Red Pineapple Of Dead escrita por ohhoney


Capítulo 8
O quanto você me ama?


Notas iniciais do capítulo

-Minna-san! Estou muito triste! Em breve vocês terminarão de acompanhar minha vida ):
-Pois é... Espero que curtam o penúltimo capítulo!
-Isso aí! Boa leitura!



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Três meses depois de derrotar Aizen, eu tinha perdido meu posto de Capitã Substituta para um dos Vaizards bonitão de cabelos claros. Mas, como eu realmente tinha habilidades, continuei nos postos mais altos, dessa vez como Fukutaichou. Fiquei meio triste no começo, mas depois me conformei, afinal eu era Taichou SUBSTITUTA, e não permanente. Falei para Renji que agora não tínhamos nenhum problema, mas ele continuou não gostando muito da ideia. Todos em Seireitei estavam sabendo sobre nós, mas ninguém nunca disse nada demais. Recebíamos uns parabéns de vez em quando. Só Matsumoto que surtou ao nos ver e nos sufocou naqueles peitos enormes. Renji saiu vermelho de lá, e eu gritei um pouco com ele.

Estávamos firmes e fortes, mas nós nunca chegamos realmente a proferir a palavra “namorados”. Estávamos juntos? Sim. Estávamos namorando? Quem sabe. Estávamos felizes juntos, isso que importa. Cada dia eu estava mais apaixonada por ele, e ele parecia mais apaixonado por mim também. Íamos sempre ao Mundo Real, porém Ichigo não podia nos ver. Eu sentia falta de falar com ele, mas depois que ele perdeu os poderes shinigamis a vida não foi mais a mesma.

Eu e Renji estávamos na minha casa no Mundo Real, na sala vendo TV (consegui colocar as contas em dia), eu estava sentada no sofá e ele no chão, estava fazendo penteados no cabelo dele, uma trança bem bonitinha.

–Você fica tão charmoso de trança, Abarai Renji – falei baixinho.

Ele apoiou a cabeça no sofá e olhou para mim de ponta-cabeça. Com um sorriso nos lábios, beijei as tatuagens na testa dele. Ele ficou me olhando, mordendo o lábio inferior. A TV soltava uns berros, era o filme de comédia que estávamos assistindo. Renji pegou a faixa na testa dele, levantou, me puxou pela mão e cobriu meus olhos com ela. Pegou na minha mão e me arrastou pela casa.

–Espere aqui – ele disse, e me colocou encostada na parede.

–O que está fazendo?

Eu sentia ele indo de um lado para o outro da casa, e teve uma hora que ele parou na minha frente, com uma mão ao lado da minha orelha e nossos rostos muito próximos.

–Naomi... - ele falou, sussurrando, e foi se aproximando cada vez mais – Posso perguntar uma coisa?

–Claro – falei, praticamente com os lábios nos dele.

–Em uma escala de 1 a 10, o quanto você me quer?

–Deixa eu pensar... Acho que 6,5 – falei ironicamente.

–É... Tá na média.

Nossas bocas se uniram como cola. Era viciante beijar aquele garoto, mas daquela vez tinha algo diferente. Ele nunca tinha me beijado tão ferozmente, ele pegava com força nos meus cabelos e eu pegava nos dele, puxava com força, beijava meu pescoço, me esmagava contra a parede. Era muito bom. Eu... Eu estava descontrolada, sei lá. E por causa disso, eu subi minhas pernas e ele as prendeu em seu quadril. Nos beijamos com mais vontade ainda, parecia que eu estava ficando meio louca e meu corpo não me obedecia.

Renji desgrudou a boca da minha, sem fôlego, passou a mão nas minhas pernas e arrancou fora minha blusa e meu sutiã rapidamente. Minhas mãos foram subindo dentro da blusa dele, meus dedos passavam nos vãos entre cada músculo, e isso fazia despertar uma sensação estranha dentro de mim. Parecia que eu não controlava mais o meu corpo, era como um modo automático.

Ainda nos beijando loucamente, eu passava as mãos no cabelo e no rosto dele. Era muito bom! De repente, não senti mais a parede nas minhas costas, mas foda-se. Era muito bom estar com Abarai ali, eu não ligava para detalhes. Nossas bocas não se separavam de jeito nenhum.

