O Namoradinho Da Minha Mãe escrita por Woonka Horan


Capítulo 99
Capítulo 99


Notas iniciais do capítulo

Pandinhas! Eu sei que todo mundo tá triste com o que aconteceu com o Biels, mas gente, a vida continua ner '-' Foi só eu quer chorei quando reli? Cara, porque eu sempre choro quando eu leio? u.u ain sou mt apegada aos meus personagens, enfim, espero que gostem dos capitulos que de agora em diante vão ser sem o Biels



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- Ela já vai acordar... – uma vozinha desconhecida lá no fundo dizia. Mas aonde eu estava?

- Tudo bem – agora era a voz de minha mãe.

Mas aonde eu estou?

Abri os olhos devagar. A luz que entrava, fazia minha cabeça latejar. Eu enxergava apenas uma cor: branco. Fechei os olhos novamente, aquela dor era absurda. Será que eu morri? Será que vou estar agora, junto á Gabriel? Será que ele está ao meu lado? Gabriel? É, ele não está mais aqui. Mas eu posso estar com ele.

- Gabriel? – perguntei alto. Ninguém me respondeu. – Gabriel? – perguntei novamente – GABRIEL, CADÊ VOCÊ? GABRIEL! – gritei, e senti uma mão na minha. Será que é ele?

- Gabriel? – perguntei, ainda sem abrir os olhos novamente – é você meu amor? Você voltou pra mim? – abri os olhos devagar, e vi minha mãe.

- Calma Ju – ela disse. Seus olhos estavam inchados – vai ficar tudo bem.

- Cadê ele mãe? Eu não morri? – perguntei confusa.

- Não Ju, não fica assim – ela disse – ele não está aqui.

- Mãe, cadê ele? – perguntei começando a chorar.

- Ele não está mais aqui Ju, se acalma – ela disse segurando minha mão – mas olha... Ele vai estar sempre com você.

- Aonde mãe? Como? – perguntei, sentindo mais lagrimas em meus olhos.

- Aqui – ela colocou em minha mão, o cordão que ele havia me dado. O cordão do nosso namoro. Com uma aliança, e a letra G.

Aquilo foi a gota d’água. Comecei a chorar mais e mais, apenas em lembrar do que ele me disse, do que ele fez, do que ele fez a mim. Do bem que ele me fez.

Ela fechou minha mão, e levou-a em direção á meu peito esquerdo.

- Ele vai estar aqui – ela disse, sorrindo e passando a mão sobre meu cabelo caído na testa – para sempre. Com você – completou, me dando um beijo na testa.

Então quer dizer que ele se foi mesmo? Quer dizer que nunca mais o verei?

Mas e os nossos sonhos? E o que a gente passou? Vai ser tudo em vão? Vão ser apenas momentos perdidos pelo tempo? E tudo que ele já me disse? Vai ficar apenas na minha memória, junto á sua voz? Eu nunca mais vou ouvir ele falar? Ou cantar comigo? Nunca mais vou conversar com ele? E quem vai me ligar todos os dias de manhã para me acordar? E a escola? Quem vai me acompanhar? Quer dizer que agora eu estou sozinha? Não tem ninguém ao meu lado? E pra onde eu vou? O que vou fazer? Ele era a única pessoa com quem eu realmente gostava de estar. A única pessoa que me fazia bem. E aqui agora... simplesmente não existe mais. Pra onde ele foi? Será que ele vai estar mesmo comigo?

E quem vai me dizer coisas bonitas? Quem vai me fazer feliz? Ninguém mais. Não há mais ninguém para mim. Não tem como viver, não há como pensar, não há como ser feliz, não longe de quem eu amo.

Não quero mais ser ninguém, não consigo mais ser ninguém. Não dá pra ser a mesma pessoa. Não quero mais nada dessa vida, não longe dele. Eu não quero estar sozinha.

Eu quero apenas morrer, se esse for o único modo em que eu possa estar com ele. O único lugar em que eu posso tê-lo, como antes: na morte.

- Mãe, eu quero morrer – disse.

- Não Ju, você não vai morrer – ela disse – você vai viver. E cuidar de alguém. Ser feliz com alguém. Ou pelo menos, POR ESSE ALGUÉM – ela disse, colocando a mão sobre minha barriga.

- Então quer dizer que você já sabe? – perguntei, secando minhas lagrimas que não paravam de se formar.

- Já. Todo mundo já sabe – ela sorriu.

- Há quanto tempo estou aqui? – perguntei.

