Who Owns My Heart? escrita por Alecrim


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Não demorei tanto para postar esse capítulo, viram? u.u
Bom, pelo visto, o Natal vai ser no capítulo 12°! Ou no 13°! Mas farei o possível para não me atrasar tanto, já que já estou escrevendo o capítulo 11 ~le eu ficando adiantada
É isso aí, gente! Espero que gostem, e Boa leitura!
AMO VUXÊS! :3



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Que lixo de lanchonete. Eu faço o meu pedido às oito da noite, e às nove eles me ligam falando que acabou o pão de gergelim. Tipo, porra, traz o pão que tiver. Eu tô com fome.
Aproveitei que eles deram uma espera de mais 10 minutos, e subi até o quarto de Cindy para pegar o meu notebook.
Ainda bem que a porta não estava trancada. O quarto estava bem escuro, mas tinha uma luminária acesa, o que me deu mais facilidade para encontrar o computador.
Cindy e Allan estavam dormindo lindamente e fofamente. Peguei o que eu queria, e saí bem rápido. Encostei a porta com cuidado para não fazer muito barulho.
Desci, sentei na mesa da cozinha, e abri o meu notebook. Eu iria procurar vagas na mesma Universidade que a Cindy, que pelo o que eu entendi, até que era próximo de casa, e desse jeito poderíamos ir juntas. Definitivamente éramos um grude.
Ela iria cursar administração, e eu estava à procura de Fotografia, que sempre foi a minha paixão. Só estava com medo de não encontrar mais algum espaço para mim, e ter que esperar um ano para poder começar a faculdade.
Entrei no site da Universidade, e entrei em alguns de outras, caso eu não achasse nessa. Mas se Deu quisesse eu ia achar, eu tinha que conseguir.
Preenchi os campos com as minhas informações, e com o curso que eu mais tinha interesse. Cliquei em "enviar", e esperei para ver se teria alguma vaga disponível. Enquanto carregava o negócio, a campanhia tocou. Só poderia ser o meu pedido. DAI GLÓRIA DEUS.
Peguei o dinheiro que estava na minha bolsa, pendurada cadeira e então saí correndo (saltitando) até a porta. O quê eu posso fazer? Comida me deixa assim.
Abri a porta para o motoboy, e ele segurava a sacola com as caixas dos lanches dentro, de uma forma extremamente sorridente. Falei:
- Quanto deu?
- Bom, os quatro lanches em geral vão dar 60 reais, e mais as bebidas e as batatas fritas 85 reais.
- Nossa, teria saído mais barato eu ter comprado um Hot Pocket - falei meio baixo, mas com a intenção de ele ouvir, então ele deu risada - Enfim, aqui está o dinheiro - eu disse separando as notas na minha mão, e entregando a quantia para ele
- Obrigado, e boa noite - ele pegou o dinheiro, e me deu as duas sacolas
Fechei a porta, e voltei para a cozinha, colocando os lanches em cima do balcão. Tirei o meu notebook de cima da mesa, mas nem sequer notei se já havia carregado a página da Universidade.
Coloquei os quatro pratos de forma organizada, e fiz o mesmo com os copos. Eu comeria sozinha, e se algum deles acordassem, que viessem comer também. Não vou ficar perdendo meu tempo chamando ninguém.
Comia o meu lanche tranquilamente, quando ouço alguém descendo as escadas:
- Mel? - ele fez uma pausa. Já sabia quem era - Cadê você?
- Aqui, mon amour - ironizei
-AAAAH, então quer dizer que a senhorita pede comida, e nem me chama? - Thiago se encostou no batente da porta
- Já fiz muito te ter lembrado de vocês e ter comprado com o MEU dinheiro - apontei para mim mesma - E olha que não foi barato. Então não reclama.
- Ok, ok - ele deu risada, e puxou a cadeira à minha frente, se sentando - Qual é o meu?
