Red Pineapple Of Dead escrita por ohhoney


Capítulo 5
Só porque você tem uma cara bonitinha


Notas iniciais do capítulo

YESSSS PRIMEIRO COMENTÁRIO DA FIC! :3 *dancinha sexy*
-Enfim, parem de timidez e deixem um comentário, Renji-kun fica bravo com vocês.
-Não fico não, pare de colocar palavras na minha boca, Naomi-san.
-Ai, Renji-kun, foi só uma brincadeira. Quando eu fizer greve de sexo você vai ver.
-hehehehehe... Tava brincando amorzinho! Te amo! E VOCÊS, SEUS BAKAS, COMENTEM OU VOU CHUTAR O TRASEIRO DE VOCÊS!
-Ui, não precisa ser tão grosso. Tem que pedir com carinho! Ca-ham, minna-san, por favor, comentem nessa linda história!
Beijinhos da Naomi-chan e do Renji-kun! ^3^



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Por sorte, a noite estava quente e o lugar não era longe da casa de Inoue. Chegamos lá em dez minutos.

–Moças – cumprimentou Kurosaki.

Os meninos estavam impecáveis. Ichigo usava uma blusa meio rosa com um casaco vermelho e calça jeans. Inoue suspirou quando o viu. Ishida usava uma blusa social branca com as mangas arregaçadas e calças pretas. Sado estava de blusa preta com duas listras vermelhas e uma calça azul escura. E Renji... Ah, Renji. Ele estava com uma camisa preta do meu irmão, uma jaqueta branca, calça jeans cinza e a faixa da testa preta. Meus shinigamis, eu teria um infarto. Eles coraram um pouco ao nos verem.

–Estão ótimas, meninas – comentou Ishida, arrumando os óculos.

–Vamos? - falou Ichigo, oferecendo a mão para Inoue. Ela timidamente pegou na mão dele.

Renji e Rukia conversavam animadamente, e eu estava morrendo de ciúmes. Ela fazia perguntas a ele, principalmente sobre amor. Renji, vermelho, disse que já estava gostando de uma garota, por isso não ficaria com ninguém. Fiquei muito feliz, enquanto Rukia pareceu triste. HÁ, TOMA ESSA!

Entramos no barzinho, estava meio cheio. A música bombava na pista de dança. Sentamos em uma mesa e comemos batata frita. Ficamos conversando, até que...

–Ah! Eu amo essa música! - disse Inoue, empolgada – Hazaki-san, vamos dançar! - ela me puxou pelo pulso.

–Ei, Inoue! - falei, enquanto agarrava a blusa de Rukia para tentar me segurar, mas ela acabou vindo também.

–Ei! - gritou Rukia, mas nós já estávamos na pista de dança.

Inoue balançava de um lado para o outro em movimentos ritmados, seu cabelo voando atrás de si. Com certeza muitos caras estavam olhando para ela. Aquela música tinha uma batida muito boa, então comecei a me soltar também. Rukia estava parada no meio da pista. Muita gente estava nos olhando. Eu estava me divertindo muito, estampava um sorriso no rosto e balançava para lá e para cá. Olhei para nossa mesa, e os meninos conversavam calmamente, menos Renji, que olhava para mim com aquela cara de BADASS dele. Mordi os lábios enquanto me movimentava, olhando para ele.

–Oi, gatinha – falou um cara à minha direita, puxando Inoue pela mão. Ele até que era bonito.

–Oi! Tudo bom? - Inoue falou inocentemente. Idiota.

–Tudo ótimo, por que não vamos ali conversar?

–Ah, mas essa música está tão boa...

Um grupo de garotos chegou perto de nós, cada um mais bonito que o outro. Eles nos olhavam com sorrisos nos rostos.

–Meninas, muito prazer! - um deles falou.

–Vamos pra lá, está muito barulho aqui.

–Melhor não, sabe como é – falei, virando o rosto e acertando meu cabelo em um deles.

–Ah, que isso, gatinha – seguraram meu pulso – Não faz isso.

–Ei.

