The Devil Inside escrita por Duplicata Petrova


Capítulo 20
20


Notas iniciais do capítulo

Mais de um mês depois e eu estou aqui. Não me matem, ok? Estava cheia de coisas pra fazer e ainda estou :/ arranjei um tempinho, terminei o capítulo e aqui está. Eu particularmente não gostei muito do fim, mas não está a pior coisa do mundo XD
Enjoy :D



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— Aposto que estão com medo! Vocês sempre correm pra debaixo das asas de suas crenças. Mas só basta um deslize, uma brecha, um momento de revolta e eu entro em cena. É fácil. A fé que vocês têm em Deus é muito menor que o medo que vocês sentem do diabo. Isso me diverte! — Sorriu daquele jeito sedutor e convencido — É engraçado ver as suas caras de pavor me olhando. Estão com medo porque não se pode fugir do mal, ele está em todos os lugares. Ninguém pode te proteger. Ninguém conseguiu proteger o Tyler. — Ergueu as sobrancelhas olhando para o chão

— Por que está aqui?

— Por quê? Eu preciso de um grande motivo? — Soltou uma risada pelo nariz — A única coisa que quero nesse momento é acabar com tudo isso. Toda essa situação de clínica, hospitais, delegacia, consultório de psiquiatria estão me irritando profundamente. Por que nós não acabamos com isso? Por que não mandamos Tyler logo pra trás das grades? Não é isso que todos querem? Talvez eles precisem de algo muito maior para provar o quão culpado ele é. Talvez você esteja protegendo-o de um jeito maternal como não conseguiu proteger Peter. Talvez esteja protegendo-o porquê está completamente de quatro por Tyler! O que poderia ajudá-los a prender Tyler? Que tal mais um homicídio? Ou melhor, nós temos três lindas mulheres aqui, que tal alguns assassinatos a mais na ficha do Tyler?

— Você não vai fazer isso. — Falei com uma segurança que simplesmente não existia

— Se sente mais segura em afirmar isso? Porque não deveria. — Respondeu dando alguns passos em minha direção

— Eu vou chamar a polícia. — Disse Amber com a voz trêmula. Ela estava tão assustada, tão exposta. Segurava o telefone como se sua vida dependesse disso. Talvez dependesse

— Faça o que quiser! — Ergueu os braços em sinal de rendição — Por quem vou começar? — Mirou Joyce e sorriu mais uma vez — Que tal você? — Disse e começou a trilhar seu caminho até a garota

— Eu não tenho medo de você. — Afirmou segura até demais

— Não? — Disse em voz baixa acariciando seu rosto

— Eu contei tudo que sabia. Tudo.

Os rostos tão próximos. Parecia que iam se beijar ou algo do tipo. Mas essa teoria foi descartada quando a mão do jovem desceu até o pescoço pálido de Joyce e apertou-o. Seus olhos se arregalaram, estava sufocando. E ali começou sua luta contra a morte. Tyler tinha um olhar curioso como se quisesse saber o quão apavorada, desesperada, em pânico ela estava ele queria sentir.

Corri até os dois e tentei fazê-lo soltá-la, mas ele, com apenas uma das mãos, me segurou pela blusa e empurrou-me contra o sofá.

— Está com medo agora? — Ela não precisou fazer muito, estava estampado em seu rosto — Foi o que eu pensei. — Soltou-a e ela se arrastou até o meu lado sentando no chão ainda com dificuldade para respirar — Já fez a sua ligação? — Perguntou apontando para minha secretária — Espero que suas últimas palavras não tenham sido patéticas como "socorro", "preciso de ajuda", "ele vai me matar" ou sei lá o quê.

— Tyler, lute contra esse instinto destruidor. Eu não sei o que é isso. Mas você é melhor do que isso. Você sabe. — Argumentei

— Não. Eu não sei. Não sei. — Seus olhos eram puro rancor

— O que você quer? Você, você quer vingança?

— Alguém acertou a resposta! — Sorriu de um jeito dolorido

— Por quê? Contra quem?

— É a coisa certa a se fazer. — Falou com um sorriso nervoso e os olhos quase transbordando

— O que está acontecendo? Você sente dor? Raiva? Mágoa?

— Ódio. Eu odeio você! Você acabou com a minha vida, Dra. Laura!

— Eu não sei do que você está falando.

— Você sabe! Você sabe! Você destruiu a minha vida! Você fez isso comigo! — Gritou. Seu corpo tremia e ele andava de um lado para o outro — Isso tem que acabar. Isso tem que acabar. Eu não aguento mais. Não aguento. — Ficava repetindo para si mesmo

Aquela situação tensa teve fim depois de alguns minutos, quando policiais comandados por Devon levaram Tyler. Ele gargalhava alto enquanto era arrastado a força para fora.