- Dois dias – ela disse – você deu um susto em todo mundo.

- Dois dias? – perguntei. Senti meus olhos arderem novamente – então quer dizer que não vou poder mais ver o Gabriel pela ultima vez? – soltei lagrimas de meus olhos.

- Sinto muito... Mas ele já se foi – ela disse, e eu me sentei na cama. – mas você tem a todos nós – ela me abraçou – e á essa criança.

- Mas eu quero ele mãe! – comecei a chorar novamente.

- Você tem á ele Ju – ela sorriu – aqui – ela colocou a mão em minha barriga – e aqui – apontou para meu peito esquerdo.

Sim, eu ainda podia ter a ele. Ou pelo menos, á uma parte dele. Mas isso não era o suficiente.

- Agora, cuide dessa criança Ju – ela disse – ela merece seu carinho. Ela merece sua felicidade. Ela merece você.

- Mas ela não tem pai – disse me lembrando de Gabriel. Comecei a chorar mais.

- Tem. Ela sempre terá. Um pai e uma mãe – ela sorriu.

- A mocinha acordou? – uma mulher alta, loira, vestida de branco chegou no quarto.

- Já sim – minha mãe sorriu me soltando.

- E como anda?

- É mesmo pra responder? – perguntei, olhando seria.

- Realmente. – ela sorriu sem graça – mas não fica assim. Não faz bem pra você, nem pro seu bebê – ela completou.

- Mas não dá pra ficar de outro jeito – disse, sentindo meus olhos arderem novamente.

- Ju, calma filha – minha mãe sorriu passando a mão no meu cabelo – vai ficar tudo bem, nós vamos pra casa.

- Sim, agora, vamos tomar um remedinho, e você já estará liberada – ela disse colocando uma bandejinha ao lado da minha cama. Ela me deu algumas coisas, mediu algumas coisas que eu não faço a mínima ideia do que seja, e depois o médico entrou no quarto e me deu alta.

Fomos pra casa, e eu permaneci chorando. Ao chegar em casa, fui direto ao meu quarto, e me deitei na cama, soltando tudo que estava preso em mim, em choro. Fiquei o resto do dia, trancada no quarto, chorando. Pensando em tudo, tudo que o Gabriel já me disse, tudo que nós já passamos, em tudo.

- Posso entrar? – era minha mãe batendo na porta.

- Pode – disse, limpando minhas lagrimas.

Ela entrou, junto com a mãe de Gabriel. Meus olhos estavam mais que inchados, e os dela não estavam muito longe disso.

- Olá – disse, me sentando na cama.

- Oi Ju – Beatriz, sua mãe disse sorrindo e se sentando ao meu lado. Minha mãe puxou a cadeira da escrivaninha e se sentou de frente para nós.

- Bom Ju, precisamos conversar – minha mãe disse. Assenti com a cabeça, e ela continuou.

- Olha, eu acho que você está muito mal por isso, todo mundo sabe – ela disse – mas a responsabilidade não foge agora. Essa criança Julia, o que deu em você para ficar grávida?

- Não sei mãe, aconteceu – disse olhando assustada – e eu acho que isso tá muito claro, não?

- Quando vocês fizeram isso? – ela continuou.

- Foi... – comecei a dizer – no dia que você viajou. Ele veio dormir aqui, e ai a gente... – não consegui terminar de falar.

- Tudo bem – ela disse – mas você foi muito irresponsável.

- Eu sei mãe! Mas agora não dá mais pra voltar atrás, tá vendo? – disse, sentindo meus olhos novamente com lagrimas.

- Não, não, por favor, não chora filha – minha mãe disse segurando minha mão.

- Agora nós queremos outra coisa – Beatriz disse, pegando minha outra mão.

- O que? – perguntei, enxugando uma lagrima.

- Queremos sua responsabilidade – ela disse – na verdade, eu quero. Eu quero que você de a luz á essa criança. Eu quero que ela seja uma criança saudável. Uma criança feliz. – ela disse – porque afinal, ela é o Gabriel. Ele pode ter ido embora, mas deixou pelo menos uma lembrança – ela disse, e seus olhos ficaram vermelhos novamente – e agora, eu quero que você cuide dele. Por favor.

- Isso mesmo Ju – minha mãe sorriu – é a SUA lembrança. 


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Notas finais do capítulo

Unico de hoje, Ate amanhã! Pandakisses e fiquem ligadinnhas porque hoje ou amanhã tem fic nova no pedaço hihi

#woon