Entre O Amor E A Magia escrita por SuLinhares


Capítulo 6
Capítulo 6




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Acordo com minha mãe me sacudindo. Dormi demais, já são uma hora da tarde, meu estômago está roncando muito.

– Boa tarde filha, dormiu bem?

Sorrio sem graça para minha mãe.

– Boa tarde mãe, dormi sim.

– Bom, seu pai e eu já almoçamos, estamos nos arrumando para ir ao sítio da sua avó, estamos organizando a ceia de natal.

Nossa! Me esqueci completamente! Cheguei em River Green no dia 21 de dezembro e amanhã já é véspera de natal, parece que estou aqui há um mês.

– Não sabia, teria colocado o despertador do celular para acordar mais cedo e ir com vocês.

– Não se preocupe você pode ir amanhã. Bom, o almoço está no forno, fiz lasanha e para sobremesa torta de limão. – Minha mãe me dá um beijo e vai saindo. - Ah! Ia esquecendo, Adam ligou mais cedo, pediu para você retornar. Beijos filha.

Adam ligou! Meu coração bateu tão forte que acho até que minha mãe ouviu também.

– Beijo mãe, mande beijo para todos.

Ele ligou sim ele ligou! Estou me sentindo como uma adolescente de 15 anos, o que está acontecendo com você Alice Miller? Nunca havia sentido isso antes, é uma sensação estranha e agradável ao mesmo tempo, parece que estou flutuando.

Começo a sorrir à toa, corro para o banheiro e tomo um banho super relaxante. Meus pensamentos estão em Adam, no seu sorriso, nos seus lindos olhos. Ele é totalmente encantador, gentil, adorável, parece um príncipe saído de um conto de fadas.

Termino meu banho, coloco um jeans e um suéter, o frio do inverno está começando a ficar mais forte. Vou almoçar, esquento a lasanha. Como uns três pedaços, isso sempre acontece quando estou em casa, as comidas da minha mãe são tão deliciosas que não consigo resistir. Quando vou em direção a geladeira para pegar um pedaço da torta de limão, o telefone toca.

Meu coração dispara, será que é ele? Corro para sala para atender:

– Alô? - Meu coração vai sair do meu corpo se os batimentos continuarem desse jeito.

– Alice? É Adam! – Sim, é ele. Sua linda voz me deixa embriagada, agora meu coração bate em ritmo tão forte que dá para ouvir em SunsetFalls.

– Oi Adam! Como você está?

– Estou bem Ali e você?

– Estou bem.

– Liguei mais cedo, mas você estava dormindo. Pedi para sua mãe lhe avisar.

– Ela avisou, estava terminando de almoçar e já ia ligar para você.

– Atrapalhei seu almoço?

– Não! Ia comer a sobremesa.

– Gostaria de passear de barco no rio comigo agora de tarde? Podermos fazer um piquenique nas margens.

Ai meu Deus! Um encontro a dois! Adam e eu, eu e Adam! Sem pessoas ao redor!

– Sim, claro que sim! – Não consigo esconder a minha empolgação.

– Ótimo! Passo ai em 15 minutos, até logo!

– Até logo!

Desligo o celular e fico estática olhando para o telefone. Preciso ligar para Cass. Ela atende no primeiro toque.

– É Alice, adivinha quem me ligou?

– Pelo amor de Deus diga que foi o Adam.

– Sim! Ele me convidou para passear de barco no rio!

Cassandra deu um grito que quase me deixou surda.

– O que você está fazendo no telefone?! Vai se arrumar Ali!

– Tá bom! - Minha voz é pura euforia.

– Ali!

– Oi.

– Aproveite o passeio, não fique pensando muito ou se questionando muito. Você merece ter um príncipe em sua vida. – Cass me conhece muito bem mesmo.

– Obrigada Cass, adoro você!

– Também adoro você! Tchau!

– Tchau!

Adam vai está em casa em 10 minutos, corro para meu quarto. Ainda bem que meu suéter é descente, é preto e vai combinar direitinho com minhas botas de cano alto pretas.

