Hunters escrita por Valentinna Louise


Capítulo 12
Capítulo 12 - Open your eyes


Notas iniciais do capítulo

Hey..olha eu aqui...
Muito obrigado pelos reviews no cap anterior e muito obrigado tbm a quem tem favoritado.... *--*
esse cap é de transição.. não ficou maravilhoso mas tem interação Faberry.... :D
Aproveitem....



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 Estava muito cansada e dolorida para protestar contra a ideia de Rachel Berry me levar para a casa dela. Então fechei os olhos e acho que Sam me carregou no colo porque vi um borrão loiro quando abri rapidamente. Não que eu estivesse desmaiando, mas estava cansada e dolorida demais para esboçar qualquer tipo de reação.

Alguns minutos depois, senti que estava sendo colocada sobre uma cama e que alguém tirava a minha blusa e a calça. Eu grunhi de dor e de vergonha. Quem é que estava fazendo isso? Eu esperava que fosse Cassandra porque se fosse qualquer outro eu não conseguiria nem olhar pra cara depois. Senti uma mão gelada tocar minhas costelas, braços e quando apertou levemente minha barriga eu gritei. Quando abri os olhos e vi em volta estava em um quarto bastante iluminado deitada no que parecia ser uma maca. Senti uma agulha no meu braço e depois apaguei.

Acordei em uma cama enorme, e em quarto completamente desconhecido. Era rosa e na parede a minha direita havia uma estante branca com vários troféus, retratos, discos. Do outro lado, uma janela enorme que dava acesso a uma varanda. Já era noite. Eu me sentei na cama e olhei a minha frente. Uma TV de tela plana e logo ao lado uma escrivaninha. Olhei para mim. Estava com uma camisola que não era minha e mal cobria minhas coxas. Dava pra ver alguns hematomas, nas coxas principalmente. Toquei meu abdôme senti que estava envolto em uma bandagem. E meu pulso também. Me viro para descer da cama e piso em algo mole. Olho para baixo. Um braço?! Pulo de volto na cama e olho para baixo. Tem alguém deitado no chão. E a pessoa está coberta por um lençol. E grunhiu quando pisei no seu braço.

“Ouch..droga...” a voz era rouca e estranhamente o lençol começou a levantar como naqueles filmes de terror antigo. O lençol caiu e eu vi um emaranhado de cabelos castanhos surgindo. Meu coração acelerou. Claro, aquele era o quarto de Rachel Berry. E aquela 'coisa' levantando ali era a própria. Ela grunhiu em bocejou. E estava de costas pra mim. Acendeu um abajur e se levantou, foi em direção a uma porta ao lado da estante, acho que era o banheiro. 5 minutos depois eu ainda estava parada em cima da cama enquanto ela saia com o rosto lavado e o cabelo preso em um rabo de cavalo. Ela veio até a minha frente e colocou a mão na cintura dizendo:

“Ok...posso saber o motivo por você ter quase quebrado meu braço com o pé?” soou quase como uma bronca. E ela estava com os olhos semicerrados. Não sabia se aquilo era algo para evitar o contato visual mas estava dando certo.

“Eu é que pergunto: porque eu estou na sua cama, no seu quarto, na sua casa e vestindo roupas que não as minhas?”

“Primeiro, mal agradecida, você veio pra cá porque eu pedi que trouxessem. Se você fosse para casa dos Lopez , Santana com certeza iria pedir a revanche e você não estaria em condições de enfrentar ela novamente. Segundo, você está aqui porque o quarto de hóspedes está uma bagunça e eu cedi a minha cama a você por conta do conforto. E bem, você precisava de roupas mais confortáveis para dormir. Peguei uma camisola que eu tinha no armário e Cassandra te trocou, Já estava completamente grogue.”

Eu estava com a boca levemente aberta. E meu orgulho veio antes da minha gratidão.

“e porque você, justo você que há dois dias atrás você estava com um desejo insano de me usar como vingança por conta da minha irmã...” ela levantou a mão e me interrompeu.

“ Ok..chega..não vou discutir nada com você às 2:15 da madrugada, preciso de pelo menos 8 horas de sono para me sentir bem disposta isso significa um 'vá dormir'” ela foi em direção ao abajur e quando ela ia desligar, eu decidi me levantar. Ela bufou. Eu estava atrapalhando o sono dela....fazer o quê? “o que você vai fazer?”

Me joguei no colchão onde ela estava dormindo no chão.

“Pode ir pra sua cama..eu durmo aqui no chão sem problemas.”

“Não mesmo...você é a hóspede aqui e não vou permitir que durma no chão...” ela ainda estava de pé. Dessa vez foi eu quem bufou.

