The World Of Evie escrita por CassBlake


Capítulo 42
Pedaços...


Notas iniciais do capítulo

Hey leitores!! To um pouco atrasada, né? Mas hoje (ou ontem '-') acordei com gripe, então passei o dia todo na cama e só vim melhorar um pouco agora de noite e finalmente pude escrever o/
Mass antes tarde do que nunca, certo? rsrsrs
Bem, gentee...to super feliz!! Recebi mais uma recomendação *o*
Obrigada Yeza!! Adorei a recomendação, muito muito >.
ps: desculpem qualquer erro de digitação!!

Boa Leitura ;)



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Bob...

Todd...

Lara...

Ronny...

Mary...

O companheiro de Slayer...

E agora Jocelyn...

Foram pessoas que morreram por minha culpa, alguns pelas minhas próprias mãos. Talvez não tenha sido eu que tenha puxado o gatilho para Lara, ou atirado na cabeça de Mary ou que tenha estrangulado Jocelyn, mas todos foram por minha culpa. Eu sempre neguei a mim mesmo o que vi no dia que Lara se matou, coloquei as lembranças em um lugar obscuro da minha mente, um lugar onde eu poderia viver em paz comigo mesmo, um lugar aonde a lembrança não iria me atormentar tanto mas agora com o morte de Jocelyn as lembranças estavam querendo voltar, querendo uma parte do que restava da minha sanidade.

Não pense, não pense....não lembre, não sinta....apenas afogue a agonia antes que ela me afogue primeiro....

– Evie, pare com isso – falou Ethan me apertando em seus braços.

Fechei os olhos, sentindo as lágrimas escorrerem por meu rosto, lágrimas que mostravam como a cada dia me tornava mais fraca, cada dia mais fácil de quebrar.

Não posso dar essa satisfação para Jerry, não posso permitir que mesmo depois de fugir, ele ainda consiga me ferir!

– Com o que? – perguntei mantendo minha voz fria e distante, não querendo que ele me visse vulnerável.

– A culpa não foi sua – murmurou contra meu ouvido, sua voz adquirindo um tom firme, como se me desafiasse a contradizê-lo, coisa que não fiz.

– Não estou fazendo isso – menti em voz baixa, minha cabeça encostada em seu peito, seus braços me apertaram com mais força e senti ele me beijar a testa.

– Olhe para mim, Evie. – ordenou.

Demorei um momento para conseguir me controlar e finalmente abrir os olhos. Seus olhos azuis me sondaram, sua expressão era ilegível.

– A culpa não foi sua – repetiu me olhando nos olhos, pude ver a verdade neles, ele realmente acreditava nisso, acreditava que eu era inocente na morte de Jocelyn.

Desviei meu olhar do seu enquanto secava as lágrimas do meu rosto, respirei fundo e saí do colo de Ethan, ele me deixou ir e logo também se levantou.

– Preciso que faça uma coisa para mim, pode ser? – ele pediu, sua voz firme enquanto andava até meu closet e pegava uma bolsa de viajem preta, ele me lançou um olhar, ainda esperando uma resposta.

– Sim – afirmei, afogando os sentimentos que estava sentindo e o mandando para longe, isso era algo que eu era craque, me tornar insensível a dor.

– Quero que coloque algumas roupas suas aqui e qualquer outra coisa que queria levar com você. Temos que sair daqui o mais rápido possível, a cada segundo corremos mais risco estando aqui, então você tem que ser rápida. – falou me dando a bolsa – Vou pegar algumas coisas minha e então vamos embora.

Assenti em entendimento e comecei a ir na direção do closet, mas antes que eu pudesse dar um passo Ethan me agarrou pela cintura e me beijou, larguei a bolsa no chão e agarrei fortemente nele, abrindo minha boca para que sua língua pudesse me torturar, o beijei de volta com força, precisando senti-lo, precisando saber que ele estava ali para mim. Ele se afastou primeiro e me dando um beijo na testa saiu do quarto.

Peguei a bolsa no chão e fui até o closet, pegando algumas roupas e peças íntimas, depois disso fui até o banheiro e peguei tudo que achei necessário, evitei olhar para o espelho, não querendo ver a mim mesmo nesse momento.

Estava fechando o zíper da bolsa a porta do quarto se abriu e um homem vestido de preto entrou. Ele tinha cerca de quarenta anos, um corpo magro e cabelos levemente cinza, ele usava um óculos de grau que deixava seus olhos parecendo levemente maiores, seu nariz estava vermelho e ele parecia triste, perturbado e principalmente com raiva.

Deixando a porta do quarto aberta o homem me avaliou com o olhar, logo prendendo o olhar sob o meu.

– Quem é você? – perguntei assumindo minha máscara, deixando minha voz soar fria e meu rosto não lhe dando nenhuma indicação de quais meus pensamentos.

