We Found Love In A Hopeless Place escrita por Mari Kentwell Ludwig


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tá aí mais um capítulo pra vocês, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/300439/chapter/31

Me levanto esfregando os olhos. Clove ainda está inerte na cama. Aliás, eu já vinha me surpreendendo quando ela acordava antes de mim, já enquanto estávamos na preparação para os Jogos ela quase sempre se atrasava.

Depois de esticar os braços com um bocejo, dou uma cutucada em seu ombro. Ela se vira abrindo os olhos com dificuldade, devido a luz.

-Vamos lá Soldado Kentwell! – digo com sarcasmo enquanto ela boceja também.

-Cato – Ela começa a falar com uma voz preguiçosa enquanto abre os olhos. – CADÊ A SUA CAMISA, GAROTO? – Ela solta em seguida com uma voz alta que soa como um grito de desespero.

-Ah, a minha camisa! – Respondo começando a ter um breve ataque de risos ao ver a feição surpresa e um tanto interessada. Encontro ela embolada no chão e me então me lembro de tê-la arrancado durante a madrugada. Recoloco a camisa antes que Clove tenha infarto de tanto rir. – Achei que você fosse gostar. – Digo provocando.

-Eu não disse que não gostei.

-Mas pelo seu surto...

-Bom, não estou acostumada a ser acordada por um garoto como o Soldado Hadley sem camisa todos os dias.

-Talvez eu possa fazer isso se tornar mais comum se você preferir. – Digo com um olhar malicioso.

-Seria interessante... – Ela responde com a mesma vivacidade. – Mas agora a gente tem coisas a fazer, tipo dizer ao Plutharch que a gente quer lutar na guerra. – Ela diz se levantando e me dá um breve abraço seguido de um beijo no pescoço quando passa por mim.

Ok, eu nem tinha percebido que estava sem camisa quando fui acordá-la, mas acho que foi bem melhor assim.

Depois que Clove termina de pentear os cabelos e por fim resolve deixá-los soltos, tatuamos nossa programação. Por ventura do destino devemos comparecer ao Comando hoje, logo após o café da manhã. As preocupações durante a madrugada me impediram de perceber o quanto eu estou faminto. Recebo minha tigela de cereais quentes, uma xícara de leite e uma pequena porção de nabo que Clove logo rejeita e joga na minha bandeja enquanto as pessoas em volta não estão olhando. Ótimo, mais nabo pra mim!

Como os cereais e depois parto para botar pra dentro as duas porções de nabo. Apesar da porção de Clove ser ligeiramente menor, me sinto quase que satisfeito quando termino de raspar o potinho da segunda porção. Bebo a xícara de leite e acabo ficando com o lábio superior sujo de leite. Me limpo com o guardanapo e depois de jogar a bandeja fora, seguimos para o Comando.

Chegamos ao Comando com alguns minutos de atraso. O silêncio toma conta da sala. Na mesa estão sentados Katniss, Coin, Plutharch, Gale e algumas outras pessoas. Alguns olhares se desciam para os quando entramos, mas toda a expectativa gira em torno de Katniss.

Nos sentamos nas cadeiras vazias e o silêncio se segue ainda por um bom tempo enquanto Katniss olha para um folha em branco. Fico imaginando se ela está querendo desenhar alguma coisa, escrever alguma carta talvez. Abro a boca para perguntar o que está exatamente acontecendo, mas entes de eu conseguir falar, Plutharch dá uma tossida discreta seguida da pergunta:

-Já terminou?

Katniss levanta os olhos e repara no relógio.

-Já. – Ela responde e franze o cenho quando nos localiza sentados na mesa. – Já terminei, sim. Esse aqui é o acordo. Vou ser o Tordo de vocês.

A sala explode em alegria e todos começam a congratular uns aos outros e uma mulher com aquele típico visual da Capital que desconfio ser Fulvia, a assistente de Plutharch, começa a bater palmas freneticamente ao meu lado. Permaneço impassível e Coin também permanece com os olhos vidrados na garota, sem esboçar nenhuma emoção.

-Mas tenho algumas condições – Diz Katniss, fazendo com que todos assumam feições mais sérias. Ela alisa a folha de papel que agora contém algumas palavras e começa. – Minha família fica com o nosso gato. – Uma breve discussão se inicia. Um gato? Bom, não vi nenhum animal aqui desde que cheguei. Só de ver como eles controlam as pessoas, dá pra se imaginar que um gatinho ou um cachorrinho de estimação seja algo inadmissível. Mas em minha opinião isso mal pode ser chamado de assunto, quando se trata de estarmos definindo o destino de uma guerra. Eles decidem que Katniss mudará para outro compartimento em um nível mais acima, onde o gato terá melhores condições de viver. – Eu quero caçar. Com Gale. Na floresta – Ela continua. Ela parece ter uma forte ligação com esse garoto. Não sei exatamente que relação eles compartilham, mas é o bastante para que todo mundo na sala fique imóvel. Me lembro de ter sido Gale quem carregou a irmã de Katniss para longe dela quando ela se ofereceu em seu lugar na Colheita. Também foi ele que estava esperando por ela no aerodeslizador quando fomos tirados da arena.