Desço correndo as escadas e pego a torta de limão de minha mãe e coloco em cima da bancada da cozinha, vou leva-la para degustar com Adam. Deixo um recado na porta da geladeira para meus pais:

“Fui fazer um piquenique nas margens do rio com Adam, estarei em casa para o jantar. Beijos, Ali.”

Escuto uma buzina, Adam chegou! Pego a torta e tento parecer um pouco mais calma do que aparento. Saio tranco a porta e vou em direção da pick-up, vejo Cass fingindo que está arrumando a varanda, aceno e ele sorri de volta.

Adam está todo sorridente me esperando encostado na frente da pick-up. Lindo, seu sorriso me deixa entorpecida.

– Oi Ali...Uau! Você está linda!

Fico sem graça e com o rosto enrubescido.

– Olá Adam! Você está lindo também!

Não sei de onde saio coragem para dizer tal coisa, mas era a pura verdade. Adam estava com uma calça jeans preta, casaco preto, blusa branco e botas pretas. A calça jeans valorizava as suas pernas bem definidas, e mesmo de casaco, era possível observar o quanto seus braços são musculosos.

– Obrigado senhorita, vejo que está trazendo uma tigela, o que será que tem dentro?

– Torta de limão da minha mãe, não está completa mas ainda tem bastante.

– Adoro torta de limão, vamos?

Faço que sim com a cabeça e entro no carro, Adam dá a volta e entra também. Ele liga o motor e vamos em direção ao rio.

Saindo da rua em que moro, a Rua das Violetas, fomos em direção a Rua Principal. Depois viramos a esquerda e pegamos a Rua Topázio, esta dá acesso a região rural de River Green. É na região rural que fica localizado o Rio Green, ele que dá o nome a cidade, justamente por ele delimitar o limite da cidade desde a porção noroeste até a porção norte da cidade.

As paisagens da Rua Topázio são lindas. São belas fazendas e sítios que dominam a paisagem, com seus rebanhos de gado ou ovelhas. Também há bastantes carvalhos, salgueiros e cedros, deixando o ar com um cheiro característico. O Rio Green passa por dentro de algumas propriedades, mas seu curso muda na direção norte da cidade, é justamente nesse ponto que é possível o acesso ao público.

Depois de 10 km a Rua Topázio começa a ser cortadas por vicinais, que são ruas feitas de cascalhos, elas dão acesso a entradas de fazendas e sítios, são cinco vicinais no total, a Rua Topázio termina na Vicinal 05, o fim da Vicinal 05 é na entrada de uma fazenda. Dobramos a direita e entramos na Vicinal 05, assim que entra nesta vicinal já é possível ver o rio com suas margens composta por cascalhos e árvores. Paramos o carro próximo a um pequeno píer que a prefeitura de River Green construiu para o torneio de remo que tem todo o mês de julho na cidade.

Adam e eu descemos da pick-up, essa parte da cidade sempre foi a minha preferida. O clima está ótimo, mesmo estando mais frio que o habitual. Adam foi na traseira da pick-up para retirar o barco a remo.

– Quer ajuda Adam?

– Não Ali, obrigada. Isso é pesado demais, não quero que você se machuque.

– Não sou feita de vidro. – Falo cruzando os braços e olhando sério para ele.

– Já vi que você é uma mulher decidida. – Ele me olha e sorri.

– Posso pelo menos pegar os remos?

– Vamos fazer o seguinte: eu tiro o barco e os remos e você pega a cesta de piquenique que eu preparei e a sua tigela com a torta.

Ele preparou a cesta de piquenique, quer dizer que ele planejou cada detalhe pessoalmente.

– Ok.

Esperei ele tirar o barco do guincho de trás do carro e empurrar a estrutura de ferro com rodinhas até uma rampa ao lado píer e colocar o barco na água. Eu fui logo atrás segurando a cesta e a tigela. Adam pegou os remos, colocou no barco, subi no pequeno píer e com ajuda dele entrei no barco, em seguida Adam fez o mesmo, sentou e encaixou os remos no suporte lateral do barco. Com remadas precisas e fortes fomos seguindo pelo rio.



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