Addicted To You - Klaroline escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 12
Capítulo 12 - My Heart Beats Faster


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! XD



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Cap. 12

Pdv Caroline

– Senhoras e senhores. - um homem chamou a atenção de todos no baile. Ele estava de pé no centro das escadas, segurando uma taça - Primeiramente, boa noite a todos, e sejam bem vindos a minha casa. - sorriu estendendo levemente sua taça - Como todos sabem, sou Mikael Smith. O pai de Rebekah. - apontou discretamente para onde estava Rebekah - Esta noite, fico muito feliz em dizer isso, minha filha ficará noiva de um rapaz que respeito muito. - apontou para Matt, que estava ao lado de Rebekah. Engoli em seco olhando para Matt e abaixei minha cabeça fechando meus olhos.

Mikael começou a elogiar a filha e o futuro genro. Todos escutavam-no atentamente. Olhei para Niklaus, que estava atento também no que o pai dizia. Parecendo que sentiu meu olhar sobre si, Nik olhou-me sério e confuso. Tentei sorrir, o que foi em vão.

– Venha. - Nik murmurou segurando minha mão.

– O quê? Onde? - perguntei deixando-o me levar para não sei onde - Niklaus, seu pai está falando!

– Mesmas baboseiras de sempre. - ele disse incrédulo.

Entramos numa sala vazia. Digo: sem ninguém. Parecia-me um escritório. Muito bonito e arrumado por sinal. Cheio de livros nas duas estantes, dois sofás de couro branco. O chão era amadeirado assim como as paredes. Porém a parede onde tinha uma grande janela, era uma parede rustica e antiga. O vento entrava pela janela, balançando lentamente as cortinas acinzentadas Nik fechou as duas portas amadeiradas com pequenos quadrados de vidros. Virei-me de costas para ele e acabei encontrando uma mesa cheia de papéis, sobre a mesa, na parede, havia um lindo quadro...

– Caroline, não sei se lhe disse isso, mas uma coisa que eu odeio é mentiras. - Nik disse ficando ao meu lado. Olhei-o incrédula, recebendo seu olhar meio irritado.

– Eu nunca menti para você, Nik. - falei incrédula e ele olhou-me óbvio.

– Eu acabo de lhe perguntar o que aconteceu que lhe deixou abalada de repente, você disse que não tinha acontecido nada. - ele disse querendo explicações.

– Desculpe-me. - sussurrei abaixando meu rosto e encarando minhas mãos - Eu só não queria... estragar tudo. - completei chateada e com uma dor no peito.

– Estragar tudo com quê? - segurou meu rosto e fez-me encará-lo.Engoli em seco novamente e mordi meu lábio levemente - Você nunca estraga nada, sweet.

– Eu lhe disse uma vez Niklaus... - comecei a dizer com medo de sua reação - Eu deitei-me com muitos homens. - sussurrei amargurada. Ele fez uma pequena careta soltando meu rosto e respirando fundo.

– Não precisamos lembrar disso. - falou descontente.

– Sim, precisamos, se você realmente quer que não haja mentiras e quer que eu não lhe esconda nada, precisamos falar disso. - falei determinada a continuar agora.

– Caroline, seu passado não importa mais. - ele disse incrédulo - Eu não consigo mais imaginar nenhum homem lhe tocando que não seja eu!

Eu o encarei surpresa por tal declaração. Seus olhos tinham raiva e angustia por lembrar-se de meu passado. Mas o que eu podia fazer?

– Nik, você precisa saber o que aconteceu agora há pouco. - murmurei séria e ele olhou-me confuso.

– O que isso tem a ver com o assunto de seu passado, Caroline? - ele perguntou sem entender - Alguém por acaso insinuou algo? - desconfiou ficando irritado até.

– Não, ninguém insinuou nada. - neguei rapidamente.

– Então? - ergueu as sobrancelhas em sinal de confusão.

– Matt. O noivo de sua irmã. - murmurei virando meu rosto para a janela.

– Matt? O que tem ele? - agora sua confusão estava bem exposta.

– Eu transei com ele. - disse de uma vez e finalmente o encarei.

Os olhos de Nik ficaram descrentes e irritados, como se não quisessem acreditar no que eu dizia. Soltei um longo suspiro não deixando as lembranças me invadirem. Era capaz de eu vomitar alí mesmo só de lembrar aquelas duas noites em que transei com ele em troca de dinheiro.

Uma náusea me atingiu, junto com uma tontura. Eu sabia. Aquelas lembranças sempre me deixavam assim. Segurei-me na mesa ao lado inclinando minha cabeça para baixo e fechando meus olhos com força.