— Eu sou o demônio! — Gritou

Joyce estava muito assustada então um policial a levou para casa. Dispensei Amber e Devon me levou para minha casa.

— De alguma forma ele mexe com você. — Comentou olhando o trânsito

— O que tem de errado com ele? Eu fiz tudo que pude. Não sei mais o que fazer. — Soltei olhando para minhas próprias mãos. Eu não me sentia bem o olhando nos olhos. Sentia-me humilhada

— Não é sua culpa. — Senti seu olhar sobre mim

— É sim. Eu não consigo mais. Não sei o que fazer. Isso tudo é tão frustrante. — Disse encostando a cabeça no vidro da janela

Minha noite foi péssima. Meu corpo estava dolorido e minha cabeça estava pesada. Minha enxaqueca estava dando as caras. Eu estava preocupada, assustada, confusa e sem nenhum resquício de esperança em relação ao Tyler.

— Ele agrediu dois enfermeiros que tentaram aplicar um sedativo. Ele foi amarrado na cama como um louco. — Comentou David dando uma mordida em uma maçã — Ele está ficando cada vez mais ousado!

— Não faça piadinha, David. — Disse uma perita criminal que estava apoiada na mesa que tinha vários papeis sobre o caso — Nós nunca demoramos tanto para resolver um crime.

— Eu sei. É desgastante e frustrante. — Retrucou sentando em uma das cadeiras

— O que mais posso fazer para ajudar? — Perguntei

— Dê algum remédio que o faça ficar vulnerável. Algum calmante ou sei lá o que. — Disse mulher

— É imoral.

— Não, não é. Precisamos que ele confesse e sabemos que ele não confessará. — Insistiu

Eu fiz. Dei alguns comprimidos de um calmante forte. Aquilo o deixaria sonolento e confuso. Confuso o bastante pra dizer o que não diria sóbrio.

— O que aconteceu na noite em que Audrey Leviscco foi assassinada? — Perguntou a perita apoiando as duas mãos sobre a mesa

— Vocês me drogaram? — Tyler fez um careta

— Não responda minha pergunta com outra. Eu quero respostas simples e diretas.

— Isso é legal? Eu acho que não. Deviam saber que não é certo fazer perguntas para uma pessoa dopada. Eu mal sei onde estão minhas mãos, como vou responder?

— Tyler, só responda. — Disse percebendo o quão drogado ele estava. Seus olhos estavam caídos, cansados.

— Deviam também saber que eu já usei calmantes muito mais fortes que esse e que tentei me matar com uma overdose. Não vão ser três ou sei lá quantos comprimidos que vão me fazer falar. — Disse com a voz mole escorregando o corpo na cadeira

Ele ia ceder.

— Vocês foram a uma boate, dançaram, beberam. O que mais você e Audrey fizeram aquela noite? — Perguntou David

— A gente, a gente foi para o meu apartamento. — Respirou fundo tentando lembrar e debruçou sobre a mesa — Nós transamos e eu não me lembro de mais nada.

— Você está mentindo?

— Eu já disse que não me lembro. — Ergueu a cabeça encarando Morris com mau humor — Sinto muito, mas eu fui drogado. Sabe, isso provoca lapsos de memória. — Voltou à posição anterior

Resolvi jogar verde.

— Você o amava?

— Sim. — Murmurou

— Você amava a Audrey?

— Sim. Mas eu não era bom o suficiente pra ela.

— E por que não?

— Todos me deixaram para trás porque eu estava doente. Eu não queria mais viver sem ele.

— O que aconteceu com ele?

— Ele morreu. — Disse quase que em forma de sussurro se encolhendo. Parecia um menino assustado

— Tyler, você sabe por que ele morreu?

— Eu não sei. Acho que ele não me amava mais.

— Por que acha isso?

— Porque ele cometeu suicídio. — O silêncio deu lugar ao som quase inaudível do choro do suspeito. Olhei para as outras duas pessoas que estavam na sala. Ele tinha tanta dor.

— Eu não vou mais fazer perguntas por hoje.

— Mas eu vou. — Disse à mulher que acompanhava o chefe da polícia forense

Eu não podia mais fazer aquilo. Ele estava destruído. Era o meu papel cuidar da sua saúde mental e aquilo era demais.


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Notas finais do capítulo

Espero merecer reviews ;D
Beijos, até a próxima, pessoal



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