Entre O Amor E A Magia escrita por SuLinhares
- Alice, acorde querida.
Acordo com minha mãe me chamando, os remédios são bem fortes mesmo. Não ia conseguir acordar mesmo se uma banda de colegial tocasse perto de mim.
- Papai já chegou?
- Está a caminho. Venha, vou lhe ajudar no banho. Como se sente?
- As dores estão bem menores, já consigo me mexer sem tantas dificuldades. Vamos para o sítio?
- Sim, é melhor e mais calmo para você.
Me levanto de cama e com ajuda da minha mãe vou para o banho. Depois de alguns minutos já estou pronta para ir para casa. Alguém bate na porta.
- Bom dia! – Era Adam.
- Oi amor! – Lhe retribuo o abraço.
- Vim para te acompanhar. Posso passar o dia com a Ali Sr.ª Miller?
- Pode sim Adam, vai ser bom para ela. Seu pai já está subindo. – Minha mãe recebeu uma mensagem de celular do meu pai.
- Graças a Deus, não ia conseguir ficar nem mais um minuto aqui. Detesto hospital.
- Calma amor, você já está indo para casa, tenha paciência.
Meu pai chega empurrando uma cadeira de rodas.
- Ah não! Não vou sair de cadeira de rodas!
- São recomendações médicas Alice, sem tolices. É só até a saída. – Disse meu pai com voz zangada.
Me levanto e vou sentar na cadeira. Adam vai empurrando até a saída, meus pais vêm logo atrás. Me levanto e entro no carro, Adam senta ao meu lado.
- Sua avó está preparando uma sopa, ela disse que você vai ficar boa bem rápido. – Disse meu pai, já estava mais relaxado.
Não digo nenhuma palavra, minha mente estava ansiosa pela conversa que ia ter. Mas é claro que ia ter que esperar o Adam ir embora, pela primeira vez na vida queria que ele estivesse na casa dele e não comigo. Preciso saber o que realmente aconteceu comigo.
Meu pai foi dirigindo devagar por minha causa, e por causa levamos meia hora a mais para chegar ao sítio. Minha avó estava nos esperando na varanda. Tio Robert e meu avô estavam vindo do pomar com uma cesta de uvas. Meu pai estacionou bem próximo da varanda.
- Oi! – Dei um cumprimento geral.
- Olá minha neta. – Meu avô veio e me abraçou, tio Robert fez o mesmo.
- Que bom que está em casa. – Disse tio Robert.
- Me falaram que a senhora fez uma sopa? – Abraço a minha vó.
- Sim minha querida. Uma sopa deliciosa para você. Cass ligou, disse que vai passar aqui mais tarde.
Entramos e fui para o meu quarto, Adam me acompanhou. Assim que entramos sua visão foi direto para a orquídea.
- Gostou? – Perguntou ele.
Nem me lembrei de agradecê-lo. Lhe abracei, depois lhe dei um beijo bem carinhoso.
- Amei! Ela é linda, amei o anel...Foi por causa dela que nos conhecemos, ela sempre será especial.
Nos sentamos na cama, ele se encostou para perto da parede e eu me encostei nele. Ficamos ali juntinhos, sem dizer nada por um bom tempo.
- Quando sua mãe me ligou dizendo que estava no hospital fiquei doido. Pensei que ia te perder.
- Mas está tudo bem agora. – Me virei e beijei seus doces lábios.
- Não sei o que faria se algo mais grave acontecesse.
- Mas nada aconteceu. Estou aqui, inteira. Um pouco dolorida, mais inteira.
Ele sorriu.
- Pelo menos seu senso de humor não foi afetado.
Conversamos por várias horas, até que minha mãe entra no quarto.
- Vamos almoçar?
- Vamos sim, estou morrendo de fome. Vem amor.
Puxo Adam pelas mãos e vamos em direção à cozinha. Todos já estão lá.
- Sente minha querida, vou colocar sua sopa. Adam, sinta-se a vontade e pode se servir.
Minha avó pega um prato e vai em direção ao fogão a lenha para pegar minha sopa.
- Como estão seus pais Adam? – Meu pai puxa assunto.
- Estão bem Sr. Miller. Meu pai disse que vai ligar para o senhor, ele disse que vai marcar uma pescaria com vocês.
- Hum, é verdade. Ele me disse isso no dia do natal. Como vou a cidade mais tarde, dá uma olhada na casa, aproveito e falo com ele.
- Vai na cidade pai?
- Sim, filha. Vou dá uma limpada na casa, molhar as plantas. Seu avô e sei tio vão comigo.
O almoço correu sem nenhum problema. Os assuntos foram agradáveis. Depois fomos para a sala assistir a um filme. A tarde passou bem tranquila. Escutamos um carro chegar, me levantei e fui na janela, era Cass. Fui abrir a porta.
- Oi menina! – Ela me abraça.
- Oi Cass, adorei seu gorro. – Ela estava com um gorro com orelhas do Pateta.
- Gostou? Achei em uma loja perto da praça, achei fofo. – Ela fala rindo, que nem uma criança.
- Estamos na sala, vem.
- Olá família!
Cass é uma figura e tanto. Todos respondem com muita simpatia. Cassandra é como um membro da família.
- Preciso ir amor. Combinei de sair com o Phil, vamos procurar uns livros que vamos precisar para o próximo semestre. Você precisa de algum? Posso procurar para você.
- Na verdade preciso sim, mas vou ter que procurar.
- Fica tranquila Ali. Eu dei uma lista dos livros que vamos precisar para o Phil. – Diz Cass.
- Não sei o que seria de mim sem você Cass.
- Sinceramente? Ia ser sem sentido.
Risadas geral. O engraçado é que ele fala séria, sem nenhum esboço de riso, e isso fica bem mais engraçado.
- Bom, então vou indo. Até logo, obrigada pelo almoço.
Adam se levanta e se despede de cada um. Já estou esperando na porta.
- Tchau, dirija com cuidado. – Dou um beijo nele.
- Se cuida tá, nada de subir em árvores de novo.
- Ok.
Meu pai, tio Robert e meu avô também estão de saída. Dou adeus a todos, espero os carros sumirem em direção a porteira, fecho a porta e vou para sala.
- Bom, Cass é minha melhor amiga. Seja o que for que aconteceu pode ser dito na frente dela. Estou esperando as explicações. – Falo bem séria. Olhando para minha avó e para minha mãe.
- Acho melhor você se sentar Alice, a conversa será bem longa.
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