Red Pineapple Of Dead escrita por ohhoney


Capítulo 7
Vou lutar contra Aizen


Notas iniciais do capítulo

-Naomi-chan é uma teimosa, não liguem pra ela.
-Cale a boca, sim, Renji? Você que me deixou morrer.
-QUÊ? Mentirosa!
-Porque não deixamos os leitores lerem o que aconteceu depois, hein?
-Tá, tá... Boa leitura, pessoal!



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Eu estava começando a sufocar. Tossi muito sangue, e caí no chão. Meu corpo não me obedecia, eu me sentia fraca demais. Hime caiu ao meu lado, minha visão estava saindo de foco.

–HAZAKI TAICHOU! - ouvi algumas pessoas gritando, mas não reconheci as vozes.

Coloquei a mão no buraco, tentando parar o sangramento. Uma poça de sangue se estendia ao meu lado, eu estava meio cega e surda, totalmente grogue. A imagem do garoto de cabelos vermelhos apareceu na minha cabeça. Ah, Renji. Eu morreria sem poder vê-lo mais uma vez.

Um tufo de cabelos laranjas caiu na minha face, junto com algumas gotas de água. Tentei focar minha visão, era Inoue chorando em cima de mim. Logo mais, algumas cabeças apareceram também. Reconheci Ichigo, Sado, Kuchiki Taichou e Zaraki Taichou. Renji não estava lá.

A dor estava se tornando insuportável, e eu estava gritando, agarrando minha blusa tentando fazer parar. Era demais. Eu morreria envenenada, é isso mesmo? Cuspi mais sangue, pelo visto meus pulmões estavam cheios de líquido vermelho e eu estava me afogando. Eu não conseguia respirar direito, estava com falta de ar. Meus músculos não se mexiam.

Uma bola laranja apareceu em cima de mim, e eu consegui respirar um pouco melhor. Ouvia vozes gritando por perto e algumas sombras. Eu estava perdendo a consciência.

Acordei mais tarde com uns cutucões. Eu queria dormir, poxa. Porque as pessoas não me deixavam em paz? Tentei suspirar, mas não veio ar o suficiente. Tentei tossir, mas comecei a sufocar. Alguém me moveu e eu consegui tossir o sangue. Eu me sentia tão fraca! Abri os olhos, e vi Inoue e Unohana-san em cima de mim, ambas suando.

–Não sei o que está acontecendo! Não consigo curá-la! - gritou Inoue.

–É o veneno. Ele está destruindo as células antes que você possa reconstituí-las – falou Unohana-san – Do jeito que estamos...

–Eu vou morrer? - perguntei, e mais sangue me subiu a boca. Cuspi tudo.

–Do jeito que você se encontra, o máximo que você pode durar é mais alguns minutos. Desculpe.

“Estou morrendo. E desta vez é verdade. Eu vou morrer de verdade, e nunca mais vou ver Renji...”, pensei. O rosto dos meus amigos apareceu na minha mente. Senti uma dor enorme no peito, tento real quanto imaginária.

–Os órgãos já estão falhando – falou Unohana – Hazaki Taichou, me desculpe. Não posso salvá-la – a voz dela parecia pesada.

–Tudo bem – sussurrei e sorri.

Eu conseguia sentir a vida esvaindo do meu corpo. Minha visão estava escurecendo de novo. Minha cabeça tombou para o lado, e com o pouco que podia, avistei dois pares de sapatos correndo em minha direção.

–NAOMI!! - ouvi a voz de Renji, desesperado.

Eu ainda estava viva quando ele virou meu rosto e eu vi sua expressão de sofrimento. Comecei a sufocar e, depois, escuridão.






Estava frio. Muito frio. Meus dedos estavam congelados. Olhei para mim mesma, eu estava meio transparente. Olhei ao redor, estava no meio do escuro, e uma pontinha branca estava lá no final. Comecei a correr naquela direção, mas não chegava nunca.

–Hime? - perguntei, quando ela apareceu – Que lugar é esse?

–Vamos treinar, Naomi.