– Caroline.

Rapidamente os braços de Nik rodearam-me e ele levou uma mão ao meu rosto.

– Desculpe-me, Nik. - sussurrei chorosa.

– Está tudo bem. - ele murmurou abraçando-me. Abracei-o de volta e escondi meu rosto em seu abraço apertado - Isso faz muito tempo? - perguntou cauteloso.

– Três anos. - murmurei em resposta e houve um silencio.

– Eu disse que seu passado não me importava mais. - sussurrou convicto. Afastei um pouco meu rosto para encará-lo. A náusea e a tontura tinham se cessado.

– Mas ele é...

– O que importa, Caroline? - deu de ombros segurando meu rosto - Pelo que vejo, ele nem se lembra de você. - revirou os olhos com um certo incomodo.

– Você não ficará nem um pouco chateado? - perguntei receosa.

– Será estranho olhar para Matt e saber que ele transou com você... Mas eu me sentirei melhor por saber que você só fazia aquilo porque precisava. - ele disse tranquilo e suspirei aliviada.

– Obrigada. - sussurrei segurando seu rosto também - Obrigada por tudo, Niklaus. Você é a melhor coisa que aconteceu em minha vida.

Na verdade eu tinha medo de dizer as verdadeiras palavras. Seriam apenas três palavras. Mas três palavras que mudariam completamente minha vida. E eu não sei se estaremos preparados a isso. Tanto eu, quanto Niklaus.

Os lábios de Nik se apertaram contra os meus, trazendo-me uma sensação de que eu estava no paraíso. As mãos de Nik escorregaram em meu corpo, redecorando cada canto por cima do vestido. Seu corpo prensou contra o meu, nos deixando quentes.

Seus lábios se afastaram dos meus lentamente, nossos olhos se encontraram em alegria e ansiedade. Ele sorriu afagando meu rosto levemente.



Nik e eu nos movimentávamos ao som da música. Seus olhos não desgrudavam dos meus nem por um segundo, e eu tinha que concordar que ele dançava bem. Nossos passos eram sincronizados, como se estivéssemos preparado aquela dança há tempos. Ele girou-me no salão. Pensei que eu me perderia alí mesmo, mas logo eu estava em seus braços novamente. Sob aqueles olhos verdes exuberantes. Mais três passos para nós dois girarmos tranquilamente.

– Eu desejo-lhe muita felicidade em seu casamento, Rebekah. - falei com sinceridade.

– Obrigada, Caroline. - Rebekah agradeceu tomando uma taça de vinho branco - Eu serei muito feliz, tenha certeza. - afirmou sorrindo de lado.

– Matt é um bom homem. - Esther disse sorrindo para a filha - Rebekah deu sorte, ele é herdeiro da empresa O'Connel. - semicerrei meus olhos vendo um sorriso interesseiro no rosto de Esther. Rebekah assentiu com o mesmo sorriso da mãe.

– Contanto que Rebekah realmente o ame... o dinheiro, a herança de Matt não importa. - comentei dando de ombros e Esther deu uma risada sarcástica.

– Você entende, querida. - sorriu de lado para mim. Pisquei algumas vezes, nem conseguindo dizer-lhe algo.

– Sabemos que Niklaus não é um bom... homem. - Rebekah disse-me sorrindo e dando-me uma rápida piscadela.

– Eu realmente gosto de Niklaus, ele me ajudou muito, e ele é o melhor homem que uma mulher pode ter. - falei séria. Percebi que a qualquer momento eu quebraria a taça em minha mão. Respirei fundo e aliviei minhas mãos.

– Eu sou mãe de Niklaus, e sei muito bem. - Esther disse negando. Como ela pode dizer tal coisa do próprio filho? - Mas esqueça isso. - deu de ombros. Suspirei pesadamente fechando meus olhos e depois os abri calmamente. Virei meu rosto em direção onde Nik estava. Ao lado de Kol e Matt. Pareceu que ele notou meu olhar sobre si e virou seu rosto para mim. Sorriu de leve e fiz o mesmo, demonstrando que estava tudo bem.

Me arrependi mentalmente de ter implorado para Nik deixar-me sozinha na mesa com Rebekah e Esther. Tinha conhecido Mikael. O mesmo pareceu gostar de mim. Foi simpático e gentil. O que, segundo Niklaus, ele nunca é. Mas eu reconheci que aquilo era apenas uma farsa. Claro que Mikael não tinha gostado de ver o filho com uma simples garota, que não herdara nenhuma empresa multinacional...