A voz de Ichigo soou atrás de mim. O cara ainda pegava na mão de Inoue, e parou ao ver o ruivo perto de nós.

–Inoue... - ele perguntou, sério – Você conhece esse cara?

–Ah, Kurosaki-kun! - ela olhou para ele e corou – Não...

–Ele está te incomodando?

–Não, não...

–Quem é você? - perguntou o cara que segurava Inoue.

–Ichigo – ele apontou para si mesmo, e foi até o lado de Inoue. Colocou uma mão em sua cintura – O namorado dela. Agora, se não se importa...

–Namorado? - o cara pareceu surpreso, e logo tirou a mão dela – Desculpe aí, cara. Não queria...

–Só vá embora.

Dispensei o cara da minha frente, mas Rukia parecia gostar do segundo. Eles conversavam bem próximos, e logo estavam se beijando. Inoue ainda estava nos braços de Ichigo, que olhava o cara ir embora.

–Ah, Kurosaki-kun, obrigada – ela agradeceu, vermelha.

–Preste atenção nas pessoas, Inoue – eles ficaram um de frente para o outro, Ichigo ainda a segurando – Principalmente nesses meninos...

Inoue olhou para mim, pedindo ajuda. Balancei a cabeça, indicando que esse era o momento certo. Ela piscou para mim.

–Kurosaki-kun... - ela falou com a voz meiga.

–Sim?

–Eu... - ela colocou as mãos no peito dele – Obrigada de novo – e foi se aproximando devagar.

–Não tem problema... - Ichigo falou, parado no lugar, ainda com a mão na cintura.

As mãos de Inoue iam subindo, e já estavam no pescoço de Kurosaki. Com um impulso nos pés, ela se lançou para frente e seus lábios grudaram nos do garoto. FINALMENTE!

Ichigo ficou parado e com os olhos arregalados por causa da surpresa, ele tentou afastá-la, mas, vendo que ela não iria soltar, resolveu entrar no jogo. Pouco tempo depois, os dois se beijavam fervorosamente.

Ótimo. Na minha direita, Rukia e um cara estranho. Na esquerda, Ichigo e Inoue. Virei para trás, e Renji olhava para os dois surpreso. Sado estava sentado no bar com um copo na mão, conversando com uma garota ao seu lado. Ishida estava sentado na nossa mesa, só olhando ao redor. Voltei para frente, me sentindo meio solitária, e continuei dançando.

–Porque só nós não podemos fazer isso? - ouvi um sussurro na minha orelha. Era Renji. Meu coração pulou dentro do meu peito.

–Porque nós temos responsabilidades e não queremos ser expulsos de Seireitei – falei, virando de frente para ele – E mais, Rukia poderia dar com a língua nos dentes.

–Acho que ela está fazendo outra coisa com a língua dela... - ele olhou para ela com cara de nojo.

–Renji – eu precisava matar essa dúvida.

–Ahn.

–Você gostava da Rukia-san? - lancei. Ele ficou em silêncio, só me olhando – Responda.

–Sim – ele falou, sério – Mas não gosto mais dela.

–Espero que assim seja, porque hoje ela planeja chegar em você – falei, meio triste.

–Naomi-san, você está duvidando de mim e dos meus sentimentos?

–Não! - falei rapidamente – Não... É que... Ah, sei lá. Vamos dançar.

Puxei Renji para outro canto da pista de dança, e lá comecei a balançar perto dele. Fechei os olhos e me deixei levar pela música. Eu me sentia humana de novo. As pessoas me viam e falavam comigo, eu sentia necessidades básicas e era tratada como uma. Era ótimo, eu estava aproveitando muito. Infelizmente, eu teria que voltar para a Soul Society no dia seguinte. E talvez Renji não viesse comigo.

O garoto me olhava com aqueles olhos semifechados que eu tanto adoro, parado no seu lugar. Eu queria tanto tocá-lo direito, queria abraçá-lo e beijá-lo. Mas tinha muita gente por perto. Tirei os olhos do rosto de Renji e olhei para o lado. Ichigo e Inoue ainda estavam se agarrando na pista, Rukia conversava com Ishida, e Sado ainda estava no bar falando com a mulher. Rukia pegou Ishida pela mão e o levou até o bar. Ela sentou na cadeira alta. Virei para Renji, e ele continuava me olhando. Dei um sorriso sem graça para ele, e para tentar me controlar, olhei para o lado de novo. Rukia e Ishida se beijavam. Uau, Rukia estava com tudo hoje.

