Inconsequentes escrita por bellsp


Capítulo 5
Capítulo 5 - Confidencias.


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas cheguei né, fazer o que. Não curti, o último capítulo teve 1 review só, gente, assim não dá. Mas que seja, boa leitura e espero que comentem mais, digam o que acharam. Escrevi com tanto carinho.
Beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/303076/chapter/5

Ele me deixou em casa exatamente as sete horas. Meu pai não havia visto com quem eu cheguei, então foi fácil inventar a desculpa de que eu vim com uma amiga.

Quando entrei em casa, subi direto para meu quarto e me deitei na cama. Vários flashes daquele momento passavam por minha cabeça. Era tão fácil pensar nele. O difícil era esquecer.

Cheguei à conclusão de que eu era realmente uma pessoa muito azarada. Porque o cara do qual eu estou afim, tem de ser meu professor? E o maior problema, eu não estou apenas afim dele. Eu desejo ele.

Amanhã eu teria aula com ele. E era difícil imaginar um jeito de agir. A minha sorte é que eu sempre fui boa em ser discreta.

[...]

– Eu já disse Alice, não houve nada. Pigarrei pela décima vez.

– Bella, você está estranha. Fale comigo. Ela fez beicinho.

– Sobre o que você quer falar? Cedi.

– Sobre o porque de você prestar tanta atenção no professor Edward.

Oh, ela havia notado. Então eu não havia sido discreta. Espero que ninguém mais tenha tido a mesma sensibilidade que Alice.

– Eu? Nada, apenas tento prestar atenção na matéria. Disse, enquanto mexia no meu cereal.

– Está bem Bellinha, fazemos assim: Você finge que é verdade e eu finjo que acredito. Ela sorriu debochada.

– Idiota. Pus a língua para ela, num gesto bem infantil.

– Promete que vai me contar um dia?

– Prometo. Eu disse. Afinal, ela já sabia que algo estava estranho mesmo.

Era tão fácil ser a melhor amiga de Alice. Confiável, é essa a palavra que a define. Mas eu não poderia contar nada agora, teria de deixar essa história avançar um pouco. Ou regredir.

Depois do almoço as aulas seriam de biologia, com uma professora extremamente chata.

Eu e Alice passamos a aula inteira jogando bolinhas de papel em Rosalie, que revidava. Ríamos as três, e sempre que a professora virava para verificar os risos, ficávamos quietas.

O sinal bateu e eu resolvi ir para casa de Alice direto, até as três e meia para fazer um trabalho de biologia.

– Escute, Alice, tenho que sair as três e meia, então é bom que terminamos antes. Eu disse, determinada.

– O que você tem? Ela perguntou desconfiada.

– Aula particular.

Torci para que ela não perguntasse com quem e nem onde. Graças a Deus ela ficou quieta.

Começamos o trabalho, e em meio a conversas e comilanças, só terminamos as três e vinte. Ou seja, eu tinha pouquíssimo tempo para ir até a casa do Edward. E era longe da casa da Alice. Tive que achar uma solução.

– Quer me levar até a minha aula? É longe e eu estou quase atrasada.

– Claro Bellinha. Ela disse, apertando minhas bochechas.

Expliquei todo o caminho, que já havia decorado.

– É aqui. Eu disse, quando passávamos pela frente do prédio do meu professor.

– Bella, espera. Essa é a casa do professor Cullen.

Droga! Como ela sabia?

– Ok, eu sei. Mas não podemos ter aulas na biblioteca, então ele me ensina aqui.

– Hum, qual conteúdo? Anatomia? Ela deu um sorriso safado e depois riu.

– História, geografia e matemática. Pare de pensar bobagens Alice, não rola nada.

– Sei. Ela falou desconfiada.

Dei um abraço na minha melhor amiga e saí. Quando toquei o interfone, ele não atendia.

Alice já havia ido embora. E eu ia fazer o mesmo, porque ficar parada ali não adiantava nada. Quando me virei para ir, me deparei com ele chegando.

