O Fantasma e a Mediadora: A terra das sombras escrita por RaySabrina


Capítulo 9
Capítulo 7 parte 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso, estou meio enrolada, mais um capítulo.



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A praia de Carmel era muito bonita, as pessoas começavam a encher o local, visitantes de outros lugares, enquanto os moradores da cidade estavam no seu cotidiano. Ao passar do tempo, o número delas cresciam e não estando mais sozinho preferi voltar para casa, que agora pertencia aos Ackerman. ¡Una casa de la familia! (Uma casa de família!) E como não tinha vontade de chegar rápido para onde estava indo, resolvi ir caminhando, assim o tempo passaria acelerado, pensava eu. Tinha achado que isso teria mudado, no entanto sabia qual era a razão de me sentir assim. O motivo era meu afastamento de hermosa, deixaria que vivesse sua vida, não interferiria. Una vez más solo. (Ficaria novamente solitário.)

Essa era minha decisão e não minha vontade, estava ansioso enquanto ia para a antiga estalagem. Algo me incomodava. Talvez fosse o fato de ter um fantasma irritado na escola de Suzannah, que poderia lhe fazer algum mal, e tudo causado por hermosa. Nem o padre conseguiu mandar Heather embora. ¡No quiero ir! (Não queria ir!) Será que faria algo contra eles? Aquilo me incomodava, sentia que algo ruim podia acontecer, o que me deixava nervoso. Não me contendo, fui novamente para a missão. Queria saber se estava tudo bem com Suzannah e com o padre. Podrían estar en peligro. (Poderiam estar em perigo.) Assim que me encontrei no local, percebi a movimentação, havia muito barulho. Tinha me materializado próximos aos armários, onde estive na última vez. ¿Qué estaba pasando? (O que se passava?)

Olhei ao redor para saber o motivo de tanta confusão, me detendo ao olhar Heather no lado oposto de onde eu estava, parecendo satisfeita com algo. Olhei na mesma direção em que ela fitava. Vi Suzannah jogada ao chão sobre alguém, um garoto. Percebi depois, a grande e pesada tora de madeira próxima a eles. ¿Qué había pasado? (O que tinha acontecido?) Voltei a minha atenção para a garota fantasma, que tinha um sorriso no rosto. Achava que seu divertimento era pelo que havia acontecido. Uma raiva começou a brotar em mim, ela havia tentado machucar Suzannah. Olhei para hermosa, que ainda estavam ao chão, sobre o garoto. En caso de levantar pronto, le pareció inapropiado. (Deviam levantar logo, aquilo parecia inapropriado.) Nesse momento ouvi alguém falar, reconhecendo a voz do padre, vindo na direção que me encontrava, me afastei imediatamente, para que não me visse.

–Dá licença, dá licença, - passava pelos alunos, preocupado, parando de repente ao chegar próximo de Suzannah com garoto, e notou ao chão a grande tora de madeira ao lado deles, percebendo em seguida o que havia acontecido. – Deus do céu! Vocês estão bem, crianças? Suzannah você se feriu? Bryce?

Estava muito alarmado, olhando para o tal garoto chamado Bryce e para hermosa, que se sentava devagar. Observei que se tocava, verificando se havia algo errado com seu corpo, o que achei muito prudente. Após um tempo, levantou ficando de pé, olhando para o padre que estava a sua frente. ¡Atónito! (Atordoado!)

–Deus de misericórdia! – disse ele. – Têm certeza que estão bem?

–Estou bem, - respondeu Suzannah, tirando a sujeira provocada pela madeira despedaçada. Olhou ao redor, sabia quem procurava. Ocultei-me ainda mais, para que não me visse e olhei para direção que tinha visto Heather, no entanto ela já havia desaparecido. Depois de causar essa grande confusão, estava prevendo as atitudes de Suzannah se a visse ali, iria querer tirar satisfações com a garota. Não tinha certeza se o faria, devido ao número de pessoas que se encontrava ali. Él era un sospechoso. (Era uma suspeita.)