– Diga-me, Caroline. - Esther chamou minha atenção. Virei-me para ela rapidamente, seus olhos estavam de uma certa forma arrogante e intrigados - Sua família... trabalha exatamente em quê?

Abri minha boca e depois a fechei sem soltar nenhum som. Soltei uma grande quantidade de ar levemente e encarei as duas - ambas olhavam-me intrigadas.

– Eu não sei. - dei de ombros e elas olharam-me incrédulas - Eu não conheci meu pai, ele abandonou minha mãe antes mesmo de eu nascer. E quando eu nasci, minha mãe deixou-me com minha avó e depois nunca mais voltou. - mexi minhas mãos sentindo-as tremerem - Fui criada por minha avó. Uma senhora aposentada e viúva.

Elas ficaram caladas e se olharam. Tomei mais um pouco de meu champanhe e encarei as pessoas a nossa volta.

– E você trabalha? Estuda? - Rebekah perguntou intrigada.

– Sim, faço faculdade de Jornalismo. - respondi sorrindo e Rebekah fez uma cara de... tipo: "Tanto faz". Ao contrário de Esther que ficou olhando-me surpresa.

– Mora com sua avó? - Esther perguntou.

– Minha avó faleceu quando eu tinha 15 anos. - murmurei chateada - Moro com uma amiga minha de trabalho. - sorri de leve.

– Ah, e trabalham de quê? - Rebekah perguntou sorrindo.

– Hum... - engasguei um pouco - Trabalhávamos numa boate. Boate de striper. - ok, essa parte eu podia ter deixado em 'off'. Mas se elas estão a fim de saberem sobre mim, saberão boa parte!

Esther arregalou seus olhos e Rebekah ficou incrédula. Sorri gentilmente tomando meu champanhe novamente.

– Suponho então que... tenha sido lá que conheceu meu irmão? - Rebekah disse incrédula e afirmei com muuito orgulho.

– Agora está entendido. - Esther sussurrou consigo mesma, mas não passou despercebida.

– O que está insinuando, senhora Mikaelson? - perguntei com cautela.

– Você é apenas uma prostituta que está apenas com meu filho para usufruir do dinheiro dele. - ela disse séria e sorri sem humor.

– Concordo que posso ter sido uma prostituta. - falei ficando de pé - Mas não estou com Niklaus por causa do dinheiro, garanto-lhe isso. Eu realmente amo seu filho e me preocupo com ele. Gosto de estar com ele e não apenas pelas qualidades, também pelos defeitos.

– Não se exalte, querida, conheço muito bem seu tipo. - Esther disse com prepotencia.

– Meu tipo? - fiquei incrédula - Claro. - revirei meus olhos - E eu também conheço muito bem seu tipo, Senhora Mikaelson. - sorri de lado.

– O que está insinuando, vadia? - ela perguntou se alterando e ficou de pé, encarando-me nervosa.

– Mamãe! - Rebekah repreendeu-a, vendo que algumas pessoas já nos olhavam incrédulos e assustados.

– Olha, garota, sei que planeja um golpe contra Niklaus... Mas eu conheço muito bem meu filho para saber que no momento em que ele cansar de você, será descartada como muitas da lista dele. - Esther tornou a dizer. Senti meus olhos arderem, mas eu me segurei. Não poderia chorar alí, na frente delas - E se pretende outro tipo de golpe, que eu conheço muito bem, saiba que Niklaus odeia crianças. E ele não se importará de te descartar junto com uma.

Larguei minha taça sobre a mesa e vi Niklaus vindo até nós. Não o esperei e caminhei em passos rápidos em direção a saida, sob os olhares de algumas pessoas. Pouco me importei e continuei a andar. Sinceramente, não sou obrigada a ficar em lugares que não sou bem desejada.

– Caroline! - escutei uma voz diferente chamar-me quando cheguei na entrada. Virei-me confusa e Kol estava se aproximando.

– Kol, desculpe-me ter dito tais coisas para sua mãe...

– Eu nem sei o que aconteceu. - ele disse rindo de leve e o encarei confusa - Mas dona Esther sempre será assim, não deixe-a interferir no que acontece entre você e meu irmão. - ele hesitou por breves segundos, respirou fundo e olhou-me gentil - Pela primeira vez eu estou vendo meu irmão feliz de verdade, sorrindo sempre, não sendo mais tão rude com as pessoas. Eu sei que é por você... Então não ligue para as baboseiras de minha mãe.

– Obrigada, Kol. - murmurei grata e virei-me para sair novamente...

