Summer Dreams escrita por Clove Fuhrman


Capítulo 3
O que ele está fazendo comigo?


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todos que deixaram reviews, favoritaram e estão acompanhando a fic... /Clove



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POV KATNISS

O despertador toca. Oito da manhã. Eu estou realmente animada hoje, animada para aproveitar o que eu ainda não aproveitei ontem. Ai, como estou amando essas férias.

Pulo da cama e escovo os dentes. Entro no banho e tomo uma ducha rápida. Passo um batom rosa chiclete e rímel à prova d'água, juntamente com um lápis bem preto. Ponho um biquíni verde limão, uma regata amarela de seda com botões brancos e um shorts jeans de cintura alta; e um relógio de pulso branco. Faço uma escova rápida nos cabelos e eles ficam bem lisos. Ponho uma tiara de fitinha vermelha e um chinelo rosa. Dou uma última olhada para o espelho e pego o cartão do quarto do hotel. O elevador está com problemas, então, vou de escadas. Olho para meu relógio de pulso. Nove e meia. Ok, eles vão me esperar por alguns segundinhos. 

 Quando vejo, já cheguei no térreo e vejo a louca da Clove abanando com a mão, como se eu não fosse vê-los entre as mesas. Claro que iria. Na verdade, qualquer um repararia em nossa mesa, pois Madge está com um chapéu de praia tão grande e escandaloso que não tem como não notar.

 Aceno para eles e vou andando lentamente até a mesa. Os três já estão lá, me esperando para tomar café-da-manhã. 

- Oi garotada bonita. - eu digo, animada. - E... Gale.

Gale revira os olhos e finge me dar um soco, enquanto Clove está morrendo de rir. Madge permanece séria e parece estar braba.

- Que houve, Madge? - eu digo, parando as mãos de Gale. Gale nota a cara de Madge e vai abraçá-la.

- Meu pai disse... - Mad faz cara de choro - Que vocês tem que ir embora semana que vem.

- O QUE? - nós três gritamos juntos. 

- Como assim? - Clove diz, boquiaberta.

- Não tem como nós irmos embora, Mad. Você prometeu. Dois meses. - eu digo.

 Madge tenta continuar, mas faz uma careta de choro e explode em uma risada aguda.

- É brincadeira. Nunca expulsaria vocês. - ela diz. Nós fazemos comentários como "puxa Mad, você nos pegou" e "quase morri aqui". Mas Mad continua - O que eu realmente queria dizer é que... Bem, Kat e Clove, meus primos gostaram MUITO de vocês e eles queriam que a gente fizesse algo com eles hoje. Problemas para vocês?

- NÃÃÃÃO. CLAAAARO QUE NÃO! - eu grito rapidamente.

Clove e eu trocamos risinhos.

- Nenhum problema, por mim. - Clove diz, ainda sorrindo.

- Safadinhaaas. - a Madge diz numa risada. - Ok, vocês se encontram com eles na maior piscina, ok? Depois do almoço. Enquanto isso, Gale e eu faremos outras coisas. - ela dá uma piscadinha para o Gale.

- Você não vai conseguir fazer nada com o Gay-le. - eu digo, tentando ficar séria e Gale me dá um tapa no braço.

- Mas, sério Mad, que o Peeta se interessou POR MIM? - eu digo.

- Ele disse que achou você incrível. Não sei o que quer dizer, acho que ele não te conhece o suficiente. - Ah, Mad. Como te amo.

POV CLOVE

-- Mad, que horas e aonde? – pergunto atordoada.

-- Como eu falei na piscina depois do almoço. – ela com um sorriso malicioso.

-- E o que você e o Ga-yle vão fazer enquanto isso – Katniss pergunta erguendo uma sobrancelha.

-- Ah – Mad cora, e eu começo a rir.

-- O que vamos comer? – Gale pergunta apressado parecendo que tenta mudar o assunto.

-- Eu gosto da vitamina daqui – comento e as garotas concordam.

-- Uma vitamina não vai deixar o gostosão aqui de pé – Gale fala fazendo pose e chamando um garçom. – Um pastel de camarão pra mim e vitaminas para as meninas.

-- Do que vão querer? – Garçom pergunta.

-- Thresh, eu vou querer de Morando – Med pede.

-- Manga – essa foi Katniss.

-- Eu vou querer de mamão – falo com preguiça de dar uma olhada no cardápio.

