Who Owns My Heart? escrita por Alecrim


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!Bom, é o seguinte... quero pedir desculpas por não ter postado esses dias. É que com a correria do Natal, e com os preparativos da viagem de Ano Novo, as coisas ficam mais complicadas, e acaba faltando inspiração e criatividade, rs.
Mas qui está o 9° capítulo, e eu realmente espero que vocês gostem.
E antes de mais nada, na história ainda não foi Natal,que provavelmente só vai ser comemorado no capítulo 11°/12°, ok?
E logo após virá o Ano Novo, então sem pressa, porque eu realmente me atrasei na história.
Enfim, BOA LEITURA! ♥



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Sabe, eu definitivamente estava me sentindo uma puta. Fiquei com dois caras na festa, transei com o Allan e agora estou beijando o Thiago. E eu nem escovei os dentes.
Esse sentimento é péssimo, ainda mais porque estou me sentindo culpada. Culpada pelo Allan ser o namorado da minha melhor amiga. A minha irmã de outra mãe.
Eu conheço a Cindy desde os meus 5 anos, ela sempre me apoiou nas minhas maiores decisões. Sempre me ouviu quando foi preciso, me deu um lugar para ficar quando tive que sair de casa. E acima de tudo: ela estava radiante quando me contou do seu mais recente adquirido relacionamento.
E eu poderia ter estragado aquilo em apenas uma noite. Sim, eu estava bêbada. Mas isso não justifica quase nada. Justificaria se o Allan também tivesse ficado bêbado, porém ele não ficou. E isso acaba o tornando o maior culpado na história. Embora eu e ele "estejamos no mesmo barco".
Porém devo admitir que agora os meus pensamentos não rodeavam tanto a minha cabeça, simplesmente pelo fato de estar sendo abraçada por Thiago, e me envolvendo em um beijo quente e rápido com ele.
Meu corpo já estava totalmente colado no dele, eu ficando entre suas pernas, de modo que pudéssemos ficar mais perto um do outro. Seus braços estavam fechados em minha cintura, e eu o agarrava pela nuca, acariciando-a.
Eu era muito menor do que ele, tanto como em massa como em altura. Dessa forma, ele ficava pendendo para a frente, abaixado, para que eu conseguisse alcançar sua boca sem ficar tanto nas pontas dos pés.
Seus lábios eram macios, eu explorava cada extremidade de sua boca com a minha língua, e ele fazia o mesmo. Era como se quando eu estivesse com ele, eu esquecesse de tudo, de todos os problemas.
Era como se quando nossas bocas se constrastassem, o mundo lá fora não existisse, e nada nem ninguém pudesse nos atrapalhar.
Mas, afinal, que merda era essa que eu estava pensando? Três dias convivendo com a criatura e eu já tô assim. Eu só posso estar delirando. Isso é apenas coisa da minha cabeça.
Continuamos naquele ritmo durante mais algum tempo, até que ouvimos vozes vindo de um dos quartos. Nos separamos do beijo lentamente, dando um selinho no fim.
Ele olhou nos meus olhos, e seus lábios agora mostravam um sorriso perfeito. E eu não deveria estar muito diferente dele. Suas íris azuis esverdeadas olhavam diretamente para mim, e pude jurar que as vi brilhando mais do que de costume.
Será que Thiago sentia a mesma coisa por mim? Não, peraí. Eu não sinto nada por ele. Chega disso, Melina, cacete.
Fiquei na ponta dos pés, fazendo com que ele pudesse se levantar um pouco, e o abracei durante alguns poucos segundos. Não falávamos nada. Talvez os nossos atos se expressassem melhor do que palavras.
Ele apenas sorriu novamente pra mim, e segurou sua mão esquerda em minha mão direita. Apontou com a outra indicando que deveríamos descer:
- Vamos? - ele disse
- Tem certeza? - olhei para as nossas mãos juntas, e em seguida para ele
- Absoluta, Mel - ele afirmou com a cabeça
Fomos em direção às escadas, e descemos. A porta da sala já estava aberta para a rua, onde o carro de Thiago provavelmente deveria estar estacionado.
Saímos, ainda de mãos dadas, e logo encontramos Cindy e Allan em um chamego só. Novamente, não pude deixar de sorrir ao ver aquele tipo de cena. Eu nunca havia percebido em como os dois combinavam.
Nos aproximamos deles, que logo pararam o que estavam fazendo, e nos olharam.
- Achamos que vocês nunca iriam... - Cindy começou sorridente, e olhou em direção as nossas mãos - descer. - ela fechou o rosto. Não em um sinal de contradição. Mas sim porque nem ela e nem o Allan haviam entendido aquela cena.
