Cap. 13

Pdv Caroline

O sol estava forte, batia contra meu rosto, fazendo-me resmungar levemente. Virei-me na cama e pude sentir que eu estava a baixo de um forte braço. Suspirei sorrindo de leve e continuei de olhos fechados. Eu queria passar o resto de meus dias alí. Deitada nos braços do homem que amo.

- Sweet, se passarmos o dia todo aqui, poderemos morrer de fome.

Abri meus olhos assustada, encarando o par de olhos verdes divertidos sobre mim.

- Você lê mentes? - me senti uma idiota perguntando isso e me arrependi cruelmente.

- Não... mas sei que está acordada e não quer se levantar. - ele disse divertido novamente. Ri de leve e revirei meus olhos.

- Você tem razão. - respirei fundo o olhando séria - Eu não quero sair daqui nunca mais. Eu me sinto muito bem quando estamos assim.

Ele beijou-me levemente e depois sorriu.

- Esqueça tudo, Caroline, tudo o que aconteceu. - ele pediu calmo.

- Não é tudo tão facil assim, Nik. - neguei chateada.

- Eu sei, mas podemos tornar mais fácil, o que acha? - sugeriu atencioso.

- Você deixa tudo mais fácil. - falei sorrindo de lado e o beijei ternamente.

Pdv Niklaus

Resolvi tirar um dia de folga e ficar apenas com Caroline. Logo após tomarmos café, saimos em direção a futura biblioteca. Caroline tinha seus planos que sinceramente, eram bons. Já estava tudo entrando em construção para montar finalmente uma biblioteca.

- Uma instituição disse que doaria dezenas de livros. - Caroline dizia enquanto almoçávamos num restaurante próximo ao meu apartamento.

- Eu não investi 500 mil dólares para livros usados. - falei incrédulo e ela revirou os olhos.

- Não quero usar todo seu dinheiro. - ela disse olhando para seu prato - 500 mil dólares? Isso foi de mais, não?

- Caroline, você não está usando esse dinheiro. - neguei revirando meus olhos - Estamos usando esse dinheiro para um negócio em que nós dois comandamos. - dei de ombros.

Ela ficou calada, aceitando aquilo que eu tinha dito. Mas eu sei o quanto ela ficou receosa por tal coisa.

Mais tarde levei-a para meu apartamento, onde passamos o resto da tarde juntos. Por nenhum segundo, Caroline tocou no assunto da noite anterior. Sei o quanto ela deveria estar magoáda ou envergonhada com aquilo.

- Nik! Telefone! - Caroline avisou enquanto eu tomava banho.

- Atenda! - falei desligando o chuveiro.

Peguei uma toalha e sequei meu rosto, depois a envolvi em minha cintura e então sai do banheiro. Caroline, estava sentada na cama, rindo com quem conversava.

- ... Ele acabou de sair do banho. - ela disse ao me ver aproximando - Ok. Até mais, Kol. - ela despediu-se e entregou-me o celular.

Olhei-a meio desconfiado. Porque ela tem essa ''amizade'' com Kol? Será que ela não percebe o tanto que meu irmão é incoviniente?

- Fale, Kol. - atendi rápidamente.

- Hey, irmão. - ele atendeu meio feliz - Pelo humor de Caroline e o seu, percebo que ambos não viram as notícias, sites de relacionamento... revistas?

- Fale logo, Kol. - mandei impaciente.

- Sei que corro o risco de ficar surdo, mas vou logo avisando que não tive culpa alguma! - ele disse divertido e respirei fundo não querendo gritar com ele novamente - Bom, como era de se esperar, o noivado de Rebekah saiu em todos os lugares, sites, revistas, jornais...

- Adiante...!

- E quem mais chamou a atenção foi sua doce namorada, Klaus. - ele disse de uma vez.

- Do que está falando? - perguntei nervoso.

- A pequena discussão de Caroline e Esther está em todos os lugares. - ele explicou rapidamente.

Pdv Caroline

De repente, Klaus ligou o computador completamente apressado. ELe  ainda falava com Kol ao telefone. Eu já não entendia nada do que estava acontecendo. Klaus então ficou nervoso com que viu na tela do notebook, e quase o arremessou contra a parede.

