O Namoradinho Da Minha Mãe escrita por Woonka Horan


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse no post de segunda feira, ontem eu não postei... desculpem e pra compensar vai ter post duplo hoje! Pode pular! kkk



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Emílio narrando

Eu podia confirmar que estava me apaixonando pela Julia. Mas, não podia ser, de um dia para o outro, eu odeio ela, acho ela ridícula, sem sal, não sei o que mais. Mas ai, um sonho muda tudo. Eu sonhei com ela, é. E, no sonho ela parecia perfeita, parecia ideal, parecia na verdade, irreal. Tudo fez sentido.

E ai, eu fui com meus planinhos, na manhã seguinte, até a casa dela. Tomei café com minha amada, e, resolvi dar uma carona pra Julia. A carona também fazia parte do meu plano.

Resolvi que iria observar, tentar perceber suas qualidades, alguma coisa que me fizesse pensar que ela é interessante. E acho que consegui. Ela tinha um papo bom, tinha olhos bonitos, era bonita, tinha um corpo bonito – tirando aquelas roupas terríveis que ela insistia em usar que estragavam ela todinha.

E não venha dizer que eu estou é com fogo, porque, apesar de ela ser isso tudo de ruim, eu sempre achei ela uma garota interessante, misteriosa, desde quando ela chegou na escola. Ela era a “novata estranha”. Eu tinha vontade de ir falar com ela, mas, minha reputação não permitia. Agora, posso falar com ela quando quiser, tudo pela Marina. Pois é, acho que estou com sorte.

Levei ela para a escola, e resolvi arriscar. Depois de muito discutir um agradecimento, acabei agarrando ela, contra sua vontade. Mas, aprece que ela gostou. Depois que ela caiu em si, brigou comigo, eu já esperava isso. Fui para a sala, e fiquei conversando com meus amigos. Resolvi não contar nada.

Na hora do recreio, larguei eles, que estavam se pegando com umas garotinhas, e fui atrás da Julia. Ela estava lá, com aquele amiguinho dela – senti ciúmes, isso é estranho – e meu sangue ferveu. Ela me avistou, e se escondeu no banheiro feminino. Resolvi esperar, não sairia dali enquanto não falasse com ela novamente.

E não me importaria de cabular aula, porque afinal, é muito bom ficar sem aula de química. Minha química é outra agora – tá, eu sei, foi sem graça. O sinal tocou, e ela saiu. Não havia mais ninguém além de nós dois ali na porta dos banheiros. Resolvi me aproveitar, e, novamente, forcei ela a me beijar. Não foi muito longo, porque, me aprece que ela não gosta de ficar sem aula. Mas, foi bom do mesmo jeito.

Voltei para minha sala, e terminei as ultimas três aulas, pensando apenas na Julia.

Depois de muito tempo, a aula acabou, amém. Sai correndo, e peguei meu carro, esperando encontrar a Julia no caminho pra casa dela. Mas a porcaria de um engarrafamento quase me fez surtar, quando ela passou por mim, o vidro do carro estava travado, o povo buzinando, e aquilo atordoando, que raiva, odeio transito, principalmente quando a sua garota passa por você e você não pode fazer nada além de ficar morrendo.

Depois de mais um tempinho, peguei o telefone e liguei pra Marina, avisando que iria almoçar lá. Ela lógico, não recusou. Ela é muito fofa, e muito atenciosa, deve ser por isso que ela me conquistou. Ela tem uma maturidade de mulher, mas, tem uma mente de adolescente. E ela também aparenta ter uns 20 anos, no máximo. E, por incrível que pareça meio impossível, eu amo ela sim. Muito.

Mas enfim, dirigi até lá, depois que o congestionamento se desfez, e porque um congestionamento? PORQUE ATROPELARAM A PORCARIA DE UM GATO. Pensa só: Uma merda de um gatinho de uma senhora foi atropelado, e o transito ficou parado por quase 1 km. Atrapalhando minha vida. Tomara que esse gato morra no hospital. Tá, não morra, não é bom desejar a desgraça pros outros, mesmo pra um animal. Mas que ele fique pelo menos 1 mês internado pra não aprender a fugir mais e atrapalhar minha vida.

