No dia seguinte eu finalmente senti o efeito daqueles copos cheios de Tequila, eu estava tão tonto que eu via meu apartamento todo girando, minha cabeça estava a mil, eu não conseguia nem tirar a cabeça do travesseiro, definitivamente eu não estava bem e não iria trabalhar, liguei para Jacob e pedi que ele me cobrisse hoje na empresa, é além de sermos melhores amigos trabalhamos juntos. 

Passei a manhã toda deitado mas sem conseguir dormir, eu estava apenas repousando pra vê se aquela dor infeliz passava, e tinha que passar, ficar de ressaca o dia todo estava completamente fora de cogitação. 

Para minha infelicidade eu acabei adormecendo e acordei por volta das sete horas, porra, que horas eu tinha marcado com Swan mesmo? Ai me toquei que não havíamos marcado um horário, eu não tinha seu número de telefone, celular ou qualquer outra merda que eu pudesse usar para me comunicar com ela, puta que pariu, me levantei correndo, taquei um punhado de água na cara, escovei os dentes e deixei meu cabelo do jeito que tava, troquei de roupa e fui correndo para meu Volvo. 

Chegando na porta do bar respirei fundo e entrei, nem precisei procurar Swan ela estava no balcão e nossa… como estava linda, o quê não era nenhuma novidade.

— Wow — Foi só o quê consegui dizer quando cheguei perto dela

— Gostou? — Perguntou ela se levantando e girando para me mostrar seu vestido preto com dourado 

— Está muito bonito, Swan

— Você também não está nada mal — Falou ela ajeitando meu colarinho 

— Te… deixei esperando por muito tempo? — Perguntei um pouco embaraçado 

— Na verdade, não 

— Ótimo — Falei aliviado — Acho que podemos ir então 

— Para onde vamos? — Perguntou ela agarrando meu braço e me levando para a porta 

— Pra falar a verdade não sei, fiquei de ressaca o dia todo e não tive tempo para fazer nada 

— Não foi trabalhar? 

— Não 

— Pensei que fosse preciso mais que uns copinhos de Tequila para te derrubar, nossa

— Você quer ir aonde? — Perguntei mudando de assunto

— Não sei, me leva na sua casa, apartamento, seja lá onde for que você mora 

— Quer ir ao meu apartamento? — Sorri malicioso e ela retribuiu o sorriso

— Com tanto que você me traga de volta, quero sim 

Fomos para meu Volvo e como um devido cavalheiro abri a porta para ela. A viajem não era muito longa, apenas uns dez quarteirões do bar em que Swan trabalhava. Eu mal me lembrava em que situação meu apartamento se encontrava, mas com certeza ele não estava em condição de receber visita alguma ”DANE-SE” pensei 

— Então, aonde você mora exatamanete? — Ela perguntou quebrando o silêncio que havia crescido entre nós

— Moro aqui em Port Angeles mesmo, já estamos chegando, e você, aonde mora?

— Forks 

— Forks? Tipo, Forks, a cidadezinha chuvosa?

— Essa mesmo, apesar de odiar morar, foi lá que cresci e parece que é lá que vou viver pelo resto da minha vida — Murmurou ela parecendo frustrada 

— Chegamos — Falei ao estacionar na minha vaga 

— Nossa — Foi só o quê ela disse ao notar o grande prédio 

Saímos do carro o porteiro me cumprimentou e deu uma piscadela do tipo “Se deu bem hein Doutor” pisquei de volta entendendo seu recado e nós dois rimos, Bella pareceu captar nossos movimentos e riu junto e isso fez com que eu ficasse envergonhado. Entramos no elevador e eu usei todo o auto-controle que eu tinha para não beija-la ali mesmo, quando saíamos andamos até o final do corredor em silêncio, peguei o molho de chaves e adentrei primeiro parando em sua frente 

— Não repare na bagunça — Assim que falei ela me empurrou para o lado e entrou 

— Não está… tão bagunçado — Murmurou ela ao se deparar com a sala que estava totalmente bagunçada

— Está tentando ser gentil 

— Bom, para um homem que mora sozinho até que não está tão bagunçado 

— O quê vai querer comer

— Pizza e você? — Falou ela toda contente 

— Eu não como pizza, não gosto 

— Como não? Vai se foder Edward, você não sabe o quê tá perdendo — Falou ela enquanto pegava o telefone para ligar para pizzaria

meu primeiro pensamento foi “É, eu vou foder, foder com você” mas expulsei essa ideia, eu a guardaria para o final da noite, estava cedo, eram apenas oito e meia. 

