The Way Of The Warrior escrita por Aella, RubyColt, Evelyn_s2


Capítulo 4
Afrodite e Hefesto


Notas iniciais do capítulo

E aí gente! Finalmente chegou o capítulo que eu escrevi! (Bru-chan) Uhul!



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Brianna’s POV

Senti os olhos dela continuarem a queimar em mim. Ainda bem que Alexia havia me puxado, se não a gente ia acabar incendiando uma a outra com os olhos.

Ao contrário da Senhorita DiAngelo, a Alexia já havia conquistado a amizade de algumas pessoas, incluindo eu mesma, e esse era o primeiro dia dela no acampamento. Claro que o que a ajudou nisso foi o fato de ela ser filha de Ártemis, a deusa que jurou ser virgem. E o fato de ela ter feito “amizade” com o Theodor. Amizade entre aspas porque eles já não se davam muito bem. Sabe como é, filho de Apolo mais filha de Ártemis igual à rivalidade entre irmãos. Um queria provar ter o pai/mãe melhor que o outro.

Mas com a Ruby foi diferente. Quando ela chegou, todo mundo já estava cansado de filhos dos três grandes. E a personalidade dela não ajudou muito. Ela é daquelas bem quietas, que não ligam se são completamente sozinhas, o que ela era. E, pelo fato de ninguém querer fazer amizade com ela, ela olhava para os outros com desprezo, e puxava briga com alguns de nós. Como comigo, por exemplo.

Nós duas chegamos mais ou menos na mesma época, o que provavelmente significaria que seríamos amigas. Mas não. Como eu era a primeira filha mulher do deus das forjas em alguns séculos, eu também recebi o tanto de atenção que Alexia está recebendo agora, e a Ruby, não recebeu atenção alguma.

Tudo bem que não foi fácil pra mim também, com esses filhos de Afrodite a Ares me perturbando, dizendo que eu era uma vergonha para o meu pai, que eu nunca seria uma forjadora tão boa quanto os meus irmãos e outros tipos de insultos. Machistas. Mas, como a minha cabana é uma das que têm mais campistas, eu tinha muitos irmãos que me apoiaram e me ajudaram a me tornar quem eu sou hoje, dois anos depois de minha chegada: A melhor forjadora da cabine de Hefesto e a vice-diretora. Ah que orgulho.

Falando em filho de Afrodite, lá vem um.

- Bri! Está pronta para ser humilhada, como sempre? – Aquele loiro estúpido veio me irritar, como de costume. – Pena que a sua nova amiga vai começar sua vida no acampamento do lado perdedor.

Alexia olhou confusa de mim para o loiro arrogante.

- Cale a boca, Axel. Não dê falsas esperanças para o seu time. – coloquei minha armadura e puxei a novata para longe daquele ser repugnante.

- Quem era aquele mala? – Ela me perguntou, obviamente irritada com a ousadia dele tanto quanto eu. Incrível como os filhos de Afrodite tinham o dom de fazer as pessoas se afastarem tão rapidamente.

- Pfft. É um babaca aí que vem me infernizando desde que chegou. O nome dele é Axel Pierce. Ele chegou há seis meses e, para o espanto de qualquer criatura que respire, ele é muito bom em lutas. – massageei minhas têmporas, isso já estava me dando dor de cabeça. – Ele acabou de chegar e é filho da deusa do amor e da beleza; ele não deveria ser assim tão...habilidoso.

- Mas por que ele te inferniza tanto?

Suspirei, já exausta desse assunto. – Filhos de Afrodite e filhos de Hefesto não se dão nada bem. Na verdade é um triângulo de discórdia entre filhos de Hefesto, Ares e Afrodite. Nós não nos suportamos, e por isso vivemos em uma eterna competição. – Tirei meu bastão de minhas costas, sabendo que o jogo ia começar logo. – Por algum motivo, esse aí sempre está no meu pé. Sempre. Parece que a única forma de entretenimento que ele tem aqui no acampamento é mexer comigo.

Alexia acenou com a cabeça, tendo compreendido tudo. A gente tinha uma afinidade já, nós duas sofríamos por causa de rivais de outra cabana. Era um bom começo pra uma amizade.

Nosso time separou os jogadores. Como ninguém sabia como ela se sairia, Alexia foi mandada pra defesa, mesmo assim uma posição muito importante. Eu, como era rápida, fui para frente. Acho que me botaram lá mais pelo fato da minha rivalidade do que por outro motivo qualquer. Motivação. Vontade de destruir o outro lado. Dessa vez nós estávamos contra Afrodite eAres. E é claro que se eu por acaso esbarrasse na filhinha de Hades, seria mais um ponto bônus pra mim.

