BELLA POV.

Eu não queria, mas fui para a escola na segunda-feira. Cheguei, estacionei meu carro e adentrei a escola. Era cedo, desde o final de semana eu não conseguia pregar o olho. Assim que cheguei tive aula de biologia e infelizmente, eu era parceira de Edward.

Sentei-me na banqueta em frente a nossa bancada costumeira e me pus a ler as últimas anotações da aula. Os minutos foram passando e os alunos foram chegando à escola, e logo Edward chegou e se sentou ao meu lado. Pude sentir meu coração se alarmar, mas ele nada disse. Nem ao menos me olhava.

Eu senti meus olhos se encherem de lágrimas, mas as segurei com uma força sem tamanho. Passamos os dois tempos de biologia sem nos olhar. Quando o sinal bateu, ele pegou seus pertences e saíra da sala.

Arrumei minhas coisas e rumei para a aula de história. Nela eu dividia com Jasper e Alice. Assim que entrei na sala, meu olhar bateu nos dois, como não tinha lugar marcado, me sentei no fundo da sala.

Passei a aula inteira de cabeça baixa e chorava silenciosamente, não consegui prende-las mais. Só acordei para a realidade quando o sinal para o intervalo tocara. Peguei minhas coisas lentamente e saí da sala.

Coloquei minhas coisas em meu armário e quando fui me virar para sair, Alice estava às minhas costas. Ela me olhava bem séria.

- Precisamos conversar. – ela disse andando e eu a segui.

Fomos para o pátio da escola que à uma hora dessas estava vazio. Sentamos em um banco.

- O que foi que aconteceu, Bella? – ela me perguntara.

Eu narrei à história inteira para ela, desde a festa até a parte que me lembrava, que foi o despertar do dia seguinte. Contei até que continha sangue em minha cama, ela ficou histérica.

- Alice! – exasperei – O problema de tudo é: eu não me lembro de nada! Nada mesmo, nem de como cheguei a minha casa! – eu disse chorando.

- Bella, é complicado. – ela disse murmurando e se levantando.

Ótimo! Eu perdi minha melhor amiga também. O sinal logo bateu e eu tive que ir para a aula de inglês. Já estávamos no fim do horário, quando o diretor Maison, mandou que todos os formandos fossem para o auditório. Fui junto com os outros alunos e me sentei no fundo do auditório.

O diretor começou a falar sobre alguma coisa, mas eu não estava prestando atenção em nada. Até que ele parara de falar, pois ia começar um vídeo de algo que ele disse. Eu olhei para a tela e quase enfarto com o que vi.

Era James e... Eu? Transando? Ele estava deitado e eu por cima de costas, gemendo como uma louca e o mesmo me mandando gemer mais, chamando-me pelo nome. Eu fiquei estática em minha cadeira. Eu só senti os olhos de fúria de Edward me fitando.

O diretor se desesperara e mandara desligar o aparelho.

- SRTA. SWAN! NA MINHA SALA AGORA! – ele berrara ao me olhar, acordei de meu transe com seu grito.

Todos os alunos olharam pra mim. Meu Deus do Céu! Como isso foi parar ali? E ele estava filmando? Fui para a sala do diretor e fiquei sentada lá pelo restante do dia, ouvindo sermões e não sabendo explicar para o diretor o que tinha acontecido.

Somente saí de lá para ficar na ante-sala, pois ele conversava com minha madrasta. Eu estava literalmente perdida. A secretária do diretor me olhava com repulsa, eu chorava demais... Logo, Edward adentrara a sala.

- Se veio aqui me importunar, vá embora. – disse ríspida.

- Só quero que saiba que eu não tenho mais nada com você. – ele disse ríspido.

- Como se eu não soubesse disso. – ironizei, isso era mais que óbvio.

- Então, você assume? – me olhou incrédulo.

- Vai adiantar eu dizer que não fui eu? – o olhei.

- Quem sabe? – disse sério.

- Obviamente, Alice já te contou o que conversamos. Eu não me lembro de nada e não sei como aquele vídeo apareceu... – disse chorando – Se você vai acreditar em mim ou não, isso é problema seu. – terminei.

- Eu não acredito. – disse bem sério.

- Ótimo, faça o que quiser. – disse sarcástica.

- Eu nunca acreditaria, mesmo que você dissesse a verdade. – ele disse cheio de ódio.

Ele saiu da sala e me deixou sozinha. Edward obviamente queria que eu dissesse que nada daquilo era verdade e tudo mais. Só que eu não sabia se era mentira. Eu me repugnava com isso. Eu queria sumir dali!

Uns cinco minutos depois, minha madrasta saiu furiosa da sala do diretor. Ela disse que nós duas íamos ter uma conversa séria quando chegássemos a casa. Eu tinha sido suspensa por uma semana, mas quase fui expulsa da escola.

Estacionei meu carro de qualquer maneira e entrei em casa.

- Olha Isabella... – respira fundo – Você só não foi expulsa da escola, graças à memória de seu pai! – esbravejara.

- Vou me lembrar de agradecê-lo quando for ao cemitério! – disse com raiva.

- COMO OUSA? – gritara.

- Olha Sue, não estou em condições para agüentar suas neuras, − a olhei séria – eu só sei que não fui eu! – exasperei-me e corri para o meu quarto.

Joguei-me em minha cama e chorei por boa parte do tempo. Eu não acreditava que isso estava acontecendo comigo. Não mesmo...