– Caroline! Espere!


Pdv Niklaus

Percebi algumas pessoas olhando assustadas para alguma coisa. Olhei também e fiquei confuso com que vi. Caroline estava de pé dizendo algo para minha mãe. Então de repente a mesma levantou-se nervosa, logo sendo repreendida por minha irmã.

Esther tinha agido novamente. Quando essa mulher vai deixar de ser tão irritante? Comecei a andar em direção onde elas possivelmente brigavam, no mesmo momento, Caroline percebeu-me e então saiu sem mais delongas. Apressei meus passos querendo ir em sua direção... porém parei onde minha mãe e Rebekah tinham ficado.

– O que você fez? - vociferei nervoso para Esther. A mesma olhou-me irritada.

– Essa sua namorada prostituta teve a ousadia de me enfrentar! - ela disse nervosa.

Por um segundo pensei que eu avançaria nela e faria a mesma engolir suas palavras. Mas no mesmo segundo lembrei-me de que estamos num local cheio de gente... e que ela é minha mãe. Olhei furioso para Esther, a mesma olhou-me com medo.

– Nunca mais ouse falar assim de Caroline. Nunca. Mais! - falei num tom ameaçador. Mikael aproximou-se segurando em meu braço.

– Não vamos chamar a atenção de todos, Niklaus. - Mikael disse nervoso e soltei-me dele com força.

– Vai atras dela, Niklaus? Vai deixá-la mesmo comandar-te? Deixá-la tomar todo nosso dinheiro? - Esther disse sarcástica antes mesmo de eu ir em direção Caroline.

– Agradeça por ser minha mãe. - falei em tom de amargura e ela olhou-me assustada.

Mikael novamente me segurou, antes de eu sair. O olhei nervoso e ele quis nos afastar de lá.

– Traga Caroline de volta, não vamos deixar com que pensem que...

– Estou pouco me lixando para o que os outros pensam! - falei me soltando a força - Para sua alegria, e alegria de Esther, nunca mais trarei Caroline aqui, Mikael. Foi um erro de minha parte fazer isso.

Finalmente sai de lá as pressas, empurrando qualquer um que se o posse em meu caminho. Quando finalmente encontrei Caroline, a mesma já atravessava as portas da entrada. Pelo que vi, antes estava conversando com Kol.

– Caroline! Espere! - gritei-a.

Caroline virou-se de vagar, seu rosto estava calmo, porém chateado. Aproximei-me dela.

– Desculpe-me, Niklaus. - ela sussurrou magoada - Eu não deveria ter dito tais coisas para sua mãe.

– Venha, vamos embora daqui. - falei segurando-a pelo braço. Ela assentiu silenciosa e a levei até meu carro.

– Leve-me para minha casa,por favor. - Caroline sussurrou com a voz trêmula e sensível.

Dei a partida no carro, sem lhe responder nada. Eu sabia o tanto que ela deveria estar magoada. Nem sei o que houve entre ela e minha mãe, porém conheço as duas muito bem para saber que Esther é uma víbora.

Um rápido e silencioso percurso. Caroline ficou de olhos fechados o tempo inteiro. Talvez para não chorar? Parei meu carro dentro da garagem de meu apartamento. Percebendo que não estávamos mais em movimento, Caroline abriu os olhos e encarou o lugar confusa.

– Eu preciso ficar sozinha. - ela gemeu frustada.

Desci do carro calmo. Na verdade não tão calmo assim. Só estava me controlando para não ser rude com ela. Não era com Caroline que eu queria gritar. Abri a porta para ela descer e a mesma negou relutante. Puxei-a com cautela para não machucá-la nem nada. Caroline ficou a minha frente, sem me encarar. Segurei seu rosto, fazendo-a me olhar.

– E eu preciso de você. - falei de modo que ela escutasse perfeitamente.

Ela vacilou deixando lágrimas escorrerem em seu rosto. Dei-lhe um rápido beijo em seus lábios e encostei minha testa na sua.

– Nik... sua mãe...

– Caroline. - interrompi-a negando - Eu não quero saber o que aconteceu entre você e Esther. - ela abriu seus olhos lentamente e sequei suas lágrimas - Eu quero você. Agora. Em meu apartamento. Exatamente em minha cama.


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Notas finais do capítulo

Oi, gente! Sai mais cedo da escola hoje e vim dar uma passadinha aqui! Postei um mega capítulo? Eu espero que tenham gostado. Se gostaram comentem, só voltarei a postar quando houver comentário. Se houver no sábado eu volto, ok?
Até breve!
XOXO



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