- Bom, não sei se você concorda mas... — ele se aproximou— acho que tenho uma ideia... 
- Ah é, e qual é a sua ideia? — me afastei, começando a provoca-lo. 
- Mas você tem que me ajudar também — ele chegou mais perto de novo. 
- Só se você me falar o que é... — fiz biquinho. 
- Acho que não vamos precisar conversar pra fazer isso, afinal — ele se aproximou, e me deu um selinho - acho que vai ser um pouco difícil, não? 

- É, acho que sim — retribui outro, e ele me agarrou com força, começando a me beijar com vontade. 
Nos jogamos no sofá, e eu acho que da pra perceber o que aconteceu ne? Pois é, rolou. E sinceramente, ele foi muito fofo comigo, apesar de que sempre é, sempre, mas ele fez tão direitinho, que nem parecia que aconteceu nada, há. E foi lindo, mágico, sei lá o que mais. Perfeito. 
- Bom dia flor do dia — ele disse no meu ouvido para me acordar, me dando um beijo na bochecha e se levantou. 

- Um belo dia — me virei, estava toda enrolada no lençol, parecia uma louca, e me levantei. 
Ele estava vestido com a mesma roupa de ontem, é. 
- Vou preparar alguma coisa pra gente comer — ele disse, sorrindo. 
- A casa é sua — apontei pra cozinha — e eu já volto — me levantei correndo segurando a roupa de cama, e subi as escadas. 
Entrei no meu quarto e tomei um banho rápido. Vesti uma roupa qualquer, um short jeans e uma blusinha laranja-fluorescente, com um chinelo havaianas K 
Desci pra sala, e arrumei tudo, deixei do jeito que eu tinha encontrado. Coitada de mim se minha mãe desconfiar de alguma coisa.
Cheguei na cozinha, ele estava sentado na mesa. Tá, tinha leite, Nescau e pão com requeijão. 
- Hm, cozinheiro é? — dei uma risada, e o abracei. 
- É melhor que gelo — ele riu. 
- Com certeza — dei uma risada e me sentei. 
Fiz meu leite com Nescau e lotei meu pão de requeijão cremoso, estava até escorrendo. Ele também. 
Começamos a comer. 
- Está sujo ai ó —ele apontou pro meu nariz. 
- E ai também — apontei para sua boca. 
- Estamos parecendo das crianças tomando café — ele riu. 
- Somos o que? Adultos? 
- Acho que sim — ele riu, e eu também. 
Terminamos de comer, e coloquei as coisas na pia 
- Tenho que ir, senão minha mãe sente minha falta e eu to perdido — ele riu. 
- Tá bom. 
- Até mais tarde? 
- Até amanhã, a tarde — falei, me lembrando da festa de hoje. 
- Ok, te amo — ele me deu um selinho e saiu pela porta. 
Fiquei na cozinha pensando igual á uma tonta, pensando na vida. Depois fui lavar as vasilhas, era o melhor a fazer, e depois ligar pra Rafaela. 

Fui para meu quarto, e liguei a TV. Fiquei vendo um canal chato de filmes, e depois peguei o telefone. 
disquei o numero da Rafaela. 
telefone on
- Alo? 
- Rafa! 
- Ih, tá empolgada é Ju? 
- É
- Por que? Posso saber? 
- Tipo assim ne, você num vai na festa do Felipe com o Lucas? 
- É, vou. Mas o que isso tem a ver? 
- Pode vim se arrumar aqui? Tenho coisas pra te contar. 
- Posso Que horas? 
- Agora. Bom que vamos no shopping almoçar e comprar roupa. Ok? 
- Tá bom, já já chego ai 
- Ok, beijo. 
telefone off

Olhei no relógio, eram 10:40. Liguei o computador e fiquei mexendo em alguma coisa inútil, até a Rafa chegar. Resolvi fuçar o twitter do Emilio K 
últimos tweets, é. 
- quero esquecer alguém :/ 
- Por que tem pessoas que não reconhecem nosso sentimento? 
- Acho que sou e sempre serei um idiota. 
- Não adianta. Não presto pra conquistar alguém... 
- Que ridículo eu me deprimindo por alguma coisa inútil. Vou é me esbaldar. Até. 
- Hoje tenho uma festa, há, vai ser demais 
- Amanhã estarei esgotado, acho que nem volto - 1 minuto atrás
Hm, festa. Deve ser a festa do Felipe. Ainda bem que já tenho alguém pra ir. 

Woke up on the right side of the bed... what's up with this Prince song inside my head?(8)
meu celular começou a tocar. Mas cadê essa porcaria? 

Achei ele debaixo do meu travesseiro, e atendi. 
telefone on
- Oi? 
- Julia... 
- Quem é? 
- Em... —pausa — Emilio. 
- Ah, o que você quer? ¬ 
- Te fazer um convite. — pausa — já que eu acho que seu namoradinho não vai... 
- Aonde? 
- Pra uma festa; 
- De quem merda? 
- Do Felipe, amigo meu... 
- Já estou indo. 
- JÁ? COM QUEM? QUEM É O INFELIZ? VOU MAT... — pausa — com quem você vai? - ele se tranquilizou.
- Com seu queridíssimo irmão 
- O Dudu? 
- O próprio. 
- Mas... Mas... 
- Mas nada. Tchau Emilio, estão tocando a campainha. 
- Se for seu namoradinho você não vai abrir. 
- Ah é mesmo? Jura? Quem vai me impedir? 
- Eu... Tá, não sou eu. Mas por favor... 
- E eu não estou namorando —pausa — e é a Rafaela, minha amiga. E agora vai ficar me regrando? 
- Não. É, tá. 
- Tchau Emilio. 
- Tch... 
telefone off