Ouvi o apito e apertei o botãozinho que tinha em meu bastão. Instantaneamente esse virou um machado de duas lâminas, forjado pelas minhas mãos. – Por Hefesto! – gritei.

Corri. Bloqueei. Cortei.

Pra minha felicidade, a maioria dos filhos de Ares estavam na ofensiva. Eba! Logo meu irmão se juntou a mim, encostando suas costas nas minhas para podermos nos defender e atacar melhor ao mesmo tempo.

- Ei, Isaak. – gritei por cima do barulho de lâminas se chocando e campistas gritando.

- E aí, Bri. – ele respondeu um pouco ofegante. – Como acha que estamos indo?

Dei de ombros, mas lembrei que ele não poderia ver esse meu gesto. – Não sei ao certo. Acho que bem, mas ainda é muito cedo pra prever o resultado.

- Mhm. – Senti uma pontada de dúvida em sua voz. Ele era o diretor da nossa cabana, ou seja, o melhor guerreiro dos filhos de Hefesto. Se ele estava pessimista, queria dizer que nossas chances estavam ruins.

- Acha que não vamos ganhar? – perguntei aflita. Nosso time precisava ganhar se não eu sofreria com as piadinhas do Axel para o resto da eternidade.

- Não estou muito confiante para falar a verdade. – dizia enquanto acertava um campista no estômago com sua arma. – A defesa ta bem desorganizada.

- Por causa da novata?

Ele balançou a cabeça negativamente. – Não. Ela ainda precisa treinar, mas ela sozinha não faria nosso time perder. Os filhos de Athena ficaram na defesa, em maioria, e eles não estão muito motivados...

Soltei um palavrão. Por isso que não gostava de quando ficava no time deles. Eles eram bons em táticas e tudo o mais, mas eles tinham que estar inspirados, se não não serviam para nada.

Deixei meu irmão e continuei em frente, precisava pegar aquela bandeira, custasse o que custasse! Passei pelos atacantes do outro time, acertando todos que eu pudesse. Quando fui chegando perto da bandeira, esbarrei na Ruby. Parece que eu prevejo o futuro às vezes.

- Sai da frente! – ela gritou para mim, me empurrando com seu corpo e ameaçando me atingir com sua clava negra.

- Com licença, mas você está me atrasando para a vitória. – disse, empurrando a de volta com meu machado junto ao peito. – Estou a poucos metros de sua bandeira, e vou levá-la, queira você ou não.

Ela grunhiu de raiva e lançou sua clava em minha direção. A única coisa que pude fazer era bloquear, pois ela não me dava chances para atacar. Era clavada após clavada. Até que ouvi o som de outro metal, que não fosse da minha lâmina, se chocar contra a clava dela. Nós duas olhamos surpresas para Axel. Era pra ele estar contra mim, não me ajudando.

Não esperei para ouvir a breve discussão dos dois. Corri o mais rápido que pude em direção à bandeira.

Axel’s POV

Aquela filha de Hades com certeza queria me comer vivo.

- O que você pensa que está fazendo?! Seu idiota! – Dava para enxergar a raiva subindo pelos olhos dela. – Você é do meu time, imbecil! Agora ela vai lá pegar a bandeira e a gente vai perder!

- Ela é minha. Quem vai assistir ela perder sou eu. – eu disse simplesmente antes de abandonar a guria lá e ir atrás da Brianna.

Ela não tinha chegado muito longe. Os filhos de Apolo eram bons defensores e estavam dando um trabalhão para ela e os outros campistas inimigos. Acenei com a cabeça e a campista que estava lutando contra ela se afastou e eu logo tomei seu lugar.

Os olhos profundamente verdes dela foram tomados por raiva, como sempre acontecia quando eu entrava em seu campo de visão. Ah, como eu adorava o que eu fazia com ela.

- Saia da frente, sua peste! A culpa não é minha que você é burro ao ponto de esquecer a qual time pertence. – Ela tentou correr através de mim, mas a segurei pela cintura e a empurrei de volta no lugar que estava.

- Ora, eu não esqueci. Mas quero ser aquele que faça você perder. – Dei meu sorriso mais bonito para ela e, como o esperado, isso a deixou ainda mais aflita. Tentou me acertar com seu machado de duas lâminas, mas eu bloqueei o ataque com minha própria espada e, quando ela tentou mais uma vez correr para frente, desferi um golpe que cortou parte de seu braço, fazendo seu sangue pingar na grama. – Como é a sensação de ser perfurada por sua própria lâmina? – perguntei satisfeito.

