Ruby’s POV

Okay, eu realmente tenho que encontrar alguém ou algo para conversar quando o Nico está fora... Seja em uma missão ou indo para o submundo...

Esse lugar é um tédio sem meu irmão. Por quê? Ninguém, e eu realmente digo ninguém, além do meu querido irmão Nico DiAngelo aqui se importa com a minha pessoa.

Não que eu me importe muito, se essas pessoas – pirralhos perto da minha pessoa – acham que me magoam ou algo do tipo eu posso dizer a cara dura para eles que isso não chega nem perto de atingir algum sentimento. Eu não me importo com eles assim como eles não se importam sobre mim.

Animosidade mútua entendeu?

As únicas pessoas com quem me importo estão no submundo nesse momento.

Minha querida mãe, minha irmã Bianca, ambas infelizmente mortas já, e bem meu amado irmão e pai.

O motivo desses dois últimos seria que meu pai, Hades, está meio –muito– puto comigo, e vamos dizer que Nico está lá para fazer um damage control com tudo isso. Mais ainda sim...

“não acho que vou poder entrar no Submundo por vontade própria por um tempo.”

Olhei para fora da cabine, realmente o dia está lindo para ficar no quarto o dia inteiro, mesmo que eu não planeje isso, ainda tem a caça a bandeira.

“não pode ser tão ruim ir para fora dar uma andada antes do jogo... Não é como se eles vão me atacar do nada mesmo”.

Mal passei fora da porta de senti um vento forte bater contra mim. Olhei para o meu anel e não vi nada de mais acontecer nele, então não poderia ser obra da divindade que protegia o antigo dono do anel, e eu agradeço a todos os deuses por isso, não seria nada fácil explicar para o senhor Zeus porque uma divindade japonesa estava em solo grego. Não que todos os deuses gregos conheçam todas as divindades do mundo. Outra coisa que eu sou grata... mais desta vez aos titãs, que não contaram tudo para os deuses olimpianos.

Nenhum grego ou olimpiano iria conseguir vencer uma guerra com as divindades asiáticas. E eu sei que é obviamente obvio que iria acontecer uma, Zeus é totalmente Power Hungry e a sua esposa também não estava longe. Eles iriam querer lutar com os deuses Japoneses e enquanto eu sei que algumas divindades não iriam querer lutar, as mais puras iriam sentir repulsa a isso, as divindades demoníacas iriam adorar tanto essa ideia quanto Ares ia, e ninguém desse lado das divindades iria ganhar. Os titãs? Provavelmente se eles se juntassem e focassem mais que na guerra de dois anos atrás, os Primordiais? Obviamente já que eles são os pais de todas as divindades do mundo.

Olhei para o bracelete que tenho no braço, presente de Hades quando fiz meus primeiros dezessete anos. Primeiro porque nesses anos que fui viva eu já tive algumas festas de 17 anos. Nico não ficou muito feliz em saber como passei esses cinqüenta anos enquanto ele e a Bianca estavam no Hotel Lótus. E porque e como eu sei tanto sobre mitologia de outros deuses que nós não éramos para saber da existência. Este sendo mais um motivo de porque ele está no submundo tendo uma conversa com o nosso pai querido.

Andei até a floresta e parei na sobra de uma árvore, eu sou realmente agradecida a ter ganhado quase um dom com as ninfas das florestas nesses meus cinqüenta/sessenta anos de existência, os japoneses realmente cuidam muito bem das suas e eu aprendi a cuidas delas quase tão bem quanto eles.

Como? Bem, esse foi um dos prós que tive quando passei cinquenta anos presa em uma cidade do Japão que era protegido por uma divindade que sabia trabalhar muito com a névoa, assim como com magia. A cidade era praticamente a ilha de Calypso, somente que humanos podiam entrar e sair a vontade dela enquanto os semi-deuses eram ali presos até uma divindade os pegar ou uma missão for dedicada a eles. Eu nunca saí da cidade já que não era necessário a minha ajuda, nem todos as pessoas ali estavam gostando muito de uma grega ali.

Então passei todo esse tempo treinando e aproveitando a minha vida da vez, já que a cada cinco anos a divindade manipulava a nevoa para que modificasse a nossa aparência para os humanos.

E foi esse aproveitando a vida que me levou a essa encruzilhada com Hades. Assim que ele mandou um dos seus lacaios monstros para me buscar – o que não acontecer sem algumas lutar – ele me levou direto ao seu castelo/mansão no submundo e me subornou a contar tudo o que aconteceu, e como eu estava

vendo pela primeira vez em meio século minha família inteira – tirando o Nico, ele não estava no momento - eu não consegui não dizer o que aconteceu, e provavelmente saber das coisas, nas palavras dele, não puras de sua filha não foi muito bom. Mais o que ele esperava? Que eu ficasse virgem para sempre assim como a deusa da caça e as suas seguidoras? Não obrigada, passar cinqüenta anos em um lugar onde mês sim mês não tinha um show de boybands famosas, com um ocasional semideus como integrante – com caras lindos não é muito bom para uma garota que passou esses cinquenta anos preso em um corpo de uma garota de dezessete anos.