Continuei dançando na frente de Renji. Eu queria atacá-lo de uma vez, afundar meu rosto contra o dele, mas eu não podia. Olhei nos olhos dele, brilhantes e escuros. Seu cabelo vermelho balançava no rabo-de-cavalo alto, e alguns fios soltos voavam. Fiquei perdida no olhar dele, e não percebi que nós estávamos nos aproximando devagar e a ponta dos dedos dele estava firme e forte pregados na minha cintura. Antes de finalmente encostar nele, tive tempo de dizer:

–Renji... Não...

Mas já era tarde demais. Meu desespero era muito grande. Eu queria beijar Renji 24 horas por dia! Nossos lábios se tocaram gentilmente, e assim seguiu. Eu não tinha muita noção de tempo, então não sabia quanto tempo estava junto com ele ali. Meus pés doíam, pois eu tinha que ficar na ponta deles para poder alcançá-lo direito. Estávamos sem fôlego. Afastei-me dele lentamente, e encostei minha testa na dele. Nossos olhares se encontraram, e eu instintivamente sorri. Ele sorriu também.

–Renji! - falei, surpresa.

–Relaxa, ninguém viu. Todos estão muito ocupados – ele sussurrou.

Porém, eu sentia os pelos da minha nuca se arrepiaram, ou seja... Olhei para o lado. Ichigo e Inoue, Ishida e Rukia, Sado e até a mulher com que ele conversava olhavam para nós. Todos faziam uma cara de surpresa e espanto. Pronto, adeus Seireitei.

–Renji... - falei, alertando-o. Ele virou o rosto também.

–Bom, agora já era. Depois conversamos com eles, é o jeito.

–Abarai! - gritou Rukia. Ela chutou Ishida para o lado, saltou do banco e veio andando até nós com suas pernas pequenas. Ela o pegou pelo pulso e o arrastou para fora.

–Renji! - gritei em protesto.

–Naomi-chan – ouvi Inoue falando. Ela e Ichigo se aproximaram, ele atrás dela segurando sua cintura – Você e o Renji-kun estão juntos?

–Sim... Quer dizer, não! - corei – Não, não estamos juntos.

–Hazaki, nem dava pra perceber o quanto vocês se gostam – falou Ichigo. Fiquei sem saída e desculpas. Merda.

–Tá, tá, mas ninguém, absolutamente ninguém pode saber! - falei – Principalmente o povo da Soul Society...

–Pode deixar, Naomi-chan – Inoue bocejou e encostou sua cabeça no peito de Kurosaki – Que horas são?

–Duas e meia – Ichigo falou – Está tarde, temos que voltar logo.

–Povo – Ishida chegou e falou, arrumando os óculos – Tenho que ir para casa já.

–Eu também – falou Sado – Foi muito bom te rever, Hazaki-san. Apareça mais vezes, por favor.

–Claro, pode deixar. Boa noite, gente. Obrigada – sorri.

–Tchau! - Inoue e Kurosaki saíram, e depois ouvi Ichigo dizendo – Vou te acompanhar até em casa, está tarde e é perigoso...

Eu estava sozinha. Renji e Rukia haviam sumido da minha vista, então sentei na mesa e esperei. Cinco minutos depois, eles apareceram. Rukia veio, pegou sua bolsa e saiu. Simplesmente foi embora sem me dizer uma palavra. Renji sentou-se ao meu lado meio pra baixo.

–Que que ela queria? - perguntei, cruzando os braços sobre o peito.

–Ela foi me perguntar se a garota da qual eu disse que gostava era você, e disse que não confiava muito, e blá blá blá. Nada com muita importância.

–Sei... Melhor irmos andando, está tarde e amanhã eu preciso voltar para a Soul Society. Além do mais, estou com frio e sono.