-- Volto já. – O garçom, que se chama Thrash, fala.

Não demora muito para ele chegar com as vitaminas e o pastel de Gale, quando terminamos vamos à praia, Madge novamente não quer ir para o mar.

-- Ah Mad, você vai gostar – Katniss fala pela milésima vez.

-- Não, eu não vou! – ela fala na defensiva.

-- Vai comigo Mad – Gale pede.

Depois de mais alguns pedidos ela acaba cedendo, ela acaba se divertindo tanto que quando saímos ela resolve ficar, ficamos conversando na areia até ver um salva-vidas chegando com uma Mad quase desacordada no colo.

-- O que aconteceu? – pergunto preocupada.

-- Eu acabei indo fundo de mais e uma onde me tapou – ela explica – Obrigada Finn.

-- De nada Mad, toma mais cuidado da próxima vez – ele fala e volta para o seu posto.

-- Você tem que ter mais cuidado – Katniss fala.

-- Já ouvi – ela fala triste – vamos nos arrumar para o almoço?

-- Vamos – falo com um sorrisinho – não quero me atrasar para o evento que vai acontecer depois dele. – Katniss e Madge começam a sorrir maliciosamente.

-- Eu preciso de mais amigos homens – Gale fala antes de ser deixado para trás.

Vou para o meu quarto, tomo um banho relaxante e lavo o cabelo, coloco um short jeans escuro, um biquíni azul claro e uma blusa de ombro caído com desenho de um tucano na frente com as costas transparentes, um chinelo preto com um laço, um batom cor de boca que vou ter que retocar depois, rímel e delineador preto a prova d’água. Meu cabelo cai solto em minhas costas em cachos, é, acho que estou bem. Pego a minha bolça e coloco o celular, o batom e minha escova de dentes dentro. Vou até o restaurante e quando chego só estão Katniss e Gale.

-- Cadê a Mad? – pergunto me sentendo.

-- Deve estar se arrumando – Kat dá de ombros.

-- Tudo bem. – falo.

Ficamos conversando sobre assuntos banais até Mad chegar com um short branco e uma blusa escandalosamente rosa, acho que ela está inspirada hoje.

-- Desculpem a demora, não achava essa blusa em lugar algum – ela fala ajeitando a mesma enquanto se senta.

-- Sem problemas – falo. – o que vamos pedir?

-- Eu estava pensando em pedir casquinhas de siri e massa ao molho branco com anéis de lula e salada mista, serve? – Mad pergunta sorridente, parece uma boa escolha.

-- Por mim tudo bem – confirmo.

-- Por nós também – Kat e Gale falam ao mesmo tempo e acabam corando. Forma-se um sorriso debochado em meus lábios e Madge fecha a cara.

A comida chega e pedimos água com gás para acompanhar, estava tudo delicioso, mas acabamos nos atrasando como eu havia previsto e não dá tempo de passar nos quartos novamente, então temos que dar os últimos retoques no banheiro do restaurante. “Ainda bem que trouxe a escova de dentes” murmuro baixinho. Escovo os dentes e passo o batom novamente, quando Kat fica pronta seguimos juntas até a piscina enquanto Mad vai na direção de Gale. Quando chegamos na piscina Peeta e Cato já estão lá, ambos de bermudas iguais mas de cores diferentes e sem camisa, oh céus, eu morri e cheguei no paraíso.

-- Boa sorte – Katniss sussurra para mim.

-- te desejo o mesmo – falo ainda mais baixo, mas ela consegue ouvir porque concorda com a cabeça.

Eles meio que se separam e eu fico observando Katniss indo na direção de Peeta, não consigo ouvir o que eles falam até que eu percebo que estou “congelada” no meio do caminho, a essa altura Cato já está ao meu lado.

-- Espero que o convite para o sorvete ainda esteja de pé – ele fala me fazendo notar sua presença.

-- Está, mas quando me convidou eu achava que iria demorar um pouco mais para chegar o dia. – respondo.

-- Não gostou? – ele pergunta.

-- Eu gosto de surpresas, se elas forem boas. – falo.

-- E isso é uma surpresa boa? – Cato pergunta com uma vós sedutora.

-- É isso que eu vou descobrir. – falo sorrindo ironicamente. – Ah, e aproposito, obrigada pelo livro.

-- Era o mínimo que eu poderia fazer. Vamos? – ele fala estendendo a mão.