Ele não me respondeu imediatamente, mas quando fez sua voz fez um arrepio correr em mim.

– Agente Scott Gilliard, mas pode me chamar apenas de Scott. – respondeu arqueando uma sobrancelha grossa – Senhorita Russel gosta...

Ouvi-lo me chamar de Senhorita Russel fez meu estomago revirar e pensei que poderia vomitar agora mesmo, mas consegui me controlar. Estava prestes corrigi-lo quando Ethan apareceu atrás dele, uma mochila nas costas e uma expressão irritada no rosto.

– O sobrenome dela é Ross – cortou ele friamente, passando pelo homem sem se dignar a olha-lo e vindo até mim.

– Ross? – perguntou o homem parecendo surpreso e olhando para Ethan com olhos grandes.

Ethan pegou a bolsa de mim e com sua mão livre entrelaçou nossos dedos e me puxou para a porta enquanto dizia:

– Estamos com um pouco de pressa no momento Scott, falamos depois – e sem nem mais uma palavra ele me levou para fora do quarto.

A sala estava destruída e ainda fervendo em atividade, enquanto passávamos pude ver o corpo do homem que matei ser colocado em um saco preto. Senti o olhar de quase todos na sala em mim, mas ao invés de olhar de volta, apenas baixei a cabeça e deixei Ethan me guiar para fora.

Um homem de preto aguardava em frente ao elevador, ele se afastou e nos deixou entrar quando a porta do elevador se abriu, revelando aquele maldito cubículo que me fazia querer implorar para irmos pela escada.

Ethan soltou minha mão, e logo seu braço estava envolta da minha cintura, encostei-me contra seu peito, ouvindo seu coração bater e fechei os olhos, tentando pensar que estava em qualquer lugar, menos em um maldito elevador.

– Shh, estamos quase lá – murmurou perto do meu ouvido.

Mantive meus olhos fechados até o momento em que ouvi o “ding” que indicava que chegamos a nosso destino. Saímos do elevador para a garagem, mas parei de andar ao notar seis carros iguais a nossa frente.

– O que? – perguntei ainda olhando para os carros, todos tinham a mesma cor preta, os vidros escurecidos e até mesmo placas repetidas.

– Apenas para despistar, vamos – falou me puxando para um dos carros brilhantes.

Ethan abriu a porta do passageiro para mim, entrei no carro vi pelo retrovisor ele abrir a porta de trás de jogar sem nenhuma cerimônia nossas bolsas e logo ele estava colocando a chave na ignição e ordenando:

– Coloque o cinto.

Dois dos carros saíram na nossa frente, e logo estávamos saindo também. As ruas há essa hora estava pouco movimentada, mas movimentada o suficiente para que pudéssemos nos misturar entre os outros carros. Durando o caminho observei as poucas pessoas na rua, e tentei imaginar como poderia ter sido minha vida se eu tivesse tido uma família normal, se eu fosse normal, mas logo abandonei esses pensamentos fúteis e inúteis que não iriam me ajudar em nada agora. Fiquei em silencio refletindo sobre minha atual situação enquanto Ethan dirigia em silencio velozmente até que saímos da cidade.

Depois de quase duas horas de silencio finalmente decidi falar:

– Para onde estamos indo? – perguntei não conseguindo mais me conter.

– Chicago – respondeu sem tirar os olhos da estrada iluminada unicamente pelo farol alto do carro.

– Esse era o lugar mais perto que tinha? – perguntei.

Ele demorou um momento para responder.

– Não, mas é o mais seguro para você no momento.

O silencio tomou conta novamente, até falei que de novo.

– Tem algo mais, não é? – falei em voz baixa, sabendo que a morte de Jocelyn e a possível traição de Jack ou Downey não eram as únicas noticias ruins do dia, o dia inesquecível do meu casamento...tive vontade de rir ao pensar só de pensar.

– Sim, mas você não precisa ficar sabendo no momento.

Mordi o lábio com força, me controlando para não gritar com ele nesse momento. Eu não estava me sentindo bem, na verdade não sabia ao certo como estava me sentindo.

– Não acho que é você quem decide. – falei conseguindo manter minha voz calma, mas desejando soca-lo na cara por nem sequer me olhar quando falou.

– Agora não, ok? – falou ainda sem olhar para mim com um semblante frio.

O que diabos o deixou de mal humor?

– Foda-se, Ross – murmurei em resposta e virei para olhar a paisagem pela janela.




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Notas finais do capítulo

Então gente, sei que capitulo foi meio fraco, mas acho que Evie precisa de um descanso depois de tantas emoções, hehehe, mas como não sou uma pessoa boa ( ou sou, vai depender do modo como vcs pensam) o próximo capitulo vamos ter certas...digamos que descobertas....muhhahah
Espero que tenham gostado e aguardo os comentários >.

Kiss ~Cass