–Meu deus! – falou o menino já de pé, se aproximando de Suzannah. Ele parecia bastante assustado com o ocorrido. – Caramba, você está bem? – perguntou, no entanto sem esperar resposta, foi logo dizendo. – Obrigado. Meu Deus! Acho que você salvou a minha vida.

Então Suzannah havia salvado a vida dele. Não era de hermosa que a Heather estava atrás? Não entendia o que estava acontecendo. ¿Por qué atacar al muchacho? (Por que atacaria o garoto?)

–Ora, não foi nada – falou cordial, tirando algo preso nas roupas dele, o que foi muito gentil de sua parte.

–O que está acontecendo aqui? – ouvi alguém perguntar, todos se voltaram para onde a voz parecia vir.

Olhei na direção em que todos olhavam. Um homem com vestis eclesiásticas se aproximava, assim que chegou, olhou com surpresa para os pedaços de madeiras espalhadas no chão e para o teto do pátio.

–Viu? Está vendo, Dominic? É nisto que dá permitir que os seus lindos passarinhos façam ninhos onde bem entendem! O Sr. Ackerman nos avisou que isto podia acontecer, e agora veja só! Ele tinha razão! Alguém podia ter morrido!

O senhor que tinha na cabeça uma calota vermelha, deu uma repreensão ao padre, em frente a todos que estavam presente no local. Todos olhavam com surpresa para o homem, assim como Suzannah. O que tinha acontecido foi grave, contudo não era culpa dos pássaros, muito menos do padre e sim de uma menina fantasma. Que resultó ser vengativo. (Que provou ser vingativa.) No entanto ele não acreditaria se lhe contassem isso, apesar de trabalhar para Deus. Dominic, esse é o nome do padre.

–Sinto muito monsenhor, sinto muito mesmo, - o padre Dominic se desculpava por algo que não era culpado. – Não sei como uma coisa dessas foi acontecer. Graças a Deus ninguém ficou ferido, - olhou para os dois jovens perto a ele e perguntou. – Você dois estão bem mesmo? Parece-me que a senhorita Simon está meio pálida. Vou levá-la para ver a enfermeira, se não se importa, Suzannah. E vocês crianças, voltem todas para a sala de aula. Todos estão bem. Foi apenas um acidente. Agora vão indo.

Assim que terminou de falar, todos os estudantes obedeceram ao padre Dominic e sem reclamar, foram para suas tarefas da escola. Olhei para Suzannah, tentando perceber se estava pálida como havia dito, entretanto parecia estará bem, sua cor estava do mesmo modo que antes. Ella pensó que estaba bien. (Achava que ela estava bem.) Então deduzi que fosse uma desculpa para que hermosa o acompanhasse, para conversarem, saber o que havia ocorrido. Así que imagínate. (Assim imaginava.) Com os alunos indo para suas salas, restou Suzannah, o padre Dominic, as freiras e o monsenhor que parecia estar muito irritado. Ele contemplava a madeira ao chão.

–Vou mandar tirar daí esses ninhos, Dominic – disse o homem rudemente ao padre. – Todos eles. Nós simplesmente não podemos correr este tipo de risco. E se um turista estivesse em pé aqui? E Deus nos livre, o arcebispo!... O arcebispo estará aqui no mês que vem, como você sabe. E se o arcebispo Rivera estivesse bem aqui e esta viga caísse? E então, Dominic?

O homem estava sendo muito injusto com o padre, que não era culpado pelo acontecido. O problema era que o homem não sabia quem fez aquilo e nem podia. Ainda observando, vi todos olharem para o padre Dominic com repressão, como se fosse o verdadeiro culpado. Lo que no lo era. (O que não era.) Suzannah parecia incrédula, notei que estava com pretensão de dizer algo, quando o padre evitou que falasse, a levando para longe junto a ele. Lo que pensé que era lo mejor. (O que achei melhor.)

–Naturalmente – disse o padre enquanto caminhava. – Tem toda razão. Vou manda o pessoal da manutenção cuidar disso imediatamente, monsenhor. Imagine se o arcebispo fosse ferido! Nem pensar.