-- Acho isso um pouco cedo. – falo começando a andar na direção da sorveteria.

-- Para o primeiro encontro? – ele pergunta confuso.

-- Se você considera isso um primeiro encontro – respondo.

-- Eu considero – ele fala triunfante.

Seguimos até a sorveteria em silêncio, na verdade acho a companhia dele bem agradável, peço sorvete de avelã e ele pega de chocolate branco, sentamos em uma mesma do lado de fora.

-- Fale mais sobre você – ele fala pegando a colher.

-- Hum, não sei o que falar. – respondo.

-- Faz faculdade do que? – ele pergunta.

-- Arquitetura. – respondo.

-- Lugar preferido? O meu é a praia – Cato fala olhando para o mar.

-- Montanhas.

-- Lugar que sempre quis conhecer? –Ele pergunta – Eu sempre quis conhecer o Egito.

-- Lugar interessante para quem gosta de praias – eu falo e ele ri – Eu sempre quis conhecer a Escócia.

-- Você tem algum hobbie? Eu tenho um, mas é estranho. – ele pergunta.

-- Tenho, mas digamos que é estranho também – falo e ele ergue uma sobrancelha – eu coleciono facas e adagas, as minhas preferidas são as egípcias, e a minha mais valiosa é uma de ouro que eu herdei do meu avô.

-- Nossa! – ele fala espantado – eu coleciono espadas! – Abro um sorriso.

-- Deve ser igualmente divertido – falo.

Today is gonna be the day
That they're gonna throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you gotta do
I don't believe that anybody
Feels the way I do
About you now

-- Ah é o meu celular – falo tirando-o da bolça.

Backbeat the word is on the street
That the fire in your heart is out
I'm sure you've heard it all before
But you never really had a doubt
I don't believe that anybody
Feels the way I do
about you now

-- Tudo bem – ele fala largando o pote de sorvete no meio da mesa.

-- Oi filha – minha mãe fala do outro lado da linha. – tudo bem? Está aproveitando?

-- Estou sim, olha, agora não é uma boa hora para falar, posso ligar a noite? – pergunto.

-- Claro! Tudo bem, a gente te ama – minha mãe fala – Beijos, até a noite.

-- Beijos mãe, também amo vocês – falo e desligo.

-- Adoro essa música – Cato comenta.

-- É a minha favorita no momento, é a wonderwall do Oasis – falo agora terminando meu sorvete.

-- Essa poderia ser a nossa música – ele comenta como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.

-- Para a gente ter uma música, deveríamos ter uma história, ou melhor, o começo de uma – falo.

-- tenho verão todo para conquistar você. – ele fala me olhando enquanto eu ergo uma sobrancelha. Eu estou feliz, mas não vou demonstrar.

-- Você vai acabar desistindo – comento para ouvir a resposta.

-- Você não é do tipo de garota que vale a pena desistir – ele responde, agora deixo transparecer um leve sorriso.

POV KATNISS

Eu caminho sorridente até Peeta.

- Olá, Peeta! Pensei que nunca mais fosse ver você. – eu digo.

- Eu que pensei que você não ia aceitar meu convite, depois de ter te sujado toda. Aliás, desculpa por isso. Eu pensei em fazermos um piquenique hoje, o que você acha? Eu mesmo fiz os pães e os sonhos.

- Se você não for tão ruim na cozinha como é no vôlei, eu aceito – digo, mordendo o lábio inferior para não rir.

- Há-há. Muito engraçada. Vamos. – Peeta  levanta uma cesta que ele segurava na mão, e eu, até então, não tinha percebido. Ele faz um gesto para que eu o siga, e eu o faço. Depois de alguns metros, chegamos a um lugar sem nada e sem ninguém, onde só tem grama para todos os lados. Uma grama bem aparada e muito verde.

- Eu duvido você ganhar de mim na corrida. – lancei um olhar de desafio para ele. Ele tirou seus sapatos, e eu joguei meus chinelos para os lados. – 1, 2, 3.

Saímos correndo. Peeta não era muito veloz. Enquanto eu corria, as gotas de orvalho da grama penetravam meus pés descalços. O vento bagunçava meu cabelo, fazendo-o voar. E o Peeta ficava para trás.

- Podemos comer aqui. – eu digo, virando-me.

