The World Of Evie escrita por CassBlake


Capítulo 5
Liberdade?


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, aqui um cap para vcs ^^
Boa Leitura!

Atualizado (19/01/14)



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– Que infernos você está fazendo? – ouvi uma voz áspera perguntar acima de mim.

Ele voltou! Oh, Deus, ele voltou!

Parei de respirar, minha mão já com a faca posicionada no lugar certo, mas eu não iria precisar mais, ao menos não no momento.

Olhei para a janela e encontrei Ross me olhando com impaciência.

– Perguntei que infernos você esta fazendo! Nós não temos tempo para descansar, vamos! – disse se inclinando através janela e estendendo os braços para mim.

Levantei-me de um salto, sem me importar com o protesto das minhas costelas, ficando de pé em cima da mesa entreguei minha faca para ele antes de pegar suas mãos.

Pude ouvir o barulho da minha faca se chocar contra chão do outro lado. Ross deveria ter achado uma escada ou algo assim, pois ele estava inclinado até a cintura.

– Segure firme, vou puxar você. – avisou.

Segurei firme em seus braços do jeito que ele pediu, e então eu estava sendo puxada para fora daquela sala imunda. Ross passou um braço pela minha cintura me ajudando a passar pela janela.

O vento frio da noite bateu contra meu rosto, o inverno em Detroit era sempre muito frio e minhas roupas não eram o suficiente para me aquecer, e foi por isso que estremeci, não porque Ross ainda tinha seus braços fortes ao meu redor.

– Obrigada – estremeci novamente ao ser colocada no que parecia ser um velho banquinho de madeira e logo abaixo tinha uma grande lixeira.

– De nada. – respondeu me olhando nos olhos.

Um olhar azul, um azul tão profundo que poderia deixar você com calor no inferno. Senti meu coração bater mais rápido em meu peito.

E então Ross me soltou quase que bruscamente e tive que me equilibrar apoiando-me na parede para não cair no chão.

– Vamos, temos que nos afastar e achar um telefone, eu preciso ligar para a central. – disse saltando da lixeira para chão.

Por impulso eu o imitei, mas logo me recriminei por isso, agora que a maior parte da adrenalina passou fui mais consciente do quanto meu corpo estava dolorido. Minhas costelas pareciam queimar dentro de mim, minha cabeça doía e minhas pernas estavam bambas. Apanhei minha faca no chão com as mãos tremulas antes de segui atrás do Ross sem nem olhar para trás, apenas tentando acompanhar o passo rápido dele.

[...]

Senti meu estomago empulhar, minha barriga e pernas queimavam, já estávamos a vários quarteirões longe do galpão, e a cada passo eu sentia minha vista escurecer mais e mais, tive que trincar os dentes para ver se paravam bater por conta do frio. Estávamos apenas usando becos fedidos e estreitos, à noite sem lua nos deixando na quase completa escuridão nos dando certa vantagem.

– Acho que já estamos longe o suficiente, posso ver um telefone público do outro lado, fique aqui e espere eu voltar. – ouvi Ross ordenar.

Desviei meu olhar do chão rachado e olhei para cima com certa dificuldade, já que tive que piscar algumas vezes para conseguir focar, mas finalmente consegui e notei que o final do beco dava para uma rua movimentada e na calçada do outro lado se encontrava uma cabine telefônica de frente a um bar qualquer.

– Está me ouvindo? – perguntou Ross ainda andando em direção a rua, sem olhar para mim.

Uma rajada de vento bateu contra mim e finalmente senti algo molhado e frio em minha roupa e parei de andar. Baixei o olhar para minha blusa preta, eu não precisa olhar para saber o que era, mas tinha que ter certeza. Com a mão ainda tremula, agora por conta do frio, levantei minha blusa o suficiente para chegar até o local onde eu tinha dado pontos da ultima vez, e assim como esperava o local estava vermelho pelo sangue que saia do corte que tinha aberto novamente,

– Ross – eu chamei, sentindo minha tontura aumentar quando fui plenamente consciente que o frio não era a causa da minha tontura, mas sim a perda de sangue.

– O que? – perguntou com a voz irritada finalmente voltando seu olhar para mim.

Seu olhar parou no local do ferimento, e eu ainda não tinha abaixado a blusa, ele praguejou sobre sua respiração.

“Não me deixe aqui” – espero ter conseguido dizer antes de apagar.


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Notas finais do capítulo

Então gente, eu sei que o cap foi tipo MUITOO curto, mas vou dar uma presentinho para vocês postando outro cap amanhã!!!
Não esqueçam de comentarem se gostaram do cap.
Beijos

Atualizado (19/01/14)