The Devil Inside escrita por Duplicata Petrova


Capítulo 13
13


Notas iniciais do capítulo

Olááááá! Como vai a vida de vocês? Então, esse capítulo era pra ter saído bem antes. Mas o Word tava de bixisse comigo e não tava querendo colocar os travessões. Isso me irritou tanto a ponto de eu passar mal (sou louca, eu sei). Hoje o Word resolveu abrir direitinho, sem travar, sem nenhum problema :)
O capítulo não tem uma trilha sonora certa. Durante o processo de escrita eu escutei Pink Cellphone do Deftones (porque é seqsy :3) e Bitch We Got A Problem do Korn ;)
Enjoy it :D



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Os lábios se tocavam em um beijo repleto de luxuria. As mãos passeavam por todos os centímetros do corpo do outro.

Eram as mãos de Tyler.

Passeando pelo corpo de Peter.

Assisti as caricias se intensificarem. Meu estomago revirou.

Tyler empurrou meu filho contra o sofá fazendo-o deitar e tirou sua própria camiseta. Enquanto se beijavam, o possível assassino de Audrey dedicava olhares para mim. Provocando-me. Mostrando-me que ele tinha roubado algo meu. Massageou o volume nas calças do loiro que gemeu alto por entre os lábios do moreno.

Eu não podia assistir tudo aquilo acontecer e ficar sem fazer nada. Eu não deixaria que aquele garoto tocasse, machucasse, fizesse qualquer coisa com o meu filho.

Avancei em sua direção. Ele sentou na cintura de Peter e olhou-me como nunca tinha me olhado. Seus olhos estavam serenos, mas algo, uma fagulha de ódio ou até mesmo mágoa existia no fundo do infinito azul. Senti uma dor dilacerante do lado esquerdo do peito. Ele sorriu torto e seus olhos se tornaram completamente negros. A dor ficou pior. Tão pior que minhas pernas fraquejaram e eu caí de joelhos.

Eu podia sentir seu sorriso perturbador.

— Peter, querido, a mamãe precisa de ajuda. Por favor, me ajude. — Comecei a entrar em desespero quando vi meu filho desacordado no sofá e meu nariz começou a sangrar muito, quase uma hemorragia nasal — Peter, acorde! Peter!? O que você fez com o meu filho? Desgraçado, o que você fez com o meu filho?! — Gritei histérica

— Laura, você está fazendo as perguntas erradas. — Fez uma pequena pausa se aproximando — O que você fez com o seu filho? Deveria ter cuidado melhor dele.

Fitou-me com os olhos negros agora cheios de raiva agarrando meus cabelos e puxando-os com tanta força que pensei que ele fosse arrancar um grande tufo. E então, posicionou meu rosto a centímetros do seu e sussurrou algo em outra língua:

— Te oderunt, ferreo canis exprimamus!

Em seu rosto estava estampado um sorriso doentio e tinham lágrimas prontas para correrem. Ele estava louco.

— Tyler, o que você está fazendo? Você está doente, está louco.

De um instante para outro, seus olhos voltaram a ser azul feito o céu e as lágrimas rolavam.

— É tudo sua culpa.

— O que é minha culpa?

— Você vai saber quando for a hora.

Acordei suando frio.

Eu nunca tinha tido um pesadelo tão real e longo.

Quando amanheceu voltamos a interrogar o jovem Bennet. Dessa vez David e eu ficaríamos do lado de fora só observando através do vidro. Devon tomaria conta do interrogatório.

— A equipe da perícia achou o celular da Audrey no seu apartamento e...

— Vocês entraram no meu apartamento?— Interrompeu-o

— Por quê? Você tinha algo que precisava esconder? — Quando a resposta não veio, Devon continuou — Encontraram o celular de Audrey — Pegou o aparelho de dentro de um saco plástico e mostrou para Tyler que parecia indiferente — Tem muitas fotos de vocês dois juntos, mensagens e vários registros de ligações. — Mexeu alguns instantes no celular e colocou uma gravação para tocar. Era a gravação de uma ligação — Você reconhece isso?