Disse cordialmente sem tirar a razão do homem que o olhava se afastar, ainda irritado. Tinha certeza que o padre Dominic era um bom homem. Não podia ir atrás deles, apesar de ter essa vontade, já havia vindo aqui o que era errado, mesmo sendo um erro, pude ver o quão essa garota Heather era perigosa, carregava um ódio profundo dentro dela e estava disposta a machucar alguém, o que temia que sua ira se voltasse a Suzannah. Cuál sería peligroso para la hermosa. (O que seria perigoso a hermosa.) Heather era um problema grande, o que me deixou curioso sobre ela, o que a prendia aqui e como acabou ficando do jeito que estava. ¿Qué pasó con ella? (O que aconteceu a ela?)

Ainda na missão tentava encontrar a garota, talvez ainda estivesse por perto, apesar de não sentir sua presença no momento, talvez estivesse mais afastada. Não podíamos sentir outro fantasma, se estivéssemos muito afastado um do outro. Qué podría estar sucediendo ahora. (O que podia estar acontecendo agora.) Evitava qualquer pessoa, poderia por acaso encontrar o padre ou na pior das hipóteses Suzannah. Que não ficaria nem um pouco feliz, de me ver ali. Caminhei por todo o lugar e não encontrei ninguém que já houvesse morrido, o padre havia feito um bom trabalho por ali. Já estava para desistir e ir embora, quando sinto sua presença de repente, ela havia reaparecido. Fui em direção onde achava que podia estar. Ao observa onde me encontrava percebi ser o pátio da missão, onde havia uma estatua do Junipero Serra, franciscano que comandou a construção desse lugar. Olhei ao redor para ver se a encontrava. Notei que estava sentada em um banco de pedra próximo a estatua, no había notado antes, (não havia reparado antes,) olhava para baixo e parecia irritada. Lentamente fui até ela, não querendo assustá-la e arriscar que fosse embora. Queria saber um pouco dela, esperando que eu a ajudasse a ir, para o lugar que deviria estar. Al igual que yo! (Assim como eu!)

–Olá, - disse ao me aproximar.

Ela não olhou para mim, continuava de cabeça baixa, achando que não falava com ela. Não entendi o porque, pois o pátio estava quase vazio, só havia ali um casal tirando retratos do lugar e uma freira apressada. E só duas pessoas podiam vê-la e falar com ela. Supus que reconhecesse a voz do padre e eu não possuía a voz feminina de Suzannah. ¡En absoluto! (Não mesmo!)

–Heather, - disse seu nome, para atrair sua atenção, o que deu certo.

Olhou para cima demonstrando surpresa, não estava esperando ser chamada por um fantasma, passando a ficar desconfiada. ¿Qué pasó por tu mente? (O que se passava por sua mente?)

–Quem é você? – perguntou com desconfiança.

–Bem, digamos que sou alguém como você, como pode perceber. – Disse.

Achava melhor ocultar o meu nome, mesmo que achasse improvável, poderia comentar com Suzannah, o que não iria ser bom para mim. Se irritan. (Ela se irritaria.) Não sabia que tipo de conversa o padre estava tendo com ela, se a fizesse ser mais receptível e menos bruta com Heather. 'D estar en problemas. (Estaria com problemas.)

–Estava por perto e senti sua presença, - estava parado em sua frente, me olhava das cabeças até as botas.

–Eu não senti a sua, - disse receosa.

–Isso vem com tempo, você esta há pouco tempo aqui não é? – tentava ser cordial, ela ainda estava irritada.

–Sim! De repente me vi nesse lugar, tudo por culpa dele, - senti sua raiva crescer.

–Culpa de quem? – fui direto, esperando que sua desconfiança não a fizesse se calar.

–Bryce, hora essas, ele não devia ter terminado comigo, eu o amava... – não terminou e me olhou irritada.

Não conseguiria tirar mais nada dela, ao menos havia conseguido alguma informação. Lembrava do nome que falou, já o tinha ouvido em algum lugar. ¿Dónde? (Onde?) Lembrei era o garoto que Suzannah havia salvado, o padre Dominic o havia chamado de Bryce. Así que se fue! (Então era ele!) Agora ficava claro o acontecido, sua raiva estava direcionada ao garoto e não a hermosa. Se Suzannah interferisse, o que podia acontecer, Heather faria mal a ela. Yo estaba seguro. (Tinha certeza.) Senti sua raiva aumentar, enquanto se levantava e se aproximava de mim.