“Como você disse não vamos discutir então deite na sua cama e eu deito no colchão. Não estou com tanta dor assim então dá pra ficar aqui. Não insista.” deitei no colchão e cobri minha cabeça. Em toda essa nossa pequena discussão eu evitei olhar para ela, ou manter contato visual. Não queria entrar em uma crise na frente dela. Ouvi um 'inacreditável' baixinho e então a luz do abajur foi apagada. Então eu consegui cochilar, mas meu sono foi perturbado por um pesadelo: eu estava no bosque e estava sendo perseguida, porque eu corria. Tinha galhos batendo no meu rosto, eu pulava raízes de árvores até chegar uma clareira. Quando virei pra trás vi dois lobos: um grande lobo preto e um quase do mesmo tamanho, só que branco. O lobo preto vinha se aproximando, mas o lobo branco passou a frente dele. No que eu recuava acabei tropeçando e os dois lobos rosnaram. O lobo branco veio por cima de mim e uivou e eu vi suas presas quando ele abaixou o focinho. E os olhos dourados. Acordei de sobressalto e estava suando frio. Olhei no relógio. 5:49 da manhã. Que ótimo. Eu havia perdido completamente o sono. Me levantei devagar, sem fazer barulho. Olhei na cama e a Berry estava encolhida ao redor de um travesseiro, como se estivesse abraçando. Fiquei uns minutos só observando ela. Ela parecia ainda menor naquela cama enorme. Ela estava serena. Não parecia a garota que entrou como um furacão na sala da casa onde eu estava e veio querendo me dar ordens, tampouco parecia o monstro que eu havia formado na minha cabeça. Eu olhei mais uma vez e notei que eu não estava sentindo dor. Olhei para as minhas pernas e quase gritei de susto. Os hematomas que ontem estavam do tamanho de uma mão e terrivelmente escuros, hoje estavam mais claros e menores. Também não senti dor ao tocar minha barriga e minhas costelas. E minha mãos parecia bem melhor. A Berry dormia e eu queria sair dali mas não tinha nenhuma roupa , então decidi ir para a a varanda. Era estranho estar andando assim, em um quarto que não era meu. Me lembrei do meu em Cleveland. Enorme, de cores sóbrias. As paredes eram cinzas e a cama tinha um dossel de madeira de lei. Uma estante onde tinham meus livros e alguns troféus por competições escolares. O que fazia o quarto de Rachel Berry parecer acolhedor. Me sentei em uma cadeira que havia na varanda e minha pele se arrepiou com a diferença de temperatura. Fiquei um bom tempo sentada, distraída em lembranças e vendo o sol nascer, que não notei quando Rachel acordou. Ouvi uns barulhos dentro do quarto e minutos depois apareceu uma Rachel Berry devidamente vestida do meu lado. Eu fechei os olhos, caso ela fosse começar a falar.

“Huh...há quanto tempo você está aí?”

“Hum..que horas são?”

“7:50”

“Então estou aqui há duas horas...”

“Ohhh....por favor, já disse que não gosto de conversar sem que tenha um contato visual então abra os olhos...”

“Você não mantêm contato visual comigo também então porque eu deveria?” Respondi, me lembrando da conversa de madrugada.

“Ok...só abra os olhos...daqui pra frente nós conversaremos assim...por mais desconfortável que isso seja” as últimas palavras sairam sussurradas mas eu entendi perfeitamente. Então eu abri os olhos. Ela estava parada, do meu lado com um vestido rosa. E então veio a pontada na cabeça e eu fechei os olhos novamente.

“Não posso...ficar com os olhos abertos..” 'Não perto de você.' pensei.

“sente dor de cabeça, como se houvesse uma bateria lá dentro?”

Huh...Melhor definição impossível. Assenti positivamente e senti ela se aproximar ainda mais e de repente minha pele se arrepiou ao sentir que ela tocava levemente o meu braço.

“Abra os olhos.”

Acho que ela também tinha reparado que quando ela me tocava a dor sumia. Como se algo se acalmasse dentro de mim. Senti minhas bochechas ruborizarem. Abri os olhos novamente só quando olhei pra ela, ela estava olhando para as minhas pernas. Me lembrei que ainda estava só de camisola. Mas a expressão dela era de espanto. Ouch..os hematomas..

“Seus...hum..seus hematomas estão consideravelmente menores...”

“é..quando acordei estavam assim..” respondi.

“Mas ontem eles estavam do tamanho do meu punho! E hoje estão assim, mais claros e não são maiores do que..a ponta do meu polegar... como isso aconteceu?”

