Entre O Amor E A Magia escrita por SuLinhares


Capítulo 7
Capítulo 7




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Perfeito. É isso que este encontro está sendo, perfeito. Adam é maravilhoso, inteligente, bom papo. Conversamos sobre vários assuntos, desde política até desenhos animados. Fazia bastante tempo que não me divertia assim, é o cenário perfeito: o rio, as árvores, os pássaros que surgiam de vez em quando, o Sol nos aquecendo do frio ameno e Adam.

- Está com fome? – Perguntou Adam?

- Sim, adoraria começar logo esse piquenique. – Começamos a rir.

- Bom, eu fiz sanduiche de atum, suco de limão e trouxe biscoito recheado de chocolate.

Não aguentei e comecei a rir.

- Eu sei, eu sei, não é um cardápio sofisticado, mas é só o que eu sei fazer. – E começa a rir.

- Estou rindo porque também não sou tão boa na cozinha. Se fosse eu a responsável pela cesta, com toda certeza só viria biscoitos.

E gargalhamos bastante.

- Bom, pelo menos temos a torta de limão da sua mãe!

- Sim, é verdade! Vamos começar pelos sanduiches de atum?

- Escolha perfeita senhorita!

Adam então abre a cesta e me passa um sanduiche embrulhado em papel laminado e depois abre a garrafa de suco e coloca um pouco no copo. Depois faz o mesmo para ele.

- Huumm...Está uma delícia Adam.

- Fico feliz que você gostou, prove o suco, é a minha especialidade, só sei fazer ele. – E dá uma piscadinha para mim.

Começo a rir novamente e provo do suco.

- Tão gostoso quanto o sanduiche.

- É a primeira vez que faço um piquenique em um barco, e você? – pergunta Adam.

- Deixe-me pensar. – Fico batendo os dedos no queixo fazendo um ar pensativo. – É a minha primeira vez também.

- Alice Miller, você é uma mulher bem espirituosa hein?

- Fico feliz que percebeu isso Adam Johnson.

- A tarde está ótima, perfeita. – Ele olha para o céu.

- Sim, ela está mágica. – E olho para o céu também.

- Você acredita em magia Ali?

- Não, acho apenas superstição.

- Também acho isso. Você faz História na UESF, você sabe sobre a origem da sua família?

- Sinceramente, nunca me perguntei sobre isso, minha avó fala que nossas origens são especiais, mas nunca parei para pesquisar sobre. E você? Sabe a origem da sua?

- Sim, meu pai é descendente de uma linhagem real da Escócia. Minha mãe descende de uma família tradicional de juízes do século XVII.

- Nossa! Que interessante!

- E fica mais interessante ainda. Alguns desses juízes foram os responsáveis pelo julgamento das bruxas de Salém, chocante né?!

Fiquei de boca aberta.

- Uau! Estudei isso na faculdade, fomos até Salém para fazer uma visita didática e a história é impressionante.

- Pois é, foi a maior episódio de superstição e de matança que teve na história de Massachusetts, pelo que li na internet, foram 20 pessoas acusadas de bruxaria e todas foram executadas. Também assisti ao filme, você assistiu?

- Assisti sim, duas vezes: uma em casa e outra na faculdade. Você acredita em bruxas, magia, essas coisas do tipo?

Adam gargalhou bastante.

- Não, nadinha! Acho isso puro folclore, magia não existe. Essa é minha opinião, e você?

- Também não acredito, sou realista demais para acreditar em bruxas ou contos de fada. Cass acredita fielmente que magia existe, ela sempre diz:” Ali, a magia sempre está presente em nossas vidas, basta você acreditar”.

Olhamos um para o outro e começamos a rir muito.

- Vamos atacar a torta que minha mãe fez?

- Sim, já ia sugerir isso.

Comemos a torta e voltamos a conversar sobre outros assuntos. Depois de um tempo, Adam me olha e diz:

- Ali, este está sendo o melhor encontro da minha vida.

Fico surpresa com a declaração, meu coração batendo a mil por hora.

- Então temos algo em comum Adam, porque este está sendo o melhor encontro que tive na vida também.

- Você é encantadora, linda, meiga. É inteligente e espirituosa ao mesmo tempo, e tem um sorriso que é maravilhosamente lindo.

Meu rosto ficou todo vermelho. Nunca havia recebido um elogio tão sincero assim, resolvi abrir meu coração.

- Adam, você é maravilhoso, gentil, encantador também. Seu sorriso não sai da minha cabeça, fico feliz quando escuto sua voz. Acho que estou me apaixonando por você.

- Eu não acho que estou me apaixonando por você, eu estou realmente apaixonado por você. Desde o dia e que te atropelei com a minha bicicleta, foi à primeira vista.

