Red Pineapple Of Dead escrita por ohhoney


Capítulo 4
Afinal, eu sei que ele sempre gostou de mim


Notas iniciais do capítulo

Ops, desculpe a falta de atualizações hehe ^.^ mas tudo bem, Abarai-kun voltou para a felicidade de todos ♥



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Expliquei ao Kuchiki Taichou meus motivos para ir ao Mundo Real, então eu e Renji fomos. Atravessamos o túnel correndo, e logo demos em Karakura. Paramos na frente da casa dos Kurosaki. Ichigo estava virando a esquina, quando Renji trombou com ele.

-Ei! - gritaram os dois – Ah! - e depois, quando se reconheceram.

-Ichigo! E aí? - falou Renji, com um sorrisinho de canto.

-Andou sumido, Renji – falou Ichigo, apertando a mão do companheiro.

Como assim aquele ruivo filho da mãe não iria me cumprimentar depois de tanto tempo? Pigarreei.

-Quem está aí? - perguntou Ichigo, procurando a origem do barulho.

-BAKAAA! - dei um chute nele. Ichigo saiu gritando e bateu no muro – Como ousa não me reconhecer, Kurosaki? É assim que você trata velhos amigos?

-Ahhh, Hazaki! - ele sorriu e correu até mim. Me deu um abraço rápido – Que roupa é essa? Não me diga que...

-Capitã SUBSTITUTA, tá? - me gabei, rindo.

-Er, Ichigo – falou Renji, obviamente cortando nosso papo – Por acaso aparecem muitos Hollows por aqui?

-Apareciam até ontem, mas hoje pararam repentinamente. Acho que a sua feiura deve tê-los espantado.

-Tá querendo apanhar, Kurosaki? - Renji o ameaçou. A cara de BADASS estava impecável – Não perderei dessa vez.

-Cale a boca, idiota.

-Enfim – falei, anulando o momento constrangedor – Tenho que ir até a minha casa pegar umas coisas. Está com a chave, Kurosaki?

-Claro.

Ele jogou um molho de chaves.

-Eu vou junto – anunciou Renji com uma certa empolgação na voz.

-Ótimo. Até mais, Hazaki, Renji.

-Até.

Nos despedimos. Caminhamos pelas ruas em silêncio, e finalmente chegamos à esquina da minha rua. Não havia iluminação e estava deserta. O único barulho era o dos nossos sapatos. Chegamos à minha casa. Estava escura, é claro, mas parecia em ordem. Subimos a pequena escada e enfiei a chave na fechadura. Renji colocou as mãos na minha cintura e beijou meu pescoço. Um arrepio percorreu meu corpo. Girei a chave, virei a maçaneta e entramos.

-Fique à vontade. Não sei se ainda tem energia, mas ainda está claro.

-Você se importa se eu tomar um banho? - ele sussurrou no meu ouvido. Tesão.

-Se não tiverem cortado a água... Deixe-me pegar uma toalha para você. Pode ir para o meu quarto, primeira porta à direita.

Minha casa até que era grande. Claro, eu morava com meus pais e mais um irmão mais velho. Ambos mortos no acidente de carro do dia do meu aniversário de 14 anos. Eu sobrevivi, mas depois acabei morrendo atropelada. Procurei uma toalha no armário do corredor. Peguei a maior, claro, porque Renji era grande.

Entrei no meu quarto, e Renji estava deitado na minha cama sem a parte de cima do uniforme e o cabelo solto. Aquela visão fez borboletas nascerem no meu estômago. Era a primeira vez que um garoto entrava no meu quarto. Ele analisava uma fotografia. Sentei ao lado dele na cama.

-Sua família? - ele perguntou, me mostrando a foto e sentando ao meu lado

-Sim. Aqui sua toalha.

-Obrigado.

Renji tirou a Zabimaru e a apoiou no canto. Com a toalha pendurada no ombro, entrou no banheiro do meu quarto e nem se incomodou em fechar a porta. Talvez ele tenha só esquecido. Levantei e encostei a porta.

-Se precisar de alguma coisa, estou aqui. Vou conversar um pouco com a Hime.

-Ok – e ligou o chuveiro. Pelo menos ainda tínhamos água.