Ok, nem eu estava entendendo porra nenhuma.
- É, pois é - logo me soltei de Thiago - Nós não vimos com o carro do Bruno? - falei, logo tentando evitar qualquer tipo de pergunta indesejada naquele instante
- Sim, mas parece que ele foi embora pelas 4 da manhã - Ela coçou a cabeça e olhou para os lados
- Eu vim de carro - Thiago disse, tirando a chave do bolso, e a rodando no ar
- Ei! - eu falei, puxando o chaveiro de sua mão - Eu conheço essas chaves! Elas são minhas!
- Eu sei - ele riu - É que o meu carro estava guardado na garagem, e o seu na porta de casa. Então resolvi pegar emprestado, ué - ele deu de ombros
- Eu não acreditoooo - coloquei a mão na boca, fingindo uma indiguinação maior do que o necessário - Você não podia ter feito isso!
- Você... ficou brava? - ele me perguntou, receoso
- Claro que não, seu idiota - bati no ombro dele - Vocês me emprestam uma casa e eu não posso emprestar o meu carro? - dei risada
- Um dia você vai ter que parar de usar essa desculpa, Melina... Ah vai - Cindy também deu risada, e se posicionou do meu lado - Vão indo para o carro, meninos? Eu só tenho que achar uma coisa que deixei cair por aqui, e a Mel vai me ajudar.
- Vou? - perguntei baixo para ela, ainda não entendendo a situação
- VAI! - ela me olhou, com os olhos semi cerrados - Podem ir, vão! - ela fez sinal com a mão para que Allan e Thiago saíssem dali
Ela esperou uma distância considerada deles, e falou:
- Você pode me explicar o que foi aquilo? - Cindy abriu a boca, esbojando um meio sorriso, e uma boa parte de surpresa
- Aquilo o quê? - perguntei, me fazendo como uma completa sonsa.
- Você. E o Thiago. De mãos dadas. - ela disse pausadamente, como se fosse óbvio
- Ah - virei os olhos - Na verdade, foi só... - ia terminar de falar quando fui interrompida por Allan gritando de longe
- VEM LOGO - ele acenou
- Te conto em casa - aproveitei a oportunidade, e a puxei pelo braço, e fomos em direção ao carro
- Ok, ok. Mas vai ser tudo detalhado, hein?
- Obviamente.
Entrei no banco do passageiro na parte da frente, e Cindy sentou-se atrás junto de Allan. Thiago iria dirigir.
Eles conversaram às vezes, e davam risada. Eu tentava me inteirar no assunto, mas eu havia me esquecido em como o caminho era relativamente longo, e que eu não dormi NADA bem essa "noite".
Fechei os olhos apenas para relaxar, e acredito que devo ter tirado um cochilo, já que quando abri os olhos, já estávamos quase na porta de casa. Estranhei somente o fato de que Allan ainda estava no carro. Ele não deveria ter ficado no apartamento dele?
Thiago estacionou o carro, e eu passei as mãos pelo meu rosto, com uma tentativa de eliminar parte do sono e do cansaço que tomavam conta de mim.
Abri a porta, e saí do carro. Cindy e o seu namorado já estavam entrando em casa, até que vi Thiago dando a volta no carro e jogando as chave para mim:
- Todinho seu - ele sorriu
- Obrigada - levantei o braço rapidamente, as segurando
Sorri de volta, e fechei a porta do carro. Apertei um botão na chave para trancá-lo automaticamente.
Thiago veio em minha direção, e eu logo perguntei:
- Ele vai ficar aqui? - apontei com a cabeça para onde Cindy e Allan estavam há poucos momentos
- Vai sim. Pelo menos até o fim da tarde, para descansar com Cindy - ele me olhou fixamente - Por que? Não está pensando em ficar bêbada e o atacar de novo, né?
- THIAGO! - dei um grito e cruzei os braços - Isso não tem graça poxa. E tu só me viu bêbada uma vez.
- Mas foi o suficiente pra perceber que isso não funciona nem um pouco com você - ele se afastou dois passos de mim, fazendo isso de costas - Se eu fosse você, não ficaria aí parado agora.
- Hã? - não entendi - Por quê?
- Sei lá, coisas estranhas podem acontecer - nesse exato momento ele foi correndo em direção à porta da casa, entrando, e trancando-a logo em seguida, fazendo com que eu ficasse "presa" do lado de fora
- MAS QUE MERDA É ESSA - comecei a dar leves socos na porta - POR QUE FEZ ISSO DO NADA?
- PORQUE É ENGRAÇADO - ouvi a voz dele do outro lado, e pude perceber que ele não parava de rir
- ISSO. É. SÉRIOOOO - eu aumentava cada vez mais o tom da minha voz, e ao mesmo tempo o ritmo dos meus socos
- Ok, eu vou abrir - ele falou, colocando a chave na fechadura - Mas você tem que prometer que não vai me bater ou coisa do gênero.