-Nós não vamos muito longe. Vamos usar os nossos arcos e flechas. Vocês vão poder ter mais cerne para a cozinha. – Acrescenta Gale, ao ver a reação generalizada.

-É que eu não... consigo respirar trancada aqui como uma... Eu teria mais agilidade, ficaria mais rápida se... se pudesse caçar. – Katniss solta antes que alguém possa pensar em alguma resposta para as condições.

Então algo me surge na mente. Eu e Clove poderíamos ter pensado em algo do tipo. Algum tipo de exigência para concordarmos com isso tudo.  Começo a questionar se eles iriam acatar co as condições, afinal – detesto admitir isso – Katniss é o grande pivô da situação. Tudo e todos estão em dependência dela cumprir ou não com o combinado. Mas eles também não falaram que nós também seremos necessários? Nós também estamos na jogada e começo a tomar algumas notas mentais de algumas exigências que eu e Clove também poderíamos fazer, apesar de não termos planejado nada parecido.

Plutharch começa a falar sobre todas as dificuldades que isso acarretaria. Mas Coin logo o corta:

-Não, deixe eles irem. Dê-lhes duas horas por dia, deduzidas do tempo de treinamento. Um raio de quinhentos metros. Com unidades de comunicação e tornozeleiras de rastreamento. Qual é o próximo pedido?

-Gale, vou precisar que você fique comigo para fazer isso. – Diz Katniss.

-Fique com você como? Fora do alcance das câmeras? Ao seu lado o tempo todo? Você quer que ele seja apresentado como seu novo amante? – Pergunta Coin.

Então eu me lembro da paixão arrebatadora que ele deveria ter por Peeta. Desde o início eu sabia que aquilo não podia ser verdade. Mas pelo visto aquela gente solúvel da Capital abraçou a encenação sem nenhum problema. E aparentemente, no grau em que nos encontramos, não seja uma boa hora de dizer que tudo aquilo não passava de uma grande mentira.

-O quê? – Pergunta Katniss meio surpresa.

-Acho que devemos dar prosseguimento ao romance em curso. Um afastamento rápido de Peeta poderia fazer com que a audiência perdesse a simpatia por ele - Diz Plutarch.

-Concordo. Diante das câmeras Gale será simplesmente retratado como um companheiro rebelde. Tudo bem assim? - Diz Coin. Katniss começa a encará-la enquanto ela repete para si mesma, de forma impaciente.

-Nós poderemos trabalhá-lo como seu primo. Vocês se parecem, assim seria mais difícil de alguém levantar suspeitas.

-Nós não somos primos. - Katniss e Gale falam no mesmo tempo.

-Mas essa parece ser uma boa ideia, só diante das câmeras - Diz Plutharch numa tentativa de convencer Katniss e Gale. - Fora das câmeras ele é todo seu. Mais alguma coisa? - A colocação de Plutharch soa de forma que se dá a entender que Katniss e Gale serem muito mais que companheiros rebeldes. E o rumo da conversa parece irritar Katniss.

Começo a pensar algumas exigências que eu e Clove também poderíamos exigir em troca de nossa colaboração. Mas algo me diz que talvez as nossas exigências devessem ter um valor e quantidades limitadas, pois eu me lembro de minha época no hospital, quando faziam questão de mencionar que fora Katniss a instigadora da rebelião e nós, bem, ficamos de brinde. Mas para que a rebelião possa seguir, eles precisam de todos os distritos e para ter todos os distritos eles precisarão de nós. Mas ainda não consigo achar uma boa coisa para pedir.

Voltar para o 2. Essa é uma boa condição que valerá muito para mim. Voltar pra casa, independente de quão vazia ela estará. Esse pedido parece razoável, de modo que faço uma nota mental disso e começo a pensar em uma segunda exigência.

Vingança. A palavra surge na minha mente e outra coisa me vem à mente. Eu poderia exigir algo que envolvesse a minha vingança contra a Capital pelo o que eles fizeram com o meu ser. Antes que eu possa formular alguma ideia concreta Katniss solta sua próxima exigência:

-Quando a guerra terminar, se vencermos, Peeta será perdoado.