E nós começamos a batalhar incansavelmente. Liberei minha Bankai, e muito reiatsu começou a fluir de mim.

–Está sentindo isso? - ela perguntou – Esse poder... Esse poder é a sua Bankai. Seu reiatsu se funde ao meu. Essa é a primeira etapa.

–Primeira? Tem mais?

–Mais uma. Nessa primeira etapa, eu me fundo a você. Nós duas compartilhamos o mesmo corpo, mas temos duas consciências na cabeça. Nossos poderes, nossa força, nossa inteligência, nosso reiatsu, nossas habilidades, tudo se funde e fica como um só.

–Uau... E a segunda parte?

–A segunda parte... Bom, você só deve usá-la quando realmente estiver correndo perigo, não é para ser usada contra qualquer inimigo.

–Tá, mais o que acontece?

–Eu me liberto da forma de zanpakutou e luto ao seu lado, como sua companheira.

–Você... - meus olhos se arregalaram – Você sai da zanpakutou? Isso é possível?

–Por isso que deve ser usada em situações extremas. Se eu morrer enquanto estiver fora da espada, ela será destruída de vez, e eu deixarei de existir.

–Hime... - falei, e cheguei mais perto dela – Hime, isso é... Ótimo, obrigada.

–Oh! - ela tremeu violentamente, e caiu de joelhos – Acho que...

–Hime!! - gritei, e corri para ajudá-la.

–Está na hora, Naomi.

–Na hora do que?

–De você ir.

–Ir aonde? - perguntei, entrando em pânico – Eu estou morta, Hime. Vou para o céu? Para o inferno? Não há mais nada além da Soul Society!

–Não, sua idiota! - ela tremeu mais um pouco, e logo o chão tremeu também – Hora de você voltar a vida! Alguém está te salvando. Estou ficando surda com os gritos daquele rapaz de cabelo vermelho.

–Renji! - me emocionei. Meu peito se encheu de felicidade. Ele estava lutando por mim! - Ele... Ele está me revivendo?

–Não sei, só vá logo e faça ele calar a boca de uma vez.

Ela me empurrou para trás, e eu caí de costas no chão. Uma força invisível me deixava presa lá, enquanto Hime se afastava rapidamente. Tentei gritar, mas não houve som. Meus olhos foram fechados. Estava escuro e solitário de novo. Merda. Mas, pelo menos, a última coisa que eu vi foi o rosto de Renji. Mesmo que coberto por uma máscara de pânico e medo, ele continuava lindo. Eu o via sereno com aquela cara de BADASS que eu adoro mais que tudo. Ah, Renji, como eu te amo...






–Ela está voltando! Ela está voltando! Alguém, por favor! - ouvi uma voz gritando.

A vida estava de volta no meu corpo, e estava crescendo cada vez mais.

Abri meus olhos devagar, tentando me acostumar com a luminosidade. A primeira coisa que eu vi foi dunas de areia branca. Logo em seguida, olhei para cima e lá estava ele. Seu rosto estava contorcido, mas aparentava alívio. Eu estava viva. Eu sobrevivi. Mas como?

–INOUE, CURE LOGO ESSE MALDITO BURACO! - ele gritou, brigando com ela.

–Desculpe, desculpe! - ela chorou baixinho, então olhei para ela. Muitas lágrimas escorriam dos seus olhos – Hazaki-chan! Me desculpe! A culpa é minha, você não precisava ter me protegido... Eu não queria que você morresse, Hazaki-chan! Você é minha melhor amiga! - e chorou ainda mais.

Eu conseguia respirar. Tossi o resto de sangue que havia na minha boca, e minhas vias aéreas estavam limpas. O oxigênio percorria meu corpo dando um turbo em mim. Pelo o que tinha entendido, eu estava deitada nos braços de Abarai.

–Naomi, Naomi, você está viva! - e me abraçou muito forte. Comecei a chorar pensando na dor que havia causado a ele – Relaxa, você está bem agora. Shhh, não precisa chorar, eu estou aqui.