- O que houve? - perguntei preocupada e aproximei-me dele.

Nik apenas apontou ao notebook, enquanto já se despedia de Kol numa forma rude de sempre.

Linda e barraqueira.

O empresário Niklaus Mikaelson, um dos herdeiros da empresa Mikaelson's, levou consigo ao baile de noivado de sua irmã Rebekah Mikaelson, sua nova namorada. A jovem conhecida como Caroline Forbes, durante o baile, teve um certo desentendimento com a sogra, Esther Mikaelson. Segundo fontes confiáveis, a jovem trabalha como stripper numa boate.

Então quer dizer que a ilustre Família Mikaelson terá uma nova integrante, uma integrante vinda de uma boate de stripper?

Meus olhos quase saltaram da face quando li tudo aquilo. Não consegui desgrudar meus olhos daquela tela a minha frente. O que isso significa? Ok, pode não ser nada de mais... Porém, agora Niklaus será conhecido por namorar com uma prostituta?

- Nik... - tentei dizer, mas minha voz ficava dolorosa - Des...desculpe-me... - disse prendendo meu choro.

- Caroline, você não tem culpa. - Niklaus disse segurando minha mão levemente.

- Sim, eu tive. Eu provoquei sua mãe, dizendo a ela a verdade sobre mim! - falei desesperada e ele negou com a cabeça.

- Você não tinha porque mentir, sweet. - ele murmurou incrédulo.

- Tinha sim. - falei convicta em minha teoria - E era por isso - apontei a notícia na tela do notebook - que eu deveria ter mentido sobre mim.

Eu afastei-me de Niklaus e respirei fundo. Ele ficou calado, olhando ao notebook, com uma expressão pensativa e incrédula.

- Olha, Caroline, o que foi já foi, não podemos mudar o passado. Mas se o problema for eu namorar uma ex stripper, eu não sinto vergonha em dizer isso. Ainda mais por saber que essa é você. - completou dando de ombros e o olhei surpresa - Esqueça isso, tudo bem? Isso já passou, não importa.

Acordei com uma fraca luz em meu rosto, juntamente escutei vozes distante. Me virei na cama notando que Nik já não estava mais ao meu lado. Já estava dia. As vozes fora do quarto me eram familiar. Nik discutia com alguém... Sentei-me meio confusa e olhei para o relógio na cabeceira. Já era oito da manhã. Nik deveria estar na empresa, não?

Levantei da cama caminhando em passos silenciosos até a porta, que estava entre-aberta. Aproximei meu rosto no vão da porta e prestei atenção no que estava acontecendo. As vozes eram de... Niklaus, claro. Mikael e Esther?

Abri a porta de vagar e, novamente, caminhei em silencio, no corredor. Parei de caminhar quando partes da conversa se tornaram mais legível de se entender.

- Você tem que largar essa mulher, Niklaus! - a voz de Esther era rude, de dar medos.

Engoli em seco ficando parada no lugar - Ela só trará desgraça a nossa família. Todos já estão dizendo.

- Eu não me importo pelo que dizem de mim com Caroline. - Niklaus falou tão rude quanto a mãe.

- Mas deveria. - Mikael se pos na conversa logo com uma voz grossa querendo demonstrar frieza - Pois é isso que lhe mantém naquela empresa, Niklaus.

- Quando eu era conhecido por ser um cara de muitas mulheres, vocês não se importavam, não é? - Niklaus disse irritado com a atitude dos pais - Agora que estou numa vida decente, vocês reclamam!

- Vida decente ao lado de uma vagabunda? - Esther soltou sua voz arrogante.

- Pensei que conversaríamos como gente civilizadas, mamãe. - Niklaus falou com ironia.

Houve alguns segundos de silencio, eu já me sentia mal por estar alí, já me sentia muito mal por ser o problema que Mikael e Esther tentavam resolver. Estava preste a voltar para o quarto, entrar no banheiro e me trancar até o fim daquela conversa, quando Mikael disse algo:

- Enquanto você estiver com essa mulher, você está fora de minha empresa.