Aliança escrita por LuSeokJin, May Black


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oláá *--*
Aí vai o primeiro cap... Estamos torcendo para que gostem *--*



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   Seis anos depois...

Bella, hoje com vinte e um anos, tornou-se uma linda mulher, educada e com todos os predicados que um rapaz de boa família poderia desejar como esposa. Embora anos atrás tenha deixado à cidade em que viveu até o início de sua adolescência para viver no exterior no intuito de estudar e se tornar uma estimável dama, a princípio teve alguns imprevistos, o que fez com que sua formação se atrasasse um pouco, porém esse pequeno detalhe não prejudicou sua capacidade em arranjar um bom pretendente. No dia de seu vigésimo primeiro aniversário conheceu o rico Edward Cullen, que ao ser apresentado a Isabella o jovem de vinte e três anos se encantou com ela. A apresentação ocorreu durante uma pequena reunião entre amigos íntimos numa tarde de chá na residência Cullen.

Bella somente tinha ido a pedido de sua amiga Rosálie Halle que desejava sua companhia, entretanto, Rosálie somente foi a pedido de seus pais, os verdadeiros convidados que não poderiam ir, então pediram a filha para que os representassem... E também estava presente a Alice, prima de Bella que veio com elas completando o grupo de amigas inseparáveis. A amizade do trio é um tanto peculiar, mesmo as três tendo uma educação rígida têm tendências às coisas suburbanas, não deixando se levarem por preconceitos, no entanto não é só essa situação que as unem, mas também o fato de que cada uma é guardiã dos segredos umas das outras.

Após o evento Edward demonstrou seu interesse indo procurá-la para cortejá-la, até que numa tarde durante um passeio na praça tomou coragem para pedir a mão de Bella em namoro e um mês após pediu sua mão em casamento... Tudo isso ocorreu em três meses...

Apesar de Edward a todo tempo mostrar ser um rapaz lindo, romântico, respeitado e educado, havia algo nele que desagradava a Bella, como certas opiniões preconceituosas e arrogantes, mas sua tia Renée, que foi sua tutora durante todos esses anos, e suas amigas diziam que “cavalo dado não se olha os dentes”, pois mesmo com seus defeitos, que a incomodava, existem outras qualidades nele que tornavam seus defeitos irrelevantes, como também existe o fato dela ter passado dos vinte, idade que muitas jovens já estão casadas, então ela não poderia se dar ao luxo de desistir de seu pretendente porque se escolhesse muito correria um grande risco de só lhe restar casar-se com os viúvos, ou solteirões... Além do mais, ela com seu jeito e truques femininos poderia mudar certas concepções de Edward com o tempo.

Perante a isso, Bella aceitou o pedido de casamento de Edward, mas na condição de que o pedido oficial fosse em sua cidade natal, onde seu pai ainda vive. Não foi uma ideia a qual agradou Edward e sua família que tinham planos em promover um grande evento ostentoso para a sociedade, porém Bella insistiu veemente, com o válido argumento de não querer nada exagerado em seu noivado, deixando todo o glamour para o casamento e que sentia saudade de seu antigo lar... Além do mais havia a razão de que naquela época seu pai não poderia vir à Inglaterra por ele trabalhar muito dando consultas de emergência no tempo de verão em que a cidade recebe vários turistas, o que o impossibilitava de viajar por ser o único médico da região. Charlie somente ia visitá-la nos tempos de festa de fim de ano.

Como sua vontade era agradar sua futura esposa, Edward aceitou o desejo de Bella, mesmo a contra gosto.

Então, naquele momento Bella acabava de desembarcar no porto de Port Angeles em companhia de sua adorada tia Renée, irmã de sua falecida mãe, seu primo adotivo Seth de seis anos, sua prima Alice, sua amiga Rosálie e seu noivo, que olhava tudo a sua volta com desdém, como se tivesse acabado de chagar ao fim do mundo.

-Isabella... – chamou Charlie tomando a filha em seus braços demonstrando sua saudade. –Como foi a viagem? – perguntou após soltá-la.

Mesmo feliz, ela não pode evitar rolar os olhos mostrando seu desagrado por ser chamada em público pelo seu nome.

-Bella, papai... – ela o corrigiu.

-Claro, claro... E como foi a viagem?

-Foi ótima. – ela assentiu deixando um enorme sorriso brotar em seus lábios.

Satisfeito com a resposta da filha, Charlie sorriu, porém antes de cumprimentar sua cunhada e os demais, um som de um pigarrear chamou sua atenção. Todos olharam em direção de quem proferiu o som. Bella naquele momento procurou conter sua irritação direcionada a seu noivo que por sua vez fez grande parte da vigem ser desagradável por suas reclamações devido à maresia, o balanço do navio e outras coisas que a fez querer mandá-lo para o inferno, mas Rosálie e Alice olharam uma para a outra rolando os olhos pela atitude desnecessária de Edward.