–Quem e você e o que quer? – foi incisiva, - alguém mandou você aqui?

– Não...

–Foi eles, não foi? – me interrompeu e aumentou o tom de sua voz. – Eles mandaram você aqui para me mandar embora...

Abaixou o tom de sua voz, ficando pensativa, murmurou algo, que não pude ouvir. A garota estava se alterando, estava confusa, pude notar. Quem achava que havia me mandado, para falar com ela? Não consegui compreender por um minuto, depois de imediato pensei em Suzannah e no padre. Ela achava que os dois haviam me mandado para falar com ela. Cómo iba mal. (Como estava enganada.) Hermosa não sabia que eu estava aqui, se soubesse não ficaria contente e o padre nem suspeita de minha existência. Talvez soubesse agora, estava conversando com Suzannah, quem sabe contaria a ele sobre mim. Sería la más probable. (Seria o mais provável.) O padre viria me encontrar, para me mandar para o lugar que devia estar, a pedido de Suzannah, era uma opção. Não podia culpá-la por querer se livra de mim, afinal acabara de me conhecer e não tinha feição nenhuma a ajudar fantasma. ¿Habría conocido Padre? (Será que eu conheceria o padre?)

–Ei! – Heather interrompeu meus pensamentos, não notei que falava comigo.

–Heather, não sei do que esta falando, - menti a ela, não seria bom, pensasse que os conhecia e tirasse conclusões erradas, como estava fazendo.

–Ta mentindo, foram eles. Se pensam que vão me mandar embora, estão muito enganados, eles que esperem para ver. – Ameaçou.

Ela estava começando a me irritar, não permitiria que os machucasse, não eram culpados por sua morte, apesar de não saber como havia morrido. Tentei me aclamar, não seria bom perder a razão com ela.

–Ninguém me mandou aqui, só vim para tentar lhe ajudar, - tentei ser cordial.

–Ajudar, como? Você não parece ter tido alguma ajuda, pois ainda ta aqui, como pode me ajudar? – Ela estava certa em tudo que questionou.

Como um fantasma poderia ajudar o outro, não sabia o que me prendia aqui. Estou andando por ai a mais de um século e meio, ninguém havia aparecido para me ajudar. O fato de não podermos ajudar um ao outro, era o motivo de não conversava com outros como eu, pois sabia que estávamos na mesma situação. No pude evitarlo y tampoco yo. (Não poderia ajudá-la e nem a mim.)

–Foram eles, se aquela perua pensa que vai ficar com o meu lugar, ah ta muito engana, eu vou acabar com ela...

–Não ouse encostar um dedo na Suzannah ou no padre, - não consegui aguentar a ouvir ameaçar hermosa.

Heather olhou para mim totalmente surpresa, sabia que podia sentir minha raiva naquele momento. Eu era mais experiente, estava há mais tempo do que ela aqui. Seu espanto passou para raiva. Muy enojado! (Muito irritada!)

–Sabia que eram eles, - deu um riso de escárnio.

–Não ouse fazer nada contra eles, só estão querendo ajudá-la. – Enquanto falava, minha raiva aumentava, podia sentir e ela também, pois demonstrava seu assombro e medo.

Minha irritação só aumentava, devia me acalmar, não queria piorar a situação. Heather pensava que os dois haviam me mandado ali, no entanto não fora isso que aconteceu. Tentava me acalmar, devia lhe dizer que apesar de conhecê-los, não tinham nada a haver com minha presença ali. Ojalá que convencer. (Teria que a convencer.)

–Desculpe... - não permitiu que terminasse, simplesmente desmaterializou.


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Notas finais do capítulo

Erros avisem.
Triste, pois muitos dos leitores estão sumindo.
Obrigada aos que acompanham é por vocês que continuo a postar.
Comentem não fará mal algum, só um bem danado para quem esta escrevendo.



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