- O de bacon, você só come esse - revirei os olhos
- OOOWN, você lembra! - ele esticou um pouco a sua mão e afagou os meus cabelos. Senti um arrepio
- Sai dessa, Thiago - empurrei a mão dele - Não tenho culpa se toda vez é a mesma bichisse "Se não tiver bacon, eu não como! E eu sou um gay que não saiu do armário!" - fiz uma voz estúpida
- Tá, só tira a última parte - ele me olhou
- Não - mostrei a lingua para ele
- Melina - ele me fuzilou com os olhos - Você sabe do que eu sou capaz - ele colocou um pouco dos seus dois braços em minha direção
- Não! Não faz isso! - soltei meu hamburguer no prato rapidamente, e coloquei as minhas duas mãos em minha frente, com uma tentativa falha de me proteger dele
- Não faço se você retirar sua fala de que eu era gay - ele aproximou mais suas mãos de mim
- JAMAIS! - o empurrei de leve, e saí correndo para a sala. Mas ele foi mais rápido e me puxou pelo braço.
Então ele colocou as mãos na minha cintura, e começou a fazer cócegas em mim. Porra, aquele era o meu ponto fraco, e ele sabia disso desde um ocorrido quando eu tinha 13 anos, e nós subimos em uma árvore, e ele decidiu magicamente fazer cócegas em mim. No fim, eu tive um pé torcido, porque caí de tanto que não me aguentava por causa daquilo.
Eu tentava me desvencilhar dele, e dava passos pra trás, em tentativas completamente inúteis, pois eu ficava fraca quando me faziam cócegas, e a minha risada exagerada, ajudava.
Estava andando tanto para trás, que caí de costas no sofá. Porém Thiago não perdoou e continuou. Que saco.
- PARAAAAA - eu dava tapas nele, em meio à inúmeras risadas - CHEGA, THIAGO - o empurrei fortemente contra mim. Mas o filho da puta aproveitou pra perder o equilíbrio e cair em cima de mim.
Ele estava com os braços apoiados no sofá, e sua respiração ofegante chegava em meu pescoço. Meu coração palpitava, tanto pelo esforço que eu acabara de fazer, e agora, por ele estar tão perto. A presença dele fazia isso comigo.
Ele se levantou levemente, pousando seus olhos nos meus, eu ainda estampava um sorriso de quem acabara de rir, mas logo desapareceu, assim que ele o fez. Ficamos nos observando durante algum tempo, em silêncio.
- Vamos terminar de comer - bati no ombro dele, tentando quebrar aquele clima "ruim" - E você me paga, seu idiota - mostrei o dedo do meio pra ele, enquanto me levantava e arrumava meu cabelo completamente bagunçado
Nos sentamos novamente à mesa da cozinha, e conversávamos sobre assuntos alheios. Estávamos quase terminando a batata frita, fazendo aquela brincadeira ficar olhando para uma batata desejada, contar até três, e depois pegá-la, vendo se era a mesma do outro ou não, quando o meu notebook apoiado no balcão deu um apito.
E foi assim que eu me lembrei: eu ainda não havia visto se a página da faculdade havia carregado. Saltei da cadeira, e fui correndo em direção ao meu computador.
Coloquei uma mexa de cabelo atrás da orelha que estava atrapalhando a minha visão, e li atentamente o que estava escrito. Eu não podia acreditar.
Dei um passo para trás, e meus olhos estavam marejados de água. Eu ainda olhava atentamente para a tela, tentando fazer com que a ficha caísse. Notei que Thiago me observava, e então me virei para ele:
- Thiago! - gritei - VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! - nesse momento lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto
- Meu Deus, o que foi? - ele se levantou, e veio até mim
- THIAGO DO CÉU! - sorri alegremente, e aumentei o tom da minha voz - EU FUI ACEITA NA FACULDADE QUE EU TANTO QUERIA!