— Uma pizza da calabresa bem grande — Ela esperou para ouvir o quê a atendente falava — Ok — Depois falou meu endereço e desligou o telefone 

— Eu não como pizza 

— Hoje você come 

— Vinho? — Perguntei me dando por vencido 

— Claro 

Fui para cozinha e peguei duas taças e um vinho do Porto, um dos meus favoritos, voltei para sala e encontrei Swan andando de um lado para o outro e ela estava… Descalça? 

— Por que tirou os sapatos? 

— Odeio usar salto — Essa frase me soou um pouco estranho já que ela trabalhava com um salto gigantesco 

— Mas você usa saltos bem maiores no seu trabalho

— Por que é necessário né, por mim eu trabalharia descalça, mas Berta não deixa 

— Quem é Berta? — Esse nome me era familiar, era o nome da mulher que havia me servido vários e vários copos de Tequila ontem 

— Dona do bar e uma segunda mãe para mim 

Swan sentou-se e virou a cara e percebi que aquele assunto era restrito e que nossa conversa havia acabado, servi à ela um pouco de Vinho para melhorar o ambiente e ela bebeu de bom grado. Começamos a conversar e o clima voltou a ser amistoso, riamos como se fossemos velhos amigos relembrando os velhos tempos.

Nossa pizza chegou e ela me obrigou a comer, mordisquei o pedaço e depois deixei de lado, todos descreviam pizza como uma das melhores coisas desse mundo, mas pra mim era só massa, se fosse pra comer massa eu preferia uma lasanha ou macarronada, Swan usou a expressão “Mulherzinha” quando viu que eu não comeria mais. 

Bella’s POV

— Edward, você pretende se casar algum dia? — Minha pergunta pareceu pegar ele desprevenido, sua expressão era de que vários pensamentos antigos se haviam sido desencadeados dentro de sua mente 

— Já me casei — Cuspi o Vinho assim que ele terminou a frase

— Você é casado? — Falei me desesperando, e levantando do sofá

PUTA MERDA

Não que eu já não tenha me envolvido com caras casados antes, mas ele parecia tão certinho, não tinha cara de quem trairia a esposa. Entrei em desespero  e ele também

— NÃO! Eu já fui casado — Falou ele tentando me acalmar 

— Puta que pariu Edward, que susto — Falei sentando-me novamente e voltando ao meu estado normal — Sendo assim, me conte mais sobre isso — Perguntei como se os dois minutos atrás não tivessem existido, e com o sorriso novamente estampado no rosto 

— O quê quer saber?

— Tudo — Sussurrei para ele 

— Bom, eu tinha dezenove anos, eu havia acabado de entrar na faculdade, vi uma loira bonitinha, depois de um mês se conhecendo, começamos a namorar, aí numa noite qualquer, estávamos bêbados pegamos o meu carro e dirigimos até Las Vegas, é Las Vegas — Ele sorriu — e nos casamos. Fim. 

— Las Vegas? — Não pude conter e soltei uma gargalhada gigante, e ele também, a risada dele era tão… gostosa — Que história romântica. E quanto tempo durou esse casamento?

— Uma semana — Voltamos a gargalhar 

— Qual era o nome dela? — Não que eu me importasse 

— Tanya Denali — O nome veio como um baque contra mim

— Tanya Denali? Loira? Cabelos encaracolados? Olhos azuis? — As palavras sairam feito um jato de minha boca

— Sim — Ele parecia assustado — Conhece ela?

— Sim, estudamos juntas, ora ora ora olha só que mundo pequeno e fica cada vez menor — O som de ironia em minha voz era mais do que notável 

Nunca gostei de Tanya Denali, nem de suas irmas, e ela também ficou contra mim depois que dormi com o namorado dela no segundo ano do colegial

— Parece não gostar dela — Falou Edward sorrindo, ele conseguia ver muito mais do que eu queria demonstrar 

— Não gosto, e ela também não gosta de mim.

