We Found Love In A Hopeless Place escrita por Mari Kentwell Ludwig


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda!!! Saudade de vocês!! hahahahaha bom, tá aí mais um capítulo com amor e carinho para vocês. Me desculpem caso eu tenha demorado, pois estado meio desencorajado por falta de comentários. Afinal, sem eles eu não sei o que você estão achando e começo a pensar que a história tá uma droga :/ Então comentem o que acham! Eu amo receber a opinião de vocês e recebo elas com muito carinho e compreensão. Mas sem mais delongas, espero que gostem e muitos beijos da Mari pra vocês ♥



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As luzes fluorescentes brilham acima dos meus olhos sem dó. Abro-os devagar, ainda tendo uma breve vontade de colocar meu almoço pra fora.

Estou de novo na terrível sala branca do hospital do Distrito 13. Só lembro até a parte em que eu apaguei no vestiário, mas não sei exatamente como vim parar aqui. Começo a temer o fato de ter ficado desacordado tempo o bastante para perder a viajem para o Distrito 2. Ou que Clove tenha ido sem mim, mas eu não acho que ela faria isso.

Me sento na cama e a porta se abre.

-Cato! - Diz Clove correndo na minha direção. - O que aconteceu?

-Eu só passei um pouco mal, mas ainda estou bem. Nós perdemos a viagem pro 2? - Pergunto.

-Não, ainda nem houve a Reflexão. - Ela esclarece.

-Como está, Cato? - Um homem com jaleco branco entra e pergunta.

-Eu estou bem. - Digo.

-Era o que eu pensava. Deve ter sido apenas uma queda de pressão. Você realmente se sente bem? - Ele pergunta novamente, ainda não muito convencido.

-Estou sim.

-Certo. Você já está liberado. Fui informado que vocês têm uma viagem importante então não quero atrapalhá-la. - Ele diz olhando com um sorriso para Clove. - Se sentir qualquer outra coisa, volte pra cá o mais rápido possível.

Ele deixa o quarto enquanto outro homem entra, na verdade um garoto com cabelos castanhos e olhos verdes.

-Olá, sou Kern. - Ele se apresenta como se fossemos velhos amigos.

-Olá. - Digo olhando para Clove em busca de respostas.

-Foi ele quem encontrou você desmaiado no vestiário. E te trouxe pra cá. - Ela esclarece enquanto arruma o meu cabelo.

-Obrigado. - Digo mais resoluto. - Mas não foi nada, eu só me senti um pouco mal. Nós já podemos voltar? Ainda temos treinamento no Quartel.

-Você tem certeza que quer voltar? - Pergunta Kern com a sobrancelha franzida.

-Claro, eu estou bem. - Respondo.

-Então troque de roupa, estaremos esperando lá fora. - Clove diz e em seguida deixa o quarto acompanhada por Kern.

Recoloco a minha roupa e largando a camisola hospitalar no chão. Percebo que estou com um curativo do lado esquerdo da testa e começo a me perguntar do porquê de sua existência. Reencontro com Clove e Kern do lado de fora.

Subimos de volta a superfície e antes de voltarmos paro por um segundo para observar o sol se pondo no horizonte. Há quanto tempo não paro para olhar o sol dessa forma? Não sei, mas isso faz bem para me a manter lúcido lá em baixo, sem poder nem sequer ver o azul do céu.

Para a minha sorte, dessa vez não vamos treinar tiros em alvos-pacificadores. Ficamos dando voltas no pátio e depois fortificamos os músculos com alguns exercícios. Os exercícios estão começando a fazer meus músculos voltarem à sua resistência anterior, pelos quais tenho que admitir que estavam começando a voltar a ficar mais fracos, pelo fato de todo o tempo que eu passei deitado no hospital.

A tarde se esvai junto com o nosso tempo de treinamentos. Kern está no mesmo grupo que nós, mas nem havia reparado nele antes. Ele desce até os compartimentos conosco. Kern divide o seu compartimento com sua mãe e sua irmã mais nova. Eles todos vieram do Distrito 7, quando a rebelião teve início e os levantes estavam acabado com a vida de todos. Ele parece ser uma boa pessoa, um cara legal e sinto que agora devo algum tipo de favor a ele, pois ele foi quem se deu ao trabalho de ter me levado até o hospital. Mas eu odeio ficar devendo algo a alguém.

-Vou ter que me encontrar com minha mãe e minha irmã. Vai ter um comunicado de segurança nacional hoje, durante a Meditação. A gente se vê lá. - Diz Kern.