— Você não pode falar comigo desse jeito! Quem você pensa que é?

— Eu cansei ok? Chega!

— Você quer terminar? Ótimo! Eu pensei que nós fossemos feliz, que isso fosse só uma fase difícil. Mas não, você está doente, está descontrolado.

— Eu não estou descontrolado. — Sua voz era em um tom pacífico e intimidador

— Você está.

— O quê? — Perguntou Tyler despretensioso — É só uma discussão. Todo mundo discute, certo?

— Não se faça de ingênuo.

— O quê?

— Alguma coisa aconteceu com o resto da gravação.

— Você acha que eu fiz algo com o resto da gravação? Sério? Agora além de ser um assassino estuprador, eu sou um hacker? Uau! — Comentou arregalando os olhos

— Realmente, você não é tão inteligente assim.

Tyler sorriu.

— Você me ofende desse jeito. — Pousou as mãos algemadas no peito fingindo se ofender — Pior, você me subestima.

— Está confessando ou é impressão minha?

— Impressão sua, Delegado McGray.

— Por que a formalidade agora? Arrependeu-se do que fez e disse ontem?

— Não me arrependo de nada do que faço ou digo.

— Então não se arrepende de matar Audrey Leviscco?

— Por que acha que a matei? Você acha que eu tinha algum motivo?

— Não sei. Diga-me você.

— Eu amava a Audrey.

— E amava outra pessoa também. — Os músculos do jovem se tencionaram e a expressão leve e debochada sumiu — O que foi? Eu disse algo errado? Melhor, eu disse alguma verdade? — Pausou — Quem era ele?

— Vocês acham que podem me controlar. Acham que vão me atingir de alguma maneira.

— Eu já atingi você. Até o seu pior lado pode sentir amor por alguém. E você ainda ama. — Os olhos azuis estavam vacilando. Ele estava prestes a desmoronar na frente de nós todos

— Para. — Sussurrou

— Você sempre viveu em meio à tragédia e achar essa pessoa que te amava de verdade foi a melhor coisa que te aconteceu e que te foi arrancada.

— Para.

— A Audrey te amava, mas não era um amor que te consumia.

— Eu já disse pra parar! — Gritou ofegante

— Agora você está com raiva porque eu descobri o seu ponto fraco.

— Você diz isso como se eu não soubesse os seus.

— Isso foi uma ameaça?

— Encare como quiser.

— Se você não for preso e condenado a uma pena de morte pelo assassinato de Audrey, você, certamente, será preso pelo assassinato dos dois enfermeiros. — Pausou tentando conter um sorriso ao ver a falta de reação do garoto — Eu consegui desestabilizar você. Eu mereço os parabéns!

O silêncio permaneceu por alguns segundos.

— Vocês não podem fazer isso comigo. — Sussurrou olhando para a mesa

Todos nos surpreendemos quando lágrimas escorreram dos olhos. Eram lágrimas de dor e loucura.

Devon virou algumas páginas da ficha dele e voltou à primeira dizendo:

— Amanhã é seu aniversário.

— E daí?

— Algum parente ou amigo vai te visitar na clínica.

— Por que quer saber? Vai usar isso contra mim também?

— Não. Só queria saber se existe alguém que ainda te ame.

— Você não perde a oportunidade.

— Talvez sua avó ou Joyce vão te visitar. Você acha que vão?

— Eu não quero ver ninguém.

— Me disseram que como presente, o pessoal da clínica vai deixar a sua jaula aberta! — Ele estava testando Tyler pra ver até onde ele iria

— Engraçado. Você deveria ser humorista. — Forçou um sorriso

— Ah, obrigado, Tyler. Mas então, como é passar mais um ano de vida sem os seus pais?


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Notas finais do capítulo

Deixei um suspense no fim o/ Bateu a curiosidade?
Beijos, até o próximo capítulo ;)



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