O Fantasma e a Mediadora: A terra das sombras escrita por RaySabrina


Capítulo 8
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, um pouco atrasada, mais está ai, boa leitura e avisos no fim!



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Observei a cena, próximo a uma pilastra, agradecido por ela não estar me vendo, sua atenção estava voltada ao homem em sua frente. Ela olhou do homem para a fantasma, voltando a olhá-lo. ¿Lo que es sorprendente? (O que a estava surpreendendo?)

-O senhor consegue vê-la? – ouvi nitidamente a pergunta, que hermosa fez ao homem.

Meus olhos foram para ele, o vendo afirma com a cabeça. Então ele podia ver fantasma também, assim como Suzannah. Agora sabia do por que ela estar tão surpresa. Era inacreditável, saber que havia outra pessoa com a mesma capacidade que hermosa. Nesse momento fazia sentido não haver fantasma na missão, ele havia os mandado embora. Tinha certeza que não agia do mesmo modo que Suzannah, era um homem que servia a Deus. Também sabia do porque nunca o ter encontrado antes, eu evitava todos os vivos que residiam esse lugar. Así que nunca vimos! (Por isso nunca nos vimos!)

-Sim. Quando sua mãe me falou de você e dos seus... problemas no colégio, eu desconfiei que você podia ser uma das nossas, Suzannah. Mas não tinha certeza, naturalmente, e por isto nada disse. Muito embora o nome Simon, como você deve saber, venha da palavra hebraica que quer dizer “ouvinte atento”, algo que você naturalmente deve ser também, como mediadora...

Ouvi atentamente o homem, eu estava agradecido por poder lhe entender. Não falava rápido como Suzannah. Então Simon era seu sobrenome, era de se esperar, que não fosse o mesmo de sua mãe, pois ela havia casado recentemente e hermosa não era filha do Sr. Ackerman. Suzannah Simon, uma mediadora! Os dois eram. E o que isso significava? Não sabia muito o que ele queria dizer com aquilo. O que deu a entender é que ela guiava as almas para o lugar onde deviam ir, assim imagino. Confirmei que Suzannah tinha tido problemas na sua antiga cidade, como pode confirma o padre, achava que era devido a sua veste. Ela estava atordoada. ¡Y hasta que lo haga! (E até eu!)

-Então é por isto que não há espíritos de indígenas por aqui! – falou aumentando o tom de voz parecendo nervosa. – O senhor cuidou deles. Minha nossa, eu estava tentando imaginar o que havia acontecido com todos eles. Esperava encontrar centenas...

O homem abaixou a cabeça, quando ela terminou de falar. E como sempre, as palavras saiam apressada.

-Bem, não eram centenas, exatamente, mas quando cheguei aqui havia mesmo uma boa quantidade. Mas não era nada, no fundo. Apenas cumpri o meu dever, fazendo uso do dom celestial que recebi de Deus.

Observei Suzannah parecer espantada com as palavras dele. Parecia duvidar do que ele falou, apesar de eu achar o que disse fazer sentindo. A incredulidade estava estampada nas feições de hermosa. ¿Ella no creía que era un regalo divino? (Ela não acreditava que fosse um dom divino?)

-Mas é claro que se trata de um dom que recebemos de Deus. – Disse ele calmamente. – De onde, mais você acha que poderia vir? – perguntou o padre, parecendo interessado na resposta dela, como eu estava.

-Não sei. De certa forma eu sempre quis ter um conversa com o responsável, entende? Pois se pudesse escolher eu preferiria de longe não ter sido abençoada com este dom.

Tanto o senhor como eu fiamos surpreso com sua resposta. Já havia notado que não lhe agradava ver espíritos, com a pequena conversa que tivemos, assim preferia chamar, assim que chegou a casa. Suzannah não gostava de ser uma mediadora, que foi como os nomeou. No le gustaba. (Não lhe agradava.)

-Mas por quê, Suzannah? – perguntou ele.

-Só serve para me criar problemas. O senhor tem idéia de quantas horas eu já passei em consultórios de psiquiatrias? Minha mãe está convencida de que eu sou completamente esquizofrênica.

Não compreendi muito do que disse, só que esse dom lhe causa muitos problemas. O que era consultório de psiquiatria? E a palavra mais estranha que já ouvi, esquiso... nem conseguia repetir. Aquele assunto na conversa deles, não fez sentindo para mim. ¡Yo estaba confundido! (Estava confuso!)