- EU PROMETO, AGORA DEIXA EU ENTRAR.
Ele abriu a porta pra mim, e rapidamente o empurrei para trás:
- Quantos anos você tem? - comecei a rir também - Dez? Nove? Três?
- Não senhora, moça - ele se jogou no sofá - Já sou um homem formado de barba na cara.
- Nota-se - fechei a porta, e me sentei perto dele - Eu realmente preciso de um banho.
- Então vai ter que esperar até mais tarde - ele deu de ombros, jogando a cabeça para trás, a repousando no encosto do sofá
- A água acabou?
- Não, a Cindy e o Allan subiram para o quarto dela.
- Mas, aquele quarto também é meu agora - falei, indiguinada
- Só que agora ela tem um namorado, você vai ter que aguentar.
- Você promete que vai zoar eles comigo? - fiz bico
- Prometo, Mel - ele riu
- Ok, agora vou tomar banho no seu banheiro. Beijo, tchau.
Subi correndo para o quarto dele, e ele veio logo atrás de mim, gritando:
- Volta aqui, Melina! MELINAAAA!
Entrei em seu quarto, e fechei a porta na cara dele.
- Isso é apenas o troco - tranquei-a - A única diferença é que você vai ter que esperar um pouquinho mais.
- ISSO NÃO É JUSTO! - ele tentou abrir a porta do outro lado - ABRE ISSO, PORRA!
- Não vai rolar - fiz uma voz fofa - Espera aí que eu vou tomar banho.
Peguei uma toalha em seu guarda-roupa, e me dirigi ao banheiro. Tomei um banho rápido porém lavei o cabelo, já que ele estava cheirando à cigarro e outros produtos não identificados que estavam sendo usados na festa.
Desenbaracei os meus fios ruivos com um pente que tinha logo em cima da pia, e tirei o excesso de água com uma toalha, os deixando ainda úmidos.
Coloquei uma camisa qualquer de Thiago que achei pelo seu quarto, mas coloquei a mesma calcinha da noite passada, já que não daria para eu entrar no meu quarto para pegar uma calcinha mais limpa.
Abri a porta do quarto dele, e gritei para baixo:
- PRONTINHOOO.
- Ok, já tô subindo - ouvi sua voz grossa e forte ecoar, e junto os barulhos típicos de videogame.
Virei-me, e olhei em direção à sua cama. Ela me parecia realmente convidativa. Não por ser a cama de Thiago, mas justamente por ser uma cama. Eu estava muito cansada, e eu pretendia dormir pelo resto da tarde, já que ainda era bem cedo.
Deitei-me delicadamente em cima de seu colchão, que dai glória Deus estava gelado. Pousei minha cabeça em seu travesseiro, e me cobri com um edredom que já estava aberto. O ar condicionado estava ligado.
O sono tomava conta de mim e do meu corpo, e eu não me importava onde eu estava deitada, só precisava dormir.
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Acordei sem horário definido, mas pude ver pela janela que já era noite. Eu deveria ter entrado em sono profundo, e ter dormido durante muito tempo.
Bocejei, esfreguei os meus olhos, e virei-me para o outro lado da cama.
Que surpresa. Thiago estava deitado na ponta, dormindo delicadamente também.
Ele não estava perto de mim, muito pelo contrário. Parecia que ele queria distância, e que a qualquer movimento mais brusco, ele poderia cair no chão.
Apenas fiquei observando-o. Eu devo ter atrapalhado ele.
Seus traços eram perfeitos. Sua boca tinha um desenho perfeito, que constrastava maravilhosamente com o seu nariz, e o formato de seu rosto. Seus olhos, mesmo fechados, continuavam lindos, fazendo com que seu cílios combinassem ainda mais com o seu formato. Seu cabelo naquele momento estava bagunçado, e ele estava definitivamente jogado, trajando apenas uma calça de moletom cinza.
Resolvi parar de admirá-lo e sair dali, para que ele não tomasse um susto quando acordasse. Coloquei um par de chinelos, e penteei meu cabelo, que já estava seco.
Desci às escadas, e notei que Cindy e Allan ainda estavam dormindo em seu quarto.
Meu estômago roncou de fome, e eu decidi que iria pedir alguns hamburgueres.
Fiz o pedido, e logo me lembrei que teria que correr atrás da minha vaga na faculdade, antes do Natal, que já estava chegando.
Eu definitivamente, teria muuuita coisa para fazer.
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Notas finais do capítulo

P.S: deixem reviews :3333



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