O Namoradinho Da Minha Mãe escrita por Woonka Horan


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Ultimo de hoje pandinhas! Bubu' comentem lá ok??



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– Fala, agora você me deixou curioso – nossos olhares se encontraram, e ele sorriu. Incrível como eu já estava ficando “amigável” com ele. Estava começando a me sentir á vontade pra conversar mesmo, e ele era muito gente boa, muito mesmo. E, ele é um dos únicos que me aceita, porque, sei lá, eu sou meio “estraga imagem”. Quem iria querer uma garota com cabelos horríveis, dentes de lata, roupas aparentemente terrivelmente terríveis (não pra mim, é), branca sem cor nenhuma, etc etc etc? É.
– Tá, tipo, não tenho muitos amigos, só isso... – disse dando ênfase na palavra muitos.
– Bom, acaba de arranjar mais um pra sua coleção, mesmo que ela seja pequena – pausa – e mais tarde irá arranjar mais um monte, na festa.
– Mas... eu não pretendo ficar.
– Ah, larga dessa. Vai ser legal, te prometo. E prometo ficar com você.
– Se é assim, mas eu ainda vou pensar... – Fiz biquinho. Ele riu. Meu “vou pensar” as vezes é um não. Mas não iria dizer isso na cara dele, é.
Fiquei olhando pra piscina, e a merda do sol veio refletir logo nos meus olhos. Me virei de novo para Eduardo.
– Eduar... – antes que eu terminasse de falar, ele me cortou.
– Me chame de Dudu. – ele sorriu.

– Tudo bem, Dudu. Eu vou ao banheiro.
– Tudo bem, eu espero – ele se acomodou na cadeira e ficou me olhando. Me levantei, e fui em passos pequenos até a porta da sala. Me virei de volta pra ele.
– Só uma coisinha... – ele me olhou – aonde fica o banheiro? – fiz uma fisionomia confusa, e ele riu, já se levantando e vindo até mim.
– Tá vendo essa porta á direita? – ele apontou pra uma porta no final fechada no final do corredor. – Ali.
– Obrigada – disse saindo e andando até lá. Olhei pelo canto do olho, e ele estava me observando, com um sorriso nada agradável no rosto. Continuei andando normalmente, mas sem querer olhei pra trás e,
POW, bati em alguém. Ai cruz, minha cabeça tá rodando, minha testa tá latejando.

– Ai caralho... – resmunguei me escorando na parede.
– Mal ai cara. – Olhei, e adivinha quem era? Coiso, ou melhor, Emilio.
Não respondi nada, não consegui raciocinar nada.
– Você tá bem Ju? – Eduardo já estava do meu lado me olhando.
– Acho que estou – soltei a parede, e fiquei em pé. – Foi mal Emilio, não te vi. – é bem difícil pedir desculpas para alguém ignorante assim, mas fazer o que ne.
– É, nem eu. – pausa – se machucou? Espero que não...
– Acho que não – Eduardo respondeu por mim, olhando pra minha testa.
– Não.
– Então, to indo, com licença.
– Toda. – disse indo em direção ao banheiro.
– Tem certeza que tá bem – Dudu me perguntou.
– Sim, fica tranquilo ai.
– Tudo bem... – ele disse se virando e indo em direção á cozinha. – estou aqui, ok?
– Ok – falei já fechando a porta do banheiro.
Me aproximei mais do espelho, e fiquei olhando pra minha testa. Ela estava um pouco vermelha, mas nada que um gelo não resolva. Liguei a torneira da pia, e joguei um pouco de água no meu rosto. Já havia diminuído um pouco a vermelhidão quando sequei com a toalha.
– Julia? – minha mãe batia na porta.
– Oi mãe – disse colocando a mão na chave e abrindo a porta.
– Tudo bem? O Dudu me contou do seu pequeno incidente com o Emilio...

– Tá tudo bem mãe.
– Vai querer o gelo? – olhei pra suas mãos, ela estava carregando um pequeno saquinho com alguns gelinhos e uma toalha branca.
– Não precisa, vai ficar bem mãe, agora pode ir se divertir. – disse saindo do banheiro, fazendo-a se afastar um pouco da porta.
– Tudo bem então – ela fez uma cara de decepcionada e saiu. “É só show de mãe, é só show” pensei comigo mesma.
Fui atrás dela, até que ela entrou na cozinha. Olhei, estavam Emilio e Dudu apenas.
– Cheguei. – ela disse indo se sentar na bancada de volta ao lado de Emilio.
– Oi Ju.
– Olá Julia. – o coiso tá ficando educado? Acho que ele nunca foi.
– Oi. – respondi.
– Senta aqui, vamos conversar – minha mãe disse dando dois tapinhas no banco ao lado do seu. Fui até lá, e peguei o banco, colocando ele na outra ponta.
– Tudo bem... – ela disse levantando os braços. Emilio soltou um riso.
– Eu adoro o seu senso de humor amor – ele falou dando uma mordida de leve na bochecha dela.
Olhei pra Eduardo com uma cara de “eca” e ele repetiu. Rimos, e voltamos a olhar pros dois pombinhos cometendo uma puta agarração na nossa frente.
– Ham – Dudu tossiu. Eles pararam de se beijar e olharam pra gente.
– O que foi? Nunca viu não? – Emilio falou fuzilando.
– Quer mesmo que eu responda? – ele sorriu maliciosamente.
– Não. – fuzilou mais ainda Eduardo. Daqui a pouco eu era atingida por uma bala perdida também (qq).

De repente, ouvimos o portão se abrindo, e um carro entrando. Dudu foi até a porta da cozinha olhar.
– A mãe e o pai chegaram. – ele disse pro Emilio.
– Ah, legal. – ele respondeu, mas não tirava os olhos da minha mãe nem a mão da sua cintura.
Fiquei olhando para minhas mãos, mexendo nas unhas, afinal, eu não tinha nada a fazer naquele lugar chato. De repente, Eduardo entra na porta com seus pais.
– Oi mãe, oi pai. – Emilio diz indo abraça-los. – essa é minha nova namorada, Marina. – ele disse. Eles olharam pra mim, com uma expressão feliz, que mudou um pouco assim que viram como eu estava.
– Prazer. – minha mãe falou se levantando da cadeira.
– Prazer, Anne. Linda sua filha Marina. – a “mamãe Surita” disse dando três beijinhos de bochecha na minha mãe.
– Ah, essa é Julia, minha filha, eu sou Marina. – ela sorriu dando ênfase na palavra “eu”. Anne fez uma feição assustada. Olhou para Emilio com a mesma cara. Seu pai já estava com a boca aberta a essa hora.
Eu estava me divertindo com isso.
– Ah... – a única coisa que ele disse. – Linda filha. – ela tentou sorrir.
– Obrigada. – sorri, mas em menos de 2 segundos já fechei minha boca. ODEIO esse aparelho, meu sorriso fica ridículo, eu fico ridícula. Graças a Deus eu não estou de óculos hoje, senão, seria pior.
– Emilio, vem aqui me ajudar a tirar as compras do carro? – a mãe dele disse, lançando um olhar “venha agora”.

Ele se levantou e foi atrás dela, saíram da cozinha. Ficamos eu, Dudu e minha mãe, olhando um pra cara do outro. A expressão de “se fudeu” do Dudu era a melhor.


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Notas finais do capítulo

Ultimo de hoje, mas amanhã tem mais... esperem por surpresas nos proximos capitulos e espero que tenham gostado! Malikisses

#woon =3