Sentei na minha cama na posição e coloquei Hime no meu colo. Fechei os olhos e me concentrei. Pudia sentir que eu estava indo para outro lugar. Minha mente vagava longe, e de repente estava de frente com um palácio. Entrei, e lá estava Hime: uma mulher bonita, de cabelos pretos e olhos verdes, com um kimono preto e vermelho e um laço vermelho nos cabelos. Ela dormia nas almofadas. Eu não queria perturbá-la, então resolvi voltar. Ela estava em paz. Abri meus olhos e Renji estava parado na minha frente, o rosto bem próximo ao meu, só de toalha.

-Conseguiu? - ele perguntou. O cabelo molhado grudava no rosto dele.

-Ela... Ela está descansando. Melhor deixá-la em paz. Ela fica irritada quando é acordada. A água estava quente?

-Não. Mas foi bom um banho gelado – ele levantou e saiu procurando o uniforme. Quando encontrou as calças, tirou a toalha fora bem na minha frente.

-Renji! - gritei, virando o rosto. Pelo menos ele estava de costas.

Virei o rosto de novo, e ele estava do meu lado, sem camisa, beijando-me. Ele passou a mão na minha cintura, e me colocou em cima dele enquanto deitava. Ai, meus shinigamis. Ai, meus shinigamis. Não, isso não.

-Renji – falei como um sinal de aviso.

-Não vou fazer nada que você não queira, Naomi-chan. Não posso nem te beijar?

-Claro que pode, mas... Bom, você sabe. Qualquer gracinha, eu vou ter que bancar a Capitã – ele apertou minha cintura.

-Pode deixar, Hazaki Taichou – ele debochou, com aquele sorriso matador.

Como resistir àquele sorriso?

Renji voltou a me beijar, dessa vez com mais vontade. Eu estava deitada em cima dele, passando a mão na sua barriga definida. Renji pegava no meu cabelo, mexia no meu uniforme, fazia carinho, beijava meu pescoço, me deixava excitada. Acabei tirando a parte branca do uniforme, o colete de capitão, mas foi só isso. Meus lábios já estavam meio dormentes depois de tanto beijá-lo. Eu estava com uma sensação desconhecida.

Ele foi forçando para o lado, até que ele estivesse com o tronco em cima de mim e as pernas para a esquerda, enquanto as minhas estavam para a direita. Ele se apoiou nos cotovelos para poder olhar para mim. Quando abri os olhos, já estava escuro. Eu conseguia discernir os contornos de Renji na escuridão.

-Acho que você deveria usar seu cabelo solto, sabia? - falei, passando a mão na cortina vermelha que tapava nossos rostos – Ele é muito bonito. Gosto da cor.

-Eu digo o mesmo. Por mais que eu adore seu rabo-de-cavalo, gosto de ver essa maré negra. Ele tem um ondulado muito sexy.

Com a mão no pescoço dele, puxei-o para mais um beijo. Dessa vez foi diferente. Era mais ardente, com mais desejo, mais empolgação, mais fogo. Renji passava a mão no meu corpo e eu gostava, eu me sentia bem. Ele pegou na minha coxa e a apertou com vontade. Gemi de dor na boca dele. Fiquei muito excitada. Afrouxei a faixa branca que prendia meu uniforme, e ele o abriu. Eu estava só com uma camisa branca por baixo, mas era o suficiente para que eu pudesse sentir os músculos dele contra minha barriga e peitos. Isso estava ficando quente demais para o meu gosto. Renji ia subindo a mão devagar pela minha barriga em direção aos meus peitos, mas coloquei minha mão sobre a dele, dando um sinal.

Ele atacou meu pescoço. Vários arrepios me preenchiam, principalmente quando ele mordeu e puxou a pele perto da minha clavícula. Foi subindo até a minha orelha, e mordeu o lóbulo. A respiração quente e acelerada dele movimentava o cabelo daquela região.

-Naomi-chan – ele falou.

-Fala.

-Nós temos que passar na Urahara Shop antes de mais nada. Temos que pegar nossos gigais.

-Agora? - falei.

-Sim.

Acendi as luzes, nos arrumamos, separei umas roupas minhas e do meu irmão para Renji, e fomos. Estávamos na rua principal, quando ele vira para mim e pergunta:

-Naomi-chan, não vai ser meio estranho se uma garota morta como você aparecesse do nada?

-Ahh, não se preocupe. Todos pensam que eu estou viajando, ninguém sabe que morri. Fiz Ichigo sumir com o meu corpo – e sorri para ele.