O comunicado a respeito da condição de Katniss, para manter Peeta e Enobaria em segurança, dependendo dos próximos acontecimentos. Ainda estou com a dúvida na cabeça, pelo fato de fato de Katniss ter acrescentado Enobaria a sua lista. Talvez ela tenha feito por causa da situação, na qual ela precisava convencer Coin de proteger Peeta e tenha acrescentado Enobaria para tornar a proposta mais difícil de ser recusada. Ou por que simplesmente acharia errado mantê-la fora disso, independente do que Katniss ache a respeito dela.

-Até mais, Kern. - Digo enquanto ele caminha até o compartimento 458, o dele e de sua família.

-O médico disse que você teve sorte do Kern ter te encontrado. - Diz Clove enquanto seguimos até o lugar onde o comunicado de Coin será feito.

-Mas eu não estava tão mal assim. - Justifico.

-Mas se você tivesse ficado lá desacordado, teria sangrado o bastante para ter precisado ficar internado. E a gente não poderia viajar pro 2. - Ela diz tocando o meu curativo na testa.

-Bom, então posso me considerar sortudo. - Respondo com um sorriso nos lábios.

Seguindo o fluxo de pessoas e chegamos ao Coletivo, uma imensa sala que comporta facilmente os milhares de pessoas que vão aparecer. Deve ter sido construída para a realização d reuniões, afinal concordo com a necessidade de se haver um ponto de encontro em meio a esse labirinto de corredores que aos meus olhos são todos iguais. Alguns cochicham sobre a assembléia, que vem sendo anunciada desde o almoço e outros especulam sobre o assunto a ser tratado. As reuniões no Comando são sigilosas, de modo que é compreensível o desconhecimento da população.

Coin está em cima do pódio localizado na frente da sala, revisando - provavelmente - seu pronunciamento. As pessoas continuam chegando e enchendo a sala. Uma equipe hospitalar aparece com seus trajes brancos, auxiliando os doentes. Entre um dos cadeirantes está Finnick, amarrando e desamarrando nós em uma pequena corda repetidamente. Penso em ir dar um oi, mas sua aparência perplexa, sua inquietação e preocupação visíveis fazem com que eu perca um tempo pensando se deveria tentar falar com ele, que não parece com muita vontade de conversar. Katniss é mais rápida e chega perto dele para um cumprimento primeiro, de modo que prefiro ficar aqui mesmo, esperando para ouvir o pronunciamento, não quero perder nem um segundo disso.

Antes de Coin começar, Katniss sobe ao pódio e fala algo com ela algo. Clove me olha com um olhar de desconfiança em relação a elas e eu sinto o mesmo desconforto até que Coin começa informando a todos que Katniss aceitou ser o Tordo e que eu e Clove também decidimos cooperar com a tomada do Distrito 2 para as mãos dos rebeldes. Ela logo fala também que apesar disso, exigimos condições a serem atendidas para que concordemos cooperar por inteiro. Então ela cita o fato de que só concordamos em ajudar se Enobaria, Peeta e muito inesperadamente, Annie e Johanna também fossem absolvidas.

Annie e Johanna? Me lembro bem das duas, ambas vitoriosas dos Distritos 4 e 7, respectivamente. Elas não estavam inclusas e eu tenho absoluta certeza disso. Mas não fará diferença, afinal o que importa é que Enobaria esteja segura. Mas a necessidade de saber a causa da inclusão das duas faz com que eu decida acertar contas com Coin depois. Alguns nos direcionam olhares de fúria. Aqueles que mal podiam esperar para verem esses quatro prisioneiros de guerra sendo mortos, de acordo com o tribunal.

Coin dá prosseguimento depois que as discordâncias da multidão se cessam:

- Mas em retribuição a essa solicitação sem precedentes, a Soldado Everdeen, a Soldado Kentwell e o Soldado Hadley prometeram dedicação total à nossa causa. Subentende-se que qualquer desvio da missão, partindo de qualquer um dos três, seja em motivação, seja em ação, será visto como rompimento de nosso acordo. A imunidade seria extinta e o destino dos quatro vitoriosos determinado pela lei que governa o Distrito 13. Assim como os destinos de Soldado Everdeen, Kentwell e Hadley. Muito obrigada. - Ela diz ao final, descendo do pódio. Então, em outras palavras, se qualquer um de nós sairmos da linha, estaremos automaticamente mortos, levando consigo também os quatro prisioneiros da Capital.


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