–Certo, vamos então.

Ichigo tinha pago pelas batatas, então só saímos. Renji me deu o casaco dele. Caminhando pela rua, conversávamos calmamente.

–Conte-me o que Rukia falou com você.

–Não – ele respondeu, sério.

–Como não? Vai fazer com que eu banque a capitã aqui, Abarai?

–Naomi, isso não é justo, você sabe. Eu não posso recusar uma ordem direta!

–Exatamente, então estou lhe dando a opção de contar por vontade própria – ele olhou para o outro lado – Espera... - Renji abaixou a cabeça – Ela... Ela não tentou ficar com você, tentou? - ele continuou do mesmo jeito, afirmando o que eu disse – MALDITA! EU VOU MATÁ-LA!

–Não foi isso, Hazaki... - ele virou para mim – Ela disse que não acreditava nisso, e que eu estava apaixonado por ela um segundo atrás e que justamente quando ela começa a gostar de mim eu me apaixono por outra pessoa, e que você não é um bom exemplo, que te deram o cargo de Taichou só porque você tem uma cara bonitinha, e...

–Chega. Pare.

–Você queria ouvir, não queria?

–Agora já chega. Maldita...

Procurei nos meus bolsos a bolinha verde. Achei-a no fundo do bolso esquerdo, peguei-a com a ponta dos dedos.

–Vou matá-la, espere aqui. Volto em cinco minutos.

Joguei a bolinha na minha boca, e meu eu espiritual saiu. Eu segurava Hime com tanta força que minha mão sangrava. Eu iria matá-la, com certeza.

–Naomi! - ele segurou meu pulso, desesperado.

–Solte-me, Renji. Tenho assuntos a resolver – falei entredentes. Algumas gotas de sangue pingavam no chão.

–Então vá – ele soltou minha mão e olhou para meu corpo real – Qual seu nome?

–Ichiba... - falou meu corpo.

–Então vamos para casa – ele pegou na cintura dela e depois virou para mim – Não reclame depois do que eu fizer com o seu corpo, entendido? - e sorriu maliciosamente.

O corpo pode até ser meu, mas nenhuma mente impostora beijaria ou muito menos dormiria com Renji! Isso não! Rukia podia esperar, a oportunidade ainda surgiria.

–Abarai Renji – falei, com voz de Taichou – Volte imediatamente aqui!

Ele, obediente, voltou para perto de mim com um sorriso nos lábios.

–Sim, Hazaki Taichou?

–Largue essa menina – ele tirou as mãos dela e as colocou atrás do corpo. Aproximei-me do meu corpo, encostei nele e fui absorvida de volta. A bolinha verde pulou da minha boca na minha mão, e eu a guardei – Seu idiota, como ousa?

Renji só riu, e nós continuamos caminhando. Nossas mãos se esbarravam de vez em quando. Peguei no dedinho dele com o meu, e fomos assim para casa. Abri a porta. Felizmente dentro da minha casa estava claro por causa da luz da lua. Larguei minha bolsa no chão e fui para o meu quarto. Antes de fechar a porta, gritei para que Renji ouvisse:

–Tudo o que você precisa tem no quarto do meu irmão – e fechei a porta.

Rukia. Garota de merda. Ela iria ver. Xingando a garota baixinha, tirei minha roupa e deitei na cama de calcinha e sutiã. A coisa que mais mexeu comigo foi ela ter dito que Yamamoto Taichou me colocou de Taichou só porque tenho “uma cara bonitinha”. Vai se danar. Tenho certeza de que o velho não colocaria qualquer um nesse cargo, e mesmo que eu não tenha Bankai, tenho o mesmo nível de força que os Capitães. Não era justo!

Ainda resmungando, coloquei meu pijama: uma regata preta e uma calça cinza. Lavei o rosto e escovei os dentes, resolvi ir ver o que Renji estava fazendo. Fui até o quarto do meu irmão, Renji estava jogado na cama de barriga para baixo, sem camisa e com uma calça de flanela. Seu cabelo estava espalhado pelo lençol branco e o rosto virado para a parede. Sem falar nada, deitei-me em suas costas.