Me levantei em um pulo e tentei cobrir as minhas pernas.

“Não sei dizer como isso aconteceu....eu- eu-...Huh..”

Ela ficou lá me olhando com aqueles olhos castanhos que nos últimos dias tem me perseguido. A boca dela está entreaberta com o espanto.

“Você ... se regenerou”

“Hum...não...” eu sabia que isso podia acontecer. Aconteceu depois de Frannie e do atropelamento mas foi mais lento. E agora, em menos de 24 horas meu corpo já estava se curando. E Rachel Berry havia notado isso. Droga!

“Achei que não pudesse fazer isso...pensei que fosse uma pária, afinal foi o que a July disse a todos por aqui.”

Eu estava respirando fundo. O que eu ia dizer a ela? Decidi ir embora.

“Olha...esqueça isso ok? Só preciso saber onde estão minhas roupas...”

“Estão lá embaixo, meu pai colocou para lavar...mas não mude de assunto....como consegue se regenerar tão rápido? Como, você sendo uma pária como diz, consegue fazer isso? A não ser que seja uma loba....você é um loba?”

Ela se afastou e eu continuei olhando mas agora a dor de cabeça estava vindo, tanto pra mim quanto pra ela. E antes que eu respondesse ouvimos batidas na porta.

“Rach, querida você já acordou?” reconheci a voz sendo a de Hiram.

“Sim, papai...”

“e a menina também?”

“Sim papai, nós duas já acordamos...” ela voltou para o quarto.

“Abra a porta, aqui estão as roupas dela. Marley está esperando ela lá fora...”

“OK...” ela abriu a porta e pegou minha calça e blusa, com meu tênis. Me entregou e bufou. Agora ela parecia estar nervosa. Eu fui para o banheiro me vestir e quando saí ela ainda estava no quarto.

“Rose está te esperando lá embaixo.” a voz dela parecia carregada de ironia. Não queria ficar prestando atenção por muito tempo porque minha cabeça estava explodindo. Levantei uma sobrancelha e entreguei a camisola para ela.

“ahn..ok..huh..Muito Obrigada...por ter me deixado ficar aqui...sei que não vai muito com a minha cara então..Muito Obrigada mesmo...”

“Não precisa agradecer...” ela deu um sorriso amarelo e eu vi isso como a deixa para sair dali. Senti seu olhar perfurando minhas costas enquanto descia as escadas. Hiram estava lá perto e me deu sorriso:

“Bom dia Quinn está melhor?”

“Sim senhor Berry, muito obrigada...”

“Ohh por favor, me chame apenas de Hiram...e fique a vontade.” ele olhou pra cima e viu Rachel atrás de mim. “Que cara é essa estrelinha?” ouvi um bufo e quando cheguei no final da escada ela passou direto por mim em direção ao que parecia ser a cozinha. Hiram olhava sem entender. Do mesmo jeito que eu.

“Ohh o que aconteceu?”

“Eu não sei Sen – Hiram...ela ficou assim de repente...” ele deu de ombros.

“depois falo com ela...ah sua namorada está te esperando...” eu corei furiosamente e disse:

“ela é só minha amiga...”

“Oh me desculpe...é que ouvi as crianças dizerem algo sobre Marley e você que achei que...oh me desculpe....” ele parecia constrangido e eu dei um sorriso.

“Não se preocupe.... Bem, eu já vou..hum...mais uma vez obrigada...”

“Imagina criança...”

Eu saí daquela casa muito confusa. Primeiro a Berry estava me tratando muito bem, sendo compreensiva. E cinco minutos depois ficou fria e me ignorou.

Marley estava sentada na calçada em frente a casa dos Berry. Ela estava com uma calça jeans um sueter bege e uma boina. Me deu um sorriso assim que me viu.

“Hey...bom dia!” ela disse se levantando.

“Bom dia....o que faz aqui tão cedo...?”

“Bem além de vir ver se você estava viva depois de ontem e de ter passado a noite na casa da Berry, vim trazer um recado. O Doutor Lopez queria que você fosse no consultório dele hoje, só que não vai dar mas ele pediu que você fosse até a casa dele falar com a Abuela...ela queria falar com você...”

“Abuela...quer falar comigo?”

“Sim ela quer...desde ontem”

Será que ela queria me matar porque eu acabei com a neta dela?


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Notas finais do capítulo

O que acham q abuela vai falar?
o que acharam dessa 'crise' de ciúmes da Rach...?
deixem seus reviews e até o próximo...q eu prometo ser bem melhor e mais esclarecedor... :*