Perdão. É isso. Eu não tinha parado para pensar no fato de que depois que a guerra acabar, os prisioneiros da Capital não terão nenhuma segurança de que serão perdoados e viverão como todos os outros, se vencermos. Obviamente, a Capital deve estar tentando extrair quaisquer informações que eles possam por ventura ter a respeito da rebelião. Honestamente, não sei o que Enobaria sabia sobre isso. Se sabia de algo não nos informou em momento algum. Então eu me lembro que meu pai, Joe, Brutus e a minha família materna foram todos provavelmente mortos por causa disso, por causa da tentativa da Capital de obter informações sobre a rebelião. Informações das quais eles não tinham conhecimento algum.

-Nenhuma punição será infligida - Completa Katniss.

Todos ficam em silêncio e me ponho a falar, interrompendo qualquer tentativa de expressão de opinião por parte dos outros.

-Nós também vamos cooperar com vocês. - Digo. Algumas pessoas abrem um grande sorriso e começam a festejar de forma contida, tentando extravasar a felicidade e a satisfação de terem conseguido que eu, Clove e Katniss aderíssemos à causa. - Mas também temos exigências.

Consigo perceber a feição de desconhecimento de Clove. Encosto minha perna na dela por de baixo da mesa como quem diz "eu sei o que o que eu estou fazendo".

-E uma dessas exigências convém com essa última exigência de Katniss. - Continuo. - Também queremos imunidade para Enobaria.

-Não. - Responde Coin secamente.

-Veja bem - Diz Katniss se levantando da cadeira enquanto argumenta. - Peeta não teve culpa de ter sido abandonado na arena por vocês. Quem pode saber o que a Capital está fazendo com elas?

-Enobaria também não teve culpa de nada! - Digo me levantando com as mãos apoiadas na mesa. Katniss olha de relance para mim, me analisando. Olho para ela, mas nossos olhares logo se voltam para a imutável Coin.

-Eles serão julgados com os outros criminosos de guerra e tratadas da maneira que o tribunal achar adequado - Diz Coin.

-Peeta e Enobaria vão receber imunidade! - A voz ressonante de Katniss ecoa pelo Comando e eu e Clove trocamos olhares desconfiados e surpresos devido  adição de Enobaria na lista de Katniss. - Você vai prometer isso pessoalmente na frente de toda a população do 13 e o que restou do 12 . Logo. Hoje. E vai ser gravado para as futuras gerações. Você e seu governo serão responsáveis pela segurança dos dois senão é melhor vocês começarem a procurar outro Tordo!

Plutharch e Fulvia cochicham alguma coisa a respeito de que Katniss só precisaria de alguns ajustes para ser o Tordo perfeito. Mas mantenho meu olhar sobre Coin, que deve estar em um conflito interno, calculando todas as implicações que isso irá desencadear.

-O que diz, presidenta? - Pergunta Plutharch - A senhora poderia emitir um perdão oficial, dadas as circunstâncias. O garoto... ele é inclusive menor de idade.

-Eu e o Cato também desistiremos de ajudar vocês se Enobaria nem Peeta receberem a imunidade. - Diz Clove.

-Tudo bem. - Diz Coin finalmente. - Mas é melhor que vocês três desempenhem bem suas funções.

-Faremos depois que você fizer o pronunciamento. - Digo apontando o dedo de forma acusatória. Coin me encara com seus olhos sem cor por um longo tempo. Até que diz:

-Convoque uma assembléia de segurança nacional durante a Reflexão de hoje - Ela ordena. - Vou dar o pronunciamento nesse momento. Vocês vão querer mais alguma coisa?

A vingança Cato. A vingança. O responsável por isso tudo. Aquele que permitiu que tudo isso tivesse tido início, que permitiu que continuasse em curso. Ele vai ter que pagar. E eu vou fazer com que ele pague, por mim e por todas aquelas pessoas da minha lista.

-Eu mato Snow. - Digo e para minha surpresa, outra pessoa diz a mesma coisa, no mesmo momento.

Me viro no mesmo instante para encontrar uma Katniss boquiaberta, me fuzilando com o olhar enquanto também disparo meu olhar raivoso em sua direção.

Um indício de sorriso irrompe os lábios de Coin.

-Garanto a vocês que vocês dois terão a oportunidade de ter uma conversinha com ele. Quanto a execução, presumo que Katniss será a responsável pois é o que todos esperam. O Tordo livrando Panem da realidade sombria com seu arco e flecha. - Diz Plutharch com um olhar sonhador.

Sinto o batimento cardíaco na têmpora e o ódio começa a ferver dentro de mim.