-Pai... Quero lhe apresentar Edward, meu... Noivo. – ela aponta para Edward forçando um sorriso. –Edward, esse é meu pai, Charlie.

Pela primeira vez em dias de viagem, Edward abriu um sorriso sincero e cordial cumprimentando seu futuro sogro.

-É um prazer conhecê-lo senhor. – no entanto, por mais que suas palavras demonstrassem sinceridade, por dentro ele estava detestando estar naquela cidadezinha no fim do mundo. Não queria dar má impressão, e já bastava durante a viagem até ali ter demonstrado sua aversão em viajar de navio, ainda mais indo para um lugar que ele julgou que não poderia existir no mapa. Porém, em meio a sua atitude arrogante, ele se chateou por Bella ter se mantido longe dele mostrando estar irritada, então deixou que ela se acalmasse e não provocaria uma briga entre eles que poderia ter em consequência o término de seu relacionamento. Mesmo com todos os seus defeitos, amava sua Bella, e não queria que nada interferisse entre eles.

-Não, o prazer é todo meu. – disse Charlie educadamente, mesmo que a primeira vista não lhe agradou seu genro, todavia a escolha é de sua filha. Mesmo não vendo Edward com bons olhos não iria se opor, até porque se estão ali para selarem o noivado, é óbvio que Bella está mais que decidida... Além do mais conhece bem a personalidade da filha que sempre se mantém firme em suas decisões, não voltando atrás em suas escolhas, principalmente nas mais importantes que dizem respeito a seu futuro.

-Seus pais? Não vieram com vocês? – perguntou Charlie mudando o rumo da conversa.

-Chegarão amanhã à tarde para o noivado... – respondeu Edward. –Meu pai não pode vir conosco porque teve de fechar um negócio importante.

-Está certo... – foi tudo que Charlie disse, logo dando atenção em cumprimentar sua cunhada e as demais deixando por fim o pequeno Seth que inocentemente olhava tudo a sua volta curioso.

Charlie cumprimentou o menino de maneira especial, um sentimento que nutriu por ele desde que o viu ainda bebê. Nunca entendeu este sentimento que tinha por ele, às vezes questionava o fato de seus olhos lembrarem os de Bella e o seu sorriso oscilar idêntico ao de sua esposa, apesar de seus nítidos traços indígenas, entretanto reprimia essa questão julgando que esse carinho fosse por seu desejo de um dia ter tido um filho com sua esposa, que por sua vez não pode dá-lo essa alegria já que um ano depois do nascimento de Bella ela faleceu por conta de uma forte pneumonia.

Enquanto as mulheres em volta observavam o carinho de Charlie para Seth com emoção, estavam absortas da aversão de Edward pelo menino que olhava a cena torcendo o nariz... Ele tinha preconceito pelo pequeno por conta de suas origens indígenas... Em sua percepção, Seth deveria ser tratado como um serviçal e não ser adotado e tratado como parte da família.

“-Outro que baba por este aborígene... Hunf!” – pensou Edward com asco.

Todavia, mesmo tendo aversão pelo garoto, Edward percebia que havia algo em Seth que lembrava sua Bella, como a mesma cor dos olhos. E naquele momento vendo seu sogro tendo uma atitude carinhosa com o menino, automaticamente sentiu sua sobrancelha arquear perante a um pensamento maldoso.

“-Será que ele andou se esfregando com alguma índia fedida, concebendo este bastardo? Certamente tem vergonha de assumir ser o pai de um índio perante a sociedade... Então, isso justifica o porquê Bella tem tanto apego ao piolhento, mais do que a mãe adotiva...”

Mesmo que continuasse sem resposta com relação as suas suspeitas, Edward tinha uma grande certeza: depois de seu casamento com Bella a levaria para bem longe, não admitindo visitas ou temporadas de veraneios em sua casa feitas por Seth.

Findando os cumprimentos, todos seguiram finalmente em rumo à fazenda Swan, onde ficariam hospedados pelos próximos sete dias após o noivado... Bem, menos Edward que voltaria com seus pais a Paris na desculpa de ter que ajudar o pai em sua empresa, quanto a Bella e companhia ficariam mais para aproveitar o verão e matar a saudade do pai, e até mesmo saber como está seu amigo de infância.