– Está atrasado Mr. Cullen. Murmurei.

– Desculpe, tive que fazer umas compras. Não tinha nem café em casa.

Ok, devo aceitar o fato de que ele é uma pessoa que não deve dormir. Oras, para que tanto café na vida?

– Vamos entrar. Ele convidou.

Quando eu entrei junto dele, o olhar do porteiro foi estranho. Como se reprimisse Edward por algo.

Chegamos ao seu apartamento e ele me conduziu até a sala.

– Não precisamos de aula hoje. Não estou em condições. Cansado seria a palavra.

– Eu vim até aqui para nada? Poderia ter me avisado.

Idiota! Então era assim? Eu vinha até aqui, e ele decidia se ia me dar aula ou não.

Espera, deve ser um dos direitos dele. Afinal, eu nunca pensei sobre isso, mas ele faz isso porque quer. Ninguém pediu, ele se ofereceu. E ele não cobra nada. Eu daria um desconto hoje.

– Desculpe Bella, é que estou mentalmente exausto. Aconteceram algumas coisas e eu não estou bem.

– Quer que eu vá embora? É que eu havia pedido para Alice me buscar aqui as cinco.

– Não, tudo bem. Pode ficar, porque não conversamos?

– Precisa desabafar? Perguntei.

– Na verdade, sim.

– Pode confiar em mim.

Senti que ele avaliava se era coerente confiar em uma aluna. Mas afinal, eu não era uma aluna comum não é?

– Eu sei. Ele disse decidido. – Bella, você não sabe a minha história. Então eu vou ter que começar do começo.

Ele suspirou e começou a contar.

– Eu tinha sete anos quando meus pais se mudaram para Inglaterra. Então eu fui morar com a minha tia, em Forks. Minha vida lá foi calma demais. Então quando eu tinha 15 anos, eu vim para Seattle. Fiquei morando na casa de um amigo meu por 3 anos. Minha tia não se importava onde eu estava, e meus pais ligavam muito pouco.
Então quando eu completei 18, fui morar sozinho. Em uma noite minha mãe me ligou chorando. Ela dizia que precisava voltar, mas que o meu pai não deixava. E passei a ligar todos os dias, e conversávamos. Mas depois de seis meses ela não atendia nem retornava minhas ligações. Então ao longo dos anos eu me estabeleci, me formei, e comecei a trabalhar. Mas até hoje eu não ouvi mais falar dela. Nem do meu pai.

– Nossa. Eu sinto muito. Sibilei, sem saber o que falar.

Sempre achei que Edward fosse daqueles mauricinhos. Mas não. Ele é o oposto. Sozinho. Ele precisa de alguém para cuidar dele, sempre precisou.

– Até hoje. Antes de eu sair para comprar café, ela ligou. E afirmou que tudo estava melhor, mas que tinha acontecido algo horrível. Meu pai foi assassinado.

– Meu Deus. Fiquei chocada. – Edward, desculpa ter vindo, atrapalhar, não sei...

– Foi ótimo poder desabafar, não se desculpe. Quem dera que eu tivesse alguém para desabafar sempre.

– E a partir de hoje terá. Pode me chamar para o que quiser. Eu o abracei. – Sinto muito. Murmurei em seu ouvido.

– Obrigada Bella. Nunca ninguém me abraçou dessa forma antes.

Fechei os olhos e deixei que passassem flashes da minha vida. Eu já tinha recebido abraços. Mas eles não era tão verdadeiros quanto esse que eu dei em Edward.

– Shiu. Pedi. – Tudo vai ficar bem.

Por algum impulso, e pelo maldito imã que me levava a ele, eu encostei nossos lábios. E o beijo foi quente, puro e sincero. Foi lento, reconfortante. Ele precisava daquilo tanto quanto eu precisava.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Algum comentário? Uma recomendação?
Obrigada por lerem, beijos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inconsequentes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.