All I Want Is You escrita por Carol Munaro


Capítulo 21
Vou sentir sua falta


Notas iniciais do capítulo

Ooi. Gente, to entrando em desespero. Os acentos e pontos nao tao entrando aqui no meu note. Eu nao tenho ideia de como vou fazer pra concertar isso. A sorte eh q o capitulo ja tava pronto. Mas enfim, boa leitura.



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~Lily on~

Eu ainda não acredito que ele não ia me contar. Tava agora no meu quarto e fazendo a ultima coisa que eu pensei que faria por um garoto. Chorando. Alguém bateu na porta.

- Sai!

- Lily, deixa eu entrar. – É, era ele.

- Vai embora! – Ele tentou girar a maçaneta e abrir a porta, mas eu tinha trancado.

- Abre a porta. Por favor.

- Não.

- Deixa de ser infantil. Você nem deixou eu falar!

- Então fala!

- Eu ia te contar. Eu juro que ia. Mas eu não sabia como. – Ele ficou quieto. – Eu não imaginava que você ia saber por outra pessoa sem ser eu. – Levantei e fui até a porta, mas não abri. – Eu to falando sério. – Abri a porta e ele olhou pra mim. – Acreditam em mim? – Mordi a parte de dentro da bochecha.

- Você ia mesmo?

- Claro que eu ia. – Abracei ele.

- E agora?

- Bom, eu vou ajudar a cuidar da criança, lógico.

- Você vai voltar com ela?

- Não. – Ele me pegou no colo, fechou a porta. – Não tem como eu voltar com ela sendo que a gente tá junto. – Ele me colocou na cama e deitou do meu lado.

- Não completamente junto. – Disse rindo e ele riu também.

- Pra você. Porque pra mim a gente tá mais que junto. – Arqueei uma sobrancelha.

- Como assim?

- Eu te apresentei pra minha vó! – Eu ri e ele riu junto. – Acredite, se eu não gostasse de verdade de você, eu não teria feito isso. – Sorri e ele sorriu de volta.

- Então agora somos que nem aqueles casaizinhos melosos que andam de mão dadas, que usam aliança e vão pra tudo quanto é lugar junto?

- É divertido ser um desses casaizinhos melosos. – Fiz uma careta e ele riu. – Mas só se for com você. – Ele disse e me deu um selinho. Sorri. – Vamos. O pessoal tá esperando a gente lá em baixo.

- Vamos onde?

- Não sei ainda. – Ele desceu e eu me arrumei. Desci depois.

- Eu não quero ir no boliche ou no cinema. – Disse descendo as escadas.

- E por que não?

- Enjoei.

- Vai se acostumando. Morar em cidade pequena é assim. – Fiz uma careta.

- A gente podia esquiar. – Derek sugeriu.

- Eu tenho medo. – Falei.

- Medo de que? – Megan perguntou.

- De altura. – Disse.

- Para de ser cagona. Vai ser divertido. E a gente não vai em pé. Vamos sentados naqueles trocinhos. – Katy disse. Me amam.

- A gente vai tá junto. – Derek disse no meu ouvido e eu sorri.

Já tínhamos chego lá no local que dava pra esquiar. Katy e Ryan já tinham descido e tavam subindo pra ir de novo. Megan e Drew foram. Os próximos eram nós!

- Eu não quero mais ir. – Disse e virei pra sair da fila, mas o Derek segurou no meu braço e me puxou de volta.

- Quer sim. Eu vou na frente ok? Senta ali.

- Não! – Ele riu.

- Para de drama. Senta logo. – Sentei na bagaça. Eu vou morrer! Ele sentou na minha frente. – Pronta? – Agarrei ele pela cintura. – Lily, eu preciso respirar.

- Não! – Ele riu.

- Eu vou morrer então.

- Quem vai morrer sou eu! – Senti um impulso e o troço tava caindo. Eu comecei a berrar. Meu Deus, que mico! Todo mundo lá em baixo tava olhando e rindo da gente. Senti o troço parar e abri os olhos.

- Morreu? – Ele perguntou rindo. Dei a língua pra ele. – Quer ir de novo? – Olhei com cara feia pra ele.

- Tá cheio de gracinha hoje né. – Ele riu. Voltamos pra casa um tempo depois. Eu tava sem clima pra nada. Tenho só dois dias aqui. Meu celular apitou e apertei pra abrir mensagem.

“Você vem sexta de manhã ok? Já falei com seu pai e sua passagem já tá comprada.”

Era minha mãe. Lógico. Taquei o celular do outro lado do quarto e fui tomar banho.