-Sim, - concordou ele, ficando pensativo. – Compreendo que um dom milagroso como o seu possa ser considerado por uma pessoa leiga como... digamos incomum.

-Incomum? O senhor está brincando comigo? – perguntou exasperada.

Suas palavras exaltaram Suzannah, não parecia concorda com ele. E que modo de falar era aquele com um sevo de Dios, ela devia ter um pouco mais de respeito. ¡Realmente debería! (Devia mesmo!)

-Reconheço que aqui na missão eu possa contar com uma proteção, - esclareceu o homem, calmamente. – Nunca me ocorreu que deve ser extremamente difícil para vocês que estão... bem, na linha de frente, por assim dizer, sem um efetivo apoio eclesiástico...

-Vocês? O senhor está dizendo que não somos só nós dois? – perguntou confusa, parecendo surpreender o homem.

-Bem, eu presumi... certamente não somos só nós dois. Não é possível que sejamos os últimos. Não, não, certamente há outros.

Se fosse em outra época, não acreditaria existir nenhum, no entanto com o aparecimento de Suzannah me fez duvidar de muitas coisas, que achei ter certeza.  Cheguei a pensar que seria a única, nunca encontrei ninguém alem dela com essa capacidade. Contudo com o aparecimento do padre, agora podia acreditar que poderia ter mais mediadores. Apesar de crer não serem muitos, afinal encontrei muitos vivos e nenhum demonstrou ter esse dom. Então afirmo ser poucos os mediadores existentes, son raros. (são raros.) Prestei atenção em hermosa, que parecia atordoada com o padre. No entanto, a confirmação do que ele dizia, estava em sua frente. Pelo que pude perceber nem ela havia encontrado outro igual a ela. ¡De ahí su sorpresa, delante de él! (Por isso sua surpresa, diante dele!)

-Desculpem-me – interrompeu a garota, que esteve os observando esse tempo todo. – Será que se importavam de me dizer o que está acontecendo? Quem é esta perua? É ela que vai tomar o meu lugar?

-Ei! Veja como fala! – disse Suzannah não parecendo gostar de algo que a garota falou, que olhou fixamente para a fantasma. – Você está na presença de um padre!...

Então realmente o homem era um padre, como havia imaginado, sem ter certeza, apesar da batina estar em evidencia. Gostei da atitude de Suzannah, apesar de imprudente, estava pedindo respeito na presença do padre. Olhei para a garota em frente à hermosa, que sorria com deboche para ela. Não estava gostando do rumo que isso estava tomando, Suzannah parecia ficar exaltada, temia por sua atitude. ¡Parecía fácil de cambiar! (Ela parecia se alterar fácil!)

-É mesmo, é? E eu não sei que ele é padre? Ele passou a semana inteira tentando se livrar de mim.

Então o padre já havia tentado mandá-la embora, não conseguindo. O homem pareceu ficar embaraçado, quando Suzannah o encarou surpresa.

-Bem, é que Heather está sendo um tanto obstinada...

-Se está pensando, - interrompeu Heather, - que eu vou ficar aqui de braços cruzados deixando que você entregue o meu armário a esta perua...

-Se me chamar de vagabunda mais uma vez, coisinha, vai passar o resto da eternidade dentro deste seu armário – foi à vez de Suzannah interferir, ameaçando a garota.

Não conseguia acreditar no que estava fazendo, ela estava mesmo ameaçando o fantasma de Heather. Será que não sabe como podemos ser perigosos? Que imprudência. Sorte tinha de a garota não levar o que hermosa disse a sério. Tinha quase certeza que Suzannah iria fazer algo desnecessário, ela não parecia lidar muito bem com essas situações. ¡Yo vi cómo fue conmigo! (Vi como foi comigo!) Sentia que algo ruim aconteceria. Com a personalidade forte que tinha e parecer se incomodar com algo que Heather dizia, acho que era ofensivo. Estava prevendo que Suzannah não se seguraria, se a garota a provocasse. Yo estaba casi seguro. (Tinha quase certeza.)

-Perua, - disse ela.