-Entendo... - ele falou e passou a mão no cabelo.

-Renji – falei.

-Fale.

-É que... - chutei uma pedra na rua – Bem, não seria muito bom para nós se nos vissem juntos, sabe como é – corei um pouco – Não que eu esteja desprezando sua presença, é que nós temos reputações a zelar. Se algum shinigami da região nos vir juntos...

-Relaxa, eu entendo. Não se preocupe, não vou manchar sua reputação, Taichou.

Continuamos andando, até que chegamos na Urahara Shop. Renji aproximou-se e bateu na porta. Logo, uma menininha de cabelos pretos e cara tristonha apareceu.

-Ah, Renji-san. O patrão estava esperando por você – ela olhou para mim – Podem entrar – passamos pela porta, tiramos nossos sapatos – Meu nome é Ururu, bem vinda.

-Obrigada. Meu nome é Hazaki Naomi, muito prazer.

Renji foi me guiando pela loja. Estava claro, e eu ouvia alguns ruídos nos fundos da loja. Nós passamos por uma porta, e demos de cara com algumas pessoas sentadas em volta de uma mesa.

-Ah, Renji-san, você veio! - falou um homem de roupa preta, um chapéu verde e branco e cabelo loiro.

-Eu vim. Viemos pegar nossos gigais, Urahara. Eles estão aí?

-Claro, claro. Abra aquela porta ali que o seu está lá dentro. E essa moça aí?

-Oi – falei.

-Teremos que criar um gigai para a senhorita! - ele levantou, remexeu nos bolsos e tirou um potinho – Aqui, engula uma dessas.

-Tá... - peguei o pote e tirei uma bolinha verde de dentro.

-Nem perguntei seu nome, como sou mal educado.

-Hazaki Naomi.

Engoli a bolinha. Alguma coisa dentro de mim se agitou, e eu acabei vomitando a bolinha de volta. Quando ela pingou no chão, um clone meu apareceu e eu fui puxada para dentro dele. Quando percebi, estava pelada na frente de todo mundo. Pelo menos eles viravam o rosto de maneira respeitosa.

-Urahara! - gritei, virando de costas.

-Desculpe, desculpe. Ururu, vá pegar algumas roupas para Hazaki-san.

-Não precisa, eu trouxe as minhas.

Urahara estendeu a mão, que segurava uma toalha. Peguei-a, furiosa. Enrolei-me, peguei minha bolsa no chão e fui para outro aposento. Unf.

Depois de vestida, voltei a mesma sala. Eu vestia uma calça jeans, uma blusa azul caída em um dos ombros e tênis. Como meu cabelo era muito grande, o prendi em marias-chiquinhas. Renji já estava em seu gigai, mas as roupas eram ridiculamente grandes demais para ele.

-Naomi-chan, diz que você pegou roupas para mim, por favor – ele choramingou, tentando manter o tecido em seu corpo.

Joguei a mochila para ele. Ele se trocou, vestiu a calça jeans, a camiseta branca com detalhes pretos e o casaco preto, e nós fomos embora. Ainda estava cedo, então resolvemos passar na casa dos Kurosaki para uma visita. Porém, no meio do caminho, encontramos Inoue.

-Oi, Renji-kun! - ela gritou e veio correndo. Parou quando me viu – Na-Naomi? - ela perguntou, estranhando.

-Eu mesma. Você também se esqueceu dos velhos amigos, é isso?

-Hazaki-saaaaaaaan! - ela veio correndo até mim e me apertou contra seus peitos – Que saudades! Como você está? Seu cabelo está enorme! Por onde andou? Nunca mais apareceu por aqui, achei que tivesse esquecido de mim...

-Orihime-chan, desculpe ter sumido! - falei, separando ela de mim – É que... Eu não fui viajar, na verdade eu morri.

-O queee? - ela perguntou e seus olhos se esbugalharam.

-É, eu morri e fui para a Soul Society. Virei shinigami e vim fazer uma visita!

-Ahhh, que bom! Acho que todos nós deveríamos sair e comemorar! O que acha, Abarai-kun?

-Seria ótimo. Estávamos indo para a casa do Ichigo. Sabe onde estão o Sado e o Ishida?

-Eles estão lá! Eu estava indo para lá também! Ebaaa, vamos todos juntos!