Cheguei, e almocei, junto com Marina. Ficamos conversando, e, ela olha no relógio, estava atrasada. Saiu correndo, e eu fui pra sala. Julia estava lá, conversando no telefone. Após ela terminar, perguntei quem era, e adivinha? O Eduardo. Meu sangue ferveu novamente. Ela me ignorou, e Marina saiu pro trabalho. Liguei a TV, tirei minha camisa e meu sapato, e me deitei no sofá, afinal, ela disse que a casa era minha – e eu sou folgado. Julia passou em direção á lavanderia. Fui atrás. Ela estava virada para o tanque, lavando alguma coisa, e eu fiquei olhando, até ela perceber que eu estava ali.

Conversei com ela, foi mais á base de trocas de ironias, como sempre fazíamos, mas, resolvi dar um toque de romantismo naquela conversinha, e joguei uma mão de água nela. Ela se estressou, e revidou. Então ficamos naquela brincadeirinha infantil romântica, até nos cansarmos. Ela disse que iria embora, mas eu a puxei, e ela escorregou, levando tudo que tinha pro chão, inclusive eu. Rimos, e ela reclamou, dizendo que era minha culpa. E eu, muito esperto, disse que faria isso melhorar. Dei um beijo nela, mas, novamente, ela recusou, quando ameacei puxar sua blusa. Ah, eu não tenho culpa, sou homem, é natural, mas ela não entende, cabeça dura. Discutimos um pouco, e beijei ela novamente. Mas dessa vez, por mais que eu já esperasse, ela não recusou. Então continuei, terminando o serviço anterior de tirar sua blusa, e, quando cheguei ao sutiã, ela me empurrou, brigando de novo. Me deu um sermão – eu não considerei um sermão – e saiu com raiva. Fiquei lá, olhando pra parede até perceber que eu estava acordado. Subi até seu quarto, e pedi para tomar banho, com cara de cachorro sem dono. Eu esperava usar o banheiro dela, mas ao contrario, ela me enxotou pro banheiro do corredor, que tinha água gelada.

Tomei um banho me congelando, porque estava fazendo frio. Me enrolei na toalha, e voltei pra porta do seu quarto. Pedi uma roupa dessa vez, porque, afinal, eu não usaria apenas minha blusa, meu deus, e nem colocaria aquela bermuda gelada de novo. Ela me entregou um short, colado, rosa com roxo, estampado, tem como ser mais ridículo? Eu estava parecendo um traveco com aquela roupa cara, isso é vexame.

Tudo bem, me rendi ao short, e tentei ignorar a parte que ela tirou duas fotos, e minha sexualidade está ameaçada por causa disso – mentira, mas se cair nas mãos dos meus amigos, eu to fudido por pelo menos 1 ano.

Depois, ela me enxotou.

Fiquei enrolando um pouco, e resolvi ir pra casa.

Fui até seu quarto, e peguei a toalha que ela prometeu me emprestar, pendurada na maçaneta. Aparentemente ela não queria que eu entrasse em seu quarto, mas a porta estava aberta, e eu fui avisar que estava indo. Abri a porta, e ela estava dormindo, igual a um anjo. Não tive vontade de acorda-la, mas eu precisava avisar.

Cheguei perto, ela abriu um olho apenas.

– Estou indo, vou levar a toalha. Até amanhã – pisquei – e, eu vou jogar a chave por cima do muro, ok? – terminei de sussurrar.

Ela levantou uma mão para mostrar que escutou, e voltou a dormir.

Desci as escadas correndo, procurando minha blusa e meu tênis. Não achei, infelizmente. La vai mais um vexame, o que será que pensariam se me vissem na rua desse jeito? Cabelo molhado, descalço, com um “shortinho gostoso”, sem cueca, sem camisa, entrando no carro com uma toalha enrolada no corpo? Vão pensar que eu estava na maior suruba lá, ou então que eu fui assaltado, ou torturado, ou minha namorada resolveu se vingar de mim, ou sei lá mais o que. Vou passar por traumas, mas, fazer o que, daqui a pouco já estou em casa vestindo minha roupinha de homem novamente.

Peguei minhas chaves na mesa da cozinha, e enrolei a toalha na minha cintura. Destranquei a porta, e fechei. Fui até o portão, e abri, respirando fundo antes de sair. Olhei, e haviam algumas pessoas na rua.


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Notas finais do capítulo

Já posto o outro =3



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