Eu estava certo. Pegando a todos nós de surpresa, Suzannah avançou para o fantasma da garota lhe dando um soco. Foi tão forte, que o espírito da menina foi parar nos vários armários que ficavam na parede, amassando as portas. Heather caiu no piso de pedra, estava atordoada. ¡No creas lo que hermosa había hecho! (Não acreditava no que hermosa havia feito!) Fiquei atento caso a garota quisesse rebater, não permitiria que machucasse Suzannah e o padre. Ela ficou de pé em um rompante, reclamando da dor e saindo pelo corredor, apressada. Passou próxima de onde eu estava, tive que me ocultar para que não percebesse minha presença, apesar de achar que nem me notaria, com a pressa que estava. Sentia sua raiva aumentar e a ouvi dizer varias palavras de má índole, que com toda certeza se direcionava a Suzannah. ¡Sin lugar a dudas! (Sem duvida!)

Voltei minha atenção para os dois parados adiante, observei o choque do padre. Não esperava uma atitude dessas de uma moça, tinha certeza disso. Assim como eu não esperava que Suzannah fizesse algo tão agressivo e bruto, apesar da certeza que tinha, de que ela reagiria a qualquer insulto. Não que imaginasse que hermosa faria aquilo com o fantasma da moça. ¡En absoluto! (Não mesmo!) A vi soprar a mãe, devia ter machucado, podia ver por sua expressão de dor. Nunca imaginei ver uma dama, dar um soco tão forte em alguém. Isso me alertou, me fazendo pensar, em como teria sido a atitude de Suzannah se não tivesse saído do quarto. Claro que não sou nenhum homem fraco e muito menos um fantasma novo, como Heather era. No entanto não teria atitude diante da agressividade dela e nem revidaria sendo o cavalheiro que sou. ¡Por encima de todo lo que ella era una dama! (Acima de tudo ela uma dama!) Apesar da minha exaltação em um momento de nossa conversa, agora me envergonhava da atitude que tive diante dela. Será que ela estava a este ponto, enquanto lhe provocava em nosso primeiro encontro, ahora lo creía. (nesse momento achava que sim.)

-Então padre, o que estava mesmo dizendo? – perguntou olhando para o padre que ainda parecia aturdido.

-Estão ensinando técnicas de mediação bem interessantes hoje em dia...

Estava de pleno acordo com o padre, que me parecia ser um bom homem. Podia ser de muita ajuda a Suzannah, que sem a mínima duvida se meteria em muitos problemas, se continuasse com essas suas atitudes hostis. Estava aliviado que hermosa havia encontrado alguém, que pudesse lhe colocar alguma prudência em lidar com espíritos, ainda mais podendo ser raivosos, como achava que essa Heather era. Havia certeza de que não deixaria por isso o que Suzannah havia lhe feito. ¡Casi estaba bien! (Estava quase certo!)

-Ora – disse, - ninguém pode me xingar assim e ficar por isso mesmo. Não ligo nem um pouco para o quanto pode ter sofrido na vida anterior.

Ela mostra todo seu desprezo à situação da moça, assim achando que não se importaria com o meu estado. Aquele dom, não agradava a ela e ver fantasma a atormentava. Minha presença não seria nada bem vinda. Suspirei, minha convivência com ela não seria fácil, acho que deveria me manter afastado e não me apegar, como parecia estar acontecendo. ¿Qué hacer? (O que fazer?)

-Acho que precisamos conversa sobre certas coisas, - disse o padre, ficando pensativo.

Minha decisão estava tomada, não me aproximaria dela. Sentia-me aliviado em saber que havia outro igual a ela para ajudar-lhe, coloca-lhe um pouco de juízo e prudência. Tinha certeza de que o padre era uma boa pessoa, estava comprometido com Deus, seria um bom conselheiro a Suzannah. ¡El mejor! (O melhor!) Achava que com a presença dele, hermosa não se meteria em tantos problemas, o que parecia ser habito dela. Ouvi passos vindos da sala próximos a mim, era o sinal para eu ir e deixar Suzannah viver sua vida sem minha presença. Tuvimos que volver a mi agonía, llamado soledad. (Teria que voltar a minha agonia, chamada solidão.)

Desmaterializei e fui à praia, estava vazia, o que me agradou, tranquilo. Tudo o que se passou com Suzannah passava em minha mente, a presença de outro igual a ela, mediador, foi assim que chamou. Tentava organizar meus pensamentos, entender o acontecido. Ajudar as almas dos mortos a fazer a passagem para outro lugar, era o que faziam? ¡No estoy seguro! (Não sabia ao certo!) Para o padre parecia um dom divino e para Suzannah um tormento, uma obrigação. Aposto que não queria me ver de nenhuma maneira. Não podia me aproximar dela, não aceitaria minha presença, o que faria se descobrisse que ainda estou por perto? Agiria do mesmo modo que com Heather? Achava que sim, deixou evidente não gostar desse dom, que só lhe causava problemas. Devia ficar longe, não entendendo como podia ter me apegado tão rápido a alguém, só passaram dias após sua chegada, me sentia tão preso a sua presença. ¿Qué hacer? (O que fazer?)