Escutei o despertador tocar em algum canto do meu quarto. Hoje é quinta-feira. Depois da mensagem da minha mãe passei o resto do dia trancada no quarto. Não saí nem pra jantar. Mas enfim, hoje é meu ultimo dia aqui. Lógico que eu vou voltar em janeiro, mas não é a mesma coisa. Mesmo eles não fazendo planos na minha frente, eu sabia que todo mundo ia viajar junto no ano novo. E enquanto eles vão estar juntos se divertindo, eu, provavelmente, vou ficar trancada na casa da minha mãe com aquele projeto de prostituta me enchendo o saco.

Levantei. Peguei meu celular, que ainda tava tocando a musica do meu despertador e tava em baixo da mesinha onde fica o notebook, desliguei e fui tomar banho. Coloquei uma calça jeans, um moletom e uma blusa por baixo. Peguei minhas coisas e desci indo pra sala. Fiquei lá esperando o Ryan.

- Já tomou café? – Ele disse descendo.

- To sem fome. – Ele me deu um beijo na bochecha.

- Fazer greve de fome não vai adiantar muita coisa. – Ele disse numa tentativa falha de me fazer sorrir. Como eu não falei nada, ele foi pra cozinha. E voltou um tempo depois. – Você sabe que as panquecas do pai são as melhores. – Virei pra ele e ele tava trazendo uma bandeja.

- Eu não to com fome, Ryan.

- Tá sim. Para de graça. Vai, abre a boca. – Cara... ele tava tentando dar comida na boca de uma guria de 16 anos. Eu tive que rir.

- Acho que eu sou meio grandinha pra isso. – Ele riu fraco ainda segurando o garfo. Abri a boca e comi. Lógico que o resto da panqueca eu comi sozinha.

- Tá pronta? – Assenti com a cabeça e fomos pra escola.

- Sabe que horas é o meu voo amanhã? – Falei um tempo depois que ele já tava dirigindo. Eu não tinha visto meu pai, então eu não sabia.

- As 08h30.

- 08h30?! – Praticamente berrei. – Pra que tão cedo assim?

- E você vai perguntar pra mim? – Bufei e não falei mais nada. Chegamos na escola e eu entrei, indo pro meu armário.

- Oi. – Derek disse me abraçando por trás e me dando um beijo na bochecha. Sorri fraco.

- Oi. – Disse me virando de frente pra ele e dando um selinho.

- O que foi?

- Essa hora amanhã eu vou tá chegando no aeroporto.

- Mas seu voo não é a tarde? A gente até marcou algo pra fazer pra sua despedida.

- Ela mudou o horário e já tinha falado pro meu pai comprar a passagem.

- Sua mãe tá de implicância. Não tá não? – Revirei os olhos.

- Óbvio que tá. – O sinal tocou. – Tenho que ir pra sala agora. – Ele fez uma careta.

- Não. – Ri.

- Tenho que ir. E você também.

- Não tenho não.

- Derek!

- Tá eu sei! Provas finais e blahblahblah. – Ele me deu um selinho e foi quase se arrastando pra sala dele. Ri e fui pra minha.

- E você e o Derek? – Katy me perguntou um tempo depois que nós duas já tínhamos terminado a prova de hoje.

- Estamos bem.

- Tão namorando ou ficando ainda? – Sorri.

- A gente tá namorando.

- Awn. – Ela disse fazendo uma cara de fofa, ou tentando, e eu ri.

- É, mas eu não sei quando eu vou ver ele de novo depois de amanhã né.

- Pensa positivo! O Ryan tá tentando convencer seu pai a ele falar com tua mãe pra você passar o ano novo com a gente. E você é uma pessoa livre, pode passar o resto das férias aqui.

- Katy, eu não quero passar as férias. Eu quero passar o ano todo aqui.

- Melhor as férias do que nada. – Ela disse e eu tive que concordar.

Libertação dos escravos! Quer dizer, pra escola inteira menos pra mim. Como eu vou ter que ir embora amanhã de manhã, vou ter que fazer a prova depois do intervalo.

- Tu demora pra fazer a prova? – Ryan me perguntou.

- Demoro o tempo normal ué.

- Quer que eu te espere?

- Não precisa. Eu vou sozinha.

- Então, a gente vai indo. – Katy disse. Me despedi de todos, terminei de comer o sanduiche e fui em direção a sala dos professores. Não sabia onde ia fazer a prova ainda. Bati na porta e o senhor Steven, professor de literatura, abriu.

- Eu vim fazer a prova.