De repente, parece que o tempo parou que só existia nós dois no mundo. Adam me olhou docemente, e acariciou meu rosto. Pegou em meu queixo e aproximou sua boca da minha...E nos beijamos.

Um beijo suave, doce, sereno. Um beijo apaixonado, daqueles que te deixam nas nuvens, que fazem as pernas ficarem tremulas, o coração querer soltar pela boca. Senti como se tivesse levitando, o mundo ficou resumido apenas a nós dois.

Ficamos nos olhando, passei a mão nos seus cabelos e depois fui descendo em direção ao seu rosto, e dessa vez foi a minha vez de começar o beijo. Novamente aquela onda de emoções surgiram em nossos corpos, um beijo cheio de carinho, amor e ternura. Passaria horas beijando Adam, ficando em nosso mundo maravilhoso.

- Uau! Além de linda, inteligente e espirituosa, você ainda beija bem Alice!

Olho para o céu e começo a rir.

- Seu beijo também é delicioso Adam!

- É?

- É sim.

- Quer provar mais para ter certeza? – Me dá uma piscadinha.

- Acho que preciso provar novamente só para me certificar.

- Seu desejo é uma ordem senhorita.

E novamente nos beijamos. Nossa! Estou apaixonada! Como nunca fiquei na minha vida, nem Matt me deixou desse jeito. É ótimo, é maravilhoso. Voltamos ao mundo real quando ouvimos ao longe o barulho de trovão.

- Acho melhor voltarmos, não quero que você pegue uma tempestade de inverno Ali.

- É melhor irmos mesmo.

Começamos a voltar, depois de 20 minutos chegamos à margem. Adam colocou o barco na estrutura de ferro que ele deixou amarrada na rampa. Ele pulou para o píer e em seguida me estendeu a mão e me ajudou a sair do barco. Adam foi na rampa e puxou o barco na estrutura com uma corda. Depois engatou no guincho na traseira do carro, guardou a cesta e os remos.

Entramos no carro, manobramos e pegamos a vicinal em direção a Rua Topázio. O caminho de volta para casa foi mais maravilhoso ainda, Adam e eu trocamos olhares e sorrisos bobos o tempo todo. Também conversamos assuntos triviais.

Chegamos em casa depois de uma hora. Sai do carro com a tigela na mão, Adam correu pela frente do carro e ficou na minha frente.

- Foi uma tarde maravilhosa, um encontro lindo.

- Foi realmente adorável. – Sorri como uma boba.

- Não posso deixar você entrar sem te fazer uma pergunta antes.

Meu coração está batendo forte, minha respiração está ofegante e minhas pernas tremem.

- Alice Miller, você quer ser minha namorada? – Adam estava vermelho, com a respiração ofegante e com um olhar ansioso.

- Eu...

- Você...

- Eu...É claro que quero Adam! Quero sim!

Meu Deus, pareço uma adolescente quando namora pela primeira vez.

- Ali, sua levada! Quase me mata de ansiedade, pensei que ia dizer não!

Adam sorri, me abraça e me gira.

- Adam. – Começo a rir. – Estou ficando tonta e a torta de limão está querendo voltar.

Ele para rapidamente.

- Ops! Desculpa Ali.- E começa a rir da minha cara.

- Meus pais não chegaram ainda, não posso te convidar para entrar.

- Eu sei, não ia ser legal, seus pais poderiam ficar chateados comigo.

- Exatamente. Vou contar para eles na hora do jantar, com certeza minha mãe vai querer marcar um almoço ou jantar para você.

- Hum, torta de limão a vista. – Começamos a rir. Outro trovão nos avisa da tempestade.

-Vou indo Ali, quero chegar antes da chuva. Te ligo mais tarde meu anjo.

Meu anjo, essas palavras soaram como melodia aos meus ouvidos.

- Vou esperar. – Dou um beijo suave nele, Adam me abraça e me beija mais forte.

- Tenho que ir, mas não quero. – Sua testa encostada na minha testa.

- Também não quero que você vá, mas você precisa ir.

Nos olhamos, nada existia ao nosso redor.

- Não tenho o número do seu celular Ali.

- Verdade, me dê seu celular. – Anoto meu número e salvo com na agenda como “Meu Anjo”

- Te ligo depois do jantar. – Ele me beija e contorna o carro. Antes de sair da tchauzinho e vai embora. Fico olhando a pick-up dobrar a esquerda, olho para casa da Cassandra para ver se ela está olhando pela cortina, mas não vejo sinal dela.

Entro em casa, vou na direção da cozinha para preparar o jantar.


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