-Pouco importa quem vai acabar com a vida dele. Desde que ele sofra com isso, eu já estarei feliz o suficiente. - Diz Clove impedindo que eu acabe avançando no pescoço de Plutharch. - Mas nós temos outra exigência que vocês serão obrigados a acatar. - Então ela me olha nos olhos, contando com que eu tenha mais uma exigência em mente.

-Queremos voltar para o 2. - Digo, ignorando a minha raiva.

-Eu sinto muito, mas isso não será possível. Vocês correm risco lá, se a Capital soubesse que vocês estão longe da segurança do 13, eles não hesitariam em mandar prender vocês. Principalmente porque o Distrito 2 é responsável pelo contingente de Pacificadores. Se algum deles vissem vocês tudo estaria arruinado. - Diz Plutarch.

-Eles não precisam saber! Ninguém saberia, ficaríamos com os rebeldes e poderíamos ajudar nas assembléias, já estaríamos fazendo o a nossa parte do acordo. - Clove justifica.

-Além disso, isso é uma das condições. - Digo colocando mais lenha na fogueira.

Todos ficam em silêncio, analisando.

-Vocês podem ir. Mas só ficarão lá durante três dias e estarão sob guarda. - Diz Coin depois da longa pausa.

O curto prazo de estadia me incomoda um pouco, mas logo esse desapontamento [é sufocado pela felicidade em saber que vou sair daqui. Nem sei ao certo o que esperar quando chegarmos lá - o que é estranho, sendo que passei minha vida toda lá.

Clove solta um riso misturado com um suspiro de alívio.

-Vocês podem ir hoje, depois da Reflexão. Afinal, hoje tem uma assembléia lá marcada para as dez. - Completa Plutharch.

-Muito bem. - Diz Coin verificando o seu antebraço, afinal até ela tem uma programação à seguir. - Vou deixá-la em suas mãos, Plutharch.

Coin deixa a sala seguida pela a sua equipe.

-Vocês poderiam nos dar licença? - Pergunta Gale de forma mal-humorada.

Sem acrescentar nenhuma palavra, eu e Clove saímos da sala. Estou satisfeito demais para querer arranjar uma discussão com ele agora por causa disso.

No corredor nós explodimos em felicidade, feito loucos.

-Finalmente vamos ir pra longe daqui! - Diz Clove em euforia.

Ainda não tinha pensado nisso, mas seria inevitável que isso surgisse na minha cabeça mais cedo ou mais tarde. O fato de que independente de qualquer coisa, não vai ser do mesmo jeito que era antes. Nunca mais será. A vontade de que voltasse a ser como era, com todos eles lá, é algo tão grande que me sufoca.

-É, vamos. - Digo com o ânimo mais contido.

Verificamos nossas programações. Clove deve comparecer à cozinha para ajudar com o almoço e eu tenho aula de História.

Aquele blá blá blá familiar que eu sempre ouvi na escola sobre Panem ter sido construída num lugar que antes fora chamado América do Norte ocupa grande parte da manhã. Mas depois substituído por algo que me chama a atenção. Algo sobre o sistema político da tal época, na qual as pessoas tinham o direito de escolher quem elas queriam como representantes. Onde o tal representante tinha o dever de fazer com que toda a população vivesse bem, num sistema de igualdade. O sistema de igualdade não funcionava bem, mas comparado a situação na qual vivemos parece ser algo maravilhoso.

O sinal do almoço toca e eu me encontro com Clove no refeitório.

-Aprendeu muita coisa? - Ela me pergunta irando o avental.

-Bastante coisa interessante. E você? - Pergunto.

-Fiquei descascando batatas para o purê.

-Você deve ter ficado feliz em ter voltado a mexer com uma faca depois de tanto tempo.

-Um pouco. Mas vou colocar o tempo perdido em dia quando votarmos pra casa.

Nos sentamos e comemos o purê e a carne ensopada. Depois do almoço seguimos para a superfície para ir ao Quartel.

Vou trocar de roupa no vestiário masculino e depois vou receber algumas instruções de tiro, na tentativa de memorizar as falhas no escudo dos Pacificadores.

Então eu me lembro do meu pai, que fora um Pacificador. Que talvez esse também seria o meu destino de não fossem os Jogos. E como eu estou aqui, treinando para matar os Pacificadores que são parte do meu povo, são em sua maioria cidadãos do Distrito 2. Um mal-estar me atinge e eu começo a me sentir enjoado e meio tonto em meio os barulhos das armas. Prendo a arma ao peito e me distancio. Volto para o vestiário, onde o barulho é menos audível, mas isso não ajuda muito. O mal estar aumenta e a última coisa que ouço é o barulho da arma caindo no chão, junto com o meu corpo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "We Found Love In A Hopeless Place" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.