Em Busca Da Rosa Sombria -Fic Interativa escrita por Guilherme Fraga


Capítulo 5
Capítulo V - Iórius e Aliant


Notas iniciais do capítulo

Oi people. Como estão? Bom, não enrolar, então ai está o capítulo.



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A criatura quadrúpede começou a ser envolvida por pequenos laços de luz. Então, sua pele tornava-se algo como um espelho quebrado, e com uma rajada de vento levou os pedaços, ou cacos do bicho, sei lá para onde. Todas as árvores começaram a ser envoltas pelos pequenos laços de luz, e começavam a desaparecer tal qual a criatura.

O ambiente foi inteiramente engolido pelas finas fagulhas cintilantes e amarguradas. Apenas a cruz desenhada no chão permanecia em sua inebriante sombra, até que a parede onde se encontrava o poema desaparece, revelando uma câmara. Tudo estava acontecendo muito rapidamente. O monstro, a câmara, nós estávamos extasiados por tudo isso. Será que ir a busca da rosa sombria vai ser assim? Eu me questionava.

Luke chorava por Ren estar desacordado, o menino tinha medo e eu não o culpava por sentir isso.

–O que vamos fazer agora? – Indagava Katrina acocada ao lado do tigre adormecido.

–Não sei. – Respondi após um longo suspiro. – O que sugerem que façamos?

–Se todos concordarem podemos olhar rapidamente o que naquela cripta e sair dessa caverna. – Murmurou Cys ajudando Luke e Katrina a levantarem-se.

O silêncio nos consumia, era algo muito notável e um pouco incômodo praticamente podia senti-lo dançando entre nossas auras.

Todos concordaram com a cabeça e cautelosamente adentramos a câmara. Era magnífica, parecia que ali residia um ecossistema único e especial, a vida que habitava o lugar coexistia de forma pacifica e em harmonia. O ambiente era recoberto por uma magia esverdeada que flutuava como uma aurora boreal em meio a nuvens naquele céu, que eu não sabia se era verdadeiro.

Era possível ouvir diversos sons lá dentro. Havia pássaros cantando, o vento soprando, animais banhando-se em uma cachoeira, praticamente um mundo inteiro guardado ali.

Estávamos estáticos com a paisagem que nos cercava, ela estava vida e rodeava-nos como se estivéssemos acostumados a ver isso. Flores exalavam um odor forte e familiar. Alguns animais aproximavam-se de nós, com medo uns fugiam, outros caminham entre nossas pernas e rosavam-se contra elas.

O lugar tinha desde árvores e flores, a rios e um céu, Era impressionante.

–Uau! – Exclamou um ser pequeno, e que aparentava ter muitos anos. – Humanos! E de verdade! – Ria ele sozinho junto dos animais. Aquele homenzinho encontrava-se em uma alegria só.

–Com licença. Da pro senhor dizer a nós o que é isso tudo? – Falou Dean, tentando não intimidá-lo com o revólver que eu havia devolvido a ele.

–Ora, e vocês sabem falar! – Exclamou o velho faceiro. Subindo em uma pedra começou a nos analisar. – Eu não sabia que vocês existiam, achei que era só uma lenda boba.

–Do que você está falando? – Indagou Luke, que acariciava seu felino.

–Eu não sabia que humanos existiam de verdade. – Falou ele sorridente.

–E eu não sabia que duendes existiam. – Disse Cys um pouco ofendida.

–Para a informação de você duendes existem sim. No entanto, se se referia a mim, eu sou um gnomo.

–Um gnomo? – Katrina começou a falar. Sim, todos estavam sem saber que reação ter. Era tudo muito estranho, muito... Novo. – E desde quando essas coisas existem? É melhor irmos embora.

–Não, não, vocês não podem ir embora... Não agora.

–Tudo bem, não vamos. – Comecei a falar de forma simples. – Mas primeiro você irá nos explicar tudo que está acontecendo aqui. OK?

–Tudo bem. Sigam-me. – E com um pulo ele estava no chão, ando a caminho de uma mata. – Vão ficar parados ai? Não querem suas respostas? – Nós seguimo-lo

As árvores e flores davam passagem ao... Gnomo. Depois te tanto caminharmos chegamos a um cogumelo gigante, que o anãozinho da branca de neve disse que era sua casa.

–Ta, nós já o seguimos até aqui. E agora? – Falou Luke com raiva em seu olhar. Estava preocupado com Ren pelo visto.

–Calma Luke. – Advertiu Katrina em de uma forma acolhedora.

–Calma? Como vou ter calma se estamos em lugar nenhum e talvez o Ren esteja em perigo. E o que eu estou fazendo para ajudá-lo? NADA, isso mesmo. – Bufou ele.

–Menino, serei breve. – Disse o velho tomando toda a atenção para si. – Vocês estão no território de Saba.

–E quem é Saba? – Indagou Cys incrédula.

–Saba ser mim. – Falou o velho com um sorriso de orelha a orelha.

–E o que mim, quer dizer você faz aqui? O que é tudo isso?

–Isso ser o grande reino de Saba. – Ele não parava de sorrir, aff isso já estava me enjoando, nada contra felicidade, mas felicidade de mais também não da, né?