De repente, senti algo macio nas minhas costas. Renji estava no meio das minhas pernas, me segurando e beijando e mordendo e lambendo e... Ai, meus shinigamis. Meu corpo desejava aquilo, era uma vontade incontrolável, quase carnal. Minha cabeça girava um pouco na indecisão: o corpo queria, mas a mente não parecia totalmente pronta. Mas que se foda, não é mesmo?

Nossos lábios se separaram por um segundo, e senti Renji olhando para mim. Abri meus olhos e me deparei com aqueles olhos semicerrados que eu amo, o suor escorria pela testa e pescoço, ele lambia os lábios vagarosamente e tinha uma expressão de dúvida. Ele... ele estava perguntando se eu queria! Dei uma pequena mordida no lábio inferior, e o beijei mais uma vez enquanto concordava com a cabeça.





–Vai querer o que para comer? - perguntei, levantando da cama e colocando uma calcinha e o uniforme shinigami sem a faixa. Ele ficou aberto, só tapando meus peitos.

–Não sei, o que você quer fazer pra mim? - Renji chegou por trás e me grudou no corpo dele, beijando meu pescoço.

–O que você quiser – arrepiei e olhei para cima – Só faça o favor de colocar uma roupa.

–Tá, tá... - e beijou minha boca. Me soltou, e eu fui para a cozinha.

Ele parecia mais confortável agora, com menos receio de encostar no meu corpo. Esqueci de comentar: foi incrível. Totalmente incrível. Doeu um pouco, mas depois que eu relaxei foi a melhor experiência da minha vida. Só de lembrar dos gemidos de Renji no meu ouvido já fico arrepiada.

Pensando nisso, quase deixei cair um prato no chão. Merda. Eu estava tremendo um pouco. Era o nosso único dia de folga em três meses, então viemos para o Mundo Real aproveitar um pouco. Fiz umas comprinhas para a casa com o pouco dinheiro desse mundo que me restava e depois tudo isso... Renji chegou na cozinha, me pegou pela cintura e me pôs em cima do balcão. Daquele jeito eu ficava só um pouco menor que ele. Eu era baixinha, mas não era uma Rukia da vida.

–Perdeu o medo de tocar em mim, Abarai?

–Não é isso – ele resmungou – É que antes eu me sentia meio inseguro em fazer certas coisas ou tocar muito em ti porque você: a) era uma capitã; b) sempre pareceu muito conservadora. Você viu? Demorou meio ano só pra gente poder transar.

–Que... - corei com aquela palavra - Que mentira, eu não sou conservadora – dei um beijinho nele – Vai querer comer o que?

–Hm... Sabe fazer panquecas? - ele ergueu uma de suas sobrancelhas tatuadas.

–Sei, sim – soltei um meio sorriso – Então uma pilha de panquecas para o senhor Abarai Renji.

Ele me soltou, e eu fui cozinhar.






Mais um tempo se passou, aproximadamente um ano. Seireitei estava tranquila. Tirei folga mais umas duas vezes, apesar de sempre ter feito tudo direitinho. Rukia e mais umas pessoas estavam aprontando alguma coisa, mas eu não consegui descobrir nada. Renji depois me falou que ele e mais algumas pessoas iriam ao Mundo Real resolver o problema de Ichigo, e eu fiquei ansiosa para poder falar com ele de novo. Eu estava atolada de relatórios até a cabeça, então não pude ir. Kensei Taichou era um folgado, não preenchia relatório nenhum e deixava sempre tudo nas minhas mãos. Mas eu não conseguia odiá-lo. Ele era super simpático, amigável, e além de tudo bonitinho. Ele era um parceiro fiel, um bom companheiro.

Renji, Rukia e mais algumas pessoas partiram para o Mundo Real, e eu fiquei preenchendo os relatórios do treinamento diário antes da reunião matinal do Kensei Taichou. Ao escrever a última anotação, ele entrou na minha sala, agradeceu meu trabalho e se retirou com os papéis na mão. Meu pulso doía de tanto escrever. Fui acordar o pessoal do meu esquadrão, o 9°, para o café da manhã.

Algum tempo depois, Renji e as pessoas voltaram à Soul Society. A mudança de horários era confusa. O dia na Soul Society passa mais rápido que no Mundo Real. Enquanto aqui se passou um dia, lá foi um dia e meio. Ridículo. Não pude cumprimentar Renji do jeito que eu queria, somente um beijo rápido escondido de todos e depois vários olhares durante o dia.

