O Namoradinho Da Minha Mãe escrita por Woonka Horan
Notas iniciais do capítulo
Prometo não esquecer amanhã pandinhas!!
3/3
Passamos por varias pessoas, que continuavam nos olhando torto. O sinal tocou, finalmente. Fomos para a sala, mas resolvemos soltar nossas mãos, não era muito seguro.
Entrei na sala de aula, e fiquei lá, as ultimas 3 aulas tentando conversar com a Rafa e o Luiz que ainda estavam sentados comigo, e até que passou rápido. Eles me obrigaram a falar do incidente da língua, porque todo mundo estava comentando.
O sinal tocou novamente, para eu poder enfim ir para casa, amém!
Peguei minhas coisas, e sai pela porta da sala. Fui andando em direção ao portão, Emilio me parou de novo.
– Vamos comigo, ou vai ser igual a hoje de manhã... – ele disse, já me puxando.
– Não Emilio, você não manda em mim, agora me solta – tentei puxar meu braço, em vão, ele era muito forte para mim.
– Hum... mas eu quero que você vá comigo, precisamos esclarecer umas coisinhas... – ele disse, me puxando com força. Tentei travar meus pés no chão, em vão novamente.
– Esclarecer o que? Eu não devo nada á você, e não tenho obrigação nenhuma contigo... – pausa – resumindo: eu mando em mim. – disse o encarando, e continuava tentando tirar meu braço de suas mãos.
– Olha, eu to falando sério, anda, porque ao contrário vou te carregar até o carro.
– Toma coragem bonitão – disse com cara de deboche.
– Tudo bem, você que manda – ele disse, vindo para cima de mim, e passando meus braços por seus ombros, e apoiando minhas pernas, as deixando no ar, como num casamento de novela – eca. Comecei a bater as pernas, e dar soquinhos no seu ombro.
– Me solta Emilio, anda! – eu gritava. Ele apenas ria, com um sorriso malicioso na cara.
– Você me mandou tomar coragem, e eu tomei – ele foi andando saindo pelo portão da escola.
– rawr – “rosnei” de raiva. Continuei batendo minhas pernas, segurando minha mochila para ela não cair no chão, e tentando me soltar.
Vi alguém se aproximar. Era Eduardo, oh céus.
– Caham – ele tossiu atrás de Emilio, dando uma leve batidinha nas suas costas.
Emílio o ignorou, e continuou andando.
Ele acelerou o passo, e parou na nossa frente, fazendo Emilio parar. Eles ficaram se encarando com os olhos semicerrados.
– Oi Du – falei, quebrando o gelo.
– Oi Julia, tá tudo bem? – ele sorriu, apenas para mim, e continuou ignorando Emílio.
– Não, pode me ajudar? – perguntei, encarando Emílio e franzindo os lábios.
– Como? – ele perguntou.
– Saindo daqui – Emilio disse, dando a volta e continuando a andar. Comecei a bater as pernas de novo, fazendo movimentos bruscos tentando escapar dali.
Eduardo voltou a acelerar o passo, e parou em nossa frente.
– Eu estava conversando com você Ju, já que certas pessoas – fuzilou Emilio – não deixam os outros andarem sozinhos.
– Ah, é, e eu também, mas estou presa – bati no ombro de Emílio – me solta seu traste! – gritei.
Ele deu um sorriso.
– Emílio, ela tá pedindo pra você soltar, você é surdo ou precisa de ajuda? – Eduardo falou, encarando o irmão.
– Acho que sou surdo. Vem ajudar ela então, poderoso – Ele disse, e continuou a andar, dando novamente a volta por Eduardo. Virei a cabeça para trás, e olhei pra ele com cara de cachorro pidão. Ele olhou pra cima, tentando pensar.
Balancei a mão, chamando ele até mim.
– Vem, vem – sussurrei. Na verdade, apenas mexi os lábios, e acho que ele entendeu.
Veio andando, e ficou ao lado de Emílio.
– O que está fazendo aqui pirralho? – Emilio perguntou.
– Vou pra casa com você. – ele disse, dando um sorriso de deboche.
– Vai na roda, isso sim. No meu carro num entra nem a pau – Emilio disse, acelerando o passo. Eduardo nos acompanhou.
– Vejamos – ele pegou o celular no bolso, e passou uma mensagem para alguém. Depois continuou andando conosco.
Chegamos na porta do carro, Emílio olhou pra Eduardo.
– Tira seu cavalinho da chuva que aqui você não entra – ele disse, abrindo a porta e me colocando lá dentro. Eu apenas olhava assustada.
– Hun, vejamos... Até daqui a.. alguns minutinhos – Dudu falou e se virou, e foi andando.
Emílio deu a volta no carro e entrou, se sentando no lado do motorista.
Olhou para mim.
– Bom... Preciso que me esclareça uma coisa – ele colocou a mão sobre minha perna – que coisa foi aquela com meu irmão? – ele me encarou.
Tirei sua mão, e olhei para ele, franzindo o cenho.
– Não te devo satisfações de nada na minha vida – terminei de falar e me virei para frente.
– Ah, deve sim e eu que... – seu telefone o interrompeu.
Ele pegou, havia recebido uma mensagem. Leu, e revirou os olhos.
– Bom, a menos que eu queira ficar sem meu carro por uma semana, eu tenho que levar o bebezão do Eduardo conosco... E como eu não quero ficar sem me encontrar com você, vamos lá. – ele disse, ligando o carro.
Foi andando, e Eduardo estava sentado na calçada. Quando avistou o carro, deu um sorriso sarcástico, e se levantou.
– Eu disse que te encontrava por aí – ele entrou no banco de trás, e Emílio continuou com sua cara emburrada. Ligou o carro novamente, e fomos em silencio. Um silencio anda agradável, mas era melhor que começar a discutir com Emilio, e Emilio com Dudu.
Ele seguia pelo caminho que não ia direto á minha casa. Eu conhecia aquela rua.
Ele estacionou o carro na porta da casa deles.
– Pronto, entregue, agora sai, desinfeta – Emilio falou, destravando as portas do carro, sem desligar a chave.
– E a Julia? – Eduardo franziu a testa.
– Eu vou deixar ela em casa agora – respondeu, seco.
– Ah, então eu vou junto, depois nós viremos pra casa – Eduardo falou, se recostando no banco do carro, e cruzando os braços. Ficaram se encarando novamente.
– Não saiu ainda? – Emilio disse, mais raivoso.
– Não.
– Anda, sai, você não vai com a gente.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ultimo de hoje, amanhã tem mais! Malikisses =3
#woon