- Tudo bem. – Peeta estende uma toalha xadrez vermelha e branca na grama e distribui dois pratos de porcelana e dois guardanapos de papel, juntamente com dois copos de vidro. Ele enche os copos com um suco roxo, que eu identifico como de uva.

- Não sei por que, mas sinto certa ironia nisso. – eu digo, rindo.

- Foi assim que nos conhecemos, não é mesmo? Sente-se.

Eu me sento e logo começo a abocanhar um sonho de creme que Peeta colocou em meu prato.

- Nossa,  isso aqui está muito bom. Muito bom mesmo! Como aprendeu a fazer isso? – eu digo, com a boca cheia de creme.

- Meus pais me ensinaram, eles tinham uma padaria.

- Pede para eles me ensinarem também! Eu comeria isso todos os dias!

- Meus pais morreram Katniss. – os olhos azuis de Peeta assumem um olhar triste – Morreram ano passado. Por isso eu e meu irmão viemos morar no hotel de nosso tio, não tínhamos onde morar.

- Meu pai morreu há alguns anos em um acidente. Desculpe tocar no assunto, ok? Sei como dói.

- Esqueça, não tem problema. Fico feliz que tenha gostado do sonho. Você está só um pouquinho suja de creme. – ele fala, rindo.

- Ahh para! – eu falo, passando um guardanapo por minha boca – Saiu?

- Não, peraí. – ele pega o guardanapo dele e limpa o creme da minha boca – Agora sim, saiu.

- Nossa... – eu falo e começo a rir.

- O que houve? – Peeta pergunta.

- Nada não.

- Fale Katniss. Ou nunca mais farei sonhos para você. – ele fala, brincando.

- Ok, ok. É que a maioria dos garotos me beijaria para limpar o creme. Mas você não, pois parece que você não sabe se eu iria ficar feliz ou braba com o beijo... Você é diferente dos outros. E para mim isso é fofo. – eu falo.

- Eu não sei se isso é uma ofensa ou elogio, mas parece que não tenho atitude.

- Me trazer aqui e preparar esse piquenique é ter atitude. – eu digo, tentando ajeitar a situação.

- Vou fingir que acredito em você. – ele diz, com um sorriso. – Eu quero te perguntar uma coisa, e saiba que estou criando muita coragem para perguntar... – Peeta congela e parece que a voz dele não consegue sair.

- Prossiga. – eu digo – Está tudo bem?

- Sim, só que tenho medo da resposta. Vocêgostariadeiraobailedesábadocomigo? – ele fala tão rápido que parece que é todas as palavras são grudadas.

- Não. – eu digo e os olhos azuis de Peeta arregalam-se e depois se abaixam de vergonha – Eu estou brincando! É claro que quero. Vai ser um prazer ser sua parceira no baile, Sr. Mellark. – eu falo, rindo.

- Maldade, Everdeen.

- Você deixou muito fácil para mim, estava muito envergonhado. Eu não podia deixar isso passar. Queria ver sua reação.

- Tá certo. – ele fala.

De repente, nossos olhares se cruzam. Seus olhos azuis são tão lindos, tão... tão... azuis? Aqueles olhos lindos me encaram com tanta emoção, e eu começo a ficar confusa. Peeta é quase um desconhecido, não passei mais de três horas com ele, mas eu já tenho um sentimento tão forte por ele que eu mal consigo descrever. Ele é tão... diferente. Tão amável.

- Acho melhor irmos. – eu digo, de repente. A última coisa que eu quero é me apaixonar. Não. Isso não pode acontecer.

- Está tudo bem? - ele pergunta.

- Tudo ótimo, mas estou cansada, quero dormir. – minto.

- Tudo bem. – Peeta parece chateado.

Caminhamos de volta até a piscina.

-  Tchau, eu me diverti muito. Até sába... – antes que eu termine a frase, Peeta me beija.

- Nunca mais diga que eu não tenho atitude. – ele diz, sorrindo. E então vai embora.

Dou uma ponta na água gelada da grande piscina, para relaxar e pensar no que está acontecendo comigo. Quer dizer, o que este garoto está fazendo comigo? E além do mais ele beija bem. Muito bem. Mas que droga.


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Notas finais do capítulo

Merece reviews? Favoritos? *_*
Então, eu vou viajar dia 20 e talvez eu não consiga entrar aqui no Nyah, então não vou poder atualizar as fics que eu faço sozinha, mas essa como já temos capítulos prontos a remembergirlonfire vai continuar postando...