O Sol estava se pondo, e a maioria dos Taichou e Fukutaichou estavam reunidos conversando no jardim da frente de Seireitei, mas nenhum sinal de Renji. Eu estava sentada conversando com Hinamori, e ela dizia que o 5° esquadrão não era mais o mesmo sem mim. Fiquei feliz ao ouvir aquilo, mas queria falar com Abarai. Levantei do chão, limpei um pouco as calças e virei.

Dei de cara com ele. Ele estava com a clássica cara de BADASS, sorrindo. Não consegui segurar um sorriso ao vê-lo. Algumas pessoas olhavam para nós, e eu estava começando a corar.

–Ca-ham – ele pigarreou para chamar minha atenção, ainda virado para mim, sem tirar os olhos dos meus. Todos ficaram quietos e olharam para nós – Hazaki Fukutaichou...

–Sim?

–Deixe-me perguntar uma coisa. Numa escala de 0 a 10, o quanto você me ama?

–... - meu coração parou. Pelo amor dos meus shinigamis, no meio de todo mundo? Qual o problema dele? Senti minhas bochechas pegarem fogo. Ri um pouquinho para descontrair – Acho que... uns 6,5.

–É, tá na média – ele riu de novo, e depois ficou sério.

Minha expressão mudou também. O silêncio sepulcral dava uma atmosfera curiosa ao lugar. Parecia que todos estavam concentrados em nós, tentando saber o que estava acontecendo. Eu também. Ficamos nos olhando por um tempo, então ele tomou ar, abriu a boca e:

–Hazaki Naomi, Fukutaichou do 9° esquadrão... - ele foi abaixando devagar, e meu peito foi enchendo de ar – A senhorita... - ele, com um joelho no chão, enfiou a mão no bolso do seu uniforme. Ele deu uma breve tossida, mordeu o lábio e olhou fixamente para mim – Aceita casar comigo?

E tirou um anel do bolso.

E eu quase caí dura para trás, mas consegui me conter e só abri a boca de surpresa. Pude ouvir várias exclamações de surpresa vindas do pessoal. Meu coração bateu forte, meus olhos se encheram de lágrimas e meu peito se apertou.

–Renji...! - minha voz tremeu. Coloquei as mãos no peito, tentando me controlar.

–AHHHHHHHHHHHHH – ouvi Matsumoto-chan gritar, e ela veio correndo até nós, nos enterrou naqueles peitos e começou a chorar – Finalmente! Ah, vocês são tão fofos juntos! Bem que nós estávamos precisando de um casamento para animar Seireitei, o último foi a tanto tempo e... - todos começaram a reclamar, xingar e gritar.

–MATSUMOTO! - gritou Hitsugaya Taichou, sobrepondo-se a todas as vozes – VOLTE PRA CÁ IMEDIATAMENTE, NÃO ESTRAGE O MOMENTO!

–Oh, desculpe, desculpe! - ela nos tirou daquele lugar e eu pude respirar. Renji não estava corado nem nada, não conseguia tirar os olhos de mim. Dava pra ver que ele estava nervoso – Continuem, por favor! - e ela voltou para o lado do seu Taichou

–Enfim... - Renji disse.

Eu não conseguia falar de tanta emoção. Minha garganta estava fechada, eu abria a boca mais nada saía. Fiquei só suspirando por um tempo.

–Bem, se você não vai dizer nada... - ele provocou, virou de costas e deu uns passos, olhando para mim de canto de olho – Acho que outra garota aceitaria, será que Rukia... - e continuou andando, dessa vez sem olhar para trás.

Rukia. Isso não era mais brincadeira. Fiquei com raiva, como ele ousa simplesmente cogitar dizer isso para mim? Idiota, idiota!

–Abarai – usei minha voz de Taichou, e o silêncio pairou de novo. Ele virou a cabeça para trás e me viu com o canto dos olhos – Volte aqui agora.

Ele simplesmente veio até mim de novo, com uma cara séria que com certeza zombava de mim.

–Ajoelhe-se – mandei. Ele, obediente, fez.

Ainda séria, dei minha mão para ele. Toda a raiva passou ao sentir o frio do metal no meu dedo, e um outro sentimento cresceu dentro de mim em segundos. Eu sorri, ele sorriu. Renji me abraçou e me ergueu. Nós nos beijamos ali mesmo, na frente de todo mundo. Eu estava tão feliz! O homem que eu amava estava me pedindo em casamento, na frente dos meus superiores! Eu estava um pouco envergonhada, mas muito feliz.