Depois de minutos passados naquele lugar, sem conseguir tirar Suzannah de minha mente e seu mais novo problema, Heather. Como reagiria se eu aparecesse a ela novamente, será como reagiu com a garota? Suspirei, por que estava me importando demais com que hermosa pensando? ¿Por qué? (Por que?) Um único pensamento de resposta me veio. Ela podia me ouvir, me ver e tocar, apesar da descoberta de que ela não fosse a única. O padre também poderia, era tão surpreendente que então pouco tempo, conheci duas pessoas vivas que podiam ver pessoas mortas, nesse caso seus espíritos. ¿Por qué ahora? (Por que agora?) Um século e meio coexistindo com os vivos e nunca descobri nenhuns iguais a eles. E de repente chega uma moça jovem que possui o dom de enxergar, ouvir e tocar fantasma, mudando completamente todo o meu ver e perceber que ainda me importava de viver. Apesar de pensar que meus sentimentos estivessem mortos, sua chegada me revelava que estavam apenas adormecidos, anestesiados pela solidão. ¡Torturar! (Tormento!)

Respirei fundo apesar de não precisar, passei a mãos em meu cabelo, habito que tenho que demonstra meu nervosismo, ou algo parecido. Olhei em volta, notei que não estava totalmente vazia. Um casal caminhava por ali, homens com as tabuas onde sobem em cima, para flutuarem nas águas das ondas do mar, iam para a água. Uma família reunida em um canto da praia, pareciam se diverti, era raro vê-los ali,em plena semana, provavelmente eram visitantes, Carmel recebia muito, como dizem... turistas, as chamadas pessoas que vinham de outros países e estados para visitar o lugar. Disfrute de la belleza de la ciudad. (Apreciar a beleza da cidade.)

Ver uma família reunida, me fazia lembrar a minha. Ficávamos horas conversando na sala de nossa casa. Minhas irmãs contando sobre seus dias, da mais nova a mais velha, meu pai comentando o dia duro de trabalho e minha mãe organizando o local. Estava triste, como teria sido minha vida se ainda estivesse ao lado deles naquela época. O rancho prosperando como previa meu pai, uma de minhas irmãs prometida... Não queria pensar naquele tempo, era doloroso perceber tudo que perdi por culpa daqueles dois. ¡Cabrones! (Desgraçados!) No momento em que isso passou em minha mente, o rosto de Suzannah apareceu. Eu nunca a teria conhecido. Mais que importância isso tem, nem sei por que esse pensamento se passou em minha mente. Estava ficando irritado, não conseguia afastar os pensamentos sobre ela. ¡Debo olvidarlo! (Devia esquecê-la!) Queria acreditar que era só curiosidade sobre seu dom, assim como do padre.

Não podia me importa tanto com ela, não me queria por perto. ¡En absoluto! (Não mesmo!) Se me encontrasse, me expulsaria para onde deveria ter ido assim que morri. Por que não fui logo, por que fiquei preso aqui? Não era por causa de meu assassinato, já havia me conformado. E se talvez fosse meu destino ficar todos esses anos, para conhecê-la assim como o padre. E se ficar fosse meu fardo. Não sabia, podia acreditar. Nas horas que se passaram ela não saiu de minha cabeça, estava preocupado. Ela havia irritado um fantasma. Será que Heather tentaria algo contra Suzannah? Seu modo imprudente lhe causaria isso. A garota se vingaria, tinha absoluta certeza, apesar de não saber como sabia. ¿Lo que Dios hace? (O que fazer Deus?)


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Erros, avisem que vou ajeitar.
Tenho um desabafo a fazer. O número de leitores aumenta, mais o número de comentários diminui, o que me deixa triste. Sentindo falta de algumas leitoras. Espero que voltem.
Comentem digam o que acharam, faça essa pessoas aqui feliz!!
E muito obrigado, aquelas pessoas que comentam é por vocês que continuo a escrever e continuarei a postar, beijos!



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