Entre O Amor E A Magia escrita por SuLinhares


Capítulo 17
Capítulo 17




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Senti uma dor terrível nas minhas costas, na minha cabeça. Parecia que eu tinha pulado de um arranha-céu. Abro os olhos devagar, e pouco a pouco as imagens vão se definindo. Estou em meu quarto, minha mãe está ao meu lado, com olhar apreensivo, meu pai está ao telefone.

Tento me levantar, mas a dor me impede.

- Ali, querida. Não faça nenhum esforço. – Diz minha mãe, ela se aproxima mais de mim, passando as mãos carinhosamente em meu cabelo.

- Mãe...O que aconteceu? Eu estava flutuando e...

- Shiii...Descanse minha filha, descanse. Tudo vai ficar bem.

- Cadê a vovó? Ela viu, acho que ela sabia...Ai!

- Sua avó está bem, ela está fazendo um chá para você.

- Oi querida, não se mecha. – Meu pai sentou aos pés da cama – Liguei para o médico, vamos te levar ao hospital e fazer uma radiografia e uma tomografia também.

Sacudi a cabeça em negativa. Odeio hospitais.

- Não...não quero...Ai minha cabeça.

- Sem teimosias Alice, a ambulância está a caminho. – Meu pai estava com o semblante muito tenso.

Nossa, ambulância, era só o que faltava.

- Sem sirenes, por favor.

- Ok Ali – Meu pai ri – Sem sirenes.

Minha avó entra no quarto. Nem tinha percebido que meu avô e o tio Robert estavam em um canto do quarto.

- Oi minha netinha, trouxe um chá para você. – Os olhos de minha avó eram um misto de culpa e preocupação.

Minha cabeça rodava, queria entender o que tinha acontecido. Minha avó sabe de alguma coisa, ela tentou me impedir.

- Vó, o que foi que aconteceu?

Meu pai interviu.

- Alice, preste bem atenção. Vamos ao hospital fazer esses exames, depois que você for medicada e liberada pelos médicos você vai poder conversar com sua avó.

Sacudi a cabeça concordando. Depois de um tempo escuto um carro chegando.

- Chegou a ambulância, vou atendê-los. – Disse tio Robert.

Os paramédicos chegam, fazem uns exames preliminares, colocam uma proteção em meu pescoço e com todo cuidado me colocam na maca. Sou conduzida para a ambulância. Minha mãe vem comigo, o resto da minha família vai de carro.

Depois de uma hora e meia, chego ao hospital de River Green. Fui levada direto para a sala de exames, um médico já me aguardava.

- Sr. Miller, falamos ao telefone, sou o Dr. Reagan. – Ele aperta a mão do meu pai. – Fique tranquilo, vamos cuidar de sua filha.

- Obrigada. – Respondeu meu pai.

Fomo em direção à sala de exames. Primeiro foi no raio-X, várias radiografias tiradas. Em seguida, a tomografia, várias imagens da minha cabeça foram feitas. Espero que tudo esteja bem, que nada esteja quebrado.

- Srtª. Miller, vou lhe medicar agora e a senhorita vai ficar em observação. A enfermeira vai leva-la ao quarto, seus familiares já estão esperando lá. – Disse o médico muito gentil.

- Obrigada.

Ele fez medicação intravenosa e algumas via oral. Fui levada ao meu quarto, minha família já estava lá, Cass e Adam também. Os remédios já estão fazendo efeito, me sinto dopada. Me tiraram da maca e me colocaram na cama.

- Olá. – Foi o máximo que consegui dizer antes de apagar.

                                                 

                                                            ......

Não sei quanto tempo eu passei dormindo, mas quando acordei, minha avó estava sentada na poltrona ao lado da minha cama fazendo tricô.

- Vó.

- Ali!

- Estou com sede. – Minha voz era um sussurro.

- Vou pegar água para você. – Ela se levanta e vai em direção ao frigobar do quarto – Aqui está querida, deixa eu ajudar você.

Minha avó me ajuda a levantar para beber água. As dores diminuíram bastante.

- Como você está?

- Parece que um caminhão passou por cima de mim. Mas as dores estão menos intensas. Quando vou para casa?

- Ainda não sei querida, seus pais voltaram mais tarde, eles falaram com os médicos sobre os resultados dos exames. Agora é importante você descansar.

- Vó, o que era aquilo? O que realmente aconteceu?

Minha avó suspira e pacientemente me responde

- Alice, combinamos que assim que você sair do hospital vamos conversar sobre o que aconteceu, sem mistérios, sem mentiras, ok?