- JURA? - ele gritou junto
- SIM! - acenei freneticamente com a cabeça, e então ele me puxou para um abraço
- Parabéns, Mel, parabéns béns béns - ele afagava o meu cabelo com suas mãos grandes, e dizia aquilo como um susurro no meu ouvido
- Ai caralho! - enxuguei as lágrimas que ainda insistiam em correr pelos meus olhos - Eu tô tão feliz! - me desgrudei dele, e fiquei o observando de perto, ainda com as mãos em seus ombros
- Eu imagino o quanto deve estar - ele passou as costas de sua mão direita em minha bochecha esquerda
Thiago, de boa. Vai se fuder.
- Eu só não estou entendendo como. Quero dizer, normalmente eu teria que fazer uma prova, um teste, não é? - me soltei dele totalmente, buscando por um pedaço de papel toalha no balcão
- Não sei. Você chegou a mencionar os cursos de fotografia que fez? - ele se sentou novamente, ainda sorrindo
- Obviamente - me encostei na parede, enxugando meu rosto com o papel - Assim eles sabem que eu não sou uma leiga qualquer no assunto - dei de ombros
- Então vai ver foi por isso. Você não fez um ou dois. Você fez três cursos. E está entre os melhores daqui.
- É, vai ver foi por isso - sorri novamente, olhando pela janela. Eu ainda não conseguia acreditar - CARALHOOOOOO! EU TÔ MUITO FELIZ! - comecei a pular freneticamente
- Ok, ok! - Thiago enfiou mais um pedaço de lanche na boca, dando risada - Nós já entendemos! Agora senta aí, e vamos comer.
- De novo? - olhei para o resto do hamburguer em meu prato - Não quero mais não. TO SEM FOMEEEEEEEE - saí gritando pela sala, e pude notar que nesse exato momento Cindy descia as escadas
- Meu Deus, o que foi, criatura? - ela passou a mão nos cabelos, ajeitando-os - Ganhamos na loteria? Foi isso? - ela olhou para mim
- VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR, SUA PUTINHA - dei um tapa na bunda dela
- Não vou mesmo. Nunca te vi tão feliz.
- EU ENTREI PRA FACULDADE DE FOTOGRAFIA - puxei as mãos dela e começamos a rodar no meio da sala - ISSO É MUITO LEGAAAAAAAAL!
- JURA, MEL? JURA? TIPO, DE VERDADE? - ela também girtava agora
- JURO, PORRA! CARALHO, EU TÔ MUITO FELIZ - ainda rodávamos e pulávamos, descontroladamente
- AAAAAAAH - ela parou de rodar, e me puxou para um abraço - Eu também tô muito feliz, Mel! Muito mesmo!
- Eu sei que você tá - debochei
Me soltei dela, e fui em direção ao sofá, ligando a TV.
- Que seca você - ela me fuzilou - Tem alguma coisa pra comer?
- Tem sim. Só não sei se o Thiago acabou com tudo - apontei para a cozinha
- Thiago de novo, Mel? - ela fez uma voz maliciosa, e então peguei a primeira almofada que vi pela frente, e joguei em cima dela
- CALA A BOCA! - falei
- Ok - ela dava risada - Mas você ainda não me contou o que aconteceu hoje, hein? - ela jogou a almofada de volta para mim, acertando em cheio na minha cabeça. Cindy deu risada, e entrou na cozinha
Ouvi as vozes dos dois irmãos ecoando, mas não entendia sobre o que eles estavam falando. Na verdade, tampouco me importava.
Tipo, porra, eu consegui entrar na faculdade! De Fotografia! Eu precisava contar pra minha mãe, mas esperaria até amanhã, já que passavam das 11 horas da noite.
- MEL! - Cindy gritou da cozinha
- Diga, sua linda - debochei
- Amanhã quer fazer uma coisa comigo? - ela entrou na sala segurando um copo de refrigerante em uma mão, e um prato com o hamburguer dela, em outra
- O que? - olhei para ela fazendo os meus olhos fingidamente cansados, e pendendo a cabeça no meu pescoço
- Compras de Natal - ela sorriu
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Notas finais do capítulo

P.S: Deixem reviews, ou eu vou puxar o pé de vocês à noite JAKOSJUKIJSIASKONH n '-'



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