- Ah sim. A diretoria falou de você. Pode entrar. Você vai fazer aqui na sala dos professores. – Bacana. Todos eles em um só lugar e eu no meio. Me senti um pássaro pequeno e indefeso num ninho de falcões. Ok, não é pra tanto. Me sentei numa mesa e ele me deu a prova.

E finalmente, acabei! Entreguei a prova pro senhor Steven e saí da sala dos professores indo embora.

- Oi Lily. – Disse alguém do meu lado quando eu já tava na metade do caminho. Era a Ellen. Na outra vida, eu devo ter cometido o pior dos pecados.

- Oi.

- Já tá sabendo da novidade? – Ela não vai fazer isso... – Você vai ser madrasta! Não é fofo?

- Uh. Muito fofo.

- To louca pra saber se é menino ou menina. Acho que o Derek quer um menino primeiro.

- Hm.

- Quando nascer, eu falo pro Derek mandar uma foto pra você, já que ninguém sabe se você vai tá aqui ou não. – Parei e olhei pra ela. - Alias, como vocês vão continuar juntos, hein?

- Escuta aqui, garota. Eu não aguento mais você enchendo a minha paciência. E sinceramente, eu to até duvidando que esse filho realmente seja do Derek. Já que você é mais rodada que catraca de ônibus lotado. E outra, você não tem direito nenhum de praticamente esfregar na minha cara que tá gravida do garoto que eu gosto. Alias, como se ser mãe aos 17, 18, sei lá, fosse algo pra se ter orgulho. E enquanto o Derek é meu, você vai ficar sozinha e barriguda ainda por cima! – Virei as costas e voltei pra casa. Ouvi ela resmungar umas coisas, mas nem liguei. Cheguei em casa e a Katy tava lá. – Preciso de ajuda.

- Pra que?

- Arrumar minhas malas. - Subimos e comecei a tirar as coisas do meu closet.

- Tá fácil a prova? – Falei tudo que ia cair pra ela.

- E vai ter a redação.

- Sobre o que?

- A mídia atualmente, um troço assim. Ah, encontrei a Ellen no meio do caminho. – Ela parou de dobrar as blusas e olhou pra mim.

- Ela te disse o que?

- Ela tá querendo esfregar na minha cara que ela vai ter um filho dele e eu não. – Graças a Deus não vou ter.

- Falou um monte pra ela? – Eu ri.

- Falei.

- Ela ficou com cara de tacho?

- Ficou.

- Então tá ótimo! – Ela me ajudou a terminar de arrumar tudo e descemos.

- O que aconteceu aqui? – Perguntei pra Megan vendo os móveis da sala num canto e três colchões de casal espalhados.

- Os meninos resolveram passar a tarde vendo filme.

- Alguém almoçou já?

- Não. Eles tão fazendo lanches. – Eu e a Katy nos entreolhamos.

- E você confia naqueles três na cozinha? – Katy perguntou e ela deu de ombros. Um tempo depois eles voltaram com bandejas nas mãos.

- Eu to com medo de ter diarreia. – Disse e as meninas riram.

- Engraçadinha. – Ryan disse e mordeu um pedaço do sanduiche. – Não tá ruim.

Passamos uma tarde divertida juntos. A gente mais riu e bagunçamos do que vimos qualquer um dos filmes. Foi mais como um “até logo” ou “até semana que vem”, do que um “até algum dia”.

Depois que o povo saiu, sobrou pra mim e pro Ryan arrumar tudo. Até que não tinha tanta coisa pra arrumar, já que os meninos já tinham tirado os colchões da sala e colocados os móveis no lugar. Enquanto o Ryan levava os colchões lá pra cima, eu fui lavar louça. Senti alguém me abraçar por trás e senti seu perfume. Sorri.

- Pensou que eu tinha ido embora? – Ele perguntou no meu ouvido.

- Sinceramente? – Ele assentiu. – Pensei.

- Eu não ia sem dar tchau pra você. – Sorri e ele beijou minha bochecha. Depois começou a secar a louça. Ele não falou nada e eu também não. Em qualquer assunto que a gente tocasse iria acabar no “não sei quando vou te ver” e nós dois sabíamos disso. Terminamos de limpar a cozinha e subimos. Deitamos na minha cama e ele ligou a televisão. Deitei no peito dele e ele começou a fazer carinho na minha cabeça.

- Vou sentir sua falta. – Ele disse depois de um bom tempo que já estávamos ali, e do nada. Olhei pra ele.

- Também vou sentir a sua. – Ele passou a mão pelo meu rosto fazendo carinho me fazendo sorrir de leve, e então me beijou.


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Notas finais do capítulo

Xoxo, mores.



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