E partimos para a casa do Kurosaki. Inoue era minha melhor amiga quando eu era viva, nós sempre fazíamos comidas diferentes e dormíamos na casa uma da outra. Tínhamos muito em comum. Ishida nunca falou comigo direito, eu o achava meio estranho. Sado tinha muito respeito por mim por causa do dia em que estava se afogando e eu pulei no rio para salvá-lo. Queria ver meus amigos de novo.

-Kurosaki-kun! - gritou Inoue perto da janela do quarto de Ichigo, e o garoto apareceu.

-Podem entrar! - ele berrou de volta.

Tiramos os sapatos e fomos para o quarto de Ichigo. Sado e Ishida já estavam lá. Eles ficaram surpresos ao me ver, então tive que explicar tudo para eles, desde o atropelamento ao cargo de Capitã. Inoue contou que nós iríamos sair para comemorar minha volta, então sugeri que fossemos a um barzinho que tinha uma pista de dança, assim eu poderia voltar a me sentir um pouco humana. Rukia estava cuidando de um Hollow nas proximidades, então foi convidada também. Nada contra ela, mas nosso relacionamento era meio estranho. Eu até que gostava da Rukia.

Então ficou decidido: os meninos, Ichigo, Sado, Renji e Ishida iriam se arrumar aqui, e as meninas, eu, Inoue e Rukia iríamos para a casa da Orihime. Ainda eram seis horas da tarde, porém estava um pouco escuro. Iríamos sair hoje mesmo, estávamos empolgados. Nos encontraríamos na esquina da rua do bar.

Na casa de Orihime-chan, eu estava me maquiando, quando Rukia entra pela porta. Nos cumprimentamos e ficamos conversando. Soltei meu cabelo e o arrumei. Eu estava com um vestido vermelho até metade da coxa, um laço da mesma cor no cabelo e uma sapatilha preta. É, estava bonitinho. Inoue iria com uma blusa brilhante decotada e uma saia, Rukia iria de shorts jeans e uma blusa tomara-que-caia amarela. Estávamos ótimas.

-Ei, Naomi-san... - falou Orihime, enquanto Rukia estava na sala vendo TV – Posso te pedir um conselho?

-Claro, fale.

-Eu... - ela falou, tímida – Como eu posso chegar no Kurosaki-kun?

-Tipo, chegar... Chegar? - perguntei, dando um ênfase na última palavra.

-Isso mesmo.

Uou, Inoue queria chegar no Ichigo! Finalmente! Depois de tanto tempo escondendo, ela iria para cima dele de vez! YAY!

-Bom... Eu notei que ele te considera muito, Inoue-chan, e talvez até goste um tantinho de você. Então acho que... Acho que se você simplesmente chegar nele e beijá-lo, ele não vai recusar.

-Do que estão falando aí? - gritou Rukia da porta – Vai chegar no Kurosaki, Inoue?

-Kuchiki-san! - ela falou, e corou.

-Não tem problema, eu não vou falar pra ninguém. Eu estou pensando...

-No que, Rukia? - perguntei, enquanto me olhava no espelho.

-Acho que vou chegar no Renji – meu coração parou por um instante – Afinal, eu sei que ele sempre gostou de mim...

-Ah, isso é ótimo, Kuchiki-san! - disse Inoue.

-Mas... - falei – Mas Rukia, o Ishida que gosta de você, não o Renji – fiquei calma.

-Ishida? - ela falou, e colocou a mão no queixo, pensando – É... Até que ele não é feio. Mas eu ainda prefiro o Renji, sabe como é. Se bem que eu amo morenos...

-Ishida está totalmente caído por você, Rukia – joguei, esperando que ela mordesse a isca.

-Tem certeza? - ela falou. Tentei controlar os tremores nas minhas mãos.

-Sim, dá pra ver o jeito que ele te olha. Se você chegar, ele não vai recusar.

-Verdade, eu percebi isso também – disse Inoue – E você, Naomi-chan? Não vai ficar com ninguém essa noite?

-Não, não... - queria falar que ficaria com o Renji, mas não pudia. Primeiro, porque ficaria na cara que eu estava mentindo para Rukia. Segundo, ela é uma shinigami, e com certeza abriria a boca sobre isso – Estou bem assim.

-Tem certeza? - disse Rukia, colocando um braço nos meus ombros – O Sado é bonitão...

-Estou bem. Não se preocupem. Melhor irmos, já são oito horas. Os meninos já devem estar lá.

-Então vamos.


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