Eram cinco horas quando Alice parou ali na frente, e me deixou em casa.

Meu pai avisou ligando que não voltaria até segunda, pois viajou a trabalho.

 Eu tinha o final de semana inteiro sozinha. Uma adolescente normal daria uma festa, mas eu tinha outros planos.

Prometi a Edward que iria ver se ele estava bem. E cumpri.

Para Alice não pensar bobagem, peguei um táxi e fui até lá. Cheguei eram duas e meia da tarde de sábado. Toquei o interfone.

POV EDWARD:

Bella havia saído daqui as cinco horas. Já são duas horas da tarde de sábado e eu não parei de pensar nela por um segundo.

Droga! É tão errado isso que eu estou fazendo. Porque a garota em que eu mais confio tem que ser minha aluna? Por quê?
Ela era perfeita. Seus olhos castanhos me mostravam que eu poderia confiar na frágil garota que parava na minha frente.

E o imã me puxava para perto dela cada vez que eu á via.

Ontem quando ela me abraçou, pude ver que o carinho que ela tinha era surreal.

Nunca ninguém havia me abraçado daquela forma. Eu a amo por isso.

Quando ela aproximou seus lábios dos meus, quebrando a barreira que nos separava, eu comemorei internamente.

Eu queria aquilo tanto quanto um vampiro que busca sangue. Eu a queria da forma mais pura que existe.

Logo meus pensamentos foram interrompidos pelo toque da campainha.

- Pode deixar subir. Eu disse ao porteiro.

Fui até a porta e abri. Ela vinha, timidamente, em um caminhar que me enlouquecia.

Ah, como eu precisava dela. Ela chegou até mim, e eu a abracei, levando para dentro.

- Oi. Eu disse.

- Oi. Ela respondeu sorrindo.  – Você ficou bem?

- Fiquei sim, dentro do possível. Respondi, admirando sua preocupação.

- Não teve mais notícias?

- Nenhuma. Disse.

Fui para mais perto dela.

- Bella, escute. Eu não consigo mais ficar longe de você.

- Não fique, eu já disse.

- Mas isso é errado. Eu murmurei ao pé do seu ouvido.

- Não importa, ninguém precisa saber por enquanto. Ela ousou.

Eu a agarrei subitamente, a beijei e a deitei no sofá, caindo sobre ela. Percorri uma série de beijos pelo seu pescoço, e voltei para sua boca. Ela segurava meu cabelo, fazendo cafuné devagar.
Eu não poderia ir mais longe com ela. Eu não poderia cometer um deslize sequer. O cuidado que eu devo ter é minucioso. Mas por ela eu aguento.

POV Bella:

Ele me agarrou depois de nosso abraço, e percorreu a minha boca com o seu beijo. Me deitou no sofá, e caiu sobre mim. Sua boca fazia o contorno do meu pescoço, a medida que eu fazia cafuné em sua cabeça.

Como eu iria fazer se ele quisesse avançar nisso? Ele era experiente demais e eu... bom, eu sou virgem. Como seria isso? Decidi retirar a preocupação da minha cabeça e aproveitar o momento.

Ele me beijou mais um pouco, e depois levantou, me levantando junto. Ficamos sentados no sofá, abraçados.

- Quer ver um filme? Ele sugeriu.

- Sim. Que filmes você gosta?

- Que tal, qualquer um? Eu não vou olhar muito para o filme mesmo. Ele disse, com um sorriso safado.

- Por mim tudo bem. Selei nossos lábios.

Eram cinco horas da tarde quando nos levantamos do sofá.

- O que você come aqui? Perguntei.

- Pão, massas, o que tem.

- Vou fazer algo diferente para você hoje. Que tal omelete?

- Eu adoraria. Ele sibilou no meu ouvido.

Fiz o tal omelete e ele aprovou.

- Uma delicia. Ele sorriu. – Faz tempo que alguém não faz uma comida para mim.

- Que bom que gostou. Eu sorri de volta para ele.

Eu não tinha conhecido toda a casa ainda, então ele me mostrou. A última peça foi o quarto.

- Que bagunça. Falei rindo.

- Quer arrumar? Ele debochou;

- Só a cama. Fiz biquinho.

Eu arrumei a cama dele e nós nos deitamos nela, nos beijando. Ficamos em meio à amassos, mas não passou disso. Acho que ele tinha tanto receio quanto eu.

- Eu preciso ir. Murmurei.

- Não... Ele gemeu.

- Mas eu tenho...

- Seu pai não ia viajar esse final de semana? Ele me cortou.

- Ele está viajando. Eu disse.

- Então, ele não vai saber.

Para um professor o Edward era um tanto que imprudente. Mas eu também.

- Tudo bem, caso ele ligar digo que estou na Alice.

- Perfeito. Vem cá. Ele chamou.

Me sentou em seu colo e ficou me observando.

Eu estava sentada sobre sua intimidade, e era constrangedor para mim. Puxei sua cabeça para perto de mim, e beijei seus lábios. Ele passava a mão pelas minhas coxas, enquanto a outra puxava minha cintura, me colando nele.

Pude sentir a ereção de seu membro. Fiquei com receio. E se eu não fosse boa o suficiente para ele?

Sua mão entrou por de baixo da minha blusa, passando as mãos nas minhas costas.

Eu puxei sua camisa para cima, e ele me auxiliou. No mesmo instante, puxou a minha, e eu estava somente de sutiã na sua frente.

- Você é linda. Ele disse, beijando meu pescoço, e descendo até a parte de cima do meu seio.

Beijei seus lábios, e freneticamente ele me puxava para perto.

- Eu acho que hoje é melhor pararmos por aqui. Ele disse, enquanto me beijava. – Não posso cometer nenhum erro com você.

- Ok. Eu murmurei.

Ele estava certo. Era cedo demais. Quem sabe, inconsequente demais.

Dormi aninhada em seus braços. Ele me envolvia e protegia de uma forma que ninguém sabia fazer.

POV Edward:

Hoje eu quase havia ido longe demais com minha pequena. Era errado, eu sabia. Mas eu a desejava tanto. Seus lábios, seu cabelo, tudo nela era maravilhoso.

Aqueles olhos castanhos que me prendiam, que me enfeitiçavam. Quando eu á tinha comigo, nada mais importava.

Era meu imã. Ela era minha. Eu precisava dela, e ela de mim.

Estava envolvida em meus braços, aninhada. Senti ela se mexer.

- Meu Edward, eu te amo. Ela balbuciou dormindo.

Aquilo me derreteu. Minha anja , me amava.

- Eu te amo, minha Bella. Murmurei em seu ouvido.

- Não vá. Ela disse, dormindo.

- Não vou a lugar nenhum sem você.

- Prometa. Ela suplicou, quase em choro.

- Eu prometo meu amor, você esta segura comigo.

Limpei as lágrimas em seu rosto e dei um delicado beijo em sua bochecha. Foi aí que consegui pregar os olhos.

E claro, sonhei com a minha pequena. Com a minha Bella. Meu anjo que eu protegia. A princesa que eu podia sempre confiar.