Olhei novamente para o meu anel, ninguém além de Nico sabia o porque eu não o tirava, nem mesmo Hades conseguiu retirar essa informação de mim. Era muito preciosa e guardada a sete chaves para ele conseguir retirar com somente as almas de minha mãe e irmã. Ele brilhava esplendidamente na luz natural que entrava pelas folhas das arvores, era um anel prateado no estilo bayonet, era obviamente encantado assim como o bracelete que ganhei de Hades, esse também era esplendido, se transformando em uma linda clava quando retirada as pedras dele, o coração no final virava a bola de espinhos de metal celestial e normal juntos, ela é realmente uma boa arma para atacar ambos inimigos mortais como imortais, e eu amo isso.

Com a luz que entrava pelas folhas eu conseguia dizer que é quase o horário do jogo, não que muita gente vá sentir minha falta se eu não for, mais como este é o único momento em que parte do acampamento esquece que me odeia para podermos participar juntos e ganhar a bagaça, e o único momento sem o Nico em que eu não sinto tédio o tempo inteiro, eu sei que já é hora de voltar e me preparar para a caça.

A caminhada até as cabines foram sem nenhum evento especial, foi até muito calmo, não havia praticamente ninguém pelo caminho que eu passei, e vamos dizer que é meio difícil fazer que isso ocorra, mais a resposta de tudo isso foi entregue de bandeja quando finalmente chegou nas cabanas. Ali tinha uma grande muvuca perto de uma das cabanas, curiosa, mais ao mesmo tempo preguiçosa de mais de andar até lá, eu puxei a primeira pessoa que passou do meu lado.

- Que muvuca toda é essa? – perguntei voltando o meu olhar para a pessoa, era um filho de Ares, um dos muitos que sempre estão no meu time nesses jogos pelo o que eu me lembro pela sua face. Já o nome não faço a mínima ideia então nem pergunte.

- Nova campista... – ele me respondeu em um tom que não demonstrava uma mínima emoção, o que mostrava que ele não queria estar ali conversando comigo. Ah sim, talvez porque ninguém goste de mim

- E porque tudo isso para uma novata? Ela é mais uma cria de um dos três grandes?

- Não mais a mãe dela ainda é uma surpresa, se não fosse a palavra do líder dos filhos de Apolo, o arco da garota e o cão com o quão aparentemente ela consegue manter uma conversa ninguém iria acreditar em quem é a mãe dela.

- Hum, grandes bosta, não é como se ela fosse filha daquela... hoshit, arco, cão falante, a nossa nova celebridade é uma filha de...

- Artemis? Sim senhorita, você mais uma vez se mostra uma pessoa muito capacitada de inteligência – falou uma voz atrás de mim, outro filho de Ares, ah ótimo. – mais se agora você nos desculpa eu vou levar meu irmão para ver com seus próprios olhos a nossa nova... como você pôs... celebridade.

Enquanto eles caminhavam em direção da cabana prateada que normalmente só era usada pelas caçadoras quando a deusa passava por ali eu rolei meus olhos, se eles estavam agindo assim a garota deve ser bonita nos livros deles, decidindo que não valia perder meu tempo com uma provável garota mimada e chata – assim como parte das caçadoras na minha opinião – eu virei na direção da minha cabine e entrei nela, uma soneca valia mais que toda a muvuca por uma garota nova.

Uma vez dentro do quarto peguei meu ipod e coloquei no aleatório e dormi ouvindo uma mistura de american rock, kpop e jpop.

Pouco tempo depois, eu acho, fui acordada pela voz de Dionísio nos chamando para o jogo, correndo para me arrumar eu estava fora do meu quarto em minutos e cheguei no locar de encontro mais cedo que muito campista.

“hunf, amadores”

Depois que todos estavam no ponto de encontro Quíron começou a falar todas as regras, já que tínhamos uma nova campista conosco, e eu desliguei a voz dele até chegar a hora dos times, o que não demorou muito, hm, Dionisio devia ter ficado irritado com a explicação que ele já ouviu tantas vezes.

Olhando bem para os nossos rostos debaixo dos capacetes ele começou a falar os times:

Time 1 – Dionísio, Zeus, Apollo, Deméter, Hades e Ares

Time 2 – Hera, Poseidon, Artemis, Hefesto, Hermes e Athena.

Como ambas as casas de Zeus e Poseidon estavam vazias, assim como a de Hera, e a de Hermes era praticamente duas casas do time 1 juntos era quase que justo esse jogo, a única coisa que não era justo era colocar Hermes e Hefesto juntos, essas são as duas casas que mais me odeia, principalmente uma filha de Hefesto, com aquela eu realmente tenho uma animosidade mútua, andando para o meu time eu passei por ela, trocamos uns olhares de ódio por um momento até uma garota puxar ela, como não a reconheço deve ser a nova mina do acampamento, a filha de Artemis.

Dando mais uma encarada na nuca da minha rival eu andei até o meu time. Mais um motivo que esse acampamento e uma bosta, minha rival na casa de Hefesto.

Brianna Sammet.