Desde quando partiu não teve mais notícias de Jacob, quando pôs os pés em Paris sua vida subitamente mudou tendo que atrasar seus estudos e passar uns tempos com a tia e prima num pequeno sítio numa cidade interiorana fora de Paris por razões de saúde. Tempos depois voltaram a viver em Paris, dessa vez tendo Seth adotado e nos braços de Renée, então finalmente retomou seus estudos, em meio disso conhecendo sua louca e destemida amiga Rosálie, que unindo a Alice tornaram-se o seu apoio para aplacar a saudade que sentia de Jacob e seu antigo lar. Não que as duas tenham substituído a sua amizade com o índio... Não... Sua amizade e amor por ele ainda estavam intactos dentro de sua mente e coração, só que hoje via sua amizade com ele diferente ou queria acreditar que era diferente.

Sorriu ao se lembrar da traquinagem que fizeram na véspera de sua partida. Uma traquinagem que lhe rendeu uma linda recordação. Balançou levemente sua cabeça tentando dissipar esses pensamentos do passado, não queria se afundar nos atos infantis do passado, porém não se conteve, precisava saber sobre Jacob.

-Papai, como está Jacob? Tem notícias dele? - Bella perguntou subitamente a Charlie que estranhou a pergunta inesperada da filha, que aproveitou a distância de seu noivo.

No entanto, Rosálie e Alice, mesmo conversando um pouco distantes sobre uma visita a Port Angeles na intenção de ver as feiras artesanais dali, ao escutar a sua amiga perguntar pelo seu amigo e amor de infância olharam de soslaio em sua direção, em seguida olhando uma para a outra tendo cada uma um sorriso cúmplice. Mesmo que Bella tenha usado um tom casual para fazer aquela pergunta ao pai, elas a conheciam muito bem para perceberem as verdadeiras intenções e sentimentos de Bella. É claro que conheciam a estória dela com o índio, como também eram curiosas para conhecerem o “Jake da Bella”. Por mais que foram criadas numa aristocracia rigorosa, ambas não se deixaram serem corrompidas pela frieza e arrogância da sociedade... Por isso que a amizade das duas com Bella era intensa, pois as três tinham os mesmos pensamentos e ideais, de vez em quando até se arriscavam clandestinamente em conhecer os subúrbios boêmios ou se divertiam em bares de escravos, os quais não se importavam em dividir suas danças e alegria com as jovens burguesas brancas.

-Er... Jacob está bem. – Charlie respondeu finalmente, mas parecia estar sem jeito e hesitante em dizer mais algo . –Ele irá se casar.

Ao escutar aquelas últimas palavras Bella não pode evitar que seu coração parasse e seguisse a linha de sua garganta lhe sufocando em segundos e voltasse para seu lugar voltando a bater descompassadamente. Ela recebeu aquela notícia sem saber definir o que sentia naquele momento, mas conteve-se tentando esboçar alguma palavra coerente para dizer.

-E quando será o casamento? Estamos convidados, quer dizer, o senhor foi convidado?

Charlie franziu a testa sem jeito, mas respondeu.

-Bem... Infelizmente não. Os Quileutes tem certos rituais entre eles procedentes a certas comemorações. No entanto, após a cerimônia seríamos bem recebidos para felicitar os noivos, mas...

-Mas...

-O casamento será realizado durante o seu noivado.

Bella suspirou com tristeza, apesar de ignorar o outro sentimento que, sem mesmo perceber, veio à tona pela primeira vez desde quando resolveu escondê-lo dentro de sua mente e coração, ela se sentia a ponto de desmoronar, mas se manteve firme.

-É uma pena não podermos ir... - lamentou. –Quem sabe depois os visitamos, não havendo incômodo, para felicitar os recém-casados.

-Não sei filha... Até onde sei, sempre após o casamento os recém-casados não podem receber visitas, como se isso fosse trazer má sorte ao novo casal... Então, creio eu, que até que seja permitido visitá-los, você já tenha partido.

Verdade, apesar de o tempo ter passado, ela se lembrava das tradições e rituais Quileutes, já que na época que tinha amizade com Jacob ele havia lhe ensinado. Como infelizmente seu pai tinha razão não poderia ver Jacob novamente por ter que voltar a Paris e começar a organizar os preparativos de seu casamento com Edward, mas ainda que não tivesse a sorte de rever seu amigo, desejava do fundo do seu coração que ele fosse feliz. 


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Notas finais do capítulo

N/May: Antes de tudo quero agradecer pelos reviews... Lu e eu ficamos mt felizes *--*
Então esperamos que estejam curtindo a fic tanto quanto nós... ;)
Ahh e a fic será postada de 10 em 10 dias, então fiquem ligados... Daqui a 10 dias a Lu traz cap. novo para vocês *-*
E não deixem de comentar *-*
Bjokas