–Não acredito que Rukia-san gosta de mim. Eu esperei tanto tempo! E agora aquela idiota vem e me diz aquilo, justamente quando eu já gosto de outra pessoa.

–Então prefere fingir que não me conhece e ir lá com ela?

–Não gosto mais dela, então não há motivo – ele me olhou com o canto dos olhos – E você sabe disso.

Fiquei em silêncio, sentindo a pele quente dele contra a minha. Ali era confortável. Passei a ponta dos dedos nas tatuagens das costas de Renji, e senti ele se arrepiando.

–Adoro suas tatuagens – sussurrei no ouvido dele, e lhe dei um beijo na nuca.

Renji virou para a direita, e eu caí na cama ao lado dele. Rapidamente, ele se apoiou nos cotovelos, passou uma perna entre as minhas e começou a me beijar loucamente. Eu passava minhas mãos na sua pele, sentindo os músculos saltarem toda vez que ele chegava mais perto, mais perto, mais perto. Eu sabia que ele estava ficando excitado, pois respirava ofegante enquanto passava a mão pelo meu corpo. Mas eu estava alucinada. Eu queria mais.

Em dois segundos, arranquei fora minha regata e a joguei em um canto. Renji olhava para mim, surpreso, e passou rapidamente os olhos pelo meu corpo. Peguei o cabelo da nuca dele com força e o puxei para mim, grudando nossos lábios. O peito dele comprimiu-se contra o meu. Depois, fomos perdendo o ritmo e ficamos nos enchendo de selinhos. Estávamos cansados. Renji olhou para mim, fazendo carinho na minha bochecha. Meus olhos insistiam em fechar.

–Nós vamos dormir onde?

–Nós? Nós quem? Eu vou dormir no meu quarto e você... Aqui... - bocejei, fechei os olhos e não consegui mais abrir. Minha mente voou para longe em milésimos de segundos.

Deveria ser quase 3:30 quando consegui dormir. Estava acostumada a dormir cedo, lá pras 11:00, por causa das reuniões matinais na Soul Society. Tive um sonho agitado e acordei. Olhei ao redor. Os primeiros raios de sol iluminavam meu quarto. Deveria ser aproximadamente 5:00. Então Renji fizera exatamente o que eu tinha dito: ele dormiu no quarto do meu irmão e eu no meu. Mas eu queria tocar a pele dele de novo.

Levantei da minha cama meio tonta de sono. Coçando os olhos, caminhei pelo corredor e entrei no último quarto. Renji dormia de barriga para cima com uma mão na barriga e a outra pendendo pra fora da cama. Era muito engraçado. Ele roncava levemente. De fininho, cheguei perto da cama e sentei na beirada. Ele acordou.

–Ahn? Que? - ele parecia confuso.

–Renji, posso deitar aqui com você? - perguntei.

Ele não falou nada, só foi para a esquerda, deitou de lado e segurou o lençol para que eu deitasse embaixo. Sorri. Deitei ali. Um braço aproximou-me dele pela minha cintura. Encostei minha cabeça no peito dele, enquanto sua respiração balançava meus cabelos. O cheiro dele preenchia todo o lugar, era extasiante. Consegui dormir de novo. Era tão bom dormir com Renji!

Acordei de novo, dessa vez um pouco mais tarde. Olhei no relógio, eram 8:30, e eu estava deitada em cima de Renji, com a cabeça apoiada no peito dele. Ele respirava suavemente, fazendo-me ir para cima e para baixo. Tentando não me mexer, espreguicei-me.

–Já acordou?

–Uhum – e levantei a cabeça.

Ele olhou para mim e beijou minha cabeça.

–O café está na sala.

Levantamos e comemos. Vesti minhas roupas e fui devolver o gigai na Urahara Shop, enquanto Renji ia falar com Ichigo para saber das novidades. Nos encontramos em casa. Vesti meu uniforme shinigami, e estava quase saindo, quando Renji chega e me enche de beijos.

