O Namoradinho Da Minha Mãe escrita por Woonka Horan


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Prometo não esquecer amanhã pandinhas!!

3/3



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Passamos por varias pessoas, que continuavam nos olhando torto. O sinal tocou, finalmente. Fomos para a sala, mas resolvemos soltar nossas mãos, não era muito seguro.

Entrei na sala de aula, e fiquei lá, as ultimas 3 aulas tentando conversar com a Rafa e o Luiz que ainda estavam sentados comigo, e até que passou rápido. Eles me obrigaram a falar do incidente da língua, porque todo mundo estava comentando.

O sinal tocou novamente, para eu poder enfim ir para casa, amém!

Peguei minhas coisas, e sai pela porta da sala. Fui andando em direção ao portão, Emilio me parou de novo.

– Vamos comigo, ou vai ser igual a hoje de manhã... – ele disse, já me puxando.

– Não Emilio, você não manda em mim, agora me solta – tentei puxar meu braço, em vão, ele era muito forte para mim.

– Hum... mas eu quero que você vá comigo, precisamos esclarecer umas coisinhas... – ele disse, me puxando com força. Tentei travar meus pés no chão, em vão novamente.

– Esclarecer o que? Eu não devo nada á você, e não tenho obrigação nenhuma contigo... – pausa – resumindo: eu mando em mim. – disse o encarando, e continuava tentando tirar meu braço de suas mãos.

– Olha, eu to falando sério, anda, porque ao contrário vou te carregar até o carro.

– Toma coragem bonitão – disse com cara de deboche.

– Tudo bem, você que manda – ele disse, vindo para cima de mim, e passando meus braços por seus ombros, e apoiando minhas pernas, as deixando no ar, como num casamento de novela – eca. Comecei a bater as pernas, e dar soquinhos no seu ombro.

– Me solta Emilio, anda! – eu gritava. Ele apenas ria, com um sorriso malicioso na cara.

– Você me mandou tomar coragem, e eu tomei – ele foi andando saindo pelo portão da escola.

rawr – “rosnei” de raiva. Continuei batendo minhas pernas, segurando minha mochila para ela não cair no chão, e tentando me soltar.

Vi alguém se aproximar. Era Eduardo, oh céus.

– Caham – ele tossiu atrás de Emilio, dando uma leve batidinha nas suas costas.

Emílio o ignorou, e continuou andando.

Ele acelerou o passo, e parou na nossa frente, fazendo Emilio parar. Eles ficaram se encarando com os olhos semicerrados.

– Oi Du – falei, quebrando o gelo.

– Oi Julia, tá tudo bem? – ele sorriu, apenas para mim, e continuou ignorando Emílio.

– Não, pode me ajudar? – perguntei, encarando Emílio e franzindo os lábios.

– Como? – ele perguntou.

– Saindo daqui – Emilio disse, dando a volta e continuando a andar. Comecei a bater as pernas de novo, fazendo movimentos bruscos tentando escapar dali.

Eduardo voltou a acelerar o passo, e parou em nossa frente.

– Eu estava conversando com você Ju, já que certas pessoas – fuzilou Emilio – não deixam os outros andarem sozinhos.

– Ah, é, e eu também, mas estou presa – bati no ombro de Emílio – me solta seu traste! – gritei.

Ele deu um sorriso.

– Emílio, ela tá pedindo pra você soltar, você é surdo ou precisa de ajuda? – Eduardo falou, encarando o irmão.

– Acho que sou surdo. Vem ajudar ela então, poderoso – Ele disse, e continuou a andar, dando novamente a volta por Eduardo. Virei a cabeça para trás, e olhei pra ele com cara de cachorro pidão. Ele olhou pra cima, tentando pensar.

Balancei a mão, chamando ele até mim.

– Vem, vem – sussurrei. Na verdade, apenas mexi os lábios, e acho que ele entendeu.

Veio andando, e ficou ao lado de Emílio.

– O que está fazendo aqui pirralho? – Emilio perguntou.

– Vou pra casa com você. – ele disse, dando um sorriso de deboche.

– Vai na roda, isso sim. No meu carro num entra nem a pau – Emilio disse, acelerando o passo. Eduardo nos acompanhou.

– Vejamos – ele pegou o celular no bolso, e passou uma mensagem para alguém. Depois continuou andando conosco.

Chegamos na porta do carro, Emílio olhou pra Eduardo.

– Tira seu cavalinho da chuva que aqui você não entra – ele disse, abrindo a porta e me colocando lá dentro. Eu apenas olhava assustada.

– Hun, vejamos... Até daqui a.. alguns minutinhos – Dudu falou e se virou, e foi andando.

Emílio deu a volta no carro e entrou, se sentando no lado do motorista.

Olhou para mim.

– Bom... Preciso que me esclareça uma coisa – ele colocou a mão sobre minha perna – que coisa foi aquela com meu irmão? – ele me encarou.

Tirei sua mão, e olhei para ele, franzindo o cenho.

– Não te devo satisfações de nada na minha vida – terminei de falar e me virei para frente.

– Ah, deve sim e eu que... – seu telefone o interrompeu.

Ele pegou, havia recebido uma mensagem. Leu, e revirou os olhos.

– Bom, a menos que eu queira ficar sem meu carro por uma semana, eu tenho que levar o bebezão do Eduardo conosco... E como eu não quero ficar sem me encontrar com você, vamos lá. – ele disse, ligando o carro.

Foi andando, e Eduardo estava sentado na calçada. Quando avistou o carro, deu um sorriso sarcástico, e se levantou.

– Eu disse que te encontrava por aí – ele entrou no banco de trás, e Emílio continuou com sua cara emburrada. Ligou o carro novamente, e fomos em silencio. Um silencio anda agradável, mas era melhor que começar a discutir com Emilio, e Emilio com Dudu.

Ele seguia pelo caminho que não ia direto á minha casa. Eu conhecia aquela rua.

Ele estacionou o carro na porta da casa deles.

– Pronto, entregue, agora sai, desinfeta – Emilio falou, destravando as portas do carro, sem desligar a chave.

– E a Julia? – Eduardo franziu a testa.

– Eu vou deixar ela em casa agora – respondeu, seco.

– Ah, então eu vou junto, depois nós viremos pra casa – Eduardo falou, se recostando no banco do carro, e cruzando os braços. Ficaram se encarando novamente.

– Não saiu ainda? – Emilio disse, mais raivoso.

– Não.

– Anda, sai, você não vai com a gente.


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Notas finais do capítulo

Ultimo de hoje, amanhã tem mais! Malikisses =3

#woon