria me render bons frutos.