Entre O Amor E A Magia escrita por SuLinhares


Capítulo 18
Capítulo 18




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- Alice, acorde querida.

Acordo com minha mãe me chamando, os remédios são bem fortes mesmo. Não ia conseguir acordar mesmo se uma banda de colegial tocasse perto de mim.

- Papai já chegou?

- Está a caminho. Venha, vou lhe ajudar no banho. Como se sente?

- As dores estão bem menores, já consigo me mexer sem tantas dificuldades. Vamos para o sítio?

- Sim, é melhor e mais calmo para você.

Me levanto de cama e com ajuda da minha mãe vou para o banho. Depois de alguns minutos já estou pronta para ir para casa. Alguém bate na porta.

- Bom dia! – Era Adam.

- Oi amor! – Lhe retribuo o abraço.

- Vim para te acompanhar. Posso passar o dia com a Ali Sr.ª Miller?

- Pode sim Adam, vai ser bom para ela. Seu pai já está subindo. – Minha mãe recebeu uma mensagem de celular do meu pai.

- Graças a Deus, não ia conseguir ficar nem mais um minuto aqui. Detesto hospital.

- Calma amor, você já está indo para casa, tenha paciência.

Meu pai chega empurrando uma cadeira de rodas.

- Ah não! Não vou sair de cadeira de rodas!

- São recomendações médicas Alice, sem tolices. É só até a saída. – Disse meu pai com voz zangada.

Me levanto e vou sentar na cadeira.  Adam vai empurrando até a saída, meus pais vêm logo atrás. Me levanto e entro no carro, Adam senta ao meu lado.

- Sua avó está preparando uma sopa, ela disse que você vai ficar boa bem rápido. – Disse meu pai, já estava mais relaxado.

Não digo nenhuma palavra, minha mente estava ansiosa pela conversa que ia ter. Mas é claro que ia ter que esperar o Adam ir embora, pela primeira vez na vida queria que ele estivesse na casa dele e não comigo. Preciso saber o que realmente aconteceu comigo.

Meu pai foi dirigindo devagar por minha causa, e por causa levamos meia hora a mais para chegar ao sítio. Minha avó estava nos esperando na varanda. Tio Robert e meu avô estavam vindo do pomar com uma cesta de uvas. Meu pai estacionou bem próximo da varanda.

- Oi! – Dei um cumprimento geral.

- Olá minha neta. – Meu avô veio e me abraçou, tio Robert fez o mesmo.

- Que bom que está em casa. – Disse tio Robert.

- Me falaram que a senhora fez uma sopa? – Abraço a minha vó.

- Sim minha querida. Uma sopa deliciosa para você. Cass ligou, disse que vai passar aqui mais tarde.

Entramos e fui para o meu quarto, Adam me acompanhou. Assim que entramos sua visão foi direto para a orquídea.

- Gostou? – Perguntou ele.

Nem me lembrei de agradecê-lo. Lhe abracei, depois lhe dei um beijo bem carinhoso.

- Amei! Ela é linda, amei o anel...Foi por causa dela que nos conhecemos, ela sempre será especial.

Nos sentamos na cama, ele se encostou para perto da parede e eu me encostei nele. Ficamos ali juntinhos, sem dizer nada por um bom tempo.

- Quando sua mãe me ligou dizendo que estava no hospital fiquei doido. Pensei que ia te perder.

- Mas está tudo bem agora. – Me virei e beijei seus doces lábios.

- Não sei o que faria se algo mais grave acontecesse.

- Mas nada aconteceu. Estou aqui, inteira. Um pouco dolorida, mais inteira.

Ele sorriu.

- Pelo menos seu senso de humor não foi afetado.

Conversamos por várias horas, até que minha mãe entra no quarto.

- Vamos almoçar?

- Vamos sim, estou morrendo de fome. Vem amor.

Puxo Adam pelas mãos e vamos em direção à cozinha. Todos já estão lá.

- Sente minha querida, vou colocar sua sopa. Adam, sinta-se a vontade e pode se servir.

Minha avó pega um prato e vai em direção ao fogão a lenha para pegar minha sopa.

- Como estão seus pais Adam? – Meu pai puxa assunto.

- Estão bem Sr. Miller. Meu pai disse que vai ligar para o senhor, ele disse que vai marcar uma pescaria com vocês.

- Hum, é verdade. Ele me disse isso no dia do natal. Como vou a cidade mais tarde, dá uma olhada na casa, aproveito e falo com ele.

- Vai na cidade pai?

- Sim, filha. Vou dá uma limpada na casa, molhar as plantas. Seu avô e sei tio vão comigo.

O almoço correu sem nenhum problema. Os assuntos foram agradáveis. Depois fomos para a sala assistir a um filme. A tarde passou bem tranquila. Escutamos um carro chegar, me levantei e fui na janela, era Cass. Fui abrir a porta.

- Oi menina! – Ela me abraça.

- Oi Cass, adorei seu gorro. – Ela estava com um gorro com orelhas do Pateta.

- Gostou? Achei em uma loja perto da praça, achei fofo. – Ela fala rindo, que nem uma criança.

- Estamos na sala, vem.

- Olá família!

Cass é uma figura e tanto. Todos respondem com muita simpatia. Cassandra é como um membro da família.

- Preciso ir amor. Combinei de sair com o Phil, vamos procurar uns livros que vamos precisar para o próximo semestre. Você precisa de algum? Posso procurar para você.

- Na verdade preciso sim, mas vou ter que procurar.

- Fica tranquila Ali. Eu dei uma lista dos livros que vamos precisar para o Phil. – Diz Cass.

- Não sei o que seria de mim sem você Cass.

- Sinceramente? Ia ser sem sentido.

Risadas geral. O engraçado é que ele fala séria, sem nenhum esboço de riso, e isso fica bem mais engraçado.

- Bom, então vou indo. Até logo, obrigada pelo almoço.

Adam se levanta e se despede de cada um. Já estou esperando na porta.

- Tchau, dirija com cuidado. – Dou um beijo nele.

- Se cuida tá, nada de subir em árvores de novo.

- Ok.

Meu pai, tio Robert e meu avô também estão de saída. Dou adeus a todos, espero os carros sumirem em direção a porteira, fecho a porta e vou para sala.

- Bom, Cass é minha melhor amiga. Seja o que for que aconteceu pode ser dito na frente dela. Estou esperando as explicações. – Falo bem séria. Olhando para minha avó e para minha mãe.

- Acho melhor você se sentar Alice, a conversa será bem longa.


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