Ela me xingou e tentou mais uma vez me atacar, mas eu tinha ferido profundamente seu braço direito. Parece que ela ia ficar algum tempo sem trabalhar nas forjas.

- Essa lâmina não é mais minha. Você a encomendou lembra? Só porque a fiz não significa que ela me pertence. – Brianna retrucou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Ah, esses viciados em metais. – E você foi burro o suficiente para me pagar o dobro do valor que ela realmente tinha. – ela deu uma gargalhada curta.

- Caridade. – disse simplesmente e ri alto com a reação dela. Ela veio como um touro para cima de mim e me derrubou com aquele machado gigante que ela usava.  Vi-a pular por cima de meu corpo e, enquanto me levantava, a vi saltando novamente por cima de mim com a nossa bandeira na mão. – Volte aqui com isso! – berrei, mas logo me aquietei quando vi uma das filhas de Ares voltar correndo com a bandeira inimiga e fincá-la em nosso solo.

Berramos todos em alegria e vitória, e a filhinha de Hefesto estava congelada em seu lugar a poucos metros de onde eu estava, com a bandeira na mão e uma expressão de espanto no rosto.

- Não esperava por essa não é, Brianna? – falei num tom de zombaria. Ela largou a bandeira no chão e começou a marchar para seu lado do campo. – Por que a pressa? Não quer ficar pra festinha de derrota? – perguntei seguindo-a e levei um soco no estômago. - Vá para o inferno. – consegui soltar enquanto eu me contorcia. Ela sorriu e foi ao encontro de seus irmãos fracassados. O olhar de decepção no rosto do outro time foi o suficiente para eu esquecer a dor.

Brianna’s POV

O resto do dia foi um saco. Se já não bastasse toda aquela confusão que quase me fez ter um ataque de fúria com o Axel e meu braço machucado, ainda tive que aturar a DiAngelo depois do jogo.

Ela tinha que vir e deixar seu comentário sarcástico antes de ir se trancar em sua cabana.“Bom jogo hoje, hein Sammet. Se esforce mais na próxima vez, e tente treinar corrida um pouquinho ou perder um pouco de peso; com essa sua "velocidade da luz" você com certeza ganha na próxima.” Ugh.

Joguei-me na rede que havia na salinha da cabana. Eu havia acabado de voltar da enfermaria com meu braço enfaixado e havia tomado um pouco de ambrosia para curar rapidamente. Meus irmãos também não estavam nada felizes com os filhos de Athena e o resto do time. Hoje ia ser uma janta longa.

- Bri. Levante daí, rápido. – um dos meus irmãos chamou. Levantei contrariada, eu merecia descanso afinal de contas.

Antes de poder retrucar, Isaak veio e me arrastou para fora da cabana. – Mas o que é? – Perguntei irritada. Minha paciência já tinha esgotado para aquele dia.

- É o Quíron. Ele te chamou para sua sala. – Olhei confusa para ele e ele deu de ombros. – Não sei o que ele quer, mas conhecendo o Quíron, não é por nenhuma bobagem não.

Suspirei. Estava quase na hora do jantar e eu estava com uma fome danada. Isso e meu braço estava doendo pra caramba. Caminhei até a sala do centauro e, para minha infelicidade, encontrei Axel no caminho.

- Como está o bracinho? – perguntou, fingindo preocupação.

- Isso aqui? Pelo amor de Hefesto, meu gato fazia cortes piores que esse troçinho aqui. – menti, e ele riu baixinho. Desgraçado.

- Vai aonde há essa hora, Dona Sammet? Se encontrar secretamente com seu amante? – mostrei um dedo não muito amigável para ele e ele riu mais ainda. – Ah é, quem que iria querer ter um caso com você?

- Cale a boca antes que eu enfie meu machado aí dentro.

Ele suspirou, decidindo se comportar. – Mas então, vai aonde?

- Isso lhe diz respeito, por acaso? – ele fez uma cara de quem havia sido ferido bem no coração. – Tá, vou pro Quíron, ele me chamou lá por algum motivo.

- Estranho. – Ele disse, me olhando seriamente. – Ele também me chamou.


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Notas finais do capítulo

E aí! O que acharam da Brianna e do Axel? Deixem suas opiniões. c:



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