POV Bella:

Acordei envolta nos braços de Edward, que dormia como um anjo ao meu lado. Involuntariamente, dei um beijo na sua boca. O que o acordou. Ele sorriu para mim.

- Bom dia. Murmurei.

- Bom dia anjinha. Ele me beijou.

Ficamos abraçados por um tempo. Não precisávamos dizer nada um ao outro. Era fácil de entender. O momento era perfeito, dispensava palavras ou explicações.

Mas eu decidi quebrar o silencio. Eu queria ter a certeza de que seria para valer. Afinal, era perfeito demais para estar acontecendo logo comigo.

- Edward, você sabe onde estamos nos metendo não é? Falei baixinho.

- Corremos um grande risco. Ele me olhou.

- Você estaria disposto a correr esse risco por mim? Indaguei.

- Por você eu correria todos os riscos do mundo. Murmurou ele.

- Eu te amo. Disse, o abraçando.

- Eu também. Saiba que ninguém nunca fez por mim o que você faz. Nunca ninguém me escutou.

O abracei mais forte. Ele era carente demais, precisava de alguém. E eu estava feliz por esse alguém ser eu.

- Eu sou sua. Disse á ele.

- Minha. Ele me apertou contra seus braços. – Minha pequena.

- Sua pequena. Murmurei ao pé de seu ouvido. - Hum, você está inspirado hoje. Eu ri. – Que tal um café da manhã, como brinde?

- Perfeito. Ele sorriu entre outro beijo.

Coloquei algumas fatias de pão na mesa, e fiz um omelete.

- Acho que adquiri uma queda pelo seu omelete. Ele admitiu.

- Há, eu cozinho muito bem não é?

- Dá para comer. Ele provocou.

- Ah, se não gosta tanto assim, vou levar isso. Disse.

Peguei o prato com o omelete da sua frente e ia colocando na geladeira.

- Não! Pensando bem você cozinha muito, muito bem. Amo sua comida. Ele foi forçado a admitir novamente.

- Assim que é bonito, cãozinho. Eu falei,.

- Ah, você acha que me domina, é isso? Ele disse.

- Não. Disse, sendo óbvia. = Eu tenho apenas certeza. Completei.

- Pois eu não teria tanta, se fosse você.

Ele veio correndo até mim e me colou sobre os ombros, me imobilizando.

- EDWARD! ME SOLTE! Gritei.

- Quem tem domínio agora?

Eu não queria admitir que era ele, mas ele não me soltaria.

- Você, você. Sempre você amorzinho. Eu fui sarcástica.

Ele me jogou na cama, me enchendo de beijos.

- Princesa. Ele disse.                              

- Príncipe. Murmurei.

Nos demos mais uns beijos e depois ele terminou de comer o omelete. Eu comi um misto quente.

- Sabe que eu preciso ir para casa não é? Lamentei.

- Não... Ele choramingou.

- Eu tenho, meu pai volta hoje, e seria bom se eu estivesse em casa, não acha?

- Mas eu não quero. Ele fe biquinho.

- Vamos Ed, deixe-me ir. Dei um beijo em sua boca. – Preciso de um banho.

Ele me mostrou o banheiro e pegou uma toalha para mim. Não insistiu em vir junto, apenas deixou que eu tivesse meu espaço. Meu banho foi rápido.

- Edward, poderia me emprestar uma camiseta? Sabe, gostaria de por uma roupa limpa e... menos amassada do que esta minha blusa.

- Claro. Ele disse, indo em direção ao quarto.

Voltou com uma camiseta cinza, com algumas escritas nas costas.

Vesti, e foi como uma droga. O cheiro dele, impregnado na camiseta era viciante. Eu tinha vontade de beijá-lo. E o fiz.

- Linda. Ele me pegou pela cintura.

Eu estava com uma calça jeans, meio batida. Usava all star e um coque meio escabelado, não me importei de arrumar o cabelo. Sair dali era sufocante. Porque ali eu me sentia protegida, como nunca me senti em lugar nenhum.

- Posso te levar, não é? Ele fez charme.

- Dessa vez eu deixo. Eu sorri para ele, e ri.

Peguei minha bolsa e um livro que levava na mão. Ele abriu a porta e eu saí primeiro que ele.

- Vou sentir saudades do seu omelete.

- Só dele? Eu ri.

- De você também. Ele me puxou para perto.

- Edward! Alguém pode nos ver, e isso traria problemas.

- Você está certa, deixa para depois. Ele disse.

Entramos no carro e no caminho, jogamos conversa á fora. O trajeto passou rápido, e logo estávamos na frente da minha casa.

Era pouco antes do meio dia, e meu pai só viria pela noite. Mas achei bom já estar em casa. O ruim era ficar sem Edward.

- Quer entrar? Meu pai chega só por umas 17 horas.

- Você acha que é uma boa ideia? Ele indagou.

- Qual o problema? Relaxa amor. Falei.

Entramos e eu mostrei a casa para ele. Chegamos então ao meu quarto.

- Esse é o lugar onde me escondo.  Eu disse.

Ele me beijou, e deitamos um pouco na cama.

- Que tal um almoço? Eu disse.

- Perfeito. O que mais a chef sabe fazer?

- Hum, que tal... Hamburguers?

- Amo hamburguers. Ele falou.

- Maravilha. Comemorei.

Fui até a cozinha e não demorei para fazer os hamburguers. Claro, eu seria mais rápida se Edward não ficasse me distraindo com seus beijos.

- O que viu em mim? Perguntei.

Sempre tive dúvida, sobre o que ele tinha visto em mim.

- Você me atrai de uma forma que ninguém nunca me atraiu. Seus olhos castanhos gritam para mim chegar perto. Seus lábios são cativantes. Seu cabelo é convidativo. Seu cheiro é uma droga para mim.

- Eu te amo Edward.

Nunca havia dito um “eu te amo” tão sincero antes. Foi de dentro do peito.

- Eu te amo minha Bella.

Almoçamos e o resto da tarde passou rápido. Eram quatro horas quando Edward foi embora. E levou parte de mim.

A saudade batia aguda em meu peito. Preferi ficar com sua camiseta. Deitei no sofá, para olhar algo na televisão. Acabei pegando no sono.

Quando acordei, meu pai não havia dado sinal, e já eram oito horas da noite.

Deduzi que não viria hoje, então, peguei um hambúrguer que tinha sobrado e comi. Depois subi para o quarto, e tomei um banho rápido.

Coloquei a camiseta de Edward de novo. Aliviava a saudade.

Dormi esticada na cama, sendo drogada pelo cheiro de sua camiseta. Pelo seu cheiro.

O melhor cheiro do mundo.