–Renji, eu... - tentei falar – Eu...

–Não precisa falar nada, Naomi-san. Você vai ficar bem – ele olhou para mim tão ternamente que chorei ainda mais – Como você ousa morrer antes de eu chegar, hein? Como você ousa me abandonar? Você não se importa, Hazaki Naomi? - ele disse, mencionando a frase que eu tinha dito algumas semanas antes.

–Desculpe, desculpe mesmo...

Não tive tempo de terminar a frase, porque a boca de Abarai já estava grudada na minha. Ele me beijava furiosamente, e se separou de mim.

–Gosto de sangue, eca – ele fez uma careta e depois riu.

–Ca-ham... - alguém pigarreou – Desculpe interromper o momento dos dois – olhei para o lado, e lá estava Maiury Taichou com uma cara séria – Mas preciso que você beba isso daqui o mais rápido possível.

Eu corei, pensando que todos tinham visto nós nos beijarmos. Estiquei minha mão vagarosamente e peguei o pote da mão dele. Um líquido escuro mexia dentro do recipiente.

–O que diabos é isso? - perguntei, dando uma cheirada. Eca.

–O antídoto. Eu só injetei o suficiente para que você pudesse reviver – ele debochou – Se quiser continuar viva, melhor beber isso logo.

–Ah... Obrigada, Maiury Taichou.

–Só beba isso logo – ele cuspiu.

Tampei o nariz e engoli o líquido de uma vez. Meu peito doeu por um segundo, e depois passou. Olhei para o buraco, estava quase fechado. Eu estava viva, e me curando. Eu me sentia ótima também! Queria sair e pular, gritar, correr, tomar banho de piscina e ficar na chuva!

–Argh! Que horrível – falei, contorcendo meu rosto – Eca, eca, eca...

–Se você quiser se manter viva, melhor beber isso. Por sorte eu cheguei a tempo! Você estaria morta nesse momento, Hazaki-san. Aquele veneno era muito forte, não sei como você não morreu de imediato. Unohana-san disse que você permaneceu viva por mais quinze minutos depois de ser atacada e...

–Quinze minutos? - falei – Pareceu bem mais, aquela dor era tão insuportável que pareceu que duraria para sempre. Obrigada de novo, Maiury Taichou. Você... Salvou minha vida.

Renji me abraçou de novo, e me deixou encostada em seu peito enquanto conversava com as pessoas que ainda estavam lá, eu não fazia ideia de quem eram. Eu me sentia tão protegida, tão em paz ali.

–Ichigo, vou te mandar para o Mundo Real – falou Maiury – Precisam de você lá.

–Então vamos.

–Ei, eu vou também – anunciei.

–Hazai-chan! - Inoue gritou – Não te curei completamente ainda!

–Foda-se, eu tenho que compensar a minha inutilidade com alguma coisa. Vou lutar contra Aizen – fiquei de pé, e peguei Hime – Eu luto com ele e tento machucá-lo um pouco, aí, Ichigo, você entra e acaba com ele, ok? - todos olharam para mim meio estranhos – O que foi? Não tentem me impedir.

–Naomi-san... - disse Renji – Você não pode lutar agora. Acabou de se recuperar.

–Não ligo, eu vou e ponto final. Não me obrigue a brigar com você, Abarai.

Então, Maiury Taichou abriu uma Garganta, e eu fui primeiro em encontro com a escuridão, e, se tudo desse certo, com Aizen e o pessoal do outro lado.



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Notas finais do capítulo

-Quase surtei quando te vi ali, morta, sabia?
-Ah, que nada. Eu sou a Taichou Substituta do 5° Esquadrão, nunca morreria tão fácil assim.
-Só diz isso agora porque foi Maiury Taichou que te salvou...
-Não me menospreze T.T Enfim, até o próximo capítulo! Tenho que ir chutar a bunda do Aizen agora!
-Ah, e pra lembrar todo mundo, esse é o antepenúltimo capítulo! Agora, com licença, que eu também tenho que ajudar a salvar o mundo!
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