Separamos nossos lábios e olhamos um para o outro. O olhar dele me dizia muita coisa, mas principalmente alívio. De repente, uma chuva de aplausos e e gritos soou no ar. Olhei ao redor, e todos estavam de pé, de frente para nós, comemorando conosco. Renji me abaixou, beijou minha boca mais uma vez, e nós acabamos engolidos pela multidão. Os homens foram dar parabéns ao meu mais novo NOIVO, e várias garotas chegaram em mim chorando, me abraçaram e dizia que foi muito lindo, que nós éramos lindos e tudo mais o que se pode imaginar. Comecei a chorar também. Nanao-chan estava se acabando de chorar ao meu lado. Eu não conseguia conter o sorriso no meu rosto. O anel era tão lindo! Todas queriam vê-lo, faziam perguntas sobre o casamento, e tudo o mais.

Todos os Taichou e Fukutaichou nos cumprimentaram, Renji não soltou mais minha mão pelo resto do dia. Até o Yamamoto Taichou veio nos parabenizar, dizendo que um casamento era o ideal para dar uma animada em Seireitei. Todos estavam ansiosos, e eu também. A segunda melhor notícia do dia foi que Ichigo estava a salvo e já tinha recuperado os poderes shinigami. Ótimo! Estava tudo indo perfeitamente bem!

Já a noite, nos meus aposentos, eu estava saindo do banho quando comecei a chorar. Não sei por qual motivo, mas minhas mãos tremiam e eu sentia falta de ar. Me sequei e sentei na beirada da cama. “Porque estou chorando?”, me perguntei, “eu vou casar, eu deveria estar feliz”. Alguém bateu na porta. Assustada, levantei a cabeça, sequei o rosto e tomei um ar. Com certeza era Abarai.

–Pode entrar.

–Naomi-san? - ele falou, colocando a cabeça para dentro e procurando.

–Aqui – escondi meu rosto olhando para baixo, e tentei forçar um sorriso – Oi!

–Oi – Renji falou, vindo até mim e fechando a porta do quarto – Estou atrapalhando?

–Não, não – falei, e olhei para ele – Só ia me trocar.

–Ah... - ele me olhou direito e voltou a perguntar – O que houve?

–Como assim?

–Porque estava chorando? - ele se sentou ao meu lado e passou uma mão no meu cabelo, o pondo atrás da orelha.

–E-Eu não estava chorando – falei, corada.

–Seus olhos estão vermelhos e você está meio desanimada. O que foi?

–Ah... - bom, já que ele havia descoberto, não adiantava mais esconder – Sei lá, acho que estou nervosa – e sorri, sem graça – Pelo... Pelo casamento e tal... - corei.

–Também estou nervoso – Renji riu – Vai ser legal, não se preocupe.

–É, eu sei...

Deixei-me cair de costas na cama, e a toalha caiu para o lado, me deixando pelada. Que vergonha!!! Renji a pegou e puxou para cima de mim de novo, e então olhou meus olhos. Estavam um pouco tristes. Ué. Ele olhou para o meu corpo por um tempo, descobriu meu peito e o encarou por alguns instantes. Que sem vergonha!

–Naomi... - ele suspirou.

Seus dedos passaram de leve na minha barriga e foram subindo. A sensação era muito boa. Ele passou entre meus peitos, e parou três dedos na cicatriz bem no meio deles. Ah, entendi.

–Naomi – ele disse de novo, olhando para meus olhos dessa vez – Eu prometo que, depois que nós casarmos, você nunca mais terá uma ferida como essa. Eu prometo que ninguém nunca mais vai te machucar.

–Renji... - eu suspirei, emocionada – Você não pode prometer uma coisa dessas, afinal nós somos shinigamis e lutamos contra Hollows e...

–É por isso que eu treinarei e ficarei mais e mais forte a cada dia, para poder te proteger.

–Então eu ficarei mais forte também. Você me protege e eu te protejo, assim nós dois podemos ficar mais fortes. Combinado?

–Combinadíssimo – e ele me beijou – Ainda não acredito que vou casar com você.


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Notas finais do capítulo

-Renji-kun, seu lindo.
-Hahaha, eu queria que todo mundo visse! Me desculpe se te deixei envergonhada...
-Não tem problema. Só espero que tudo ocorra bem...
-É claro que vai dar tudo certo! Não confia no seu noivo?
-C-Claro que confio! Então, minna-san, comentem, para que nós possamos ter o casamento dos nossos sonhos!
-Lembrando que amanhã sai o último capítulo! Até mais, minna!
-Até!
^3^