–Pode ser mais específico? – Perguntou Dean, enquanto passava a mão pelo cabelo molhado de suor.

–Um momento. – Ele levantou-se e juntou de si trouxe uma bandeja com pequenas xícaras de madeira, que continham uma espécie de chá que tinha o mesmo cheiro forte das flores. – Bebam. – Ordenou carinhosamente.

–Por quê? – Perguntei. – Não antes de você nos explicar tudo direitinho.

–Enquanto eu explico bebam. Esse chá irá ajudar vocês a reporem as energias, irá curar os feridos e o mais importante é muito saboroso.

Assim, nos entreolhamos e bebemos juntos. Era forte e além de ser meio aguado, continha algumas sementes e um pouco de gosto de terra. O sabor que minutos depois invadiu minha língua era maravilhoso.

– Bom, o Deus dos mortos e da ira, Iórius e Deusa da vida e da pureza, Aliant, foram ambos criados por uma mesma força maior que todos desconhecem. O destino deles era criar todas as nações, culturas e vida existentes. Assim, mantendo um ciclo inoportuno de vida e morte. Iórius e Aliant apaixonaram-se, mas, com medo dessa paixão Aliant separou seu reino do reino de seu irmão, criando assim os chamados céu e inferno. Iórius enfurecido e decidido a conquistar o amor da Deusa, ele viajou até o mundo dos mortais e enfeitiçou um arbusto de flores, para que elas chegassem ao reino de Aliant, porém como o poder dele era sombrio as flores morreram, e a única que residiu em pé havia acumulado o poder sombrio do Deus dos mortos. Aliant percebeu que o “presente” de seu irmão seria capaz de destruir todo o planeta. Ela selou a flor e dividiu a chave com seis guardiões mágicos em todo o mundo.

–Espere. – Falou Luke. – Aliant, Iórius, eu achei que fosse Gaia e Hades.

O duende, gnomo, nem sei mais, gargalhou e respondeu.

–Aliant e Iórius apareceram algumas poucas vezes para as civilizações que criaram. Muitas delas iniciaram seu misticismo e mitologia devido a eles.

–Nossa. Isso até que faz sentido, apesar de que é muita coisa para assimilar. – Disse Katrina bebendo mais um gole de seu “chá”, enquanto punha a mão em sua cabeça.

–Mas, é verdade que quem encontrar a rosa sombria tem um de seus sonhos realizados? – Pergunto a ele.

–Aliant quando trancafiou a rosa, encantou o selo, de forma que quem abrir o selo terá um sonho realizado pela benção da Deusa.

–E... Você por acaso é um dos guardiões mágicos? – Perguntou Cys de forma lenta tentando, como todos, entender o que estava acontecendo.

–Sim. – Nossa, guardiões, novos Deuses, chaves... Estava viagem está ficando mais interessante. – Sou Saba o gnomo guardião da natureza e da chave da floresta.

Ele sorriu, a sim, pela milésima vez mostrando aqueles dentes amarelos e mal cuidados.

–Bom, já que estamos atrás da rosa sombria. Poderia nos dar chave da floresta? – Dean falou, mas eu ia falar isso.

–Não. Apenas se vocês passarem pelo teste.

–Teste? E que teste seria esse? – Perguntou Dean.

–Vocês devem provar-se merecedores de conseguir a chave da floresta.

–Tudo bem, mas como fazemos isso? – Perguntou Narcysa limpando sua calça jeans.

–Vocês devem purificar esse lugar, eliminando a Aswang no bosque das sombras.

–Só? – Perguntei com sarcasmo.

–Mas... Como chegaremos lá com o Ren doente? – Lembrou-nos Luke. – O chá pode ter curado vocês dois. – Ele apontou para mim e para Dean. – Mas e Ren?

–Bom. – Velinho aproximou-se do tigre, que respirava ofegantemente. E colocando as mãos sobre o felino uma luz esverdeada. Assim, folhas surgiam dançando pelo corpo do tigre que se recuperava, lentamente. Ele virou-se e disse. – Vão. Quando voltarem ele estará melhor.

–Mas e se não voltarmos. – Indagou Katrina meio negativa.

–Sei que voltarão. – Exclamou o velho com um belo sorriso no rosto.




Leiam as Notas Finais


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Notas finais do capítulo

Gnomo: http://www.google.com/imgres?um=1&hl=pt-PT&biw=1024&bih=653&tbm=isch&tbnid=yknmm6PR9fR79M:&imgrefurl=http://mysticallegends.blogspot.com/2010/06/gnomo.html&docid=fYAwZPuUq2ocGM&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_nal1GvvGzhI/S0zLqLiF7rI/AAAAAAAAAdI/Jlk26l2A-eY/s400/gnomo-elementais-da-terra.jpg&w=316&h=367&ei=EZEzUcjOHrP00QGD7oGwAQ&zoom=1&ved=1t:3588,r:10,s:0,i:107&iact=rc&dur=218&sig=100180657998867470304&page=1&tbnh=172&tbnw=162&start=0&ndsp=18&tx=34&ty=115
Espero que tenham gostado. Beijos e abraços, até o próximo capítulo ;D