— O quê você fez pra ela?

— O quê eu poderia ter feito? E porque tinha que ser eu a fazer algo com ela? — Ele me encarou sabendo que tinha mais coisa ai — Tá, eu dormi com o namorado dela quando estávamos no segundo ano do colegial, nada demais.

— Nada demais — Murmurou

Ficamos em silêncio, eu comendo e Edward bebendo, aquilo já estava me incomodando, mas eu não queria ser a primeira a quebrar o silêncio, estava na hora de Edward Cullen aprender a se comunicar sem eu ter que dar algum empurrão. 

— Então… E você Swan, pretende se casar? 

— Sei lá, quem sabe com uns 25 anos e quando eu estiver com a vida mais estabilizada, uma carreira… 

— Dos 25 não passa?

— Tenho cinco anos ainda pela frente acho que consigo muitas coisas até lá — Eu realmente acreditava que minha vida poderia dar uma guinada nesses anos, e eu finalmente conseguiria sair daquele bar

— Por que decidiu virar stripper? — Tá, essa sim me pegou desprevenida  

— Eu tinha quinze anos, e como Berta já tinha o bar, e ela é  minha tia, eu resolvi tentar 

— VIROU STRIPPER COM QUINZE ANOS? — Gritou ele e eu não pude deixar de rir 

—  Não, tá louco? Foi com dezesseis 

— Por que não investiu na carreira de dançarina ainda adolescente? — Perguntou ele 

— Por que eu simplesmente não me achava boa 

— Mas você é

— Agora eu sei disso — Sorrimos um para o outro 

E nesse vai e vem de conversa a noite já havia se passado, já havíamos bebidos uma uma garrafa inteira de vinho, e cada uma havia bebido uma heineken, podia se julgar que estávamos bêbados. 

— Será que já estamos bêbados o suficiente para fazermos coisas que não devíamos e depois colocar a culpa na bebida? — Perguntou Edward, eu estava deitada em seu colo enquanto ele entrelaçava os dedos no meu cabelo. 

Me levantei ficando a poucos centímetros daqueles lábios carnudos que gritavam meu nome, Cullen não reagiu ficou parado mantendo aqueles poucos centímetros entre nossas bocas e nossos corpos.

— Não devemos — Falei encurtando o pequeno espaço que havia entre nós e comecei a beijar ferozmente aqueles tão desejáveis lábios que retribuíram o beijo com a mesma ferocidade.

— É, não devemos — Falou ele enquanto sua linguá invadia a minha boca, e suas mãos deslizavam pelas minhas costas a procura do zíper do meu vestido, ele o finalmente o encontrou e tirou ele com suavidade enquanto eu arrancava suas calças e em seguida desabotoava sua camisa. 

E A MEU DEUS, esse cara sabe o quê faz com a boca, sentir ele penetrando foi uma das melhores sensações que eu já  senti em toda a minha vida, ele era bom, e sua linguá que passava por todo o meu corpo me enchendo de tesão era melhor ainda.

O doce aroma que vinha de sua pele era de enlouquecer, o toque dele fazia com que eu me arrepiasse toda. 

Aquela ótima sensação que senti a primeira vez que fui para cama com o Cullen continuava, só que dessa vez era melhor, o prazer que sentíamos estava estampado em nossos rostos, estava preste a gozar quando…

— Edward eu… — Um cara estranho e de cabelos pretos adentrou a porta da sala 

— DROGA JACOB, SAÍ DAQUI — Cullen ficou imóvel 

— Caralho! — Foi só o quê tal de Jacob conseguiu dizer

— SAÍ LOGO, PORRA — O Cullen estava tão envergonhado tanto quanto eu 

O cara saiu correndo porta a fora quebrando todo o clima que havia entre nos.

— Desculpe por isso — Falou ele todo envergonhado

— Quem é ele? — Perguntei mais envergonhada ainda

— Meu amigo filha da puta, Jacob — Falou o Cullen coçando a cabeça 

— Foi bom — Falei sorrindo para ele 

— É foi…

— De novo? — Perguntei à ele 

— Só se for agora, mas vamos pro quarto

Ele me pegou no colo e me levou para seu quarto e me deu minutos, talvez horas de prazer, como na primeira vez, só que ainda melhor.