- Ok. Ligue a tv por favor, quero me distrair.

Minha avó liga a tv e põe no canal de desenho. Está passando Looney Tunes.

                                                       ......

Depois de algumas horas meus pais chegaram.

- Olá querida! – Minha mãe me abraça.

- Filha, que bom que já está acordada. – Meu pai me abraça também.

- Olá, quero ir para casa.

- Calma, vamos ver o que médico vai dizer. – Diz meu pai.

Depois de 15 minutos, o médico entra.

- Boa noite a todos.

- Boa noite. – Respondemos.

- Sr. e Sr.ª Miller, os exames de sua filha deram negativos para traumas cranianos, também não houve nenhuma lesão em suas costelas ou nos ossos dos braços e pernas. Ela teve sorte, pois cair de uma árvore do jeito que ela caiu poderia ter tido consequências nada agradáveis.

Queda de árvore foi essa a justificativa dada ao médico. Bem pensado.

- Quando vou poder voltar para casa?

- Amanhã. Quero que passe esta noite no hospital. Você ainda vai sentir algumas dores, mas nada insuportável. Vou prescrever os medicamentos e deixar sua alta assinada para amanhã. Mais alguma dúvida?

- Não Dr., muito obrigado por ter nos ajudado. – Meu pai foi muito sincero e emotivo em seus agradecimentos.

O médico cumprimenta a todos e sai do quarto. E decido falar.

- Assim que voltarmos vamos conversar sobre tudo que aconteceu, e eu quero a verdade.

- Calma Ali, você tem que descansar. – Diz minha mãe.

- Vamos conversar sim mãe! A única certeza que tenho é que eu não cai de uma árvore.

- Sabemos disso filha. - Diz meu pai – Quando chegarmos em casa vamos conversar, eu prometo.

- Quando entrei no quarto mais cedo, vi o Adam e a Cass.

- Sim, eles estavam aqui, falaram que iam voltar depois. – Diz minha avó, concentrada em seu tricô.

Ficamos em silêncio vendo televisão. Ouvimos uma batida na porta. Cass põe a cabeça pela porta.

- Olha que está acordada! – e me dá um beijo na testa.

- Cass!

- Não vim sozinha.

Adam, Phil e Andrew passam pela porta com balões.

- Surpresa! – Os três falam ao mesmo tempo.

Não consigo segurar o riso. Na verdade, ninguém conseguiu segurar.

- Verdade que você queria descobrir se podia voar e se jogou do telhado da casa? – Andrew não nega que é irmão da Cassandra.

- Andrew, juro que quando sair daqui vou bater em você! – Falo isso enquanto o abraço.

- Calma Andrew. – Diz Phil – Ela devia está com vontade de virar Jane.

- Nossa, que foi que vocês tomaram ao longo do caminho para cá, hein? – Pergunto.

- Calma amor. Eu sei que lhe chamo de anjo, mas você não pode se jogar assim das árvores. – Até Adam resolveu tirar brincadeira com o meu acidente.

- Até você Adam! – Ele vem e me beija.

- Isso se chama terapia do riso, li na internet. Então combinei com os três patetas aqui para fazermos uma terapia para você. – Comenta Cass.

- Own que lindo! Estou me sentindo bem melhor mesmo, já saio amanhã.

- Funcionou! – Diz Cass levantando os braços para o alto. Risos invadiram o quarto.

- Mas, meu anjo. Como aconteceu isso?

Meus pais e minha avó se entreolharam, achei isso tão estranho.

- Hã...Eu fui tentar pegar um...ninho de passarinho. Mas estava escorregadio e cai.

- Estranho. – Diz Adam, ele sabe que não estou dizendo a verdade.

- Estranho porque Adam? – Pergunta Cass - Vai ver a Ali acordou com o barulho de algum filhote de passarinho chorando fora do ninho e resolveu ajudar.

Cass me socorreu na hora certa. Não sei o que faria sem ela.

- Foi isso mesmo que aconteceu amor, fui colocar um filhote de volta no ninho. Ai aconteceu isso.

- Ok, mas não faça mais isso tá. – E ele me beija.

- Prometo.

Conversamos por várias horas. Rimos bastante, mas eles tiveram que ir embora. Minha mãe ficou comigo para passar a noite.

- Durma minha filha, amanhã já estaremos em casa. – Minha mãe me beija a testa.

- Eu te amo mãe.

- Também te amo filha.

Ela desliga a luz e eu pego rápido no sono.


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