–Tenho que ir agora, deve estar amanhecendo na Soul Society – falei, pendurada no pescoço dele – Você volta quando?

–Não sei, talvez eu fique aqui mais um tempo depois volto para lá.

–Vê se não demora muito, por favor.

Dei um abraço nele. A despedida foi intensa. Mesmo que por um curto período, eu não gostava de ficar longe dele. Os dias eram vazios demais. Abri um portal na frente de casa, e dei-lhe um último beijo. Ele soltou minha mão devagar, virou as costas e foi embora. Deixei a chave de casa com ele, mas ele insistiu que ficaria junto com Urahara. Cheguei na Soul Society bem a tempo da reunião matinal. Encontrei com Kuchiki Taichou.

–Hazaki Taichou – ele me cumprimentou – Alguma coisa estranha no Mundo Real?

–Nada fora do normal.. - falei, porém pensei um pouco melhor e disse – Mas não tive nenhum sinal de Hollows nos dois dias que fiquei lá. Isso é muito estranho, já que a reiatsu do Ichigo atrai um monte deles.

–Compreendo.

E caminhamos em silêncio.

–Oh, está bonita com o cabelo solto, Hazaki Taichou – comentou Shunsui Taichou, logo que entramos na sala de reuniões do Gotei 13 – Deveria usá-lo solto.

–Obrigada, Shunsui-san – falei, meio envergonhada. Eu tinha esquecido meu elástico no Mundo Real, ele estava com meu gigai – Vou usá-lo solto mesmo.

–Ótimo, ótimo...

E mais uma reunião se seguiu, entediante como sempre. Hitsugaya Taichou estava meio avoado, percebi isso no momento que olhei para ele. Reportei a todos os acontecimentos do Mundo Real, e uma agitação estranha permaneceu no ar. Eu tinha a impressão de que todos sabiam o que estava acontecendo, menos eu. Para completar, Yamamoto Taichou pediu que eu ficasse para que conversássemos a sós.

Ele me falou que isso poderia ser parte do plano de Aizen, e que mandaria algumas pessoas para o Mundo Real para ficar de olho e ajudar na batalha que se seguiria. Ele disse para eu ficar em Seireitei e tentar liberar o meu Bankai o mais rápido possível com a ajuda de Ukitake Taichou. Concordei com os planos.

Naquele mesmo dia, pedi à Hinamori-chan que cuidasse do treinamento mais uma vez e pedi desculpas por estar ausente. Ukitake Taichou disse para nos encontrarmos na clareira da floresta ao Norte de Seireitei. Fui para lá depois de tomar um banho e trocar de roupa. Ele me esperava sentado à sombra de uma árvore.

–Ah, finalmente – e tossiu um pouco.

–Está tudo bem, Ukitake-san? - perguntei, desembainhando minha espada.

–Sim, relaxe. Bom, vamos começar. Primeiro, você sabe o nome da sua zanpakutou, certo?

–Sim, Hime.

–Ótimo. Você já parou para conversar com ela alguma vez?

–Quase todo dia. Quando preciso desabafar, converso com ela. Ela é bem simpática.

–Entendo... Bom, dessa vez parece que ela não vai ser – ele tossiu de novo e se levantou – Quero que você faça uma coisa.

–Estou ouvindo – uma gota de suor escorreu pelo meu pescoço.

–Sente-se e converse com ela. Mas, dessa vez, peça para que ela mostre o Bankai. Se ela se recusar, você terá que enfrentá-la.

–Mas... Não há outro jeito? - perguntei. Não queria ter que enfrentar Hime.

–Não, não há. Então comece.



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Notas finais do capítulo

-É isso aí, melhor comentarem mesmo!
-Renji! Já falei que não precisa ser grosso. Estou de greve de sexo até semana que vem!
-NÃO, ESPERA! VOLTA, NAOMI-CHAAAAN, PORFAVORNÃOMEDEIXESEMSEXO! Acho que vou morrer. Culpa de vocês, leitores! Comentem para que a minha Naomi-chan saia da greve, POR FAVOR, EU IMPLORO! NAOMI-CHAN, VOLTE AQUI! ...